CURSO PROGRESSÃO PIABETÁ

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CURSO PROGRESSÃO PIABETÁ.
PROFESSORA: CAROLINA MESQUITA.
DISCIPLINA: PRODUÇÃO TEXTUAL
TURMA: ESPCEX | DATA: / /
ALUNO(A):

imagine que seu interlocutor não concorde e formule o

No raciocínio dialético, há três elementos
fundamentais: a tese, a antítese e a síntese.
Tese é uma afirmação; antítese é uma afirmação
contrária; e síntese é o resultado coerente das duas
primeiras.
Por exemplo, imagine que você tenha uma ideia a
respeito de algo; esta é a sua tese: “A falta de
oportunidades iguais perpetua a desigualdade”. Agora,
seguinte contra-argumento: “Na verdade, quem cria as
oportunidades é o próprio indivíduo”; essa é a antítese.
Após o levantamento de ideias e uma boa discussão,
chega-se à síntese: “A falta de oportunidades iguais
contribui para a perpetuação da desigualdade”.
Entendo os critérios de correção
Tema (valor: 40,00 pontos) É a colocação do título, a
correta interpretação do tema central, a capacidade de
reflexão e abstração, o não tangenciar, desviar ou fugir
do tema, ainda que parcialmente, a estrutura
dissertativa canônica, com introdução,
desenvolvimento e conclusão, em que não haja
características de relato puro por recorrência ou
predominância de verbos no pretérito. Na introdução,
deve haver a apresentação do assunto geral, a
delimitação do tema e o posicionamento claro do
candidato. No desenvolvimento, deve ocorrer a
abordagem do tema, a apresentação de, no mínimo,
duas ideias-forças e o aprofundamento necessário para
alicerçar cada uma delas, havendo a clara feição
persuasiva, o nível de conhecimento sobre o tema e a
maturidade das ideias apresentadas. Na conclusão,
deve haver a retomada e a ratificação do
posicionamento do candidato acerca do tema proposto
e a elaboração do fecho.
Linguagem(P1) É a coerência a coesão textual a
clareza, a concisão, a precisão, a naturalidade, a
originalidade, a estilística (estruturação frasal
adequada ao texto dissertativo, com períodos
gramaticalmente íntegros) e a impessoalidade. Haverá
penalizações para: prolixidade e/ou repetição viciosa,
interlocução explícita com o leitor (a exemplos de
aconselhamentos, do emprego de verbos no modo
imperativo e do pronome de tratamento "você"), apelo
à emoção, coloquialismos, gírias e marcas de
oralidade, clichês, omissão de ideias de transição
lógica, raciocínios falaciosos, analogias e citações
despropositadas (por exemplo, pensadores, textos e
obras de arte desconectados da proposta).
Análise de temas
Texto I
O dilema das redes (2020) aborda um dilema comum
em documentários desse tipo. É, sem dúvida,
importante a denúncia vinda dos empresários desse
setor que lucraram muito com a criação de empresas
digitais que monopolizam as redes: a revelação de seu
funcionamento, de seus preocupantes efeitos sobre as

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pessoas e de sua perniciosa influência em processos
políticos – uma espécie de crise de consciência.
Contudo, eles parecem não entender exatamente que
são eles os protagonistas. Empenhados em
desenvolver uma “ferramenta” capaz de integrar as
pessoas, viram-se enredados nessa rede cuja
finalidade era prender a atenção e servir de plataforma
de marketing.
Ora, é evidente que são empresas que querem lucros,
portanto, não são exatamente “ferramentas”. O
documentário afasta a resposta simples de que o
produto que vendem são os dados capturados por
essas plataformas. Elas funcionam mapeando
comportamentos e padrões de modo a dirigir a oferta
do produto com um alto grau de certeza de consumo. E
é aqui que a discussão fica interessante: qual é, afinal,
o produto?
A resposta do documentário é simples: nós.
Texto II
QUESTÃO 01. Considere a charge (Texto 2) e, com
base na finalidade das “ferramentas” (discutidas no
primeiro e no segundo parágrafos do Texto 1),
explique por que o dilema não é da rede.
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QUESTÃO 02. A imagem e o excerto a seguir foram
extraídos do livro do artista plástico Mulambö
Texto I Texto II
Através da ideia
referências e tudo mais,
penso na minha figura
como força. Um corpo
periférico sorrindo e criando
é inspiração porque
crescemos sem saber que é
possível. (...) No começo do
meu trabalho, eu não tive
referências de artistas
negros, suburbanos ou
qualquer outro tipo de coisa
que dialogasse comigo.
Nossas mãos são
normalmente relacionadas
a trabalhos braçais,
subalternos e tudo mais,
então eu sempre procurei
mostrar meus braços
fazendo os trabalhos.
Não no sentido de valorizar
o precário, romantizar o
processo e blá blá blá, a
ideia era justamente o
contrário, sabe? Mostrar
que para aquele trabalho
acontecer tive que catar
madeira na rua, porque não
tinha dinheiro para tela. (...).
Sou Mulambö e sou João.
Meu trabalho somos nós,
mesmo que eu seja um só.”
(Fonte: Mulambš. Mulambö
– o livro. Edição do autor,
2020, p. 28-30.)
a) Qual o significado da expressão “blá blá blá”?
Explique o sentido que essa escolha lexical assume
nesse texto.
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b) O texto 1 traz a reprodução da obra “Queria um
pincel me deram uma vassoura”. Relacione a obra
e seu título com a ideia de “escassez de
referências” de que o artista fala no texto 2.
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QUESTÃO 03. Desenvolva:
a) Tema: A pressa nossa de cada dia
O tempo, os tempos… A inquietação com essa
passagem está presente desde os clássicos, de Lewis
Carol, às obras de Salvador Dali e à música de Caetano
Veloso. Tal inquietação merece reflexão acerca
efemeridade inevitável daquilo que devora o ser
humano: a transitividade das “coisas”. Parece que, com
a pressa e com a vida acelerada, perde-se tempo e o
domínio sobre ele, cuja noção é relativa, afirmam os
especialistas. A sensação de perda e atraso em relação
a tudo é inexorável e, muitas vezes, impede o indivíduo
de de fazer aquilo que realmente é importante, esta é uma
marca da contemporaneidade. Por isso, é cabível
refletir sobre a importância e finitude do sujeito diante
desse paradigma implacável.
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2
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b) Tema: As dificuldades do acesso à Justiça
no Brasil
Para Rousseau, as leis existem para encaminhar a
justiça ao seu objetivo. Esse raciocínio parece refletir a
realidade, principalmente quando analisamos a
Constituição brasileira, apelidada de Constituição
Cidadã. Contudo, apesar de leis tão belas na teoria, a
justiça está longe de atingir seu objetivo na prática.
Afinal, prisões injustas e episódios de impunidade
ilustram bem o cotidiano do país. Desse modo, é
essencial analisar as dimensões políticas e culturais
desse problema para buscar as soluções adequadas.
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c) Tema: Ética é sempre um padrão a ser
seguido por uma sociedade coesa?
O filósofo grego Platão, no livro sétimo da obra “A
república” traz o mito da caverna, em que diz que nós,
humanos, vivemos aprisionados no fundo de uma
caverna, olhando para a parede, com a entrada às
nossas costas. Tudo o que é verdadeiro acontece lá,
porém, a luz do sol projeta a sombra. Como estamos
amarrados de frente para a parede, achamos que a
sombra é a coisa verdadeira. No campo da ética, isso
acontece também. Por isso, discutir como a sociedade
se contenta com as aparências, ainda que deforme
toda a unidade social: a aparência da honestidade, da
decência e sinceridade.
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