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Dentistica

Classificação radiográfica das lesões:

 Lesão E1: menos da metade do esmalte;


 Lesão E2: mais da metade do esmalte, sem ultrapassar a junção esmalte-dentina;
 Lesão D1: ultrapassa, um pouco, a junção esmalte-dentina;
 Lesão D2: menos da metade da dentina;
 Lesão D3: metade, ou mais, da dentina.

PANORAMA DE TRATAMENTO DE LESÕES DE CÁRIE

 Iniciais (ICDAS 1,2): a intervenção é baseada em aplicação de flúor, IHO, orientação


dietética e aplicação de selante.
 Moderadas (ICDAS 3,4): em caso de sombreamento de dentina externa pode ser utilizado
selante resinoso, e em dentina interna, remoção da lesão e aplicação de resina ou CIV. Em
casos de cavidade existente, pode ser utilizado um selante ou cariostático.
 Severas (ICDAS 5,6): em cavidades com aberturas menores de 3mm, em dentina externa,
pode-se utilizar selantes ou resinas. Aberturas maiores que 3mm pedem por restaurações
com resinas e CIV ou utilizar a técnica de Hall (uma intervenção não invasiva que consiste
em aplicar um elástico separador em uma consulta, e cimentação de coroa de aço em uma
consulta posterior).
 Se a lesão estiver paralisada, há a possibilidade de não restaurar a lesão. Restaurar ou não
restaurar a lesão depende do risco de cárie do paciente.

Remoção total: em cavidades rasas e médias; As vezes nem se remove o tecido cariado se a
extensão estiver entre 1,5 e 2mm.
Remoção parcial em cavidades extensas, onde se remove todo o tecido cariado das paredes
laterais e parcialmente nas paredes de fundo (até chegar na consistência de couro)

 ART: tratamento restaurador atraumático


 Contraindicações: dor espontânea, fístula, abscesso, pólipo pulpar, lesões extensas demais.
 Instrumental: opner, cureta, centrix, espátula de plástico, odontoscópio, pinça, algodão.

Meis de aplicação de flúor


Individual(dentifrício 1000/5000) -coletivo(água fluoretada) -profissional(tópico e verniz
fluoretado)

Anestésio

 Lidocaína: 4,4mg/kg, dose máxima: 300mg. Contraindicada em casos de


concentração de vasoconstrictor de 1:50.000 ou sem vaso.
 Mepivacaína: 4,4mg/kg, dose máxima: 300mg. 2x mais potente e 2x mais tóxica.
 Prilocaína: 6mg/kg, dose máxima: 400mg. Risco de metahemoglobinemia, porém é
indicada para pacientes diabéticos descompensados e ainda com ressalvas.

Vasoconstrictores:

 NÃO USAMOS: noradrenalina e felinefrina (risco de necrose)


 Não usar em pacientes com procedimentos recentes como: infarto do miocárdio, AVC,
cirurgias cardiovasculares, hipertensos descompensados, hipotireoidismo e diabéticos
descompensados.

ASMÁTICOS:

 Utilizar mepivacaína sem vaso ou prilocaína com felipressina. Devido a alergia ao


bissulfito de sódio, conservante da adrenalina.

Técnicas anestésicas:
-Anestesia tópica: anestésico lipossolúvel, lembrar de secar bem antes de aplicar.
-Anestesia mandibular:

 0 a 3 anos: abaixo do plano oclusal;


 3 a 7 anos: pouco abaixo do plano ou no plano oclusal;
 Adolescentes e adultos: anestesia mais ou menos 1cm acima do plano oclusal.
 Faz o bloqueio do NAI, recua metade da agulha para anestesiar o lingual.
 VAZIRANI-AKINOSI: pacientes que não abrem a boca, usa o fundo de saco superior
como referência de paralelismo, encontra o colo do côndilo da mandíbula e deposita.

INFILTRATIVA: até a erupção do primeiro molar permanente, se quiser anestesiar até o 1º


molar decíduo, essa técnica funciona. Já a cortical do 2º molar decíduo é mais espessa.
Contraindicado anestesia pulpar
Reações adversas:

 Com AL, primeiro vem a excitação e depois a depressão.


