CONCEITO • O método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo - conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
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DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO MÉTODO • A preocupação em descobrir a natureza vem desde os primórdios da humanidade. A explicação religiosa e o conhecimento filosófico colocaram os homens na procura do real. • O método científico é a teoria da investigação. Alcança o seu objectivo quando cumprir as etapas: descobrimento do problema, colocação precisa do problema, procura de conhecimentos, tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados, invenção de novas ideias, obtenção de uma solução, investigação das consequências da solução obtida, prova da solução e correcção das hipóteses.
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MÉTODOS • Segundo Salvador (1980:118), os métodos de abordagem e de procedimento são:
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MÉTODO INDUTIVO -CARACTERIZAÇÃO • Indução é um processo mental intermédio do qual se adquire uma verdade geral ou universal. Tendo objectivo de levar as conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam. No indutivo, quando as premissas são verdadeiras, o melhor que se pode dizer é que a sua conclusão é, provavelmente, verdadeira. • Quando as premissas são verdadeiras, a sua conclusão é, provavelmente, verdadeira (Cervo & Bervian, 1978).
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MÉTODO INDUTIVO -LEIS, REGRAS E FASES • A indução realiza-se em três fases: observar os factos, descoberta da relação entre os factos e generalizar a relação.
• “O problema da indução científica é apenas um caso particular do problema
geral do conhecimento abstrato, pois a lei científica não é mais do que um facto geral, abstraído da experiência sensível” (Jolivet, 1979, p. 89).
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MÉTODO INDUTIVO -LEIS, REGRAS E FASES • Exemplo:
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MÉTODO INDUTIVO -FORMAS DE INDUÇÃO • A indução apresenta duas formas: completa ou formal e incompleta ou científica.
• A força indutiva dos argumentos por enumeração tem como justificativa os
seguintes princípios: “a) quanto maior a amostra, maior a força indutiva do argumento; b) quanto mais representativa a amostra, maior a força indutiva do argumento” (Souza et al., 1976, p. 64).
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MÉTODO DEDUTIVO -ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS • Das características que distinguem os argumentos dedutivos dos indutivos são: Nos dedutivos, se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira. Toda a informação da conclusão já estava, nas premissas. • E nos indutivos, se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. A conclusão encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas (Salmon, 1978).
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MÉTODO DEDUTIVO -ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS • Exemplo:
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MÉTODO DEDUTIVO -ARGUMENTOS CONDICIONAIS • Os argumentos condicionais válidos são os mais encontrados na lógica e filosofia. E dividem-se em “afirmação do antecedente” (modus ponens) e a denominada “negação do consequente” (modus tollens). Na afirmação do antecedente, a conclusão é o consequente da primeira premissa. A negação do consequente, deriva do facto de que a primeira premissa é um condicional, sendo a segunda uma negação do consequente desse mesmo condicional.
MÉTODO HIPOTÉTICO –DEDUTIVO • O método específico parte de um problema, dando uma teoria tentativa, eliminando erros e se renovaria surgindo novos problemas. Mas resumindo podemos dizer que a ciência começa e termina com problemas (Popper, 1977).
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ETAPAS DO MÉTODO HIPOTÉTICO –DEDUTIVO • Problema: A primeira etapa do método, aparece nas tentativas que fazemos para compreender o mundo da nossa experiência. Toda investigação nasce de algum problema teórico ou prático. • Conjecturas: é uma solução proposta em forma de proposição passível para explicar ou prever aquilo que despertou nossa curiosidade intelectual ou dificuldade teórica ou prática. As suas duas condições essenciais são a “compatibilidade” com o conhecimento existente e a “falseabilidade”. • Tentativa de falseamento: realizam-se testes para a eliminação dos erros que um dos meios é a observação e experimentação. Uma conjectura será falseável quanto mais conteúdos tiver.
