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28/03/23, 10:57 Unicesumar - Ensino a Distância

ATIVIDADE 2 - TEORIA DO DIREITO - 51/2023


Período:06/03/2023 08:00 a 24/03/2023 23:59 (Horário de Brasília)
Status:ENCERRADO
Nota máxima:0,50
Gabarito:Gabarito será liberado no dia 25/03/2023 00:00 (Horário de Brasília)
Nota obtida:0,25

1ª QUESTÃO
Ao direito subjetivo de alguém, que apenas é o reflexo do dever jurídico de outrem, se refere a definição,
muitas vezes encontrada na jurisprudência tradicional, segundo a qual o direito subjetivo - determinado
como interesse juridicamente protegido. Nesta definição se exprime por forma particularmente clara o
dualismo característico da jurisprudência tradicional que contrapõe o direito em sentido subjetivo ao Direito
em sentido objetivo. Este dualismo contém em si uma contradição insolúvel. 

...

o direito subjetivo e o Direito objetivo não podem ser subsumidos a um conceito genérico comuto. E esta
contradição não pode ser afastada pelo fato de se admitir, entre o Direito objetivo e o direito subjetivo, um
relação que consista em este ser considerado como um interesse protegido por aquele.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. São Paulo: Martins Fontes, 1998. P. 104. Adaptado

Após a leitura do excerto acima e  sabendo que existem correntes que defendem o direito como sendo
objetivo, analise as alternativas abaixo e assinale a que dispõe de forma CORRETA sobre a noção de direito
objetivo:​

ALTERNATIVAS
O Direito Objetivo é um sistema de normas que regulam a conduta e abrange a existência do homem social e
individual.

O Direito Subjetivo são normas que regram o comportamento dos homens e prescreve sanções em situação de
violação.

O Direito Objetivo se desenvolveu para expressar as vontades e interesses dos indivíduos, estando vinculado ao
princípio da solidariedade.

O Direito Subjetivo é aquele que põe-se na realidade, independente da pessoa que o observa, pois é irredutível sua
subjetividade.

O Direito Objetivo tem origem recente, sendo desconhecido até o final da Idade Média. Sendo assim, compõe a
modernidade exaltando o individualismo.

2ª QUESTÃO

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Desde o antigo Direito Romano já se destacava a divisão entre direito público e direito privado. Essa
distinção envolve, de plano, especulação filosófica. De qualquer modo, a distinção deve deixar de lado o
fundamento do fenômeno jurídico, principalmente para não criar no iniciante dos estudos jurídicos uma
antítese ou antinomia entre os dois compartimentos que absolutamente não existe. O ius civile dos romanos
distinguia direito público de direito privado com objetivo de traçar fronteiras entre o Estado e o indivíduo. O
ius publicum abrangia as relações políticas e os fins do Estado a serem atingidos. Colocava o Estado
em posição de supremacia. O ius privatum dizia respeito às relações entre os cidadãos e os limites do
indivíduo em seu próprio interesse.
VENOSA, Silvio de Salvo. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2019. P 47.
 

Considerando, o que dispõe o direito público e o direito privado, analise as assertivas abaixo:  

I. O direito público estabelece relações jurídicas de subordinação;


II. No direito privado, o Estado apenas cumpre a sua função de coordenar as relações entre as pessoas;
III. No direito privado, ainda que haja excessos e abusos nas relações jurídicas, não cabe ao Estado poder ou
tutela para limitar tais relações.

Tendo elencado qual(is) afirmativas acima são verdadeira(s) e qual(is) são falsas, assinale a alternativa
correta:

ALTERNATIVAS
I, apenas.

II, apenas.

III, apenas.

I e II, apenas.

I e III, apenas.

3ª QUESTÃO
Leia o trecho da notícia abaixo:

 
"Sete famílias que ocupavam um terreno, no loteamento Vila Elisa, em Vitória da Conquista, no sudoeste da
Bahia, tiveram que deixar suas casas após determinação judicial, na segunda-feira (21). Uma pessoa, que se
diz proprietária da área, pediu a reintegração de posse e os imóveis que foram construídos no terreno
foram demolidos. O aposentado João Batista dos Santos, de 76 anos, conta que lutou para construir o
imóvel. A casa destruída era um sonho que custou R$12 mil. A família do idoso teve apenas duas horas para
deixar a casa antes da demolição. 'Gastei tanto pagando mão de obra, pedreiro, madeira, porta. Tudo caro.
Ainda consegui tirar duas portas, mas o resto se perdeu', contou o aposentado". 