1. Reação alérgica: parar o procedimento e utilizar hidrocorticoide (IM) ou anti-
histamínimo (VO), se falta de ar aplicar oxigênio.
2. Agitação/excitação, envolvimento do SCV: benzodiazepínico + O2.
3. Depressão do SNC e SCV: adrenalina (IM) + O2.
Terapia medicamentosa
Cálculos de dose:
A partir de 30kg se faz dose de adulto. A bula é o padrão ouro, mas quando nela não
houver posologia para criança devemos usar uma das seguintes fórmulas:

 Peso (CLARK):
o Se houver balança: Peso*DA/70
o Se não houver balança: Peso estimado= idade*2 +9
 Idade (YOUNG):
o (Idade (anos)/ Idade (anos) +12)*DA; em casos de peso fora da curva, devo
multiplicar essa proporção pela dose do adulto.
 Superfície corporal (SHIRLEY BARKA) – é a que mais se aproxima da dose ideal:
o SC: (Peso*4 + 7)/ peso + 9
o DP: SC criança/ 1.7

Prescrevendo:
1. Amoxicilina 250 mg/5ml para uma criança de 20kg. Posologia: 20mg/kg.
20mg*20kg= 400mg. A solução é de 250mg/5ml, dessa forma: 400mg*5ml/250mg
= 8ml a cada 8h.

Analgésicos (24h de prescrição)

 Dipirona: ½ gota/kg, de 6/6h para dores leves. Preventivo. Contraindicado: rinite, asma,
anemia, leucopenia e menores de 5 anos.
 Paracetamol: 1 gota/kg de 6/6h para dores leves. Preventivo. Contraindicado: alergia ao
uso de varfarina.
 Ibuprofeno: 1 gota/kg de 6/6h para dores leves. Preventivo. Como analgésico usa-se na
concentração de 50mg/ml. Contraindicado: problemas estomacais.

Anti-inflamatórios

 AINE não seletivo (usar só até 3 dias):


o Ibuprofeno: 100mg/mL tem efeito anti-inflamatório. Nessa dosagem e efeito,
usa-se para dores moderas preventivo ou preemptivo.
o Nimesulida: 1 gota/kg de 12/12h. Dores moderadas por um curto período,
preventivo ou preemptivo.
 AIES
o Betametasona: 0,5mg/kg, 30 min antes do procedimento ou 2 gotas/kg. Usados
apenas preemptivo em casos de dores moderadas a intensas (em cirurgias mais
complexas).
o Omcilon A orabase: 1mg/g. Indicado para aftas recorrentes. Seca a mucosa e
aplica em apenas um sentido.

Antibacterianos

 Quando prescrever?
GUN, periodontite agressiva, pericoronarite, sialodenite neonatal, sialodenite pós-
operatória, celulite.
o Em casos de comprometimento sistêmico deve haver mal estar, inapetência,
dificuldade de abrir a boca, dor, gânglios infartados e febre.
 Amoxicilina: DA: 40mg/kg. DM: 20mg/kg. Não mais que 500mg/dose de 8/8h.
Infecções leves a moderadas.
 Amoxicilina BD: 12/12h, não ultrapassar 875mg/dose.
 Amoxicilina com clavulonato de potássio: DA: 50mg/kg. DM: 25mg/kg, 12/12h, dose
máxima: 875mg. Usa-se para infecções moderadas e graves 3 dias depois da prescrição
de amoxicilina que não obteve efeito.
 Amoxicilina com metronidazol: amoxicilina com a mesma posologia, adiciona-se
metronidazol com DM de 7,5mg/kg. Infecções graves de origem pulpar, GU, infecções
ósseas.
 ALÉRGICOS A PENINCILINA:
o Claritromicina: DA: 15mg/kg; DM: 7,5mg/kg. Infecções leves a moderadas.
12/12h 500mg Dose máxima
o Azitromicina: DA: 20mg/kg; DM: 10mg/kg. Uma vez ao dia. Infecções
graves.

Tempo máximo de 3 dias, se não fizer efeito se associa aos metronidazol ou clavulonato
por mais dois dias, se ainda assim não fizer efeito encaminha pro hospital.

 Profilaxia antibiótica: diabéticos descompensados, leucemias, cardiopatas, histórico de


endocardite bacteriana. Deve ser feito 1h antes.
o Amoxicilina: 50mg/kg; claritromicina: 15mg/kg; azitromicina: 15mg/kg.

Antifúngicos

 Queilite angular, sapinho:


o Nistatina: 1 a 6ml, 4x ao dia.
o Cetoconazol: 20mg/kg, 4x ao dia (pomada).