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MÉTODO DIALÉTICO • As leis da dialética são: • Acção recíproca: A dialética é a grande ideia fundamental segundo a qual o mundo não deve ser visto como coisas acabadas, mas como um complexo de processos em que as coisas passam por muitas mudanças, em que, finalmente, acaba por se fazer hoje (Engels, 1979). • Mudança dialética: A mudança dialética é a negação da negação. • “Quando se nega algo, diz-se não. Esta, a primeira negação. Mas, se se repete a negação, isto significa sim. Segunda negação. O resultado é algo positivo” (Thalheimer, 1979, p. 92).
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MÉTODO DIALÉTICO • Passagem da quantidade à qualidade: A mudança quantitativa é um simples aumento ou diminuição de quantidade, e qualitativa, uma passagem de uma quantidade para outro. • “Em certos graus de mudança quantitativa, produz-se, subitamente, uma conversão qualitativa” (Engels, 1979). • Interpenetração dos contrários: Para Stalin (n.d., cit. em Politzer et al., n.d.): • Em oposição à metafísica, a dialética parte do ponto de vista de que os objectos e os fenômenos da natureza supõem contradições internas, porque todos têm um lado negativo e um lado positivo, é o conteúdo interno do processo de desenvolvimento, da conversão das mudanças quantitativas em mudanças qualitativas. MOHAMMAD GULAM LORGAT 16 MÉTODOS ESPECÍFICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS • O Método e os Métodos: • Método e métodos situam-se em níveis distintos com uma contribuição de fazer distinção entre os termos. O método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, então teríamos em primeiro lugar o método de abordagem, assim discriminado: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo, e método dialético. E os métodos de procedimento seriam a investigação e a explicação geral dos fenômenos.
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O MÉTODO E OS MÉTODOS • Método e métodos situam-se em níveis distintos com uma contribuição de fazer distinção entre os termos. • O método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, então teríamos em primeiro lugar o método de abordagem, assim discriminado: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo, e método dialético. • E os métodos de procedimento seriam a investigação e a explicação geral dos fenômenos.
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MÉTODO HISTÓRICO • Segundo Boas, as actuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm origem no passado, é importante pesquisar suas raízes, para compreender sua natureza e função. Assim, o método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje (Lakatos, 1981, p. 32).
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MÉTODO COMPARATIVO • Empregado por Tylor. O método comparativo é usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento (Lakatos, 1981, p. 32).
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MÉTODO MONOGRÁFICO • Criado por Le Play. O método monográfico consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os factores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos (Lakatos, 1981, p. 33).
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MÉTODO ESTATÍSTICO • Planejado por Quetelet. Os processos estatísticos permitem obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si. Assim, o método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, etc. (Lakatos, 1981, p. 32-33).
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MÉTODO TIPOLÓGICO • Empregado por Max Weber. Apresenta certas semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos, o pesquisador cria modelos ideais, analisando os aspectos essenciais, e a sua característica principal é não existir na realidade, mas servir de modelo para a análise e compreensão de casos concretos, realmente existentes (Lakatos, 1981, p. 33-34). • Assim, o tipo ideal não é uma hipótese, pois se configura como uma proposição que corresponde a uma realidade concreta.
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MÉTODO FUNCIONALISTA • Utilizado por Malinowski. Este método é um método de interpretação, estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de actividades (Lakatos, 1981, p. 34).
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MÉTODO ESTRUTURALISTA • Desenvolvido por Lévi-Strauss. O método estruturalista caminha do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenômenos.
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MÉTODOSE QUADRO DE REFERÊNCIA • Diferenciando-se do método de abordagem, os métodos de procedimento muitas vezes são utilizados em conjunto, com a finalidade de obter vários enfoques do objecto de estudo. • Quadro de Referência: A metodologia é importante na análise do quadro de referência, engloba métodos de abordagem e de procedimento e técnicas, este abrange uma dada teoria e a metodologia específica dessa teoria. Teoria, é considerada toda generalização relativa a fenômenos físicos ou sociais, estabelecida com o rigor científico para servir de base segura à interpretação da realidade.
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BIBLIOGRAFIA • Marconi, M. de A., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5a ed.). São Paulo: Atlas. pp. 83-112.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)