 
TV SUDOESTE; G1 BA. Disponível em:https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2022/11/22/familias-deixam-
casas-apos-pedido-de-reintegracao-de-posse-no-sudoeste-da-bahia.ghtml. Acesso em: 16 jan. 2023

 
Com base no trecho exposto, pode-se afirmar que:

ALTERNATIVAS

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Considerando que o ordenamento jurídico brasileiro confere proteção aos bens imóveis, o proprietário do terreno no
loteamento exerceu o direito subjetivo de exigir a reintegração da posse.

Reintegrar a posse de bem imóvel é um direito objetivo do proprietário garantido pelo Estado.

O proprietário do terreno ocupado tem o dever de regularizar a ocupação ilegal do bem imóvel uma vez que a
reitegração da posse é um direito objetivado pelo ordenamento jurídico

No caso em tela, a proteção do bem imóvel é o direito subjetivo garantido pelo Estado e a faculdade de exigir a
reintegração da posse é o direito objetivo do proprietário.

Caso o proprietário não exerça seu direito de reintegrar a posse, o Estado tem a obrigação de fazê-lo uma vez que é
o sujeito de direito.

4ª QUESTÃO
Leia o trecho a seguir:
 

"Hoje, mais do que ontem, há uma completa interpenetração de campos jurídicos, de forma mais ou menos
profunda, e até o especialista em uma área deve ser versado em várias outras. Isto sem deixar de destacar,
como já fizemos, a necessidade de um pleno conhecimento da teoria geral. Destarte, o direito deve ser
sempre visto e estudado como um todo. Todo fenômeno jurídico exige conhecimento e exame de regras de
vários ramos.

...

Em que pesem as dificuldades em distinguir os dois grandes compartimentos, é necessário optar por um
critério. Melhor será considerar como direito público aquele que tem por finalidade regular as relações do
Estado, dos Estados entre si, das soberanias, do Estado com relação a seus súditos, quando procede com
seu poder de soberania, isto é, poder de império. Direito privado é o que regula as relações entre
particulares naquilo que é de seu peculiar interesse." 
 

Fonte: ​VENOSA, S. de S. Introdução ao Estudo do Direito. 7. ed. Barueri: Atlas, 2022. E-book. p. 21-24.

Sobre o Direito público e o Direito privado, analise as afirmativas a seguir:

I. O Direito público estabelece relações jurídicas de coordenação porque o Estado estabelece as regras de
acordo com a sua finalidade social, e o que deve preponderar é sempre o interesse individual.

II. No que se refere ao Direito privado, o Estado tem a atribuição de coordenar as ações, visando gerar
meios capazes de controlar exageros.

III. A relação jurídica é de coordenação quando os sujeitos estão horizontalmente alinhados, no mesmo
plano. Enquanto na relação jurídica de subordinação, os sujeitos encontram-se em planos distintos.

IV. Há na doutrina autores que não reconhecem a distinção entre Direito público e Direito privado. Para o
jurista alemão Hanz Kelsen, o Direito é sempre privado, porque são os cidadãos que produzem as normas
jurídicas.

V. O Estado tem intervindo cada vez menos nas relações privadas, deixando de compelir normas e assegurar
direitos. Não há que se falar na construção social do Estado nos dias de hoje.

É correto o que se afirma em:

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ALTERNATIVAS
I e III, apenas.

II e III, apenas.

IV e V, apenas.

V, apenas.

I, apenas.

5ª QUESTÃO
O Positivismo Jurídico (ou Escola do Direito Positivo) procura afastar a Ciência do Direito de valores morais,
políticos, religiosos, filosóficos (como o relativo à justiça), bem como do Direito natural, defendendo a
neutralidade do conteúdo do Direito, o qual passa a ser visto como o conjunto de normas (sistema
normativo, ordenamento jurídico), cabendo à ciência do Direito o conhecimento e a descrição das normas
jurídicas. Um de seus principais representantes é Kelsen.
 
