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ESTUDO DIRIGIDO

Nome: Emanuelle Cristina Martins Silva


Período: 4°
Unidade: João Monlevade

1- Qual a diferença apresentada no texto “Contextualização da terapia de


grupo” entre a forma que é vista a dinâmica de grupo na atualidade, para a
concepção original desenvolvida por Kurt Lewin?

R: Na atualidade o termo dinâmica de grupo é empregado de uma forma a


muito mais ampla, sendo praticamente utilizado em qualquer tipo de proposta
de trabalho com grupos onde uma dinâmica aconteça. Se pensarmos no
significado da palavra dinâmica como a área de estudos sobre o movimento e
as forças que o produzem, uma dinâmica de grupo pode ser compreendida
como qualquer proposta que traga movimento dentro dos grupos e que
evidencie as forças que atuam sobre os mesmos.
E na concepção desenvolvida por Lewin ele o trabalho de dinâmica de grupo
não era a mera aplicação de técnicas com o objetivo de produzir mudanças no
grupo, mas, algo bem mais profundo, que levasse a uma reflexão e análise de
todas as interferências contextuais que se expressam nos grupos e nas
instituições. A noção de contexto (o campo onde se dão os fenômenos a serem
estudados) é fundamental para aqueles que pretendam atuar no modelo de
Lewin. As pesquisas de Lewin sobre grupos e instituições foram sediadas, em
grande parte, nos Estados Unidos em um Centro de Pesquisas em Dinâmica
de Grupo que funcionava no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

2- Desenvolva sobre o conceito de T-Groups. Quais seriam as propostas e


regras para se estabelecer estes tipos de grupos?

- O grupo é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto da experiência.


- O importante é o processo do grupo e não dos seus membros individuais.
Regras para um T Group:
- Há um horário e cronograma previsto para o funcionamento do grupo (cerca
de duas horas por semana)
- Os participantes são definidos previamente, tendo este grupo um tamanho
normal entre 8/12 participantes.
- Há um local previamente definido para o encontro do grupo.
- A idéia é tratar das questões que dizem respeito ao grupo, logo o monitor
evita que haja colocações de questões pessoais.
- O monitor assume uma postura não-diretiva
– não emite juízos de valor ou conselhos. Apenas traz contribuições do que
percebe em relação ao funcionamento do grupo.
- A sua interpretação dirigi-se para aquilo que percebe no grupo ou nos
relacionamentos intra-grupais.
- De acordo com Lewin, é fundamental para a evolução do grupo que haja uma
atmosfera, um clima grupal apropriado.
- O monitor tem a função de tentar perceber os entraves que acontecem
impedindo esta “atmosfera”.
- Este modelo inicial criado nos Estados Unidos em Bethel, foi levado para a
França e desenvolvido por outros autores.
- Há duas correntes diferentes no desenvolvimento dos T Groups. Uma mais
psicanalítica e outra mais sistêmica.

3- Descreva as principais diferenças entre Grupos Operativos do Pichon-


Rivière do Grupo de Encontro desenvolvido por Carl Rogers.

R: Nos grupos operativos de Pichon-Rivière consiste em um trabalho com


grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os
sujeitos envolvidos, ele propõe o grupo interativo O que caracteriza este
modelo de intervenção grupal é que este é conduzido, explicitamente, para a
realização de uma tarefa, que pode ser o aprendizado, a elaboração de um
diagnóstico ou até a busca da cura de determinados sintomas. Implicitamente,
este modelo de grupo atua promovendo a ruptura de determinados
comportamentos estereotipadas que dificultam ou impedem o aprendizado e a
comunicação.
Grupos de encontro é um modelo não-diretivo e não acabado no qual o
processo do grupo vai acontecendo espontaneamente, sem um objetivo
previamente definido e sem uma preocupação com resultados. A finalidade
destes grupos é que as barreiras que impedem as pessoas de se
desenvolverem aflorem e que as mudanças aconteçam naturalmente. A
postura do coordenador do grupo (facilitador) se baseia no princípio da
compreensão empática e da aceitação incondicional dos membros do grupo.
4- Descreva a função do Psicodrama na utilização com grupos.

