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Aula 2

Direitos constitucionais dos trabalhadores (art.


7º da CF/1988). Da renúncia e transação

Direito do Trabalho para AFT (Pré-edital)

Prof. Danielle Silva


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Direito do Trabalho para AFT (Pré-edital)
Aula 2: Direitos constitucionais dos trab...

Sumário
.......................................................................................................................................................................................

DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRABALHADORES................................................................................... 3

ATENÇÃO!.................................................................................................................................................... 4

INCISOS DO ARTIGO 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL..................................................................................... 5

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 6

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 7

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 10

ATENÇÃO!.................................................................................................................................................... 12

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 13

ATENÇÃO!.................................................................................................................................................... 16

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 19

DIREITOS CONSTITUCIONAIS DO EMPREGADO DOMÉSTICO.......................................................................... 19

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 23

RENÚNCIA E TRANSAÇÃO............................................................................................................................. 30

RENÚNCIA.................................................................................................................................................... 30

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 31

TRANSAÇÃO................................................................................................................................................. 32

QUESTÃO PARA FIXAR.................................................................................................................................. 33

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS - DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRABALHADORES........................ 39

QUESTÕES COMENTADAS - RENÚNCIA E TRANSAÇÃO.................................................................................. 63

RESUMO DIRECIONADO................................................................................................................................ 70

ARTIGO 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL........................................................................................................ 70

RENÚNCIA E TRANSAÇÃO............................................................................................................................. 72

TESTE DE DIREÇÃO....................................................................................................................................... 74

DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRABALHADORES................................................................................... 74

RENÚNCIA E TRANSAÇÃO............................................................................................................................. 83

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Direitos constitucionais dos trabalhadores


Os direitos sociais são considerados direitos fundamentais que visam à concretização da igualdade social.

Ao discorrer sobre a relação entre Direito do Trabalho e Direito Constitucional, Amauri Mascaro
Nascimento[1] define direitos sociais da seguinte forma:

“Direitos sociais são garantias, asseguradas pelos ordenamentos jurídicos, destinadas à proteção das
necessidades básicas do ser humano, para que viva com um mínimo de dignidade e com direito de acesso aos
bens materiais e morais condicionantes da sua realização como cidadão”.

O artigo 6º da Constituição Federal destaca quais são os direitos sociais:

 Art. 6º, CF - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.

O trabalho é, portanto, um dos direitos sociais constitucionalmente assegurados.

Os direitos relacionados ao trabalho estão elencados, principalmente, no artigo 7º da Constituição Federal.


Em virtude de seu status constitucional, trata-se de um  patamar mínimo  de direitos. Tanto é que, mesmo
com a Reforma Trabalhista dando mais força à negociação coletiva, os direitos previstos no artigo 7º da CF
estão protegidos: com exceção à Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), esses direitos são reiterados
no artigo 611-B da CLT, onde constam os direitos que não podem ser reduzidos, tampouco suprimidos por
meio de negociação coletiva (convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho).

Esses direitos são aplicáveis aos trabalhadores  urbanos,  rurais  e até mesmo aos  avulsos. Ao
empregado  doméstico, entretanto, nem todos os direitos são assegurados. Por isso, esta aula apresenta o
capítulo específico “Direitos constitucionais do empregado doméstico”.

O artigo 7º conta com  34 incisos. Todavia, esse rol não é taxativo, ou seja,  outros direitos podem ser
reconhecidos por meio de normas infraconstitucionais, o que se depreende da leitura do caput do artigo 7º:

 Art. 7º, CF -São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social...

Nesta aula, conheceremos todos os incisos do artigo 7º da Constituição Federal, na ordem em que são
apresentados, cada um seguido de sua respectiva explicação. O artigo contempla assuntos diversos, sendo
que em muitos deles nos aprofundaremos nas aulas específicas, no decorrer do curso. Nesta aula, portanto,
teremos uma visão geral do artigo 7º da CF. 

Você perceberá que muitos incisos trazem a expressão “nos termos da lei” ou “conforme definido em lei”. Isso
significa que o direito é de eficácia limitada, dependendo de lei infraconstitucional para sua aplicabilidade.

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Atenção!
Quando há a expressão “nos termos da lei”, a norma é de eficácia limitada. Dica: “L” de “Lei”, “L” de
“Limitada”.

Embora seja um tema afeto ao Direito Constitucional, cabe ressaltar a definição de norma de eficácia
limitada:

“As normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que não produzem, com a simples entrada em vigor,
os seus efeitos essenciais, porque o legislador constituinte, por qualquer motivo, não estabeleceu, sobre a
matéria, uma normatividade para isso bastante, deixando essa tarefa ao legislador ordinário ou a outro órgão do
Estado”[2].

É muito importante memorizar a literalidade dos direitos previstos no artigo 7º da CF, pois diversas questões
cobram esse conhecimento. Vamos lá! Bons estudos!

REFERÊNCIAS:

[1] NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. – 28. ed. – São Paulo: Saraiva, 2013, p. 333.
[2] ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito constitucional descomplicado. – 16. ed. – São Paulo:
Método, 2017, p. 60.

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Incisos do artigo 7º da Constituição Federal


I  - relação de emprego protegida contra  despedida arbitrária ou  sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos

Embora muitas vezes usadas como expressões sinônimas, as expressões “despedida arbitrária” e “sem justa
causa” se apresentam em contextos distintos. 

A despedida arbitrária refere-se à dispensa que não se funda em motivo disciplinar, técnico, econômico ou
financeiro, e é aplicável aos titulares da representação dos empregados nas CIPA (artigo 165 da CLT) e aos
membros da comissão de representantes dos empregados (artigo 510-D, § 3º, da CLT). Tais empregados
possuem garantia de emprego, e não podem ser dispensados arbitrariamente, ou seja, só podem ser
dispensados se houver motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ressalte-se que o “motivo
disciplinar” corresponde às hipóteses de justa causa.

A despedida sem justa causa é aquela que não decorre de atos faltosos do empregado ensejadores de justa
causa, tais como violação de segredo da empresa, ato de indisciplina ou de insubordinação e abandono de
emprego (artigo 482 da CLT). Trata-se do exercício do poder do empregador de encerrar o contrato de
trabalho sem justificativa.

A fim de proteger o emprego, o dispositivo estabelece que a dispensa arbitrária ou sem justa causa deve ser
mais onerosa ao empregador, justamente para desmotivá-lo a dispensar empregados.

Ainda não foi criada a mencionada lei complementar, que estabeleceria uma indenização para a dispensa
imotivada. Então, de acordo com o artigo 10, I, do ADCT e o artigo 18, § 1º, da Lei 8.036/90, enquanto essa lei
não é editada, a indenização corresponde à multa de 40% sobre os depósitos do FGTS.

Artigo 18, § 1º,da Lei 8.036/90 - Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará
este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de
todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados
monetariamente e acrescidos dos respectivos juros

Antes da criação do FGTS, não existia essa multa de 40%; contudo, existia uma proteção ao emprego ainda
maior: a estabilidade decenal. Após completar dez anos de serviços ininterruptos em determinada empresa,
o empregador tornava-se estável, de modo que só poderia ser dispensado se cometesse falta grave,
devidamente apurada por meio de inquérito para apuração de falta grave (artigos 492, 494 e 853 da CLT).
Além disso, se o empregado fosse dispensado sem justa causa, ele faria jus a uma indenização no valor
equivalente a um salário por ano trabalhado, ou fração igual ou superior a 6 meses, conforme dispunham os
artigos 477 e 478 da CLT. Nota-se que o fim da estabilidade decenal acarretou um enfraquecimento do
princípio da continuidade da relação de emprego. No entanto, a proteção ainda existe, embora em menor
dimensão. Atualmente, essa proteção consiste na maior onerosidade da dispensa imotivada.

Perceba que o inciso I garante a indenização despedida arbitrária ou sem justa causa e, no final, informa:
“dentre outros direitos”. Há outras medidas que visam à proteção do emprego e tornam “mais cara” a
dispensa sem motivo, tais como o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço – quanto mais tempo de
emprego, mais caro fica para o empregador dispensar o empregado.

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II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário

O seguro-desemprego é um programa social regulado pela Lei 7.998/90. O programa tem a finalidade de:

I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa
causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou
da condição análoga à de escravo; 

II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas
de orientação, recolocação e qualificação profissional.

O benefício só é devido se houver desemprego involuntário. Portanto, se o empregado pedir demissão, ele


não fará jus a receber o seguro-desemprego. Se for dispensado por justa causa, também não. É um benefício
de natureza previdenciária, custeado com parte da arrecadação da contribuição para o PIS/PASEP (artigo
239 da CF).

III - fundo de garantia do tempo de serviço

O  FGTS  é regulado pela Lei 8.036/1990. Corresponde ao valor de  8%  da remuneração, que é depositado
mensalmente em uma conta vinculada na Caixa Econômica Federal. O servidor público estatutário não tem
direito ao FGTS.

Também têm direito ao FGTS os servidores públicos que não prestaram concurso, ou seja, contratados pelo
regime celetista.

Atualmente, é muito comum um servidor temporário ultrapassar o prazo do contrato de trabalho com o
poder público. Em regra, o servidor não pode ter a demissão durante o prazo do contrato. 

No entanto, após esse prazo, o servidor pode ser demitido a qualquer momento, em especial se este se
prolongar por vários meses ou até anos. 

Dito isso, diante dos riscos de demissão após o término do contrato, o servidor temporário passa a ter direito
ao FGTS, da mesma forma que os trabalhadores da esfera privada. 

Esse valor fica na conta do empregado, que só pode sacar se for dispensado sem justa causa, ou se ocorrer
rescisão indireta, culpa recíproca e extinção por acordo. No caso da extinção por acordo, contudo, o
empregado só poderá movimentar até 80% do valor dos depósitos (artigo 484-A, § 1º, da CLT).

Além da possibilidade de saque dos depósitos do FGTS em razão dessas formas de ruptura contratual, o
artigo 20 da Lei 8.036/1990 elenca diversas outras situações, tais como: extinção total da empresa,
aposentadoria, falecimento, pagamento de financiamento imobiliário, trabalhador com câncer, vírus HIV,
estágio terminal, compra de órtese ou prótese. 

Questão para fixar

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CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

A CF assegura garantia contra a despedida sem justa causa do empregado, estando provisoriamente prevista
indenização compensatória de 40% do valor do saldo fundiário, a título de multa rescisória, enquanto outra
base indenizatória não for fixada por lei complementar própria.

RESOLUÇÃO: O artigo 7º, I, da CF prevê: “relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem
justa causa, nos termos de  lei complementar, que preverá  indenização compensatória, dentre outros
direitos”.

Ainda não foi criada a mencionada lei complementar, que estabeleceria uma indenização para a dispensa
imotivada. Então, de acordo com o artigo 10, I, do ADCT e o artigo 18, § 1º, da Lei 8.036/90, enquanto essa lei
não é editada, a indenização corresponde à multa de 40% sobre os depósitos do FGTS.

Gabarito: Certo

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim.

O salário-mínimo ”traduz o parâmetro salarial mais baixo que se pode pagar a um empregado no mercado
de trabalho do País”[1].

Como decorar todos os itens que o salário mínimo deve ser capaz de atender?

* Dica da Dani: VELHAS de
TPM = Vestuário, Educação, Lazer, Higiene, Alimentação, Saúde, Transporte, Previdência social, Moradia.

Trata-se de uma forma de intervenção estatal no contrato de trabalho. O empregador não é totalmente livre
para determinar o valor do salário a ser pago ao empregado, esse patamar mínimo deve ser observado. Desse
modo, a vontade dos contratantes não prevalece se for em patamar inferior ao salário-mínimo.

O inciso IV estabelece que o salário-mínimo é “fixado em lei”. Porém, segundo o entendimento do STF, a lei
pode prever que a declaração do valor do salário-mínimo seja feita por decreto do Presidente da República,
se assim autorizado pela lei que fixar o modo de reajuste ou aumento, com determinação de critérios bem
definidos para o cálculo desse valor.

O salário-mínimo é “nacionalmente unificado”, ou seja, há um valor aplicável a todo o país. Portanto,


quando você vir na CLT a expressão “salários mínimos regionais”, saiba que esses dispositivos não foram
recepcionados pela Constituição Federal de 1988 (lembre-se de que a CLT é de 1943).

Note que, ao final do inciso, consta que é vedada a vinculação do salário-mínimo para qualquer fim. Isso
significa que o salário-mínimo não pode ser usado como “indexador”, ou seja, não pode servir de base de
cálculo, como por exemplo um contrato de aluguel que estabelece que o valor será equivalente a dois salários
mínimos. Neste sentido, destaca-se a Súmula Vinculante nº4:

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SV 4, STF - Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão
judicial.

Entretanto, é importante ressaltar algumas exceções: o STF entende que o salário-mínimo pode servir de
indexador para cálculo de pensão alimentícia (ARE 842.157, de 19/06/2015). Além disso, é constitucional a
fixação do piso salarial em múltiplos do salário mínimo, desde que não ocorra vinculação a reajustes futuros
(ADPF’s 52, 149 e 171 – Informativo 1044, STF, de fevereiro/2022).

Tem exceção? É possível que um trabalhador receba menos que um salário mínimo? Sim!

1) Aos trabalhadores que laboram em jornada reduzida (inferior ao padrão de 08 horas diárias e 44 semanais)
é lícito o pagamento do salário mínimo e do piso salarial de maneira proporcional. Essa exceção, contudo,
não se aplica à Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Nesse sentido, estabelece a OJ 358 da
SDI-1 do TST:

I - Havendo contratação para cumprimento de  jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito
horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do  piso salarial ou do salário mínimo
proporcional ao tempo trabalhado.