Antiviral

 Aciclovir creme: 50mg/kg, 3 a 5 vezes ao dia.


 Aciclovir: 200mg, 5x ao dia.

Terapia pulpar

TRATAMENTO CONSERVADOR
1) CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO (pulpite reversível)

Zona necrótica: dentina macia ~zona contaminada ~zona desmineralizada: dentina


courácea ~zona translúcida: dentina firme ~dentina hígida: dentina dura
Média/rasa: adesivo
Profunda: CIV/MTA/BIODENTINE + restauração
2) CAPEAMENTO PULPAR DIRETO
Lesão de até 2mm, onde a polpa não entrou em contato com o tecido cariado. Em caso
de trauma se faz em até 1h, passando disso é pulpotomia.
Com hidróxido de cálcio: HC PA + Cimento HC
Com MTA: lava com solução HC ou soro, aplica-se o MTA + CIV + Adesivo
Com biodentine: 5gotas de líquido para cada cápsula de pó (amalgamador), biodentine
+ adesivo

TRATAMENTO RADICAL
PULPOTOMIA: pulpite reversível sintomática (polpa resistente ao corte, sangramento
controlado e sangue com coloração vermelho vivo). – se a hemorragia não for contida, parte
para a pulpectomia
Com HC ou MTA
1. Remove-se a polpa no nível do colo dental
2. Irriga e aspira com soro fisiológico (HC ou MTA) ou solução dycal (esta só com
HC mesmo)
3. Otosporin em esponja estéril por cerca de 5min em contato direto com a polpa
4. A partir daqui é como no capeamento pulpar direto com qualquer um dos 3
materiais

Com Formocresol (material extremamente cáustico)


1- Remove a polpa ao nível do colo
2- Insere algodão pra conter hemorragia
3- Lava a câmara com soro, seca
4- Insere formocresol em algodão estéril, remove-se o excesso (escurece a embocadura)

PULPECTOMIA – biopulpectomia: uma sessão; necropulpectomia: uma ou duas sessões.


Limas: #15, #20, #25, #30 – posteriores;
#40, #45, #50, #55 – anteriores
-Indicações biopulpectomia:
1 - Pulpite irreversível
2 – Pulpite crônica hiperplásica
3 – reabsorções internas
4 – exposições por trauma maiores que 24h.
Pulpectomia com HC em uma sessão
1- CAD-3 com a #45
2- Neutraliza com clorexidina no CAD-3
3- Cálcula CRD com uma radiografia com a lima em CAD-3, onde CRD=
(CRI*CAD)/CAI.
4- CRT= CRD-2
5- #45 no CRT, inunda com clx, irriga com soro, aspira
6- #50 no CRT, inunda com clx, irriga com soro, aspira
7- #55 no CRT, inunda com clx, irriga com soro, aspira
8- EDTA + cone de papel absorvente
9- Pasta hollem= 1g do callen + 0,65g de óxido de zinco, colocada com a lima #15 em
CRT.
10- Radiografia final pra chegar preenchimento
11- OZE ou HC (pra marcar a embocadura) + CIV + restauração

Pulpectomia com Vitapex ou GP:


-Semelhante ao anterior, mas o veículo inerte é o endo PTC + dakin (clx e soro).
-Preenche o canal com pasta guedes pinto ou vitapex, usa guta percha para demarcar a
embocadura
-Fecha com OZE + CIV
Necropulpectomia sem e com lesão utilizando HC (4 limas):
1ª sessão:
1- CAD-3 com #40
2- Neutraliza com clorexidina no CAD-3
3- CRD= (CRI*CAD)/CAI, por sua vez, CRT= CRD-1mm
4- #45 em CRT, inunda com clx, irriga com soro e aspira
5- #40 no CRD
6- #50 no CRT, inunda com clx, irriga com soro e aspira
7- #40 no CRD
8- #55 no CRT, inunda com clx, irriga com soro e aspira
9- #40 no CRD
10- Seca, utiliza EDTA, cone de papel absorvente
11- MIC: com a seriga, pasta callen de 14 a 30 dias (ideal= 21 dias)
12- Pasta de HC para localizar a embocadura, CIV ou cotosol (o último tem mais chances
de cair).

