Definição: acúmulo de material (líquido) purulento no útero.
Diferencia-se de: hidrometra (água - líquido estéril), mucometra (secreção mucóide) e hemometra (secreção sanguinolenta). A E. coli é a maior causadora. Piometra aberta x fechada: na aberta tenho secreção vaginal (CÉRVIX ABERTA) e na fechada não há secreção (CÉRVIX FECHADA). Risco maior: quando há a piometra associada a hiperplasia endometrial cística. Fisiopatologia: ambas desenvolvem-se no DIESTRO (fase lútea do ciclo). hiperplasia endometrial cística: ocorre em resposta a produção alta de progesterona pelo ovário ou de forma exógena. piometra: devido a hiperplasia, há aumento de fluido nas glândulas endometriais e no lúmen do útero causando desordem da drenagem, deixando um ambiente propício a bactérias = PIOMETRA! Influência da injeção anti-cio: o estrogênio aumenta os receptores uterinos de progesterona = aumenta a possibilidade de desenvolver o quadro. -> Felino é menos comum que em cão. Exame físico: corrimento vaginal (purulento ou sanguinolento), aumento uterino (palpação), desidratação, se tiver endotoxemia ou septicemia: choque, hipotermia e ficam moribundos. Exame de imagem: RX e US: útero com aumento de volume (diferenciar de gestação). Tratamento médico: faço mais em animais com piometra aberta. alguns médicos podem adotar a conduta de não castrar e tentar tratar apenas com medicamentos e possível drenagem. utilizo atb de amplo espectro (que sirva para E. coli, maior causador). corrijo desequilíbrios eletrolíticos e ácido-básicos antes da cirurgia - fluidoterapia) Tratamento cirúrgico: É uma emergência cirúrgica, corrijo disfunções antes de ir à cirurgia. Faço impreterivelmente uma OSH, com cuidados para que não hajam resquícios de útero, pois posso ter PIOMETRA DE COTO. Técnica cirúrgica: Posição é DD, tricotomizo a região do ventre (tricotomia ampla) e faço a assepsia com clorexidina degermante e posterior clorexidina alcoólica. será realizado técnica de OSH mediante a uma celiotomia ventral. 1) incisão na linha média ventral (2 a 3 cmg caudal a xifóide - até o pubis - na prática vejo mais retro-umbilical 2 cm) - 2) localizo útero distendido com auxílio dos dedos e exteriorizo o mesmo (posso esvaziar a bexiga por cistocentese e coletar fluido da cavidade para antibiograma - mas na rotina não se faz tanto isso). 3) isolo o útero do abdome com toalhas/tampões estéreis. 4) faço a OSH normal a partir daí. 5) por fim, NÃO faço a sutura da extremidade do corte. 6) lavo o abdômen e fecho.