II - Na  Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado
público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. 

2) A Súmula Vinculante nº 6 estabelece que é possível a remuneração inferior ao salário mínimo aos praças
do serviço militar inicial, nos seguintes termos:

SV 6, STF - Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as
praças prestadoras de serviço militar inicial.

3) O STF decidiu que os presos que trabalham podem receber remuneração inferior ao salário mínimo, sendo
inaplicável à hipótese a garantia de salário mínimo prevista no artigo 7º, IV, da Constituição Federal. Na
decisão, foi ressaltado que o preso não se sujeita à CLT e “já tem atendidas pelo Estado boa parte das
necessidades vitais básicas que o salário-mínimo almeja satisfazer, tais como educação, alojamento, saúde,
alimentação, vestuário e higiene” (ADPF 336/DF, julgamento em 27/02/2021. Informativo 1007/STF).

Questão para fixar


CESPE – PGR/AM– Procurador do Estado– 2016

Na hipótese de um estado da Federação contratar empregado público para cumprir jornada de trabalho
reduzida, o TST entende ser lícita a remuneração inferior ao salário mínimo, se proporcional à jornada por ele
cumprida.

RESOLUÇÃO: Aos trabalhadores que laboram em jornada reduzida (inferior ao padrão de 08 horas diárias e
44 semanais) é lícito o pagamento do salário mínimo e do piso salarial de maneira  proporcional. Essa

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exceção, contudo, não se aplica à Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Nesse sentido,
estabelece a OJ 358 da SDI-1 do TST:

I - Havendo contratação para cumprimento de  jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito
horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do  piso salarial ou do salário mínimo
proporcional ao tempo trabalhado.

II - Na  Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado
público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. 

Gabarito: Errado.

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho

O piso salarial corresponde ao salário profissional da categoria do trabalhador. 

O piso pode ser estabelecido por lei, sentença normativa, acordo ou convenção coletiva de trabalho.

A Lei Complementar 103/2000 autorizou os Estados e o Distrito Federal a instituírem piso salarial, com
fundamento parágrafo único do artigo 22 da CF, que estabelece que “lei complementar poderá autorizar os
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo”. Essa lei foi muito
questionada, mas o STF declarou sua constitucionalidade. Portanto, pode haver,  em cada estado e no
Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo
para a remuneração dos trabalhadores.

Como consta na OJ 358, transcrita no inciso anterior, é possível o pagamento proporcional do piso salarial
quando se tratar de jornada reduzida.

É importante ressaltar que, segundo o STF,  o piso salarial regional não se aplica aos contratos de
aprendizagem (ADI 6223/SP, julgamento em 22/10/2021. Informativo 1035/STF).

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo

Esse inciso se coaduna com o princípio da “intangibilidade salarial”, que visa à proteção do salário do
empregado.

Via de regra, o salário não deve ser reduzido. Todavia, a própria Constituição Federal apresenta uma
flexibilização a esta regra. Perceba que a segunda parte do inciso apresenta uma ressalva: “salvo o disposto
em convenção ou acordo coletivo”.

Assim, há permissão para a redução salarial, desde que haja negociação coletiva para tal.

Pode ocorrer a diminuição temporária dos salários em prol de um bem maior, que é o emprego, com fulcro no
princípio da continuidade da relação de emprego. São casos excepcionais em que o sindicato atua visando à
proteção do emprego.

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Os empregados que forem afetados pela redução do salário ou da jornada devem ter  proteção contra
dispensa imotivada durante o período de vigência ado acordo ou convenção coletiva, conforme estabelece
o artigo 611-A, § 3º, da CLT:

Art. 611-A, § 3º, CLT - Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o
acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante
o prazo de vigência do instrumento coletivo

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável

Quando o salário for composto de parte fixa mais parte variável, como comissão, por exemplo, ou apenas
variável, como é o caso do “comissionista puro”, será sempre garantido o valor de pelo menos um  salário
mínimo, vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de compensação.

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria

A “gratificação de Natal”, mais conhecida como “13º salário”, foi criada pela Lei 4.090/62 e ganhou status
constitucional.

O 13º salário deve ser pago  até o dia 20 de dezembro de cada ano  e corresponderá a um doze avos da
remuneração ou do valor da aposentadoria devida em dezembro por cada mês trabalhado ou fração superior
a 15 dias.

No período  entre fevereiro e novembro, o empregador deve pagar um  adiantamento do 13º salário
equivalente à metade da remuneração devida no mês anterior. O empregador não é obrigado a pagar o
adiantamento a todos os empregados no mesmo mês. Pode ocorrer de o empregado receber este
adiantamento junto com as férias, desde que o empregado assim requeira no mês de janeiro.

Perceba que o inciso informa que a base de cálculo do 13º salário é a “remuneração integral”, ou seja, não é
constituído apenas do valor do salário-base, pois recebe o reflexo de outras verbas de natureza salarial, como
horas extras e adicional noturno, por exemplo.

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno

Pelo fato de o  trabalho noturno  ser mais desgastante, quem trabalha nesse período tem direito a um
adicional noturno. Este inciso da Constituição Federal apenas informa que a remuneração deve ser superior,
mas não detalha qual seria o valor do adicional. Para os empregados urbanos, é a CLT que define os
percentuais; para os empregados rurais, a definição consta na Lei 5.889/73 (lei que regula o trabalho rural).

Para o  empregado urbano, a hora noturna será reduzida, computada a cada 52 minutos e 30 segundos
(artigo 73 da CLT).

Veja, na tabela a seguir, as principais informações sobre adicional noturno:

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X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa

O salário recebe proteção de status constitucional devido ao seu caráter alimentar. Por isso, o empregador
não pode “reter” o salário do empregado.

Embora o inciso informe que a retenção salarial seria um “crime”, ainda não há norma penal que tipifique tal
conduta. 

XI  – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,


participação na gestão da empresa, conforme definido em lei

A participação nos lucros ou resultados (PLR) refere-se a um valor pago aos trabalhadores em razão dos
resultados obtidos pela empresa. Trata-se de uma forma de incentivar a produtividade.

A PLR foi regulamentada pela Lei 10.101/2000, que basicamente informa que a PLR será  objeto de
negociação  entre a empresa e os empregados. Portanto, normalmente a PLR é estabelecida mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Note que a PLR é “desvinculada da remuneração”, ou seja, não integra as verbas trabalhistas, não
ocasionando qualquer reflexo em horas extras, FGTS e contribuições previdenciárias, por exemplo.

Já a “participação na gestão da empresa” se dará de forma excepcional. É possível que acordo coletivo de
trabalho, convenção coletiva de trabalho e regulamento de empresa tenham previsão de participação dos
empregados na gestão da empresa.

A respeito do objetivo dessa participação, Gustavo Garcia[2] destaca:

“A cogestão tem o objetivo de democratizar a direção da empresa, permitindo a maior participação dos
empregados, o que resulta na redução das diferenças sociais, além do maior interesse dos empregados quanto ao
desempenho empresarial”.

A PLR é um dos temas em que “o negociado prevalece sobre o legislado”, ou seja, as disposições constantes
em acordo ou convenção coletiva prevalecem sobre o que dispuser a lei.

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Art. 611-A, CLT - A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando,
entre outros, dispuserem sobre: (...) XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei    

O  salário-família  é um benefício  previdenciário. Consiste em um valor pago em razão do número de


dependentes do trabalhador de baixa renda, ou seja, é devido por quotas de modo que o empregado receba
tantas quotas quantas sejam os filhos, enteados ou tutelados. Quando o pai e a mãe são segurados
empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família (artigo 82, § 3º, do Decreto
3.048/99).

O pagamento é feito pelo empregador, que posteriormente compensa o valor com a Previdência Social. Há
uma tabela no site da Previdência Social que estipula a quantia paga e estabelece os critérios de “baixa
renda”. 

O objetivo desta verba é auxiliar nos gastos com a educação dos filhos. O salário-família será devido,
mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na
proporção do respectivo número de filhos ou equiparados com  até  14 anos  de idade (incompletos)  ou
“inválido” de qualquer idade. 

Veja esta questão sobre o salário-família:

Questão para fixar


FCC – TRT 19ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa– 2008

Ana, Aline, Diana, Daniela e Dora são empregadas da empresa XXCC. Ana possui um filho com 17 anos de
idade. Aline possui um casal de gêmeos com 14 anos de idade. Diana possui uma filha de 13 anos de idade.
Daniela possui uma filha de 11 anos de idade e Dora possui um filho inválido com 33 anos de idade. 

Nesses casos, terão direito ao salário-família apenas, 

a) Aline e Dora.

b) Ana, Diana, Daniela e Dora.

c) Diana, Daniela e Dora.

d) Daniela e Ana.

e) Aline e Diana.

RESOLUÇÃO: O salário-família é pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda (artigo 7º,
XII, CF). O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao
segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados com  até  14
anos de idade ou inválido de qualquer idade. O filho de Ana tem 17 anos e os filhos de Aline já fizeram 14

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anos. Portanto, não se enquadram nos requisitos. Por outro lado, os filhos de Diana e Daniela têm menos de
14 anos e o filho de Dora é inválido, situação em que não se aplica o limite de idade.

Gabarito: C

A partir de que momento o trabalhador tem direito a receber o salário-família?

A partir da prova da filiação, isto é, a partir do momento em que comprovar para o empregador que possui
filhos com idade inferior a 14 anos ou inválido de qualquer idade. Se o pedido foi feito perante o Poder
Judiciário, o trabalhador começa a fazer jus a partir do ajuizamento do pedido, a menos que se comprove
que, antes disso, o empregador se recusou a receber a prova da filiação. Nesse sentido, a Súmula 254 do TST:

Súmula 254, TST - O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação. Se feita em
juízo, corresponde à data de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador
se recusara a receber a respectiva certidão.

O salário-família está previsto nos artigos 65 a 70 da Lei 8.213/91:

Art. 65.  O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao
segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do §
2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66. 

Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco)
anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito ao
salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.

Art. 66. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze)
anos de idade ou inválido de qualquer idade é de:

I - Cr$ 1.360,00 (um mil trezentos e sessenta cruzeiros), para o segurado com remuneração mensal não
superior a Cr$ 51.000,00 (cinquenta e um mil cruzeiros);

II - Cr$ 170,00 (cento e setenta cruzeiros), para o segurado com remuneração mensal superior a Cr$ 51.000,00
(cinquenta e um mil cruzeiros). – esses valores são atualizados por outras normas.

Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho


ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação
obrigatória e de comprovação de frequência à escola do filho ou equiparado, nos termos do regulamento.

Parágrafo único.  O empregado doméstico deve apresentar apenas a certidão de nascimento referida no
caput. 

Art. 68.  As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente,
junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições, conforme
dispuser o Regulamento. 

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§ 1º A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os comprovantes de


pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização da Previdência Social.

§ 2º Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último
pagamento relativo ao mês.

Art. 69. O salário-família devido ao trabalhador avulso poderá ser recebido pelo sindicato de classe
respectivo, que se incumbirá de elaborar as folhas correspondentes e de distribuí-lo.

Art. 70. A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.

XIII  - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho;

Este inciso estabelece a duração normal do trabalho, que é 08 horas diárias e 44 horas semanais, como por
exemplo ocorre quando há labor de segunda a sexta-feira por 08 horas diárias, mais o sábado, por 04 horas.
Via de regra, o que exceder esses limites deve ser pago como hora extra.

Todavia, se houver acordo de compensação, ou seja, o empregado pode trabalhar a mais em um dia e sair
mais cedo em outro dia, não haverá pagamento de horas extras. Veremos detalhes acerca da jornada e as
formas de prorrogação na aula sobre “Duração do trabalho”.

XIV  - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;

Os turnos ininterruptos de revezamento existem nas empresas que funcionam ininterruptamente, ou seja, sem
parar. Os trabalhadores são escalados para trabalhar em períodos distintos – manhã, tarde e noite – em
rodízio.

A Súmula 360 do TST esclarece que “a interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de
cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de
6 (seis) horas”.

O objetivo da fixação da jornada em  6 horas  é desestimular o empregador a utilizá-la, pois é muito
prejudicial à saúde e à interação social do empregado, que trabalha em períodos alternados, sem poder
estabelecer uma rotina. Todavia, mediante negociação coletiva, é possível majorar essa jornada.

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

As expressões “repouso semanal remunerado”, “descanso semanal remunerado”, “folga semanal” e “descanso
hebdomadário” são sinônimas e dizem respeito ao direito de o empregado usufruir um descanso de pelo
menos 24 horas consecutivas, uma vez por semana.

De preferência, o descanso deve coincidir com o domingo. O artigo 68 da CLT determina que o trabalho em
domingo, seja total ou parcial, é subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de
trabalho. No entanto, há algumas atividades que já possuem autorização prévia do Ministério do Trabalho e
Emprego para exigirem trabalho aos domingos.

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O comércio em geral, por exemplo, possui autorização para o labor aos domingos, nos termos do artigo 6º
da Lei 10.101/2000, que prevê dois requisitos: 1º) seja observada a legislação municipal; 2º) o DSR coincida,
pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo.

Se o empregado trabalhar no dia da folga, ele fará jus a uma folga compensatória em outro dia da semana.
Se não for concedida a folga compensatória, o empregado fará jus a receber a remuneração em dobro pelo
dia trabalhado em DSR, conforme dispõe a Súmula 146 do TST: “O trabalho prestado em domingos e
feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso
semanal”.

