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Published in Mundo Molecular

Victor Tohmé
Aug 11, 2019 · 4 min read

Eficácia vs Potência de fármacos

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Agora entenderemos o conceito de eficácia e potência, que complementa o para fazer login no app
assunto de agonista e antagonista, abordado em outro artigo. Medium
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Victor Tohmé
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Temos que se atentar que nem tudo que é eficaz, será potente e o inverso 95 Followers
segura.
também é válido. Ou seja, essas palavras não são sinônimos.
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Quando falo em eficácia, me refiro ao máximo de resposta que o meu


agonista pode fazer naquele seu receptor. Logo, é o máximo de resposta que More from Medium
o meu fármaco consegue provocar. Se o fármaco chega no receptor e
Unbecoming
provoca o máximo de resposta da capacidade do meu receptor, ele será um
10 Seconds That Ended My 20
fármaco 100% eficaz. Mas se o fármaco chegar lá, interagir e não provocar o Year Marriage
meu 100% de resposta, eu estarei perdendo em eficácia.
Darius Foroux

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Logo, aqui entendemos o que são os agonistas plenos (tem 100% de eficácia) Removing These 4 Useless
e os agonistas parciais. Things In Your Life

Mark Schaefer
Já para entendermos potência, vamos precisar analisar um gráfico. 20 Entertaining Uses of
Basicamente, potência é o quanto de fármaco preciso para atingir 50% da ChatGPT You Never Knew
6 Were Possible
resposta máxima. Se eu preciso de 10mg de um fármaco para atingir metade
de sua resposta máxima e eu precisei de um outro fármaco de 20mg para Bryan Ye in Better Humans

atingir os mesmos 50%, qual deles foi mais potente? Ambos tem a mesma How To Wake Up at 5 A.M.
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eficácia, já que atingem a mesma resposta de 50%. Mas um precisa de 10mg
e o outro de 20mg. Aquele que eu precisei utilizar maior quantidade, será o
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meu fármaco menos potente. Assim, o fármaco potente é aquele que preciso Text to speech

de pouca quantidade para atingir o máximo de eficácia possível.

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Observação: estou comparando, aqui, dois fármacos que interagem com um
mesmo receptor.

Gráfico ilustrando potência

No eixo X tenho a concentração de agonista ou antagonista. E aqui temos 3


situações: utilizar somente o antagonista, utilizar somente o agonista ou
misturar ambos. Como o antagonista por si só não tem resposta, usá-lo
sozinho não acontecerá nada. E o agonista, quando está sozinho, ele vai se
ligar ao receptor e atingirá 100% da resposta, caracterizando assim sua
atividade plena. Ao misturar, repare que o antagonista não atrapalha a
capacidade do agonista de atingir 100% da resposta. Logo, não interfere em
sua eficácia, mas força com que eu precise administrar mais do meu
agonista para atingir o máximo de eficácia. Logo, o meu antagonista irá
interferir na potência do meu agonista. O meu antagonista deixou o meu
agonista menos potente.

Por que analisamos o 50% de resposta? Percebe como são as curvas: elas são
sigmoides. Se eu pegar o ponto lá em cima, onde a linha já está reta ou quase
reta, repare que eu já atingi o meu 100% de resposta (ou perto disso). Como
eu vou conseguir mensurar e saber ver se ele é mais ou menos potente se
estou numa área do gráfico onde não tenho variação? Como estamos falando
de uma proteína (receptor), ela ficará saturada em determinado momento,
não permitindo gerar mais resposta significativa. Então, quanto mais pra
direita eu for com meu gráfico, não adianta mais eu falar de concentrações
maiores ou menores, porque eu já atingi o máximo de resposta, não
conseguindo observar quem é mais potente ou menos potente. Mas
trabalhando onde a curva ainda está ascendente, eu consigo perceber
exatamente onde tem condições diferentes de potência. Assim, fazemos a
observação em 50% da eficácia.

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Gráfico ilustrando eficácia

Agora, nesse outro gráfico, observe que temos o agonista pleno, que provoca
100% da minha resposta. Ele tem a máxima de eficácia. Agora, quando
misturo com um antagonista, eu tenho uma perturbação nessa curva: não
consigo mais atingir os meus 100% de eficácia. Assim, estou interferindo na
eficácia do meu fármaco.

Mas será que tive uma perda de potência? Vamos voltar a observar os meus
50%: note que pra curva apenas do agonista e pra curva da mistura, ainda
consigo atingir os mesmos 50% de resposta para a mesma quantidade de
agonista. Logo, o antagonista foi capaz de atrapalhar a eficácia do meu
fármaco, mas não a sua potência.

Eficacia Potência Farmacologia Farmacia Farmácia

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