R: O grupo em psicodrama era um grupo com objetivos psicoterápicos, onde o


foco do trabalho centrava-se nas questões emocionais dos participantes do
grupo. A cena dramática tem, então, esta função terapêutica e os recursos da
improvisação teatral passaram a ser utilizados como uma técnica específica de
trabalho grupal – o psicodrama propriamente dito. A partir do psicodrama
Moreno cria uma nova proposta chamada de sociodrama que tinha o objetivo
de intervenção em grupos maiores a fim de promover mudanças sociais mais
amplas.

5- No filme intitulado “Os Sete de Chicago” conta parte de um acontecimento


ocorrido em 1968, quando grupos opositores à Guerra do Vietnã fizeram um
protesto em Chicago, onde acontecia a Convenção Nacional Democrata. As
coisas saíram do controle e o que era para ser um evento pacífico transformou-
se em tumulto e mais um episódio de truculência policial norte-americana. O
governo então acusou oito homens, líderes de movimentos sociais, de
conspiração. Durante o filme diversas vezes foi mostrado as relações de
grupos, líderes, comunicação, relação dos próprios líderes. Fazendo uma
reflexão sobre
o filme com o material do texto de apoio deste estudo dirigido, trace um
paralelo (em no mínimo, uma lauda), entre o filme “Os sete de Chicago” e
o texto Tipos de grupos.
No filme Os Sete de Chicago, aborda a história de 7 ativistas onde são julgados
por incitação a violência e formação de quadrilha. Essas 7 pessoas já eram
lideres em seu grupo anterior Tom Hayden e Rennie Davis (Líderes dos
Estudantes para Sociedade Democrática), Jerry Rubin e Abbie Hoffman
(Líderes dos Jovens Festeiros - Hippies), David Dellinger (Lider da Mobilização
para o fim da Guerra do Vietnã), Lee Weiner, John Froines e Bobby Seale
(Chefe nacional dos Panteras Negras).

É perceptível que com tantos perfis de liderança eles se interagem muito bem,
ficando claro que o líder ali é o Tom Haiden, ele tem um perfil de liderança
elevado, sendo firme em suas palavras e deixando em ênfase que se importa
com os outros, zelando pelo bem-estar e impulsa o restante do grupo a dar
tudo de si no tribunal, o que na visão de Kurt Lewin seria o perfil de liderança
democrática ou liberal. Durante as reuniões Haiden aponta as falhas do grupo
(principalmente do Jerry e do Rubin que ficavam constantemente fazendo
piada com o juiz) pensa em soluções e toma frente fazendo plano diante de
todos para que não sejam derrotados no tribunal.

Mesmo com um árduo julgamento em andamento, no começo eles trocavam


farpas por terem perfis distintos, mas se mantiveram fiéis a sua identidade do
grupo anterior, o que foi positivo para ter um grupo genuíno e fluir bem com o
objetivo proposto. Exemplo disso seria a postura do Jerry Rubin e Abbie
Hoffman no tribunal, além deles serem líderes dos jovens festeiros, nas noites
eles tinham uma espécie de grupo de stand-up e durante todo o julgamento os
dois fazem piadas com as falas do juiz que é o que exatamente Haiden
apontou como falha deles em suas reuniões.

O motivo desse julgamento foi causado pelo protesto contra a guerra do Vietnã
em Chicago, Haiden acabou sendo preso e Rubin e Hoffman mobilizaram um
grupo de pessoas para manifestar a sua prisão, porém, o que era pra ser de
um protesto pacifico acaba se tornando um confronto violento com a polícia.
Em seguida notamos o efeito manada que é um comportamento humano
comum diante de atitudes coletivas. Ele representa a tendência apresentada
pelas pessoas de replicarem as ações de um determinado grupo, em busca
dos melhores resultados mediante a tomada de decisão.

Ao final do filme o juiz fala para Haiden que gostou de sua postura durante todo
o julgamento e que irá perdoar caso faça um discurso breve e respeitoso se
desculpando pelo seus atos mas ele se mantem firme diante dele e começa a
falar os nomes dos soldados mortos na guerra do Vietnã. Haiden claramente se
mantem firme a ideologia e objetivo do seu grupo, pois foi o escolhido para ser
líder de tal, sendo assim, se encerrando o filme.

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