GABA:

ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO

Erick Freitas Brugognole - R.A 2416681

Flávia de Freitas Araújo - R.A 7239548
Maria Eduarda M.S da Silva - R.A 2413320
Nathalia Calcalcanti - R.A 3216759
Rebeca di Carmo – R.A 3033349
Victoria M.P.M Gottsfritz - R.A 8179237

RESUMO

A psicopatologia do GABA é um campo de estudo que se concentra em

alterações no equilíbrio entre excitação e inibição neuronal relacionadas ao
neurotransmissor GABA. Características básicas do GABA incluem seu papel
fundamental na inibição neuronal e controle da excitabilidade neuronal. Sinais e
sintomas da psicopatologia do GABA incluem transtornos de ansiedade, insônia,
convulsões, tremores e alucinações, entre outros. A fisiopatologia envolve a
regulação inadequada do equilíbrio entre excitação e inibição neuronal, resultando
em hiperexcitabilidade e disfunções em diversas regiões cerebrais. O tratamento
farmacológico é uma opção importante, incluindo o uso de diferentes classes de
medicamentos, como benzodiazepínicos, barbitúricos, anticonvulsivantes e
anestésicos. É fundamental que o tratamento seja prescrito e acompanhado por um
profissional de saúde qualificado, levando em consideração as particularidades de
cada paciente e possíveis efeitos colaterais dos medicamentos. O estudo da
psicopatologia do GABA é crucial para o diagnóstico e manejo adequado de
transtornos neuropsiquiátricos, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes
afetados.

Palavras-chave: GABA; Ácido Gama-aminibutírico; Sistema nervoso; Psicopatologia;

Sinais e Sintomas; Fisiopatologia; Tratamento Farmacológico 4.

1 INTRODUÇÃO

O gaba O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor

inibitório do sistema nervoso central e desempenha um papel crucial na regulação
da atividade neuronal. A psicopatologia GABA é caracterizada por disfunções no
sistema GABAérgico, que podem levar a uma variedade de transtornos mentais e
neurológicos. Neste artigo, discutiremos as características básicas, sinais e
sintomas, fisiopatologia e tratamento farmacológico da psicopatologia GABA.
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2 CARACTERISTICAS BASICAS

O neurotransmissor Gaba (ácido gama-aminobutírico) é um dos principais

neurotransmissores inibitórios do sistema nervoso central, ele é amplamente
distribuído no cérebro e na medula espinhal, é sintetizado a partir do
neurotransmissor glutamato através da ação da enzima glutamato descarboxilase, e
é degradado pela enzima gaba transaminase (GABA-T) e pela enzima succinato
semialdeído desidrogenase (SSADH), que converte o gaba em ácido succínico.

Ele se liga a receptores específicos no neurônio, conhecidos como receptores

Gabaérgicos, que estão presentes tanto na membrana pré-sináptica quanto pós-
sináptica. O gaba é regulado por várias substâncias que podem aumentar a
atividade do receptor gabaérgico, como benzodiazepínicos e álcool. Ele age inibindo
a atividade neuronal, reduzindo a probabilidade de despolarização dos neurônios e,
consequentemente, diminuindo a liberação de outros neurotransmissores, o que
resulta em sensações de concentração, sono e relaxamento.

‘Receptores GABAérgicos: O GABA se liga a receptores específicos

presentes nos neurônios pós-sinápticos. Existem dois principais tipos de
receptores de GABA: GABA-A e GABA-B. Os receptores GABA-A estão
associados à abertura rápida dos canais de cloreto, levando a uma
hiperpolarização da membrana pós-sináptica e supressão da atividade
neural. Os receptores GABA-B estão associados a vias de sinalização
intracelular mais complexas.’’ (Olsen, R. W., & Sieghart, W. 2009)

Figura 1- Fórmula do GABA

Fonte: adaptado pelos autores

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3 SINAIS E SINTOMAS

O GABA é um neurotransmissor inibidor exclusivo dos mamíferos e não apresenta

sintomas ou sinais por si só, mas a sua baixa liberação pode causar distúrbios
neurológicos e doenças mentais, incluindo epilepsia, ansiedade e insônia. Em
excesso pode causar sonolência e ansiedade.
Sendo algumas doenças atreladas ao baixo nível do GABA a Depressão, Insônia,
Epilepsia, Transtornos do espectro autista (TEA), Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH), Transtornos alimentares e Doenças neurodegenerativas,
como a doença de Alzheimer e de Parkinson.

Ressaltando que essas condições ainda estão sendo estudadas pela comunidade
cientifica

‘’ Epilepsia: O GABA atua como um importante neurotransmissor inibitório

no controle da excitabilidade neuronal. Alterações no sistema GABAérgico
podem levar a um aumento na atividade elétrica anormal do cérebro,
resultando em crises epilépticas. Os sintomas típicos da epilepsia podem
incluir convulsões, perda de consciência, movimentos involuntários e
alterações do estado mental. (Löscher, W., & Schmidt, D. 2006).