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Introdução ao Estudo do Direito: teoria geral do direito. São Paulo:
Método, 2015. P 22.
 
Hans Kelsen é amplamente conhecido pelo seu pensamento positivista, sendo que sua teoria serviu de base
para muitos outros autores. Tal perspectiva também traz posicionamentos sobre o papel do Estado e da
própria norma, considerando esta perspectiva, analise as afirmativas abaixo:
​ 
I. Para Kelsen a norma fundamental é o ponto de partida das demais normas (leis).
II. O Estado não age de forma coercitiva no instante que edita normas jurídicas – se for coercitivo não será
jurídico.
III. O Direito não pode se constituir apenas a partir de uma norma, mas de um conjunto de normas que
mantém uma unidade.

É correto o que se afirma em:


 

ALTERNATIVAS
I, apenas.

 III, apenas.

I e II apenas.

I e III, apenas.

II e III, apenas.

6ª QUESTÃO

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Leia o trecho a seguir:


 
"O sistema jurídico é o conjunto harmônico de regras, compondo uma estrutura escalonada de normas que
formam uma unidade. Entretanto, com o intuito didático surge a necessidade da divisão setorizada do
direito em ramos ou disciplinas. O estudo do direito é dividido em Público e Privado. Essa divisão é clássica,
e acompanhou a evolução do direito. Desde o direito romano é conhecida a referida divisão: Jus Publicum e
Jus Privatum. O Jus Publicum ocupava-se do governo do Estado e das relações entre os particulares e o
Estado. O Jus Privatum tinha por objeto regular as relações entre os particulares. Nessa esteira, podemos
estabelecer que no Direito Público, o Estado é o fim, e no Direito Privado o indivíduo é o fim."
 

Fonte: SIQUEIRA ​JR., P. H. Teoria do direito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. p. 128.

Sobre o exposto, assinale a alternativa correta:

ALTERNATIVAS
No atual momento do direito positivo, nota-se a publicização de ramos do direito privado, a exemplo do Direito
trabalhista e consumerista.

A doutrina define o Direito Constitucional como o ramo do direito que regula o exercício de atos administrativos,
praticados por qualquer um dos Poderes do Estado.

O Direito Financeiro trata das relações jurídicas entre o Estado (Fisco) e os particulares (contribuintes), no que
concerne à instituição, fiscalização e extinção do tributo.

O Direito Administrativo é o ramo do direito que regula a atividade jurisdicional do Estado.

O Direito Tributário trata da produção e circulação de mercadorias e serviços, enquanto a relação entre o fornecedor
e o consumidor de produtos e serviços é regulada pelo Direito Econômico.

7ª QUESTÃO
No tocante à posição de descrença na cientificidade do Direito, acreditamos que ficará afastada a partir do
instante em que desenvolvermos uma correta análise das funções da ciência jurídica e, em conseqüência, do
comportamento que o seu estudioso pode e deve ter diante da realidade estudada.
Assim, sabendo-se que o jurista enquanto cientista interpreta, sistematiza e constrói a realidade que estuda
por meio de determinados comportamentos e limitações metodológicas, haveremos de chegar a uma
conclusão positiva, ou seja, que é viável a ciência do Direito. Esta, porém, não poderá ser pensada nos
moldes da precisão (?) dos estudos físicos e naturais, mas dentro das particularidades que compõem seu
objeto de preocupações e que são comuns a todas as denominadas ciências sociais
Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/241/r134-20.PDF?sequence=4>.
Acesso em: 12 jan. 2023.
 
Após a leitura do fragmento acima e partindo da premissa de defesa da maioria dos doutrinadores que
acreditam ser o Direito uma ciência, analise as alternativas abaixo e assinale a única CORRETA:​

ALTERNATIVAS

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O Direito possui impacto na vida das pessoas e regula estas vidas através da norma jurídica.

O Direito possui objeto material: a fundamentação da ideia do que vem a ser justiça; e um objeto formal: a vida das
pessoas em sociedade.