Atenção!
O repouso semanal é preferencialmente aos domingos. 

Pegadinha: nas questões de concursos, a banca costuma trocar o “preferencialmente” por outra palavra, como
“necessariamente”, mudando completamente o sentido da frase.

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;

O “serviço extraordinário” corresponde às  horas extras. O adicional mínimo é de  50%. Por exemplo: se o
valor da hora normal é de R$ 10,00, a hora extra valerá R$ 15,00.

Note que o dispositivo constitucional estabelece um valor  mínimo. É comum que acordos e convenções
coletivas estabeleçam patamares superiores.

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal

As  férias  são um exemplo de interrupção do contrato de trabalho, pois se trata de um período em que o
empregado não trabalha, mas continua recebendo o pagamento.

Via de regra, o empregado tem direito a 30 dias de férias a cada período de 12 meses (período aquisitivo).

Junto ao pagamento das férias, o empregado receberá um acréscimo de um terço do salário.

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

A empregada gestante tem direito a licença de 120 dias. O início do afastamento poderá ocorrer entre o 28º
dia antes do parto e ocorrência deste.

A empregada ou empregado que  adotar  ou obtiver  guarda judicial para fins de adoção de criança ou
adolescente também terá direito à licença-maternidade, conforme prevê a CLT:

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Art. 392, CLT - A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem
prejuízo do emprego e do salário. 

§ 1o A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do
afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência
deste. 

§ 2o Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um,
mediante atestado médico. 

§ 3o Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. 

§ 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: 

I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função


anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; 

II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas
médicas e demais exames complementares.

Art. 392-A.   À empregada que  adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou
adolescente será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei.

No caso de falecimento da mãe durante a licença-maternidade, o pai pode usufruir os dias restantes da
licença.

Nas empresas participantes do Programa Empresa Cidadã, a licença é de 180 dias. Trata-se de um incentivo
fiscal. A empresa paga o salário-maternidade por mais 60 dias e depois compensa esse valor com os tributos
devidos sobre a folha de pagamento.

Além disso, o artigo 18 da Lei 13.301/2016 também estendia a licença-maternidade para 180 dias no caso das
mães de crianças acometidas por sequelas neurológicas decorrentes de doenças transmitidas pelo
mosquito  Aedes Aegypti (dengue, zika e chikungunya). Todavia, este dispositivo foi revogado pela  Lei
13.985/2020, que em seu artigo 5º da limitou a licença de 180 dias às mães de crianças nascidas até 31/12/2019
acometidas por sequelas neurológicas decorrentes da Síndrome Congênita do Zika Vírus. 

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

Note que o inciso assegura o direito à licença-paternidade, mas não informa qual é a quantidade de dias de
licença, limitando-se a afirmar que será “nos termos fixados em lei”. Essa lei ainda não existe. Então, vale o
prazo disposto no artigo 10, § 1º, do ADCT, que estabelece: “Até que a lei venha a disciplinar o disposto no
art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias”.

Portanto, o prazo da licença-paternidade é de 05 dias. Entende-se que o artigo 473, III, da CLT, que concede
apenas 01 dia de licença, está revogado (lembre-se que a CLT é de 1943, ao passo que a Constituição Federal é
de 1988).

Dica da Dani: separe as sílabas: PA-TER-NI-DA-DE = 5 sílabas = 5 dias

Nas empresas participantes do Programa Empresa Cidadã, a licença-paternidade é de 20 dias.

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Vamos resolver uma questão sobre a licença-paternidade:

Questão para fixar


FCC – TRT 19ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa– 2008

Mário, empregado da empresa TITO, será pai pela segunda vez. Porém, seu segundo filho nascerá da união
estável que mantém com Joana. Neste caso, Mário 

a) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de sete dias.

b) não terá direito a licença paternidade uma vez que não é casado legalmente com Joana.

c) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de três dias.

d) não terá direito a licença paternidade uma vez que a licença paternidade só é devida no nascimento do
primeiro filho.

e) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de cinco dias.

RESOLUÇÃO: Não há distinção se a genitora é esposa ou companheira (união estável) do trabalhador. Em


ambos os casos, Tito terá direito à licença-paternidade prevista no artigo 7º, XIX, da CF, pelo prazo de 05
dias, como dispõe o artigo 10, § 1º, do ADCT.

Gabarito: E

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

O inciso XX é uma norma de eficácia limitada, pois depende de regulamentação infraconstitucional (criação
de leis específicas) para que se efetive a proteção ao mercado de trabalho da mulher. 

Com efeito, à luz dessa orientação constitucional e em consonância com o artigo 5º, I, da CF, que determina
que homens e mulheres são iguais perante a lei, a legislação infraconstitucional tem apresentado uma série
de medidas no sentido de evitar a discriminação da mulher.

Exemplo: A Lei 9.029/1995 proibiu exigência de atestados de gravidez e esterilização, além de outras práticas
discriminatórias.

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei

Segundo o artigo 487 da CLT, “não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir
o contrato deverá avisar a outra da sua resolução”. Esse “aviso” é justamente o aviso prévio.

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Ao analisar o inciso XXI do artigo 7º da CF, podemos concluir que há uma disposição de eficácia limitada (a
proporcionalidade depende de lei) e outra de eficácia plena (é assegurado o mínimo de 30 dias).

A Lei 12.506/2011 regulamentou a proporcionalidade do aviso prévio, determinando que ao aviso prévio de 30
dias “serão acrescidos  3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo
de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.”

Desse modo, um empregado que trabalhou por menos de 01 ano em uma empresa, ao ser dispensado terá
aviso prévio de 30 dias; se trabalhou por 01 ano completo, 33 dias; se trabalhou por 02 anos completos, 36
dias e assim sucessivamente, até o limite de 90 dias.

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança

O ambiente de trabalho pode apresentar diversos riscos, ensejando a possibilidade de acidentes e doenças
ocupacionais.

Este inciso orienta que devem ser editadas as normas infraconstitucionais visando à proteção do ambiente de
trabalho, com normas de saúde, higiene e segurança.

As Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho são exemplos desse tipo de norma, tal como a
NR nº 6, que trata dos EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual.

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei

São assegurados adicionais salariais aos empregados que atuam em condições penosas, insalubres e
perigosas.

Note que esse direito é garantido “na forma da lei”, ou seja, é uma norma de eficácia limitada que depende
de lei para sua efetividade.

As atividades insalubres aquelas que exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites
de tolerância, tais como excesso de ruído, frio, agentes químicos, entre outros. O adicional de insalubridade é
de 10% sobre o salário mínimo, se o grau de insalubridade for leve; 20% se o grau for médio e 40% se o grau
for máximo.

O artigo 192 da CLT menciona que a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário mínimo. Porém,
como vimos, o artigo 7º, IV, da Constituição Federal veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim.
O  STF entende que esta base de cálculo é  inconstitucional e por isso, em 30/04/2008, editou a Súmula
Vinculante nº 04, proibindo que o salário mínimo seja usado como “indexador de base de cálculo de
vantagem de empregado”.

Sendo assim, é necessária uma lei que fixe um novo patamar para se calcular o adicional de insalubridade. Até
o momento, o entendimento do  TST é de que, enquanto não houver essa lei,  o salário mínimo continua
sendo utilizado como base de cálculo do adicional de insalubridade.

Já as atividades  perigosas  são aquelas que expõem o trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia
elétrica; roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial e atividades em motocicleta. O adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário-base, isto
é, “sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa” (artigo
193, § 1º, da CLT). Veja um comparativo entre os dois adicionais:

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Ainda não há norma que regule as atividades penosas. Então, ainda não existe adicional para tais atividades,
que sequer foram definidas por lei.

XXIV - aposentadoria

É garantida a aposentadoria, desde que  atendidos os requisitos  previstos na Constituição Federal, bem
como na legislação previdenciária. O artigo 201, § 7º, da Constituição Federal, com redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103/2019, por exemplo, prevê as seguintes condições: 

I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, observado
tempo mínimo de contribuição;

II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para os
trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos
o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas

Esta é uma responsabilidade, principalmente, do governo. O artigo 208 da CF estabelece:

Art. 208, CF - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...)

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

Contudo, o  empregador  também é estimulado a proporcionar esse direito. O artigo 399 da CLT, por
exemplo, afirma que os empregadores que se distinguirem pela organização e manutenção de creches e de
instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar receberão “diploma de benemerência” do
Ministério do Trabalho.

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Atenção!
Creche e pré-escola é garantida para a criança de até 05 anos. Decore essa idade! Pegadinha: a princípio, a idade
era 06 anos. A Emenda Constitucional 53/2006 alterou para 05 anos. A banca costuma colocar a idade incorreta.

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho

Acordo coletivo de trabalho  é o acordo firmado pelo sindicato de uma categoria profissional com uma
empresa ou grupo de empresas da correspondente categoria econômica.

Convenção coletiva de trabalho é o acordo entre os dois sindicatos: de um lado, o sindicato profissional
(trabalhadores) e, de outro, o sindicato da categoria econômica (empregadores).

A Constituição Federal reconhece a validade desses instrumentos coletivos. Aliás, o artigo 8º, III e VI, da CF
determina que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas” e que “é obrigatória a participação dos sindicatos nas
negociações coletivas de trabalho”.

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei

A fim de se evitar que o desenvolvimento tecnológico acarrete desemprego, este inciso estimula a criação de
leis que visem à proteção do emprego. As medidas de proteção podem envolver, por exemplo, políticas de
treinamento e readaptação dos trabalhadores.

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa

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As empresas cuja atividade preponderante apresente riscos de acidente de trabalho devem pagar o SAT –
Seguro contra Acidentes de Trabalho. Essa contribuição é destinada ao financiamento da “aposentadoria
especial”, que é a aposentadoria devida ao “ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física” (artigo 57 da Lei 8.213/91).

Mesmo pagando o seguro, o empregador é responsável por indenizar os empregados que se acidentarem ou
adoecerem em razão do trabalho quando houver dolo (intenção) ou culpa (negligência, imperícia,
imprudência).

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho.

Este inciso trata da prescrição trabalhista. Prescrição é a  perda da pretensão, isto é, do direito de exigir
judicialmente a reparação de um direito violado.

Note que esse inciso apresenta dois prazos: dois anos e cinco anos.

O prazo de dois anos, chamado de “prescrição bienal”, é contado a partir da extinção do contrato de
trabalho. Decorrido esse prazo, o prescreve o direito de o trabalhador exigir verbas e direitos trabalhistas.

Exemplo: Severino foi dispensado sem justa causa em 09/06/2020. Ele terá até 09/06/2022 para ajuizar uma
reclamação trabalhista. Passado esse prazo, Severino não poderá mais exigir seus direitos.

É importante ressaltar que “a prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio”, conforme
Orientação Jurisprudencial 83 da SDI-1 do TST.

O prazo de cinco anos, chamado de “prescrição quinquenal”, é contado a partir da data do ajuizamento da
ação. Então, o trabalhador poderá exigir os direitos dos últimos 05 anos.

Exemplo: Severino foi dispensado sem justa causa em 09/06/2020 e ajuizou uma reclamação trabalhista em
09/10/2020. Ele poderá exigir os direitos relativos aos últimos cinco anos, ou seja, a partir de 09/10/2015 até a
data da dispensa.

Há, ainda, a prescrição trintenária, que se refere ao FGTS. Originalmente, a prescrição do FGTS é trintenária
(30 anos), conforme previsto na Lei 8.036/1990. Porém, isso contraria o artigo 7º, XXIX, da Constituição

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Federal, que afirma que a prescrição quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho é quinquenal (5
anos).

No dia 13/11/2014, ao julgar o Recurso Extraordinário 709.212/DF, o STF declarou a inconstitucionalidade da


prescrição trintenária do FGTS, justamente por contrariar o disposto no artigo 7°, XXIX, da Constituição
Federal. Posteriormente, o TST editou a Súmula 362, esclarecendo que, a partir da data da decisão do STF, a
prescrição seria sempre quinquenal e explicando o que aconteceria com os prazos prescricionais que já
estavam “correndo”, nos seguintes termos:

I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito
de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o
término do contrato;

II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014,  aplica-se o prazo
prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de
13.11.2014.

Portanto, para os depósitos de FGTS não efetuados no período a partir de 13/11/2014, aplica-se a prescrição
quinquenal (05 anos).

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil

À luz do princípio da  isonomia, este inciso determina a proibição de discriminação salarial, funcional e
admissional.

Como exemplo de norma que visa à eficácia a esse dispositivo, o artigo 373-A da CLT proíbe a publicação de
“anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a
natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir”.

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador


portador de deficiência

Primeiramente, é importante destacar que a expressão adequada é “pessoa com deficiência”, e não mais
“portador de deficiência”.

A Lei 13.146/2015 define pessoa com deficiência como “aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

Quanto à eliminação dessas “barreiras” no âmbito do trabalho, o artigo 8º da referida Lei estabelece que é
dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência o direito à educação, à
profissionalização e ao trabalho.

XXXII  - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos

Também dispondo acerca do princípio da isonomia, este dispositivo estabelece que não deve haver
discriminação entre de trabalhadores pela natureza do trabalho desenvolvido – manual, técnico e
intelectual. 

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Em consonância com esse inciso, destaca-se o artigo 3º, parágrafo único, da CLT: “Não haverá distinções
relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e
manual”.

XXXIII  - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer


trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

O menor de idade é uma pessoa em desenvolvimento físico e mental. Por tal razão, há diversas normas
protetivas a fim de respeitar essa situação peculiar de pessoa em desenvolvimento.