"Transtorno do Espectro Autista (TEA): O desequilíbrio do sistema

GABAérgico tem sido implicado na fisiopatologia do TEA. Estudos sugerem
que níveis reduzidos de GABA podem contribuir para hiperexcitabilidade
neuronal e sintomas como dificuldades na interação social, comunicação
verbal e não verbal e comportamentos repetitivos." (Yizhar, O., et al. 2011.).

4 FISIOPATOLOGIA

A fisiopatologia do GABA está associada à sua capacidade de regular a atividade

neuronal no cérebro provocando a inibição do sistema nervoso, causando assim a
sensação de relaxamento e concentração. A disfunção do sistema GABAérgico pode
levar a um desequilíbrio entre a excitação e a inibição neuronal, resultando em uma
série de transtornos neurológicos e psiquiátricos.
Dados da literatura sugerem que uma desregulação dos níveis de
GABA pode estar envolvida na fisiopatologia da depressão
(PEHRSON E SANCHEZ, 2015). Nesse contexto, foi relatado que
indivíduos depressivos podem apresentar uma diminuição nos níveis
de GABA em diferentes regiões encefálicas e tratamentos com
fármacos antidepressivos (SANACORA et al., 2002), ou a
eletroconvulsoterapia, que se constitui em um eficaz tratamento para
a depressão (SANACORA et al., 2003), aumentam os níveis desse
neurotransmissor no córtex occipital desses pacientes. (ROSA, P. B.
Florianópolis 2016 )
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A baixa atividade ou a deficiência do GABA podem estar associadas a

distúrbios como ansiedade, insônia, epilepsia e transtornos do espectro autista. A
alta atividade do GABA pode estar associada a transtornos do movimento, como a
doença de Huntington, e à sedação excessiva causada por medicamentos que
atuam como agonistas do receptor GABA, como o álcool e os benzodiazepínicos. O
sistema GABAérgico também é afetado pelo envelhecimento, e a diminuição da
atividade do GABA pode estar relacionada ao declínio cognitivo e à ocorrência de
doenças neurodegenerativas.
Alguns medicamentos de uso controlado, hábitos alimentares e suplementos têm
como função potencializar a ação do Gaba no sistema nervoso.

5 TRATAMENTO FARMACOLOGICO

1 - Benzodiazepínicos: Esses medicamentos, como o diazepam e o

alprazolam, aumentam a atividade do GABA ligando-se a receptores específicos no
cérebro. Eles são usados principalmente como ansiolíticos, relaxantes musculares,
sedativos e anticonvulsivantes.

2 - Barbitúricos: Embora menos comumente prescritos atualmente, os

barbitúricos, como o fenobarbital, também aumentam a atividade do GABA no
cérebro. Eles têm efeitos sedativos e anticonvulsivantes, mas apresentam maior
risco de dependência e overdose em comparação com os benzodiazepínicos.

3 - Gabapentina e Pregabalina: Esses medicamentos não são agonistas

diretos do receptor GABA, mas têm efeitos sobre a liberação e a ação do GABA no
cérebro. Eles são frequentemente prescritos para o tratamento da epilepsia, bem
como para o alívio da dor neuropática e como estabilizadores de humor.

4 - Agonistas do receptor GABA: Existem medicamentos que são agonistas

diretos do receptor GABA, como o baclofeno, que é usado principalmente como
relaxante muscular e no tratamento da espasticidade.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, a psicopatologia do GABA é um campo de estudo amplo e

complexo que envolve características básicas do neurotransmissor, bem como seus
sinais e sintomas, fisiopatologia e tratamento farmacológico. O GABA é fundamental
para o funcionamento adequado do sistema nervoso central, estando diretamente
envolvido em processos de inibição neuronal e controle da excitabilidade neuronal.
Alterações no equilíbrio entre excitação e inibição neuronal podem levar a
transtornos neuropsiquiátricos, como transtornos de ansiedade, epilepsia e
dependência de substâncias.
Os sinais e sintomas da psicopatologia do GABA variam amplamente, mas
incluem ansiedade, insônia, convulsões, tremores e alucinações, entre outros. A
fisiopatologia envolve a regulação inadequada do equilíbrio entre excitação e
inibição neuronal, resultando em hiperexcitabilidade e disfunções em diversas
regiões cerebrais.
O tratamento farmacológico é uma opção importante para o manejo da
psicopatologia do GABA e pode incluir o uso de diferentes classes de
medicamentos, como benzodiazepínicos, barbitúricos, anticonvulsivantes e
anestésicos. No entanto, é fundamental que o tratamento seja prescrito e
acompanhado por um profissional de saúde qualificado, levando em consideração
as particularidades de cada paciente e possíveis efeitos colaterais dos
medicamentos. Em suma, o estudo da psicopatologia do GABA é crucial para o
diagnóstico e manejo adequado de transtornos neuropsiquiátricos, visando melhorar
a qualidade de vida dos pacientes afetados.
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REFERÊNCIAS

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