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Caso o Diazepam fosse administrado a uma pessoa que não estava tomando
nenhum outro medicamento, poderíamos esperar uma diversidade de efeitos. Uma
característica relevante dos BZDs é que eles atuam sobre todos os subtipos de
receptores GABAa. Cada subtipo é responsável por um efeito específico no organismo
e, como os BZDs atuam sobre todos, seus efeitos imediatos podem variar entre
ansiolíticos, hipnóticos, anticonvulsivantes e de relaxante muscular. Tais efeitos e
predominância de cada um no sistema nervoso central depende da concentração da
dose do medicamento (por ex., espera-se que em doses menores o efeito ansiolítico
predomine; caso haja aumento, efeitos como o hipnótico e anestésico emergem).
Quando usados, por exemplo, para efeito hipnóticos, os BZDs de meia vida longa podem
gerar alguns efeitos tais como cansaço, sonolência, torpor, desatenção e prejuízo
cognitivo, enquanto os BZDs de meia vida curta podem gerar efeitos tais como insônia
de fim da noite e ansiedade durante o dia. Por outro lado, em outras doses podem
causar, por exemplo, a redução do tônus muscular, o que leva aos efeitos
anticonvulsivantes e relaxantes musculares, mas podendo causar diminuição na atenção
e na velocidade de desempenho de algumas ações.
Cabe dizer que os BZDs também podem gerar outros efeitos indesejáveis ao
paciente, tais como a amnésia anterógrada, mais provável em casos de doses altas e a
longo prazo, e a dependência. Este último ocorre principalmente em pessoas com uma
história de dependência já estabelecida e/ou com pacientes ansiosos graves, podendo
acarretar posteriormente síndromes de abstinência, o que leva a efeitos como
irritabilidade, agitação, insônia, tremor, sudorese etc. Para finalizar, os BZDs também
podem ter, apesar de raros ou muito raros, efeitos como ganho de peso, irregularidade
menstrual, prejuízo na função sexual, liberação emocional, excitação, agitação,
irritabilidade e estados de confusão.
Exercício 5) À primeira vista, pela análise do caso, pode-se observar que medidas
farmacológicas muito provavelmente poderiam ser colocadas em segundo plano. A
paciente claramente relata certos hábitos alimentares que, com segurança, devem
certamente influenciar na qualidade do seu repouso noturno. Como primeira medida de
intervenção, seria aconselhável não abusar da ingestão de bebidas alcoólicas no período
antes de dormir (que apesar de relaxantes, aumentam a possibilidade de interrupção do
sono, significando com frequência uma noite pouco reparadora) ou substâncias
estimulantes como a cafeína (lembrando também que os refrigerantes e alguns tipos de
chá também a contém, permanecendo no organismo na média de três a cinco horas, e
em alguns casos por até doze horas), e, ademais, optando-se por refeições leves. Não é
demais lembrar que o excesso de líquidos pode levar à necessidade de se levantar várias
vezes para ir ao banheiro também, o que pode provocar maiores distúrbios no sono do
indivíduo. Além disso, seria positivo se informar sobre a higiene do sono da paciente,
recomendando que ela crie uma rotina que sinalize ao cérebro que é chegado o
momento de dormir, com a evitação de estímulos sonoros e/ou luminosos pela noite, a
manutenção de uma temperatura agradável, a inserção da possibilidade de um banho
quente antes do recolhimento e, também, a preferência por atividades relaxantes após
o jantar. Por último, a paciente poderia cogitar, ainda, recorrer à terapia cognitiva
comportamental, realizada por um terapeuta de sono treinado, com o oferecimento
de técnicas de relaxamento e exercícios de respiração ou até mesmo recorrer à prática
de atividades físicas regulares durante a tarde ou o dia, o que seria uma recomendação
vantajosa, porque sabe-se que o exercício ajuda no repouso e num descanso mais
revigorante. Essas alterações poderiam permitir a diminuição da quantidade de tempo
acordado gasto na cama, buscando inaugurar um ritmo regular entre o sono e a vigília.
O ronco é o ruído causado pela vibração das estruturas flácidas nas vias aéreas
superiores, devido a seu estreitamento, que ocorre habitualmente durante a inspiração.
Ele pode acontecer em todos os estágios do sono, mas em especial durante o sono
NREM. O ronco está presente em 30-40% da população com mais de 50 anos de idade.
Estudos recentes sugerem que a obesidade e o tabagismo são determinantes chaves
para a intensidade e habitualidade dos roncos. A transição de ronco habitual para o
desenvolvimento de SAOS ainda não está clara e envolvem fatores como idade,
obesidade, gênero e etnicidade, bem como a presença de outras comorbidades.
Para quem tem mandíbula curta, aparelhos ortodônticos feitos sob medida
projetam a ossatura ou abaixam a língua, facilitando a passagem de ar.
Uma das formas mais eficazes para resolver as pausas na respiração durante o sono é o
uso de um mecanismo chamado CPAP — sigla para pressão positiva contínua nas vias
aéreas, em inglês. Como o nome sugere, trata-se de uma máscara que cobre o nariz e a
boca e joga o ar para as vias respiratórias. Quando a razão do problema é uma
incorreção anatômica — na arquitetura da face ou nas amígdalas, por exemplo —
indicam-se cirurgias.
Com relação à troca dos medicamentos feita pelo psiquiatra, esta pode ser
justificada uma vez que o Zolpidem possui um efeito hipnótico semelhante ao dos
benzodiazepínicos, sem, contudo, apresentar altas propensões para abusos,
dependências e abstinências; sendo, desta forma, mais recomendado para um uso
contínuo.
contínuo.
Exercício 8) Opção D: que é provável que o medicamento leve mais de uma semana
para começar a ter efeito.
https://saude.abril.com.br/medicina/apneia-do-sono-o-que-e-como-tratar-e-como-prevenir/
https://www.scielo.br/pdf/estpsi/v24n4/v24n4a11.pdf