O menor de 14 anos não pode realizar nenhum tipo de trabalho.       A partir dos 14 anos, o jovem pode
trabalhar na condição de aprendiz, que é um contrato especial de emprego, com intermediação de
instituição de ensino.

A partir dos 16 anos, o jovem pode trabalhar com contrato de emprego normal. Porém, o trabalho não pode
se dar em condições perigosas e insalubres e também não pode ser no período noturno (das 22h00 às 05h00).

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso

O trabalhador avulso portuário (disciplinado pela Lei 12.815/2013) e o não-portuário (Lei 12.023/2009)
realizam trabalhos relacionados a atividades de conferência e movimentação de mercadorias, entre outras.

No trabalho avulso portuário, há 03 envolvidos: o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), o operador
portuário e o trabalhador avulso. No trabalho avulso não portuário, a intermediação é feita pelo sindicato da
categoria, e não pelo OGMO.

Embora o trabalhador avulso não tenha vínculo de emprego, a Constituição Federal assegurou a igualdade
de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Desta forma,
apesar de não terem vínculo empregatício, os avulsos têm direito a FGTS, 13º salário, adicional noturno,
entre outros. Este é último inciso do artigo 7º da CF. 😉

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Questão para fixar


FCC – TRT 18ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa– 2013

Em relação aos direitos dos trabalhadores previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que

a) há previsão apenas de direitos trabalhistas ao empregado urbano, não sendo contemplado o trabalhador
rural cujos direitos estão previstos em lei específica.

b) não há previsão constitucional para direitos do trabalhador doméstico, cabendo à Consolidação das Leis
do Trabalho regulamentá-los.

c) há igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador


avulso.

d) não há qualquer previsão constitucional para a proteção do trabalhador em face da automação, bem
como de seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador.

e) há previsão específica quanto à possibilidade de distinção entre o trabalho manual, técnico e intelectual
ou entre os profissionais respectivos.

RESOLUÇÃO: A – Errada. Os direitos constitucionais dos trabalhadores atingem os trabalhadores urbanos


e rurais.

B – Errada. O parágrafo único do artigo 7º da CF estabelece quais são os direitos constitucionais aplicáveis
aos domésticos.

C – Correta, conforme artigo 7º, XXXIV, da CF.

D – Errada. O artigo 7º, XXVII, da CF prevê: “proteção em face da automação, na forma da lei”.

E – Errada. O artigo 7º, XXXII, da CF prevê: “proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos”.

Gabarito: C

Direitos constitucionais do empregado


doméstico
O empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e
de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias na semana.

Da análise desse conceito, podemos ver que, além dos requisitos típicos da relação de emprego, há 4
elementos fático-jurídicos especiais que caracterizam o empregado doméstico, que são:

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1) finalidade não lucrativa

2) trabalho para pessoa física ou família

3) âmbito residencial

4) mais de 2 dias por semana.

Inicialmente, o trabalho doméstico era regulado pelo Código Civil e, portanto, tratado como se fosse uma
“locação de serviços”.

O Ministro Godinho explica que houve uma “fase de exclusão jurídica”, seguida de uma “fase de inclusão
jurídica”. Quanto à primeira fase, o autor afirma que a categoria doméstica permaneceu “por extenso
período, em constrangedor limbo jurídico, sem direito sequer a salário mínimo e reconhecimento
previdenciário do tempo de serviço”[3].

A partir da década de 1970, começaram a ser editadas leis que previam direitos aos trabalhadores
domésticos. Com o passar do tempo, o empregado doméstico foi obtendo conquistas de direitos, sobretudo
com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que destinava alguns direitos à categoria doméstica.
Posteriormente, a Emenda Constitucional 72/2013 estendeu mais direitos aos domésticos; contudo, alguns
deles só teriam eficácia desde que “atendidas as condições estabelecidas em lei”. Em junho de 2015, a Lei
Complementar 150/2015, que é a lei que atualmente regula o trabalho doméstico, ampliou o rol.

Todavia, atualmente, ainda não são assegurados aos domésticos todos os direitos destinados aos demais
trabalhadores na Constituição Federal.

O parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional
72/2013, estabelece quais incisos são aplicáveis aos empregados domésticos. Perceba que há diversos incisos
que não são citados:

Art. 7º, parágrafo único, CF  - São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades,
os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

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Ante o exposto, podemos dividir os direitos do empregado doméstico em quatro grupos:

direitos destinados aos empregados domésticos desde a promulgação da CF/88;

Direitos estendidos aos empregados domésticos com aplicabilidade imediata pela Emenda
Constitucional 72/2013;

Direitos que a EC/73 destinou aos empregados domésticos desde que “atendidas as condições
estabelecidas em lei” – que, no caso, é a Lei Complementar 150/2015;

Direitos constitucionais que ainda não se aplicam ao empregado doméstico.

1) Os direitos previstos originariamente na CF/88 aos empregados domésticos são:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

XXIV – aposentadoria.

2) Os direitos assegurados aos empregados domésticos pela EC 72/2013, com aplicabilidade imediata,
são os seguintes:

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; 

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

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XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador


portador de deficiência;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

3) Os direitos estendidos aos domésticos pela EC 72/2013, aplicáveis desde que “atendidas as condições
legais”, isto é, com eficácia limitada, são:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas; 

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

    🡪 É importante ressaltar que compete à União legislar sobre Direito do Trabalho (artigo 22, I, CF). Portanto,
tais “condições legais” correspondem às leis ordinárias federais.

4) Os direitos constitucionais que ainda NÃO se estendem aos domésticos são:

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação


na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XIV -  jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 

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XXXII -  proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;

XXXIV -  igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso.

* Dica da Dani:  P A T I

P (x6) 🡪 Piso, PLR, Proteção ao mercado de trabalho, Proteção em face da automação, Proibição de


distinção, Prescrição*.

A 🡪  Adicional de insalubridade, penosidade, periculosidade 

T 🡪 Turnos ininterruptos de revezamento (jornada de 06 horas)

I 🡪 Igualdade com avulso

    *Quanto à  prescrição, cabe ressaltar que a LC 150/2015 disciplinou a matéria nos mesmos moldes da
prescrição destinada aos demais trabalhadores (prescrição bienal e prescrição quinquenal):

Art. 43 da LC 150/2015  - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho
prescreve em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do contrato de trabalho. 

Questão para fixar


Cespe/ Cebraspe – TRT – 17ª Região – Técnico Judiciário – 2013

O salário-família é um direito constitucional dos trabalhadores urbanos estendido aos empregados


domésticos, independentemente de qualquer regulação infraconstitucional.

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RESOLUÇÃO: O salário-família depende, sim, de regulação infraconstitucional para que possa ser aplicável
aos empregados domésticos. Trata-se de um dos direitos estendidos aos domésticos pela Emenda
Constitucional 72/2013, mas que depende de regulamentação. Portanto, esse direito possui eficácia limitada. 

Artigo 7º, XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

Artigo 7º, parágrafo único, CF - São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais
e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

Gabarito: Errado

REFERÊNCIAS

[1] DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. – 17. ed. – São Paulo: LTr, 2018, p. 850.
[2] GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Editora Forense,
2018, p. 1421.
[3] DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. – 17. ed. – São Paulo: LTr, 2018, p. 448.

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Renúncia e transação
Via de regra, em razão dos princípios da  indisponibilidade de direitos  e da  imperatividade das normas
trabalhistas, o trabalhador não pode se despojar, ou seja, “abrir mão” dos seus direitos. Se ele o fizer, o ato
será nulo, nos termos do artigo 9º da CLT:

Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. 

Essa indisponibilidade, contudo, não impede a supressão de direitos em razão da  prescrição  (perda da
exigibilidade de um direito em razão do decurso do tempo previsto lei) e da decadência (perda de um direito
em razão da omissão do seu titular). Nesse sentido, o Ministro Godinho[1]  explica:

“O Direito do Trabalho não impede, porém, a supressão de direitos trabalhistas em face do exercício, pelo devedor
trabalhista, de prerrogativa legal (como a arguição de  prescrição) ou em face do não exercício, pelo credor
trabalhista, de prerrogativa legal ou convencional (como no caso da decadência). Prescrição e decadência geram,
pois, supressão de direitos laborais, sem afronta ao princípio básico da indisponibilidade que caracteriza o Direito
Individual do Trabalho”.

Além da prescrição e da decadência, há outros meios de disponibilidade de direitos, que são a renúncia e a
transação.

Renúncia
A renúncia é uma declaração unilateral de vontade do trabalhador, em que ele abre mão de um direito, sem
que haja uma contrapartida. Neste caso, o direito é certo e atual. Há um despojamento de direitos por parte
do trabalhador.

O Ministro Godinho[2] elenca os seguintes requisitos da renúncia: 

capacidade do sujeito renunciante;

higidez em sua manifestação de vontade (sanidade mental);

objeto (somente as parcelas expressamente ressalvadas pela ordem jurídica);

forma (ou procedimento) legalmente especificado.

São raras as possibilidades de renúncia no Direito do Trabalho. Ao explicar o motivo do reduzido campo de
aplicação da renúncia, a autora Alice Monteiro de Barros[3] esclarece:

“As normas de Direito do Trabalho são, em sua maioria,  imperativas,  cogentes, limitando o Estado
deliberadamente a autonomia da vontade em face da necessidade de proteger o economicamente fraco. Logo, a

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indisponibilidade de direitos sofre limitações, quer no tocante à renúncia, quer no tocante à transação, pois não seria
coerente que o ordenamento jurídico assegurasse ao empregado garantias mínimas e depois deixasse esses direitos
subordinados à sua vontade ou à vontade do empregador”.

A doutrina analisa a viabilidade da renúncia de acordo com o momento em que ela ocorre:

1)  No momento da celebração do contrato de trabalho:  a renúncia é  nula, pois se presume que o
trabalhador foi coagido a renunciar para conseguir o emprego (vício de consentimento). Em regra, é
inadmissível a renúncia a direitos futuros. É o caso, por exemplo, da vedação à “pré-contratação” de horas
extras do bancário no momento da admissão, conforme Súmula 199, I, do TST:

Súmula 199, I, TST - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é


nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas
após a admissão do bancário.

2)  Na vigência do contrato de trabalho: a regra é a irrenunciabilidade de direitos, sendo a renúncia


permitida quando haver previsão legal ou na jurisprudência sumulada, conforme exemplos a seguir:

Exemplo 1: o empregado que sofreu doença ou acidente de trabalho e esteve afastado recebendo benefício
previdenciário tem direito à garantia de emprego de no mínimo 12 meses após a cessação do benefício
(artigo 118 da Lei 8.213/1991). Contudo, o empregado pode renunciar a esse direito, pedindo demissão.

Exemplo 2: se houver dois regulamentos na empresa, o empregado deverá optar por um deles e,
consequentemente, renunciará ao outro regulamento. Neste sentido, a Súmula 51, II, do TST:

Súmula 51, II, TST - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por
um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

Exemplo 3: o dirigente sindical tem o direito de não ser transferido para lugar ou atividade que dificulte ou
impossibilite o desempenho das atribuições sindicais. Porém, caso solicite a transferência, o trabalhador
renunciará ao mandato e, consequentemente, à garantia de emprego destinada aos dirigentes sindicais,
conforme se depreende do artigo 543, § 1º, da CLT:

Art. 543, CLT - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional,
inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções,
nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas
atribuições sindicais. § 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou
voluntariamente aceita.

Exemplo 4: o servidor público que optar pelo regime trabalhista (CLT),  renunciará ao regime estatutário,
conforme Súmula 243 do TST:

Súmula 243, TST - Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa, a opção do funcionário
público pelo regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

3) Na extinção do contrato de trabalho: há menos restrições para a renúncia. Contudo, a doutrina entende
que, mesmo nesse caso, só é permitida a renúncia “desde que o direito seja disponível, o que é raro”[4].

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Com o objetivo de proteger o trabalhador no momento da ruptura contratual, a Súmula 276 do TST ressalta
que o aviso prévio é irrenunciável:

Súmula 276, TST - O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de
cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador
dos serviços obtido novo emprego.

Questão para fixar


FCC – TRT 23ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2016

Trata-se de uma hipótese de renúncia INVÁLIDA:

a)    Na empresa Fortes & Fortes Indústrias Metalúrgicas Ltda. existem dois regulamentos empresariais em
vigor. Ronaldo, empregado da empresa há quinze anos, opta por aderir ao regulamento mais novo,
renunciando às regras do sistema do outro.

b)        Não havendo previsão contratual ou legal expressa, a opção de Edmundo, funcionário público, pelo
regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

c)        Josiel, advogado de larga experiência profissional, é contratado para trabalhar com pessoalidade,
subordinação e continuidade no departamento jurídico da empresa Indústrias Pantaneiras S/A, recebendo
remuneração mensal fixa, mas se recusa a ser registrado como empregado, afirmando que tem conhecimento
suficiente para exercer sua autonomia de vontade, escolhendo o regime jurídico de sua contratação.

d)       Augusto, imediatamente após retornar de afastamento médico decorrente de acidente do trabalho
sofrido, com a cessação do benefício previdenciário, pede demissão e, perante o sindicato que o representa,
assina documento renunciando à estabilidade no emprego de que era detentor.

e)        Euzébio, dirigente de sindicato com base territorial em Cuiabá − MT, solicita ao empregador
transferência para Palmas − TO. A solicitação da transferência corresponde, nos termos da lei, a uma renúncia
tácita à estabilidade do qual era detentor.

RESOLUÇÃO: O enunciado requer a alternativa que apresente hipótese de renúncia INVÁLIDA. Vamos
analisar se cada renúncia apresentada está correta ou incorreta.