2ª sessão
1- Tira a pasta callen com #40 no CRD, irriga, aspira, coloca clx, faz todo o processo da
primeira sessão de novo, novamente, mais uma vez.
2- Irrigação + cone de papel absorvente
3- Pasta hollem= 1g do callen + 0,65g de óxido de zinco, colocada com a lima #15 em
CRD-2mm.
4- Radiografia final para checar preenchimento
5- OZE ou cimento de HC para localizar embocadura, CIV + restauração

CTZ (ESTERILIZAÇÃO DA LESÃO)


Indicações: pulpite irreversível, dente necrosado, dente com lesão periapicais
Contraindicações: dentes com lesões interradicular; dentes anteriores
~não há contaminação com tetraciclina em nenhum dente permamente ~
1- Abertura coronária;
2- Irrigação com solução de Milton ou a de Labaraque ou clx
3- Nas entradas dos canais, fazer uma pequena cavidade com a broca esférica de 2mm
(para aumentar a luz do canal).
4- Insere ctz no canal
5- Sela com OZE ou CIV
6- ABCESSOS AGUDO X ABSCESSOS CRÔNICOS:
7- -Abscesso agudo é incomum em crianças devido a cortical óssea mais fina, oferece
caminho para o abscesso. O tratamento do crônico passa para necropulpectomia em 2
sessões, sem antibioticoterapia.
8- TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA:
9- Amoxicilina:
10- Dose de ataque: 40mg/kg peso / dose de manutenção: 20mg/kg peso
11- Não ultrapassar 500mg por dia: 8/8h, máximo 3 dias infecções leves e
moderadas
12- Azitromicina
13- Dose de ataque 20mg/kg peso / dose de manutenção 10mg/kg peso
14- 1x ao dia por no máximo 3 dias de infecções severas.

Traumatismo Dentario

CLASSIFICAÇÃO DOS TRAUMATISMOS


1. TRAUMA DE TECIDO MOLE

Laceração

 Dilaceração tecidual.
 Desbridamento da região lesada com remoção de corpos estranhos, se necessário,
reposição e sutura.
 Irriga com soro ou gaze úmida. É um dano que pode estar contaminado, solicitar
carteirinha do tétano e pode ser usado antibiótico.

Contusão

 Hemorragia de submucosa (equimose), sem corte.


 Recomenda-se compressas geladas, apesar de ser autorresolutivo.

Abrasão

Lesão superficial, raspagem da mucosa, superfície hemorrágica escoriada.


Intrabucal: V.A.S.A. = violeta genciana (600mg ) + anestésico (xilesteson 2% - sem
vaso) + sacarina (0,5ml) + água (30ml).
 Em pele: fibrase = fibrinolisina + desoxirrinonucleose + clorafenicol (uso tópico)
o enzimas que aceleram a destruição de células atingidas pela inflamação ou
infecção + antibiótico
o Manter a lesão úmida para evitar cicatriz
2. TRAUMA DE TECIDO DURO

Fratura coronária de esmalte/dentina

 Se só em esmalte: regularização de bordas cortantes


 Se em esmalte e dentina: proteção com HC. Se houver fragmento: colagem, se não: RC
ou CIV.

Fratura complicada da coroa


 Exposição pulpar
o No exemplo da dani: capeamento pulpar direto, bolinha de algodão com
otosporin por 5min, pasta HC e restauração com CIV.
o Exemplo 2: demora para atendimento, fez-se pulpotomia, algodão com
otosporin, pasta HC e colagem do fragmento.
o Exemplo 3: curetagem, otosporin, pasta de HC, CIV.

Fratura coronorradicular

 Esmalte, dentina e cemento, podendo acometer também o tecido pulpar.


 Tratamento:
o Se pouca perda estrutural: proteção dentinopulpar ou endodontia e restauração
o Se linha de fratura a mm abaixo da margem gengival: exodontia (mais comum).

3. TRAUMA AO TECIDO DE SUSTENTAÇÃO

Concussão

 O dente não apresenta mobilidade nem deslocamento anormal;


 Pode acarretar escurecimento posterior, mas no momento nem sangra.

Subluxação

 Rompe as fibras periodontais e sangra;


 Não há deslocamento, mas há mobilidade anormal (diminui em 1 a 2 semanas);
 Sensibilidade a mastigação: dieta leve e pastosa.

