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2021/Crime
Dados recursos são analisados separadamente, sendo que, no caso de Viviane da Costa:
A recorrente não indicou corretamente dispositivos legais que justificassem a demandas
descritas. pois invocou o artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal para fundamentar
o pedido, o qual versa sobre a sentença absolutória por não constituir o fato infração penal.
Já, no que diz respeito a tipicidade da conduta, consta que “a reconstituição probatória, até então
produzida, é no sentido de que formalmente conduta descrita na exordial acusatória adequa-se
ao tipo penal do art. 312 do Código Penal”. Isso pode ser afirmado devido a produção probatória
ocorrida na formação do processo:
‘(...) In casu, a denúncia afirma que VIVIANE e MARCIO, em comunhão de
esforços, no período de janeiro de 20161 aos dias atuais, teriam desviado, em proveito
próprio, R$ 478.419,09, referentes aos vencimentos mensais da primeira demandada.
Isso porque a demandada, embora cedida para trabalhar no gabinete do réu na
Câmara de Vereadores, desempenhava outras funções, não cumprindo com a carga horária
semanal de 40 horas.
Ocorre que, conforme se verifica pelas próprias alegações do Ministério Público, os
valores recebidos por VIVIANE, desde o momento do pagamento, eram de seu domínio, uma
vez que dizem respeito ao seu próprio vencimento mensal.
Dessa feita, a suposta atitude dos réus não encontra previsão legal, não sendo,
portanto, típica, tornando a improcedência da ação a medida impositiva (...).’
Em outro âmbito, é julgado também recurso em habeas corpus, chegando à conclusão de
que não se prestam à configuração do dissídio jurisprudencial, nos moldes do art. 266 do RISTJ;
devem, obrigatoriamente, ser oriundos de recurso especial.
Assim, o recurso não foi provido.
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Em que pese a denúncia afirme que os fatos ocorreram a partir de 26 de fevereiro de 2015, o Parquet se retratou
em sede de memoriais, afirmando que os atos foram praticados a partir de janeiro de 2016