A – Correta. Essa renúncia é válida, conforme Súmula 51, II, do TST:

Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito
jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

B – Correta. O servidor público que optar pelo regime trabalhista (CLT), renunciará ao regime estatutário,
conforme Súmula 243 do TST:

Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa, a opção do funcionário público pelo regime
trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

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C – Errada. Estando presentes os requisitos da relação de emprego, Josiel não pode renunciar ao direito de
obter registro na Carteira de Trabalho, bem como todos os direitos decorrentes da relação empregatícia. A
anotação da Carteira de Trabalho é norma de ordem pública.

D – Correta. Embora tenha estabilidade provisória em razão do acidente de trabalho, Augusto pode pedir
demissão, renunciando a esse direito.

E – Correta. O dirigente sindical tem o direito de não ser transferido para lugar ou atividade que dificulte ou
impossibilite o desempenho das atribuições sindicais. Porém, caso solicite a transferência, o trabalhador
renunciará ao mandato e, consequentemente, à garantia de emprego destinada aos dirigentes sindicais,
conforme se depreende do artigo 543, § 1º, da CLT:

Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive
junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido
para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º -
O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita.

Gabarito: C

Transação
A transação, por sua vez, é um ato bilateral, em que as partes se ajustam mediante concessões  recíprocas. A
transação pressupõe  incerteza do direito  (“res dubia”). Enquanto a renúncia se assemelha a uma
“desistência”, a transação é como um “acordo”.

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Questão para fixar


CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2007

A transação pressupõe a existência de objeto duvidoso acerca da questão envolvida na sua celebração,
enquanto a renúncia envolve direito certo e específico.

RESOLUÇÃO: A transação é um ato bilateral, em que as partes se ajustam mediante concessões recíprocas.


A transação pressupõe incerteza do direito (“res dubia”).

A renúncia é uma declaração unilateral de vontade do trabalhador, em que ele abre mão de um direito, sem
que haja uma contrapartida. Neste caso, o direito é certo e atual. Há um despojamento de direitos por parte
do trabalhador.

Gabarito: Certo

São requisitos da transação: 

o objeto não pode estar acobertado pela indisponibilidade absoluta; 

capacidade das partes;

manifestação da vontade; 

forma prevista em lei, se houver.

A transação não se aplica aos direitos de indisponibilidade absoluta, mas tão somente aos de
indisponibilidade relativa.

Direitos de indisponibilidade absoluta são aqueles que possuem interesse público, pois traduzem um patamar
mínimo de direitos. São exemplos citados pelo Ministro Godinho[5] : “o direito à assinatura da CTPS
[Carteira de Trabalho e Previdência Social], ao salário mínimo, à incidência das normas de proteção à saúde e
segurança do trabalhador”.

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Exemplo: Severino conseguiu um emprego no Restaurante “Prato Fundo”. Porém, pediu que o empregador
não anotasse o registro em sua Carteira de Trabalho. Ele pode fazer isso? Não! A anotação na CTPS é um
direito absolutamente indisponível, isto é, Severino não pode “abrir mão” desse direito.

Direitos de indisponibilidade relativa são aqueles que se referem a interesse individual ou bilateral simples.
Exemplo de indisponibilidade relativa: a modalidade de salário (fixo ou variável) pode ser alterada ao longo
do contrato de emprego, desde que não acarrete prejuízos ao empregado.

Exemplo: o PDV – Plano de Demissão Voluntária – é uma espécie de acordo em que o empregado opta por
romper o contrato de emprego em troca de uma indenização (um incentivo financeiro). 

A indenização relativa ao PDV não se confunde com as verbas trabalhistas devidas, isto é, se o empregado
fizer jus a receber férias e 13º salário proporcionais, por exemplo, ele terá direito a receber essas verbas, além
do valor da indenização, conforme estabelece a OJ 356:

OJ 356, SDI-I, TST - Os créditos tipicamente trabalhistas reconhecidos em juízo não são suscetíveis de
compensação com a indenização paga em decorrência de adesão do trabalhador a Programa de Incentivo à
Demissão Voluntária (PDV).

Importante ressaltar que a Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista) inseriu o artigo 477-B na CLT, afirmando que a
adesão ao PDV implica quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, nos
seguintes termos:

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Art. 477-B, CLT  - Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou
coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja  quitação plena e
irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada
entre as partes.

A intenção do legislador ao inserir o artigo 477-B na CLT foi fazer com que o empregador obtenha
a quitação de todo o contrato de trabalho. Contudo, a OJ 356 ainda não foi cancelada e, embora tenha seus
efeitos mitigados, não se pode afirmar que não tem mais validade. O que a jurisprudência tem interpretado é
que as verbas rescisórias não são passíveis de compensação. Verbas rescisórias são aquelas devidas quando
da extinção do contrato de trabalho (saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional e férias
proporcionais). Tais verbas devem ser pagas independentemente do valor do PDV. Por outro lado, direitos
como horas extras, por exemplo, estariam abarcados pela indenização do PDV. Para a prova do concurso,
atenha-se à literalidade do artigo 477-B da CLT, pois será valorizado o que a Reforma Trabalhista inseriu na
CLT.    

Quais são os limites para a transação de direitos?

O artigo 444, caput, da CLT dispõe acerca dos limites para a transação de direitos, ressaltando que devem
ser espeitadas as disposições de proteção ao trabalho:

Art. 444, CLT  - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes
interessadas em  tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

Entretanto, a Reforma Trabalhista ampliou as possibilidades de renúncia e transação, possibilitando que o


empregado possa transacionar diretamente com o empregador diversos direitos que normalmente só são
negociados coletivamente (ACT ou CCT) quando tiver diploma de nível superior e receber  salário mensal
igual ou superior a duas vezes o valor do teto do INSS  (artigo 444, parágrafo único, da CLT). É o que a
doutrina tem chamado de “empregado hipersuficiente”.

Art. 444, parágrafo único, CLT  -  A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às
hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre
os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba
salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

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Princípios comuns à renuncia e transação:

Princípios da indisponibilidade: Este princípio visa proteger o empregado, considerando que o empregador
possui uma posição de superioridade. Por essa razão, os direitos podem ser disponibilizados quando o
empregado está representado pelo sindicato (uma vez que se presume que o sindicato equipara as partes).
Deste princípio surgem conceitos como a irredutibilidade e a intocabilidade salarial. No entanto, a renúncia e
a transação são conceitos distintos: embora sujeitas ao princípio da intangibilidade, não são consideradas
uma violação.

Princípio da Imperatividade das normas trabalhistas:Estabelece que as normas de trabalho sejam


obrigatórias, não podendo haver transações, renúncia em relação a essas normas ou direitos trabalhistas.

Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões de prova!

REFERÊNCIAS:

[1] DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. – 17. ed. – São Paulo: LTr, 2018, p. 250.
[2] DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. – 17. ed. – São Paulo: LTr, 2018, p. 253.
[3]  BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. – 11. ed., atual. por Jessé Cláudio Franco de
Alencar – São Paulo: LTr, 2017, p. 132.
[4]  BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. – 11. ed., atual. por Jessé Cláudio Franco de
Alencar – São Paulo: LTr, 2017, p. 135.
[5] DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. – 17. ed. – São Paulo: LTr, 2018, p. 251.

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Questões de prova comentadas - Direitos


constitucionais dos trabalhadores
QUESTÕES RECENTES:

Prova: FGV - 2022 - AGE-MG - Procurador do Estado

Após sofrer fiscalização de auditores-fiscais do trabalho, que detectaram que 3 trabalhadores de um grande
comércio localizado em Juiz de Fora/MG estavam trabalhando oficiosamente sem a CTPS assinada, a
sociedade empresária foi multada em R$ 9.000,00.
Recebido o auto de infração, a sociedade empresária dele recorreu administrativamente no prazo legal.
Ocorre que, no decorrer do processo administrativo, a sociedade empresária renunciou ao recurso, pois
reconheceu que de fato estava errada, tanto assim que assinou a carteira profissional dos trabalhadores que
estavam em situação irregular.
Diante dos fatos narrados e da disposição da CLT, assinale a afirmativa correta. 

Alternativas

A) Ao reconhecer que estava errada por meio da renúncia ao recurso, a sociedade empresária fica isenta da
multa administrativa.

B) A sociedade empresária terá redução de 50% no valor da multa administrativa se fizer o recolhimento em
10 dias do recebimento da notificação ou da publicação do edital.

C) Uma vez que o ilícito aconteceu, a sociedade empresária terá de pagar integralmente a multa, mas poderá
parcelá-la em até 180 meses.

D) Não haverá qualquer alteração na situação de fato, porque, uma vez que recorreu da multa no âmbito
administrativo, não cabe renúncia, que é exclusivo da esfera judicial.

E) A renúncia ao recurso administrativo terá apenas o condão de livrar a sociedade empresária e seus sócios
de responsabilidade criminal.

RESOLUÇÃO: Art. 636. Os recursos devem ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias, contados do
recebimento da notificação, perante autoridade que houver imposto a multa, a qual, depois de os informar
encaminhá-los-á à autoridade de instância superior. 

§ 6º - A multa será reduzida de 50% (cinqüenta por cento) se o infrator, renunciando ao recurso a recolher ao
Tesouro Nacional dentro do prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento da notificação ou da publicação
do edital.  

RESPOSTA: Letra B

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 FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área Administrativa

Através de regulamento interno a empresa Glamour Indústria de Confecções Ltda. assegurou a seus
empregados, mediante adesão voluntária e em regime de coparticipação, um plano de saúde com cobertura
assistencial ampla. Após cinco anos, a empresa institui novo regulamento interno que também, mediante
adesão voluntária, assegura um plano de saúde, com cobertura assistencial menos ampla, mas integralmente
custeado pela mesma. Considerando que Edilton, empregado da Glamour, havia aderido ao plano de saúde
do primeiro regulamento, nos termos da legislação consolidada e jurisprudência sumulada do TST, 

Alternativas

A) é vedada sua adesão ao plano de saúde previsto no novo regulamento, pois isso significará alteração ilícita
do contrato de trabalho. 

B) se ele aderir ao plano de saúde previsto no novo regulamento, sua opção tem efeito jurídico de renúncia às
regras do sistema do regulamento anterior. 

C) sua adesão ao plano de saúde previsto no novo regulamento somente terá validade se dela não resultar
prejuízos para ele. 

D) ele poderá utilizar o que for mais favorável de cada um dos planos de saúde, já que a inalterabilidade das
condições mais benéficas é regra imperativa.  

E) ele poderá aderir ao plano de saúde previsto no novo regulamento, mas após dois anos da adesão deve ser
verificado se a adesão foi prejudicial e, se isso ocorrer, ele retorna ao plano de saúde do regulamento
anterior. 

RESOLUÇÃO: B)  se ele aderir ao plano de saúde previsto no novo regulamento, sua opção tem efeito
jurídico de renúncia às regras do sistema do regulamento anterior. 

PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA

SÚMULA nº 51 do TST

NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT 

I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os


trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. 

II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem
efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

RESPOSTA: Letra B

 Quadrix - 2022 - PRODAM-AM - Analista Administrativo - Analista de RH

No que se refere aos direitos constitucionais dos trabalhadores, assinale a alternativa correta. 

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Alternativas

A) A garantia da irredutibilidade do salário independe de convenção ou acordo coletivo. 

B) A participação nos lucros ou nos resultados será vinculada à remuneração. 

C) A garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, será assegurada aos trabalhadores que percebem
remuneração variável. 

D) A igualdade da remuneração entre o trabalho noturno e o diurno constitui uma garantia constitucional.

E) Segundo a CF, a retenção dolosa do salário constitui mera infração administrativa. 

RESOLUÇÃO: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

Fonte: CF/88

RESPOSTA: Letra C

 Ibest - 2023 - CRF-SC - Advogado

O trabalho como atributo de dignidade e de valor decorreu do sentido de que nele estava a chave para a
liberdade e o caminho para o aperfeiçoamento do espírito (MARTINEZ, 2019).
A respeito do direito do trabalho e os direitos constitucionais dos trabalhadores, assinale a alternativa
correta.

Alternativas

A) Cláusulas regulamentares que revogam ou alteram vantagens deferidas anteriormente só atingirão os


trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. 

B) O princípio da manutenção da condição mais benéfica implica a desconsideração progressiva de contratos


individuais de trabalho, uma vez que o arcabouço normativo constitucional é suficiente e mais benéfico para
a proteção do trabalhador.

C) De acordo com o princípio da indisponibilidade de direitos, o funcionário público não pode optar pelo
regime trabalhista, pois tal opção implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

D) De acordo com o disposto na Constituição Federal, não se fala em igualdade de direitos entre o
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso, mas sim entre trabalhadores
urbanos e rurais.

E) O princípio da continuidade da relação de emprego se traduz na vitimização do trabalhador, uma vez que
os empregadores falseiam documentos e provas, que devem, por isso, ser desconsiderados.

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RESOLUÇÃO: Sumula 51, I, TST: I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do
regulamento

RESPOSTA: Letra A

FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Área Judiciária

Previsto entre os direitos constitucionais dos trabalhadores, o salário mínimo caracteriza-se como o menor
valor de salário que pode ser pago pelo empregador como contraprestação pelos serviços prestados.
Tratando-se de forma de proteção, a fixação de um patamar mínimo de valor a ser pago aos trabalhadores
visa assegurar uma condição digna para os mesmos e suas respectivas famílias. Nesse contexto, extrai-se do
texto constitucional e das normas infraconstitucionais sobre o tema que o salário mínimo 

Alternativas

A) deve ser previsto em lei, havendo variação de valor entre as diversas regiões do País para permitir o
atendimento de necessidades básicas do trabalhador e de sua família de acordo com o custo de vida
regional.