O q pode acarretar?
1. Descoloração coronária
2. Hemorragia pulpar
3. Necrose pulpar

Luxação intrusiva

 Grau I – Intrusão parcial da coroa (<50%), com mais de 50% da coroa visível;
 Grau II – Intrusão parcial (>50%), com menos de 50% da coroa visível;
 Grau III – intrusão severa ou completa, não conseguimos ver a borda incisal

OBS: luxação intrusiva em dentes permanentes tem chances de reerupção


Luxação extrusiva
Dente sai do alvéolo, mas não inteiro (avulsão).
1. Diagnóstico
 Radiografia lateral: filme fora da boca, determina a relação entre o ápice do dente
intruído e o germe do dente permanente sucessor, o grau de intrusão, a direção do
deslocamento e a presença de ruptura da tábua óssea.
 O ápice da raiz do decíduo é para frente, então fica longe do dente permanente.
2. Tratamento
O objetivo do tratamento é prevenir injúrias ao sucessor permanente, salvar o dente decíduo
e restaurar a estética.

 Acompanhamento de 2 a 6 meses para que o dente reerupcione, em casos de intrusão


para vestibular (distante do germe permanente), se não acontecer nesse tempo:
exodontia;
 Reposicionamento – radiografa muito raro pois tem que ser na mesma hora que a
criança cai;
 Exodontia
o Imediata: em caso de intrusão em direção ao germe permanente; intrusão
completa, com ruptura da tábua óssea vestibular, com aparecimento do ápice do
dente intruído para vestibular; luxação intrusiva com linguo-versão.
o Mediata: presença de lesão periapical, inflamação; anquilose do dente intruído.

OBS: a intrusão desponta como o tipo de trauma que, ocorrendo na dentição decídua, mais
frequentemente provoca danos ao germe permanente sucessor.
Luxação lateral
O dente não sai totalmente do alvéolo, nem entra, ele vai para mesial, distal, lingual ou
vestibular. Em caso de reposição, deve-se fazer acompanhamento rigoroso.
Avulsão Dentária
O dente sai completamente do alvéolo, não reimplanta para não causar danos ao
permanente. Antes de realizar a avulsão o dente tem uma leve intrusão.
ATENÇÃO:

 Recomenda-se aos pais dieta líquida e pastosa e higienização da área.

Deve-se ter atenção para as alterações nos tecidos gengivais e sintomas como dor e febre,
possíveis sequelas na dentição permanente e necessidade de adesão ao tratamento proposto.
Cirurgia indicaçoes
Alveólise
Reabsorção irregular
Reabsorção interna
Anquilose/decíduo em infraoclusão
Dentes com rizólise incompleta
Dentes com lesão de furca
Destruição coronária extensa/ lesão periapical afetando o germe do sucessor
Retenção prolongada
Reabsorção externa e interna avançadas
Raízes residuais
Fraturas coronorradiculares
Indicação ortodôntica
Dentes supranumerários
Contra-indicações do uso de fórceps

 Coroa clínica totalmente destruída


 Germe alojado entre as raízes
 Possibilidade de fratura do 1/3 apical de uma das raízes

Remoção de mesiodens supranumerário:

 Anestesia tópica
 Anestesia infiltrativa supraperiostal, transpapilar, e bloqueio do nasopalatino
 Agulha curta com o anestésico citocaína
 Remoção do mesiodens, seguida de sutura

Remoção de supranumerário no palato

 Anestesia tópica
 Bloqueio do nasopalatino e palatino maior
 Agulha curta e mepivacaína 2%
 Incisão semi-lunar com lâmina n.15
 Osteotomia
 Remoção do supranumerário, seguida de sutura

ULECTOMIA
Hipertrofia da mucosa gengival impedindo a erupção dentária.
 Incisivos centrais superiores, onde houve perda precoce dos decícuos ou traumas
constantes;
 Hiperplasia gengival medicamentosa;
 Procedimento= anestesia tópica, anestesia infiltrativa por vestibular e ligual, duas
incisões de meia-lua, expondo a porção incisal do dente.

FRENECTOMIA LINGUAL

 Formato de coração da língua quando elevada e isquemiamento do freio inteiro ao invés


de só a pontinha
 Limitação da extensão lingual
 Curvatura da língua durante a protrusão
 Deglutição errônea
 Possíveis distúrbios fonoarticulatórios

Quando realizar:

 Bebês: prejudica a amamentação (não ganha peso);


 Crianças: anormalidades na função lingual, deglutição, fala, problemas sociais,
problemas médicos (ronco, apnéia do sono e indigestão; retração gengival lingual nos
incisivos inferiores.
 Adolescentes: não consegue beijar;
 Adultos: instabilidade de próteses, alterações periodontais.