O Direito possui objeto material: a vida das pessoas em sociedade; e um objeto formal: a fundamentação da ideia
do que vem a ser justiça.

O Direito é ciência pois possui um objeto formal - e isto basta: o comportamento humano em sociedades reguladas.
A ideia de como as pessoas se portam e devem se portar em um grupo de grande escala política e juridicamente
organizados.

O Direito possui um objeto material - isto basta: as leis. A ideia e a realidade de um corpo jurídico de legislações
que regulam no geral e no específico a vida das pessoas.

8ª QUESTÃO
Leia o texto a seguir:
“Enquanto o senso comum é difuso, desorganizado, assistematizado e advém de várias fontes desordenadas
e simultâneas, o conhecimento científico tenta ser coerente, coeso, organizado, sistemático, ordenado e
orientado a partir de fontes específicas e muitas vezes pré-constituídas”
 
NUNES, Rizzatto. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 6ª Ed.. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 28
 
Com base no trecho exposto e nos conhecimentos adquiridos no curso, é correto afirmar que:

ALTERNATIVAS
 O entendimento do Direito é considerado ciência não é pacífico na doutrina, questionamento levantado por Auguste
Comte.

No século XX um dos grandes responsáveis pela defesa da cientificidade do Direito, foi o jurista alemão Hanz Kelsen,
que escreveu uma obra fundamental para compreender esta questão, que é a obra chamada de Teoria Pura do
Direito.

O Direito não deve ser estudado a partir da lei posta, pois está, seria a mera expressão técnica do Direito.

O Direito deve ser estudado a partir da norma e sua estrutura e não a partir da lei posta, pois está, seria a mera
expressão técnica do Direito.

O Direito reúne princípios e valores universais e necessários. A justiça, por exemplo, que não possui volatilidade,
mas sim um núcleo que é perene e universal.

9ª QUESTÃO
Leia o trecho a seguir:

"Em princípio podemos estabelecer que o Direito Público regula as relações ou situações jurídicas em que o
Estado é parte. E o Direito Privado, regula as relações entre os particulares."

 
SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Teoria do direito. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. E-book. p. 128. (adaptado)

 
Em que pese atualmente não haver uma regra de dicotomia imperiosa do Direito, com base no trecho
exposto acima, historicamente é correto afirmar que são ramos do Direito Público:

ALTERNATIVAS

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Direito Constitucional, Direito do Trabalho e Direito Administrativo.

Direito Administrativo, Direito Previdenciário e Direito do Trabalho.

Direito Constitucional, Direito Civil e Direito do Trabalho.

Direito Civil, Direito Constitucional e Direito Tributário.

Direito Tributário, Direito Penal e Direito Processual.

10ª QUESTÃO
O princípio da segurança jurídica é um princípio formal. Ele exige um compromisso com aquilo que foi
estabelecido autoritativamente e é socialmente eficaz. O princípio da justiça é um princípio material ou
substantivo. Ele exige que a decisão seja moralmente correta. Esses dois princípios, como princípios em
geral, podem colidir, e de fato eles frequentemente colidem. Um nunca pode tomar o lugar do outro
completamente, ou seja, em todos os casos. Ao contrário, a dupla natureza do direito exige que eles sejam
considerados reciprocamente em uma proporção correta. Na medida em que essa proporção correta é
obtida, é alcançada a harmonia do sistema jurídico.
ALEXY, Robert. Teoria Discursiva do Direito. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014. P 362.

Partindo dessas premissas e com base em seus conhecimentos sobre o conteúdo, analise as alternativas
abaixo: 

 
I. A ideia de direito objetivo se restringe existência humana individual, não abrangendo as regras coletivas.
II. A religião, a moral, os usos e costumes são, assim como o direito, formas de controle social integrantes
do direito objetivo.
III. A amplitude do direito objetivo se deve ao fato de que é impossível de uma única forma, encerrar em
conceitos a complexidade humana - caso dos direitos humanos.

 
Diante da análise por você realizada, assinale a única alternativa que dispõe corretamente sobre as
assertivas verdadeiras:

ALTERNATIVAS
I, apenas.

II, apenas.

III, apenas.

I e II, apenas.

I e III, apenas.

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