B) deve ser capaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e as de sua família com moradia,
alimentação, vestuário, higiene e lazer, considerando-se os respectivos percentuais para cada uma dessas
utilidades: 40%, 25%, 20%, 5% e 10%. 

C) não pode ser usado como indexador de qualquer prestação instituída por lei ou estipulada em contrato, já
que é vedada sua vinculação para qualquer fim. 

D) é garantido aos aprendizes em valor hora equivalente a 2/3 do valor hora pago aos empregados urbanos,
rurais e domésticos. 

E) será reajustado anualmente, salvo se prevista periodicidade diferente em convenção ou acordo coletivo de
trabalho. 

RESOLUÇÃO: CF, art. 7º, IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Súmula Vinculante nº 4: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.

RESPOSTA: Letra C

 MPT - 2022 - MPT - Procurador do Trabalho

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Analise as assertivas a seguir:

I - Segundo o entendimento atual da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho, são
nulas as cláusulas que flexibilizam as cotas de aprendizes e de pessoas com deficiência em instrumentos
coletivos de trabalho, pois ultrapassam o interesse coletivo das categorias representadas e avançam sobre
interesse de caráter difuso, que não são passíveis de negociação coletiva.

II - De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho a supressão ou redução de direitos relativos a salário mínimo, salário-família,
enquadramento do grau de insalubridade, valor nominal do décimo terceiro salário e proteção do mercado
de trabalho da mulher.

III - A autonomia de vontade dos seres coletivos para celebrar instrumentos normativos autônomos é limitada
pelas normas heterônomas de ordem cogente, que tratam de direitos de indisponibilidade absoluta e
normas constitucionais de ordem e de políticas públicas.
IV - A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico.

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas

A) Apenas as assertivas I e II estão corretas.

B) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.

C) Apenas as assertivas III e IV estão corretas. 

D) Todas as assertivas estão corretas. 

E) Não respondida.

RESOLUÇÃO: I - Segundo o entendimento atual da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do


Trabalho, são nulas as cláusulas que flexibilizam as cotas de aprendizes e de pessoas com deficiência em
instrumentos coletivos de trabalho, pois ultrapassam o interesse  coletivo das categorias representadas e
avançam sobre interesse de caráter difuso, que não são passíveis de negociação coletiva.

CORRETA - interesse difuso não suscetível de negociação coletiva

II - De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho a supressão ou redução de direitos relativos a salário mínimo, salário-família,
enquadramento do grau de insalubridade, valor nominal do décimo terceiro salário e proteção do mercado
de trabalho da mulher. ERRADA

III - A autonomia de vontade dos seres coletivos para celebrar instrumentos normativos autônomos é limitada
pelas normas heterônomas de ordem cogente, que tratam de direitos de indisponibilidade absoluta e

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normas constitucionais de ordem e de políticas públicas. CORRETA

Limites a Autonomia Privada Coletiva:

norma heterônoma proibitiva

normas de indisponibilidade absoluta

Princípio da Adequação Setorial Negociada

IV - A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo


coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico. CORRETA

Com a Reforma Trabalhista, somente nos casos de redução salarial deverá haver contrapartidade prevendo a
estabilidade por igual período.

 RESPOSTA: Letra B

  FCC – TRT - 20ª Região – Técnico Judiciário – 2016

Dentre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais inseridos no artigo 7° da Constituição Federal do Brasil
de 1988, com objetivo de garantir e aprimorar a sua condição social, está 

a. a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em
creches e pré-escolas. 

b. o salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda, nos termos da lei. 

c. o repouso semanal remunerado, obrigatoriamente aos domingos, salvo determinação diversa


ajustada em convenção coletiva de trabalho em razão da especificidade da atividade. 

d. a participação nos lucros, ou resultados, vinculada a remuneração e, obrigatoriamente, na gestão


das empresas com mais de duzentos empregados. 

e. a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezesseis e de qualquer


trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos.

RESOLUÇÃO: A – Errada. É assegurada assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento
até 5 anos de idade em creches e pré-escolas (inciso XXV).

B – Correta. Em conformidade com o artigo 7º, XII, da CF.

C – Errada. O inciso XV prevê “repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”, sem ressalva
quanto a previsão diversa em convenção coletiva de trabalho.

D – Errada. Participação nos lucros, ou resultados,  desvinculada da remuneração, e,  excepcionalmente,


participação na gestão da empresa, conforme definido em lei (inciso XI).

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E – Errada. É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a  menores de dezoito e de qualquer


trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de  aprendiz, a partir de quatorze anos  (inciso
XXXIII).

Gabarito: B

FCC – Prefeitura de Campinas – Procurador – 2016

Arthemys trabalha para Prefeitura do Município de Jundiaí, contratado pelo regime da Consolidação das Leis
do Trabalho − CLT, exercendo as funções de motorista junto à Secretaria Municipal de Saúde, sendo
responsável pelo abastecimento do veículo da frota diretamente em bomba de gasolina instalada na
garagem da Secretaria. O abastecimento ocorre todos os dias de trabalho, de segunda a sábado, pelo menos
quatro vezes ao dia. Após a realização de prova pericial, verificou-se que o trabalhador está sujeito a risco
acentuado em virtude de exposição permanente a inflamáveis e explosivos. Nessa situação hipotética, com
fulcro na legislação trabalhista, Arthemys faz jus a adicional de 

a. insalubridade, no importe de 30% sobre o piso normativo da categoria ou o seu salário básico. 

b. insalubridade, no importe de 40% sobre o salário mínimo regional. 

c. penosidade, no importe de 30% sobre o seu salário contratual. 

d. periculosidade, no importe de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações


ou prêmios. 

e. periculosidade, no importe de 25% sobre toda a sua remuneração.

RESOLUÇÃO: A exposição a inflamáveis enseja o pagamento de adicional de periculosidade, no importe de


30% sobre o salário.

Artigo 7º, CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

Art. 193, CLT - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem
risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: 

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (...)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por


cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.

Gabarito: D

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FCC – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2015

Considerando os direitos assegurados aos trabalhadores pela Constituição Federal, é correto afirmar:

a. O repouso semanal remunerado dos empregados rurais, em razão das peculiaridades do trabalho,
deve ser necessariamente aos domingos.

b. O seguro contra acidentes do trabalho pago pelo empregador o isenta do pagamento de


indenização a empregado que sofre o infortúnio.

c. A proteção ao mercado de trabalho da mulher é norma de aplicação imediata que, tendo em vista
o princípio da igualdade estabelecido como garantia fundamental, não depende de
regulamentação infraconstitucional.

d. A assistência gratuita em creches e pré-escolas é assegurada aos filhos e dependentes do


empregado, desde o nascimento até dez anos de idade.

e. A eleição de um representante dos trabalhadores com a finalidade, exclusiva de promover o


entendimento direto com o empregador é assegurada nas empresas com mais de duzentos
empregados.

RESOLUÇÃO: A – Errada. As disposições do artigo 7º da CF aplicam-se aos empregados urbanos e rurais. O


inciso XV assegura “repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”

B – Errada. O seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, não exclui a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (XXVIII).

C – Errada. O inciso XX prevê a “proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


específicos, nos termos da lei”. Trata-se de norma de eficácia limitada, pois depende de lei infraconstitucional
para sua aplicabilidade. Logo, a aplicação não é imediata.

D – Errada. É assegurada assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até  5 anos de
idade em creches e pré-escolas (inciso XXV).

E – Correta, de acordo com o artigo 11 da CF: “Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada
a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores”.

Gabarito: E

FCC – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2009

São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social, 

a. remuneração do serviço extraordinário superior, no máximo, em vinte por cento a do normal. 

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b. remuneração do trabalho noturno inferior a do diurno. 

c. seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário. 

d. assistência gratuita aos filhos e subsidiada aos dependentes desde os dois anos até cinco anos de
idade em creches e pré-escolas. 

e. décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.

RESOLUÇÃO: A – Errada. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em  cinquenta por
cento à do normal (XVI).

B – Errada. Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno (IX).

C – Errada. Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário (II).

D – Errada. Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches
e pré-escolas (XXV).

E – Correta, conforme artigo 7º, VIII, da CF.

Gabarito: E

FCC – TRT 5ª Região – Técnico Judiciário – 2013

O artigo 7º da Constituição Federal elenca um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, que visam à
melhoria da sua condição social, dentre os quais tem-se

a. a proteção em face da automação, na forma da lei.

b. a possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.

c. a distinção entre os direitos do trabalhador com vínculo empregatício permanente e o avulso.

d. o direito de participação na CIPA da empresa, aposentado, desde que filiado ao sindicato.

e. a permissão de trabalho insalubre ao menor na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.

RESOLUÇÃO: A – Correta, conforme artigo 7º, XXVII, da CF.

B – Errada. Há proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos (XXXII).

C – Errada. É assegurada a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e
o trabalhador avulso (XXXIV).

D – Errada. O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais (artigo 8º, VII,
CF), e não na CIPA.

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E – Errada. É proibido o trabalho insalubre ao menor de 18 anos (artigo 7º, XXXIII, CF).

Gabarito: A

FCC – TRT 18ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa– 2013

Em relação aos direitos dos trabalhadores previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que

a. há previsão apenas de direitos trabalhistas ao empregado urbano, não sendo contemplado o


trabalhador rural cujos direitos estão previstos em lei específica.

b. não há previsão constitucional para direitos do trabalhador doméstico, cabendo à Consolidação


das Leis do Trabalho regulamentá-los.

c. há igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o


trabalhador avulso.

d. não há qualquer previsão constitucional para a proteção do trabalhador em face da automação,


bem como de seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador.

e. há previsão específica quanto à possibilidade de distinção entre o trabalho manual, técnico e


intelectual ou entre os profissionais respectivos.

RESOLUÇÃO: A – Errada. Os direitos constitucionais dos trabalhadores atingem os trabalhadores urbanos


e rurais.

B – Errada. O parágrafo único do artigo 7º da CF estabelece quais são os direitos constitucionais aplicáveis
aos domésticos.

C – Correta, conforme artigo 7º, XXXIV, da CF.

D – Errada. O artigo 7º, XXVII, da CF prevê: “proteção em face da automação, na forma da lei”.

E – Errada. O artigo 7º, XXXII, da CF prevê: “proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos”.

Gabarito: C

FCC – TRT 19ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa– 2008

Mário, empregado da empresa TITO, será pai pela segunda vez. Porém, seu segundo filho nascerá da união
estável que mantém com Joana. Neste caso, Mário 

a. terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de sete dias.

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b. não terá direito a licença paternidade uma vez que não é casado legalmente com Joana.

c. terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de três dias.

d. não terá direito a licença paternidade uma vez que a licença paternidade só é devida no nascimento
do primeiro filho.

e. terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de cinco dias.

RESOLUÇÃO: Não há distinção se a genitora é esposa ou companheira (união estável) do trabalhador. Em


ambos os casos, Tito terá direito à licença-paternidade prevista no artigo 7º, XIX, da CF, pelo prazo de 05
dias, como dispõe o artigo 10, § 1º, do ADCT.

Gabarito: E

FCC – TRT 19ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa– 2008

Ana, Aline, Diana, Daniela e Dora são empregadas da empresa XXCC. Ana possui um filho com 17 anos de
idade. Aline possui um casal de gêmeos com 14 anos de idade. Diana possui uma filha de 13 anos de idade.
Daniela possui uma filha de 11 anos de idade e Dora possui um filho inválido com 33 anos de idade. 

Nesses casos, terão direito ao salário-família apenas, 

a. Aline e Dora.

b. Ana, Diana, Daniela e Dora.

c. Diana, Daniela e Dora.

d. Daniela e Ana.

e. Aline e Diana.

RESOLUÇÃO: O salário-família é pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda (artigo 7º,
XII, CF). O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao
segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados com  até  14
anos de idade ou inválido de qualquer idade. 

O filho de Ana tem 17 anos e os filhos de Aline já fizeram 14 anos. Portanto, não se enquadram nos requisitos.

Por outro lado, os filhos de Diana e Daniela têm menos de 14 anos e o filho de Dora é inválido, situação em
que não se aplica o limite de idade.

Gabarito: C

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FCC – PGE/AM– Procurador do Estado – 2010

É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social,

a. o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos e feriados.

b. a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

c. o seguro-desemprego, em todas as hipóteses de extinção do contrato de trabalho.

d. o décimo terceiro salário com base na remuneração proporcional ou no valor da aposentadoria.

e. a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e cinquenta
dias.

RESOLUÇÃO: A – Errada. O repouso semanal remunerado é preferencialmente aos domingos, sem


referência aos feriados (artigo 7º, XV, CF).

B – Correta, conforme artigo 7º, VI, CF.

C – Errada. O seguro-desemprego só é devido nas hipóteses de desemprego involuntário (artigo 7º, II, CF).

D – Errada. É assegurado o décimo terceiro salário com base na remuneração  integral ou no valor da
aposentadoria (artigo 7º, VIII, CF).

E – Errada. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias
(artigo 7º, XVIII, CF).

Gabarito: B

FCC – PGE/AM– Procurador do Estado – 2010

São direitos assegurados aos trabalhadores pela Constituição Federal de 1988, EXCETO:

a. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.

b. reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

c. seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

d. proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e, em qualquer


hipótese, de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos.

e. garantia do direito de ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a

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extinção do contrato de trabalho.