Como realizar:

 Em bebês:
o Anestésico tópico: dermodex (eu vi Valdeci pedindo xilocaína)
o Entra com a tesoura na diagonal e abre em seguida (divulsão)
 Em crianças:
o Duas pinças hemostáticas, formando um triângulo com base anterior.
o Secciona entre elas, rompe as fibras e sutura.

FRENECTOMIA LABIAL
Indicações:

 Restrição aos movimentos labiais;


 Dificuldade de escovação;
 Retração gengival;
 Diastemas persistentes na dentição mista;
 Geralmente realizada só depois da erupção dos caninos permanentes.

Como realizar:

 Realiza-se a apreensão do freio com duas hemostáticas e o que eu vou remover é o


triângulo isquemiado, feito pela apreensão das duas pinças hemostáticas.

MUCOCELE

 Extravasamento de muco para o interior do tecido conjuntivo


 Entidade benigna (lesão mais frequente em tecido mole);
 Acomete até mesmos bebês;
 Locais mais frequentes: lábio inferior, mucosa jugal, soalho bucal e ventre lingual;
 Etiologia: trauma sobre o ducto excretor;
 Opções de tratamento: exérese ou marsupialização.

Como realizar:

 Exérese: anestesia tópica, seguida de infiltrativa circular, duas incisões em meia lua
com o bisturi, até que elas se encontrem;
 Marsupialização: anestesia, passa o fio de sutura para permitir a drenagem do muco.
Indicada apenas para casos onde a superfície é lisa e a base é totalmente séssil.

PNE
1- atender com hora marcada (mínimo tempo de espera),
2- redução de ruídos;
3- presença do cuidador para auxílio no manejo.

Dizer/mostrar/fazer, reforço positivo, controle da voz e dessensibilização.

Equipe transdisciplinar
-Medicina: diagnóstico e acompanhamento.
-Fisioterapia: capacitar para executar movimentos. Terapia com animais possibilita toque e
socialização à criança.
-Terapia ocupacional: ajuda a realizar atividades do cotidiano.
-Fonoaudiologia: dificuldade de comunicação, surdez, dificuldade de mastigação, deglutição e
respiração.

Estabilização protetora:
consiste na limitação dos movimentos da criança durante o atendimento odontológico em casos
de urgência, e/ou em crianças que não podem cooperar devido a falta de maturidade, crianças
especiais com deficiência intelectual, pacientes imaturos e não cooperadores. Está no TCLE que
se necessário, será feito, mas se feito, será avisado aos pais.
○ Embrulho pediátrico com lençol,
○ Lençol e faixas em tecido e velcron,
○ Kit estabilizador
○ terapia do abraço (pais e auxiliar)
Psicologia
0 A 2 anos - Exploração manual e visual do ambiente. Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e
chutar
2 A 6/7 anos - idade dos porquês. Desenvolvimento e expressão da linguagem. Irreversibilidade
e egocentrismo
6/7 até 11/12 anos - Capacidade de solidarizar-se e viver em grupo- Aprende as regras do jogo e
prepara-se para o diálogo
11/12 anos em diante - Abstração total- Explique tudo

Cronologia e sequencia dentária


Decíduos (leva de 24 a 30 meses para todos erupcionarem):

 6 a 8 meses: ICI/ 8 meses: ICS/ ILS/ ILI/ PMI/ PMS/ CS/ CI/ SMI/ SMS

Permanentes:

 6-7 anos: ICI, PMI e PMS / 7-8 anos: ICS e ILI / 8-9 anos: ILS / 9-11 anos:
PPMI / 9-11 anos: CI / 10-11 anos: PPMS / 10-12 anos: SPMI e SPMS / 11-12
anos: CS/ 11-12 anos: SMI / 12-13 anos SMS / 17-20 anos: terceiro molar.
 Arcada inferior: 1M, IC, IL, C, 1P, 2P, 2M, se primeiro pré antes do canino há
perda de espaço.
 Arcada superior: 1M, IC, IL, 1P, 2P, C, 2M.
 Se segundo molar antes do 2P, perda de espaço em ambas as arcadas.

Fatores que interferem na erupção dentária


 Fatores locais: tecido cicatricial, fibrose gengival, dente supranumerário, tumor
odontogênico ou não, lesão traumática em decíduos, perda prematura dos decíduos,
inexistência de reabsorção do decíduo.
 Fatores sistêmicos: nutrição, doenças endócrinas, paralisia cerebral, alguns fármacos,
assim como bebês prematuros possuem interferência no processo de rizólise.
 Fatores genéticos: amelogênese imperfeita, erupção ectópica.

Estágios de Nolla
0 = ausente, ausência de cripta
1= presente, presença de cripta
2= início da calcificação
3= 3 lembra? 1/3 da coroa formada
4= 2/3 da coroa formada
5= 5 anos de odonto, somos? coroa quase formada
6= aos 60 serei uma? Coroa completamente formada
7= depois da coroa vem a raiz, então: 1/3 da raiz formada
8= 2/3 da raiz formada
9= raiz quase formada, ápice aberto
10= raiz completamente formada, ápice fechado.

 A partir do estágio 6 de Nolla posso fazer exodontia. O atraso da rizólise pode ser
causado por hipotireoidismo, hipopituitarismo ou displasia cleidocraniana.

Estomato

Gengivoestomatite herpética primária:


1ª infecção por herpes simples.
Sinais: lesões bucais doloridas, vesículas puntiformes que rompem e formam lesões pequenas
avermelhadas, pode haver coalescência com exudato amarelo acinzentado difuso.
Sintomas: mal estar, febre, cafaleia, anorexia, linfoadenopatia regional, dor na boca e
irritabilidade. Antes mesmo do surgimento das vesículas, a criança apresenta-se debilitada, sem
apetite, febril, irritadiça, com sialorreia, edemaciamento e sangramento gengival.
Transmissão: através da saliva
-------Tratamento: laserterapia de baixa intensidade e terapia fotodinâmica (PDT) quando o
anterior não for o suficiente
Herpes simples:
Provocado pelo HV1, apresenta alta incidência em crianças. Fase prodrômica e afase em que as
manifestações clínicas realmente acontecem.
Tratamento: aciclovir e laser com efeito analgésico (atuando nas terminações nervosas),
regenerativo e reparador; utilizado no estágio clínico da doença; gera diminuição dos sintomas,
melhoria do aspecto local, aceleração da cicatrização e inibição das infecções recorrentes,
diminui a quantidade de medicamento utilizada e com o PDT, age diretamente nos vírus e
bactérias.
Doença pé-mão-boca:
Vírus Coxsackie: causa febre alta nos dias que antecedem as lesões na boca, tonsilas e faringe,
bolhas nas plantas dos pés e mãos, nádegas e região genital.
Sarampo:
-Paramyxovírus, transmitida por secreções bucais, nariz e garganta
-Incubação de 7 a 14 dias
-Mancha de koplik: pequenos pontos brancos, com grãos de areia, envoltos por um halo
vermelho. Aparecem de 1 a 2 dias antes das manchas vermelhas extra-orais.
Mononucleose:
-Epstein-Barr, presença de placas esbranquiçadas na língua e/ou palato.
Parrotidite virótica (papeira ou caxumba)
-Paramyxovírus, sistêmico mas tem aumento uni ou bilateral da parótida.
OBS: A tríplice viral protege contra sarampo, parotidite e rubéola. Administrada aos 1, 4 e 6
anos (não é reforço).
Catapora (varicela)
-Varicela-zoster, 2 ou 3 semanas de incubação. Vesículas circundadas por eritemas, intra e extra
oral.
Candidíase pseudomembranosa (candidose, monilíase ou sapinho)
- Candida albicans lesões brancas removíveis a raspagem com mucosa eritematosa abaixo das
lesões.
-Pode causar perda de paladar, mais frequente manifestação na mucosa jugal, língua. Pode
afetar palato, gengiva e soalho bucal.
Leucemia
- Doença oncológica que afeta glóbulos brancos.
-Mucosa oral pálida, sangramento gengival espontâneo e prolongado (biofilme aumenta o
risco), candidíase e hiperplasia gengival.
~Complicações da quimioterapia~
Mucosite: inflamação da mucosa causada por quimio e radioterápicos. Gera dor e abre espaço
para infecções oportunistas (como candidíase).

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