RESOLUÇÃO: Note que o enunciado requer a alternativa ERRADA.

A – Correta. A assertiva corresponde ao artigo 7º, XIV, da CF:

“XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva”.

B – Correta. A assertiva corresponde ao artigo 7º, XXVI, da CF:

“XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho”.

C – Correta. A assertiva corresponde ao artigo 7º, XXVIII, da CF:

“XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa”.

D – Errada. Os menores de 16 podem trabalhar como aprendiz, a partir dos 14 anos, conforme artigo 7º,
XXXIII, da CF: “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.

E – Correta. A assertiva corresponde ao artigo 7º, XXIX, da CF:

“XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;  (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)”.

Gabarito: D

FCC – PGE/AM– Procurador do Estado – 2010

Em caso de nascimento de filho, o empregado terá direito a licença-paternidade de

a. 1 (um) dia, no decorrer da primeira semana.

b. 5 (cinco) dias.

c. 1 (um) dia, no dia do nascimento.

d. 5 (cinco) dias úteis.

e. 5 (cinco) dias, devendo comprovar ter realizado o registro civil da criança.

RESOLUÇÃO: A licença-paternidade prevista no artigo 7º, XIX, da CF, pelo prazo de 05 dias, como dispõe o
artigo 10, § 1º, do ADCT. Não há previsão legal a respeito da comprovação de registro da criança, tampouco
quanto a contagem em dias úteis.

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Gabarito: B

12. FCC – TRT 18ª Região – Técnico Judiciário– 2008

Considere as assertivas abaixo a respeito do salário-família:

I. O salário família não é devido aos trabalhadores avulsos por não se enquadrarem na condição de
empregados.

II. O salário-família é devido por quotas de modo que o empregado receba tantas quotas quantas sejam os
filhos, enteados ou tutelados.

III. Para ter direito ao salário-família é necessário que o filho do empregado seja menor de 16 anos ou inválido
de qualquer idade.

IV. Na hipótese de marido e mulher serem empregados e possuírem mais de um contrato de trabalho, ser-
lhe-ão devidas tantas quotas quantos forem os contratos.

Está correto o que consta APENAS em

a. I e II.

b. II e IV.

c. I e III.

d. II, III e IV.

e. I e IV.

RESOLUÇÃO: I – Errada. O salário-família está previsto no artigo 7º, XII, da CF e, como todos os direitos
previstos no artigo 7º, também são destinados aos trabalhadores avulsos. Ressalte-se que o inciso XXXIV
assegura a “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso”.

II – Correta. O salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda.

III – Errada. A idade não é 16, mas sim 14 anos.

IV – Correta. Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito
ao salário-família (artigo 82, § 3º, do Decreto 3.048/99).

Gabarito: B

FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2006

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Constitui direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: 

I. Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo para os que percebem remuneração variável. 

II. Seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário. 

III. Remuneração do serviço extraordinário, superior, no máximo, em trinta por cento à do normal. 

IV. Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime a sua retenção culposa. 

V. Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. 

É correto APENAS o que consta em

a. I, II e V.

b. III, IV e V.

c. II, III e IV.

d. I e III.

e. I e V.

RESOLUÇÃO: I – Correta, conforme artigo 7º, VII, da CF.

II – Errada. Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário (artigo 7º, II, da CF).

III – Errada. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal
(artigo 7º, XVI, da CF).

IV – Errada. Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa (artigo 7º, X, da CF).

V – Correta, conforme artigo 7º, VI, da CF.

Gabarito: E

FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2006

A irredutibilidade salarial

a. pode ser determinada em sentença normativa.

b. geralmente é assegurada, salvo expressa previsão legal em sentido contrário.

c. é sempre assegurada, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

d. pode ser estabelecida em contrato individual de trabalho.

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e. depende de fixação em lei complementar.

RESOLUÇÃO: O artigo 7º, VI, da CF assegura “irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção


ou acordo coletivo”.

Gabarito: C

FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2006

Constitui direito dos trabalhadores urbanos e rurais, previsto na Constituição Federal:

a. repouso semanal remunerado, exclusivamente aos domingos.

b. adicional de remuneração para as atividades insalubres ou perigosas, excetuadas as penosas, na


forma da lei.

c. seguro-desemprego, em caso de pedido de dispensa ou desemprego involuntário.

d. redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

e. jornada suplementar com adicional mínimo de 25%.

RESOLUÇÃO: A – Errada. repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos (inciso XV).

B – Errada. Embora ainda não tenha sido editada lei acerca das atividades penosas, há previsão expressa no
artigo 7º, XXIII, da CF: “adicional de remuneração para as atividades  penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei”.

C – Errada. No caso de pedido de dispensa, o trabalhador não faz jus ao seguro-desemprego. Trata-se de um
benefício destinado ao trabalhador em situação de desemprego involuntário (inciso II).

D – Correta, conforme artigo 7º, XXII, da CF.

E – Errada. O adicional é de, no mínimo, 50% (inciso XVI).

Gabarito: D

FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2006

A Constituição Federal prevê que sejam remuneradas com adicional as atividades realizadas

a. em condições penosas, insalubres ou perigosas; com maior perfeição técnica e produtividade.

b. em horário noturno; em turnos de revezamento; em condições penosas, insalubres ou perigosas.

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c. em turnos de revezamento; em condições penosas, insalubres ou perigosas; além da jornada


regular.

d. além da jornada regular; com maior perfeição técnica e produtividade; em turnos de revezamento.

e. em horário noturno; além da jornada regular; em condições penosas, insalubres ou perigosas.

RESOLUÇÃO: A – Errada. Não há previsão de adicional em razão de perfeição técnica e produtividade.

B e C – Erradas pelo mesmo motivo: não há previsão de adicional em razão de turnos de revezamento.

D – Errada. Não há previsão de adicional em razão de turnos de revezamento, tampouco perfeição técnica e
produtividade.

E – Correta. Aos trabalhadores é assegurado adicional noturno (urbanos: 20%; rurais: 25%); além da jornada
regular (50%); em condições penosas (ainda não regulamentado), insalubres (10% grau mínimo, 20% grau
médio e 40% grau máximo, sobre o salário mínimo) ou perigosas (30% sobre o salário sem adicionais).

Gabarito: E

FCC – TRT 3ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa – 2015

Ana trabalhou em uma residência como cozinheira de 5 de maio de 2013 a 6 de julho de 2014. No período
indicado e na data da rescisão do contrato de trabalho, é devido à categoria profissional de Ana, podendo
ser exigido seu cumprimento de imediato pela empregada, o direito a 

a. adicional noturno. 

b. jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho. 

c. FGTS obrigatório. 

d. seguro-desemprego obrigatório. 

e. auxílio-creche.

RESOLUÇÃO: Os direitos estendidos aos domésticos pela EC 72/2013, aplicáveis desde que “atendidas as
condições legais”, isto é, com eficácia limitada, são:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

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XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas; 

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Portanto, no momento da ruptura contratual (antes da LC 150/2015), Ana não fazia jus aos direitos previstos
nas alternativas A (adicional noturno), C (FGTS), D (seguro-desemprego obrigatório) e E (auxílio-creche).

O direito à jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho, por sua vez, é assegurado
ao empregado doméstico originalmente na CF/88.

Gabarito: B

FCC – TRT 18ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa – 2013

A Constituição Federal do Brasil apresenta, no seu artigo 7º, uma relação de direitos dos trabalhadores que
visam à melhoria de sua condição social. Dentre os direitos constitucionalmente previstos aos empregados
domésticos, está:

a. a licença-paternidade, nos termos fixados em lei. 

b. o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. 

c. a jornada de seis horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento

d. o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. 

e. a proteção em face da automação, na forma da lei.

RESOLUÇÃO: Por exclusão, devemos pensar em quais direitos constitucionalmente não são assegurados aos
empregados domésticos.

* Dica para memorizar: P A T I

P (x6) 🡪 Piso, PLR, Proteção ao mercado de trabalho, Proteção em face da automação, Proibição de


distinção, Prescrição*.

A 🡪  Adicional de insalubridade, penosidade, periculosidade

T 🡪 Turnos ininterruptos de revezamento (jornada de 06 horas)

I 🡪 Igualdade com avulso

Seguindo essa dica, vemos que os direitos previstos nas alternativas B (piso salarial), C (jornada de seis horas
para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento), D (adicional de remuneração para as atividades

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penosas, insalubres ou perigosas) e E (proteção em face da automação) não são garantidos aos domésticos.

A licença-paternidade, por sua vez, é assegurado ao empregado doméstico originalmente na CF/88.

Gabarito: A

CESPE – TRT 7ª Região – Técnico Judiciário – 2017

De acordo com a CLT, em caso de adoção, a empregada tem direito à licença maternidade de

a. noventa dias.

b. cento e vinte dias.

c. um dia.

d. trinta dias.

RESOLUÇÃO: A CF assegura licença-maternidade de 120 dias à gestante (artigo 7º, XVIII) e a CLT estende
esse direito à adotante, conforme prevê o artigo 392-A:

“Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo
do emprego e do salário (...)

Art. 392-A.   À empregada que  adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção  de criança ou
adolescente será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei”.

Gabarito: B

CESPE – PGR/AM– Procurador do Estado– 2016

Na hipótese de um estado da Federação contratar empregado público para cumprir jornada de trabalho
reduzida, o TST entende ser lícita a remuneração inferior ao salário mínimo, se proporcional à jornada por ele
cumprida.

RESOLUÇÃO: Aos trabalhadores que laboram em jornada reduzida (inferior ao padrão de 08 horas diárias e
44 semanais) é lícito o pagamento do salário mínimo e do piso salarial de maneira  proporcional. Essa
exceção, contudo, não se aplica à Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Nesse sentido,
estabelece a OJ 358 da SDI-1 do TST:

I - Havendo contratação para cumprimento de  jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito
horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do  piso salarial ou do salário mínimo
proporcional ao tempo trabalhado.

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II - Na  Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado
público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. 

Gabarito: ERRADO.

CESPE – SERPRO – Analista – Perícia em Cálculo Judicial – 2013

Os direitos constitucionais assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais incluem o salário-família, pago em
razão de dependente do trabalhador de baixa renda, e o repouso semanal remunerado.

RESOLUÇÃO: Ambos os direitos mencionados estão previstos no artigo 7º da CF:

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Gabarito: CERTO.

CESPE – AGU – Advogado da União – 2012

O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional, de modo a garantir as necessidades vitais do
trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, devendo os valores ser reajustados periodicamente para preservar o seu poder aquisitivo,
vedada sua vinculação como indexador financeiro ou outro qualquer fim, podendo o valor ser declarado por
decreto do presidente da República, se assim autorizado pela lei que fixar o modo de reajuste ou aumento.

RESOLUÇÃO: A assertiva está em conformidade com o artigo 7º, IV, da CF:

“salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e
às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim”.

O inciso estabelece que o salário-mínimo é “fixado em lei”. Porém, segundo o entendimento do STF, a lei
pode prever que a declaração do valor do salário-mínimo seja feita por decreto do Presidente da República,
se assim autorizado pela lei que fixar o modo de reajuste ou aumento, com determinação de critérios bem
definidos para o cálculo desse valor.

Gabarito: CERTO.

CESPE – EBC – Analista Advocacia – 2011

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Negociação coletiva pode majorar a jornada regulamentar de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento.

RESOLUÇÃO: A assertiva está em conformidade com o artigo 7º, XIV, da CF:

“jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva”.

Gabarito: CERTO.

CESPE – SEMAD Aracaju – Procurador Municipal– 2008

O salário é irredutível, salvo o disposto em convenção coletiva de trabalho, sendo nulas as alterações nele
empreendidas, para menor, por conta de acordo individual ou coletivo.

RESOLUÇÃO: Por meio de acordo individual, a redução salarial seria nula. Todavia, é possível a redução por
acordo coletivo, assim como mediante convenção coletiva. Nesse sentido, o artigo 7º, VI, da CF:

“VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo”.

Gabarito: ERRADO.

CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional e unificado, podendo haver, em cada estado e
no Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo
para a remuneração dos trabalhadores.

RESOLUÇÃO: O artigo 7º, IV, da CF, prevê que o salário mínimo, fixado em lei, é nacionalmente unificado.
Todavia, quanto aos pisos salariais, a Lei Complementar 103/2000 autorizou os Estados e o Distrito Federal a
instituírem piso salarial, com fundamento parágrafo único do artigo 22 da CF, que estabelece que “lei
complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas
neste artigo”. Portanto, pode haver, em cada estado e no Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde
que observada a fixação federal como parâmetro mínimo para a remuneração dos trabalhadores.

Gabarito: CERTO.

CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

O salário pode ser reduzido apenas por convenção coletiva de trabalho, em havendo contrapartida para a
melhoria das condições de trabalho.

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RESOLUÇÃO: O salário também pode ser reduzido mediante  acordo  coletivo de trabalho, e não só por
convenção coletiva de trabalho, conforme artigo 7º, VI, da CF: “irredutibilidade do salário, salvo o disposto
em convenção ou acordo coletivo”.

No tocante à “contrapartida”, cabe ressaltar a garantia de emprego constante no artigo 611-A, § 3º, da CLT,
inserido pela Reforma Trabalhista:

“Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de
trabalho deverão prever a  proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de
vigência do instrumento coletivo”.

Gabarito: ERRADO.

CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

A CF assegura garantia contra a despedida sem justa causa do empregado, estando provisoriamente prevista
indenização compensatória de 40% do valor do saldo fundiário, a título de multa rescisória, enquanto outra
base indenizatória não for fixada por lei complementar própria.

RESOLUÇÃO: O artigo 7º, I, da CF prevê: “relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem
justa causa, nos termos de  lei complementar, que preverá  indenização compensatória, dentre outros
direitos”.

Ainda não foi criada a mencionada lei complementar, que estabeleceria uma indenização para a dispensa
imotivada. Então, de acordo com o artigo 10, I, do ADCT e o artigo 18, § 1º, da Lei 8.036/90, enquanto essa lei
não é editada, a indenização corresponde à multa de 40% sobre os depósitos do FGTS.

Gabarito: CERTO.

CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

Os direitos dos trabalhadores, inseridos na CF, não podem ser, de modo algum, alterados, mesmo que
ajustados pelos sindicatos profissionais ou pelos próprios trabalhadores em razão de possível melhoria das
condições de trabalho.

RESOLUÇÃO: Os direitos previstos no artigo 7º da CF não podem ser reduzidos ou suprimidos, mas podem
ser alterados se for para  melhorar as condições dos trabalhadores. É por isso que, no  caput do artigo,
consta: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,  além de outros que visem à melhoria de sua
condição social...”.

Gabarito: ERRADO.

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CESPE – DPU – Defensor Público Federal– 2010

O termo inicial do direito ao salário-família, quando provado em juízo, corresponde à data de ajuizamento
do pedido, salvo quando comprovado que o empregador se tenha recusado a receber, anteriormente, a
certidão de nascimento de filho do empregado.

RESOLUÇÃO: A assertiva está em conformidade com a Súmula 254 do TST:

O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à
data de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber
a respectiva certidão.

Gabarito: CERTO.

CESPE – TRT 5ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa– 2008

O salário-família não é devido aos trabalhadores rurais.

RESOLUÇÃO: Assim como todos os direitos previstos no artigo 7º da CF, o salário-família é destinados aos
trabalhadores urbanos e rurais.

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e  rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei”.

Gabarito: ERRADO.

CESPE – DPE/CE – Defensor público – 2008

O salário mínimo é nacionalmente unificado e, portanto, não podem os estados da Federação estabelecer
salários mínimos em seus territórios cujos valores sejam inferiores ao previsto na lei federal que o instituiu.

RESOLUÇÃO: O salário mínimo é nacionalmente unificado. O que pode ser estabelecido pelos estados da
Federação são pisos salariais, mas não salário mínimo.

A Lei Complementar 103/2000 autorizou os Estados e o Distrito Federal a instituírem piso salarial, com
fundamento parágrafo único do artigo 22 da CF, que estabelece que “lei complementar poderá autorizar os
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo”. Essa lei foi muito
questionada, mas o STF declarou sua constitucionalidade. Portanto, pode haver,  em cada estado e no
Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo
para a remuneração dos trabalhadores.

Gabarito: CERTO.

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FCC – TRT 2ª Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2018

Um grupo de empregados atuantes em determinada empresa afirmou ao seu superior hierárquico que
pretende constituir um sindicato da categoria, fato esse que levou os empregados e o diretor da empresa a
consultarem vários advogados a respeito do assunto. Dentre as orientações que receberam, mostra-se
compatível com a Constituição Federal aquela segundo a qual 

a. é desnecessária autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão


competente, sendo vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical. 

b. o sindicato poderá ter a mesma base territorial de organização sindical do mesmo grau que
represente a mesma categoria profissional ou econômica dos empregados, desde que assim
deliberem os respectivos associados, não podendo sua área de atuação ser inferior à de um
Município. 

c. o sindicato poderá defender os direitos e interesses coletivos da categoria em questões judiciais ou


administrativas, mas não poderá fazê-lo para defesa de direitos e interesses individuais.  

d. o empregado que tenha registrado sua candidatura a cargo de direção ou de representação sindical
poderá ser demitido sem justa causa durante o processo eleitoral, mas, se eleito, não poderá ser
dispensado até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave. 

e. é vedado à assembleia geral do sindicato fixar contribuição para o custeio do sistema


confederativo de representação sindical da categoria profissional respectiva.

RESOLUÇÃO: A – Correta. A alternativa está em conformidade com o Artigo 8º, I, da CF:

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;(...)

B – Errada.  O artigo 8º, II, da CF prevê que é vedada a criação de mais de uma organização sindical,  em
qualquer grau, de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.

C – Errada. O artigo 8º, III, da CF assegura que o sindicato defenderá direitos e interesses coletivos  ou
individuais da categoria, em questões judiciais ou administrativas. 

D – Errada. O empregado candidato a cargo de direção ou representação sindical gozará de estabilidade


desde o registro de sua candidatura, e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o término do
mandato, salvo se cometer falta grave (artigo 8º, VIII, da CF).

E – Errada. A Constituição Federal, em seu artigo 8º, IV, traz previsão adversa, na medida em que  caberá
exatamente à assembleia geral fixar contribuição para o custeio do sistema confederativo de representação
sindical da categoria profissional respectiva.  

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Questões comentadas - Renúncia e


transação
1. FCC – TRT 23ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2016

Trata-se de uma hipótese de renúncia INVÁLIDA:

a)    Na empresa Fortes & Fortes Indústrias Metalúrgicas Ltda. existem dois regulamentos empresariais em
vigor. Ronaldo, empregado da empresa há quinze anos, opta por aderir ao regulamento mais novo,
renunciando às regras do sistema do outro.

b)        Não havendo previsão contratual ou legal expressa, a opção de Edmundo, funcionário público, pelo
regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

c)        Josiel, advogado de larga experiência profissional, é contratado para trabalhar com pessoalidade,
subordinação e continuidade no departamento jurídico da empresa Indústrias Pantaneiras S/A, recebendo
remuneração mensal fixa, mas se recusa a ser registrado como empregado, afirmando que tem
conhecimento suficiente para exercer sua autonomia de vontade, escolhendo o regime jurídico de sua
contratação.

d)        Augusto, imediatamente após retornar de afastamento médico decorrente de acidente do trabalho
sofrido, com a cessação do benefício previdenciário, pede demissão e, perante o sindicato que o representa,
assina documento renunciando à estabilidade no emprego de que era detentor.

e)    Euzébio, dirigente de sindicato com base territorial em Cuiabá − MT, solicita ao empregador transferência
para Palmas − TO. A solicitação da transferência corresponde, nos termos da lei, a uma renúncia tácita à
estabilidade do qual era detentor.

RESOLUÇÃO: O enunciado requer a alternativa que apresente hipótese de renúncia INVÁLIDA. Vamos
analisar se cada renúncia apresentada está correta ou incorreta.

A – Correta. Essa renúncia é válida, conforme Súmula 51, II, do TST:

Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito
jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

B – Correta. o servidor público que optar pelo regime trabalhista (CLT), renunciará ao regime estatutário,
conforme Súmula 243 do TST:

Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa, a opção do funcionário público pelo regime
trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

C – Errada. Estando presentes os requisitos da relação de emprego, Josiel não pode renunciar ao direito de
obter registro na Carteira de Trabalho, bem como todos os direitos decorrentes da relação empregatícia. A

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anotação da Carteira de Trabalho é norma de ordem pública.

D – Correta. Embora tenha estabilidade provisória em razão do acidente de trabalho, Augusto pode pedir
demissão, renunciando a esse direito.

E – Correta. O dirigente sindical tem o direito de não ser transferido para lugar ou atividade que dificulte ou
impossibilite o desempenho das atribuições sindicais. Porém, caso solicite a transferência, o trabalhador
renunciará ao mandato e, consequentemente, à garantia de emprego destinada aos dirigentes sindicais,
conforme se depreende do artigo 543, § 1º, da CLT:

Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive
junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido
para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º -
O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita.

Gabarito: C

2. FCC – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2015

Considere: 

I. Inobstante o princípio basilar do Direito Individual do Trabalho no tocante à indisponibilidade dos direitos
trabalhistas, não há impedimento na supressão de direitos trabalhistas em face do exercício, pelo devedor
trabalhista, da arguição da prescrição ou em face do não exercício, pelo credor trabalhista, de prerrogativa
legal, como no caso da decadência. 

II. A renúncia e a transação são exemplos de supressão de direitos trabalhistas, operadas pelos titulares de
seus direitos, sendo a renúncia ato unilateral da parte e a transação ato bilateral, pelo qual se acertam direitos
e obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões recíprocas. 

III. Mesmo sendo titular de um direito indisponível, o trabalhador não pode dispor de todos os seus direitos
trabalhistas, que estão acobertados pela indisponibilidade absoluta, como é o caso do direito ao registro em
CTPS, ao salário mínimo e à incidência das normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador. 

Está correto o que se afirma em 

a)    I, II e III.

b)    I e II, apenas.

c)    I e III, apenas.

d)    II, apenas.

e)    I, apenas.

RESOLUÇÃO: I – Correta. O princípio da indisponibilidade não impede a supressão de direitos em razão da


prescrição (perda da exigibilidade de um direito em razão do decurso do tempo previsto lei) e da decadência
(perda de um direito em razão da omissão do seu titular). 

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II – Correta. A assertiva define corretamente renúncia e transação, salientando as principais diferenças.


Renúncia: ato unilateral da parte. Transação: ato bilateral, pelo qual se acertam direitos e obrigações entre as
partes acordantes, mediante concessões recíprocas

III – Correta. A assertiva menciona exemplos de direitos abarcados pela indisponibilidade absoluta, que
possuem interesse público, pois traduzem um patamar mínimo de direitos.

Gabarito: A

3. FCC – TRT 20ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2011

Com relação a renúncia em matéria trabalhista, é correto afirmar: 

a)        A renúncia a direitos futuros é, em regra, inadmissível, sendo proibido pelo TST, inclusive, a pré-
contratação de horas extras pelos bancários quando da sua admissão.

b)    Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles não tem
efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

c)    O direito ao aviso prévio é renunciável pelo empregado, sendo que o pedido de dispensa de cumprimento
sempre exime o empregador de pagar o respectivo valor.

d)    Trata-se de uma relação jurídica em que as partes fazem concessões recíprocas, nascendo daí o direito de
ação.

e)        No curso do contrato trabalhista a renúncia é inadmissível em qualquer hipótese, obedecendo-se ao


princípio da proteção, bem como a relação de hipossuficiência existente.

RESOLUÇÃO:  A – Correta. A assertiva está de acordo com a Súmula 199, I, do TST, que veda a “pré-
contratação” de horas extras do bancário no momento da admissão:

A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim
ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão
do bancário.

B – Errada. Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles
tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro (Súmula 51, II, do TST).

C – Errada. O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento
não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços
obtido novo emprego (Súmula 276 do TST).

D – Errada. Na renúncia, não há concessões recíprocas. Trata-se de ato unilateral em que há um


despojamento de direitos.

E – Errada. Via de regra, os direitos trabalhistas são irrenunciáveis. Contudo, no curso do contrato de
trabalho, é possível a renúncia desde que haja previsão legal ou sumular. É o caso, por exemplo, do dirigente
sindical. dirigente sindical tem o direito de não ser transferido para lugar ou atividade que dificulte ou
impossibilite o desempenho das atribuições sindicais. Porém, caso solicite a transferência, o trabalhador

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renunciará ao mandato e, consequentemente, à garantia de emprego destinada aos dirigentes sindicais,


conforme se depreende do artigo 543, § 1º, da CLT:

Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive
junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido
para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º -
O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita.

Gabarito: A

4. Vunesp – EMPLASA – Analista Jurídico – 2014

Em relação ao princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas, é correto afirmar que;

a)    o empregado estável não pode pedir demissão.

b)    conforme entendimento sumulado pelo TST, é possível o pedido de dispensa de cumprimento do aviso
prévio pelo empregado, sem exceção, o qual exime o empregador de pagar o valor respectivo.

c)    a renúncia e a transação são atos unilaterais de disposição de direitos.

d)    é possível a renúncia ou a transação de direitos trabalhistas se o ordenamento jurídico ou jurisprudência


consolidada autorizar.

e)        a prescrição e a decadência geram supressão de direitos trabalhistas, com afronta ao princípio da
indisponibilidade.

RESOLUÇÃO: A – Errada. O empregado estável pode pedir demissão. O empregado que sofreu doença ou
acidente de trabalho e esteve afastado recebendo benefício previdenciário, por exemplo, tem direito à
garantia de emprego de 12 meses após a cessação do benefício (artigo 118 da Lei 8.213/1991). Contudo, o
empregado pode renunciar a esse direito, pedindo demissão.

B – Errada. O aviso prévio é um direito irrenunciável, tal como previsto na Súmula 276 do TST:

O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o
empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo
emprego.

C – Errada. A renúncia é ato unilateral, mas a transação é ato bilateral.

D – Correta. Via de regra, os direitos trabalhistas são indisponíveis. Todavia, havendo previsão constitucional,
legal ou sumular, são possíveis a renúncia e a transação.

E – Errada. A prescrição e a decadência geram supressão de direitos trabalhistas, mas isso não afronta o
princípio da indisponibilidade. 

Gabarito: D

5. TRT 2ª Região – Juiz do Trabalho – 2013

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O princípio da proteção dos direitos trabalhistas envolve questão sobre a renúncia e transação. Observe as
proposições abaixo e ao final aponte a alternativa que contenha proposituras de renúncia: 

I. Desistência do cargo sindical para o qual o empregado fora eleito dirigente sindical. 

II. Acordo celebrado, em fase de execução, para recebimento de quantia desejada, embora crédito habilitado
no juízo falimentar. 

III. Pedido de demissão de empregado estável. 

IV. Negociação coletiva da entidade sindical para a redução de jornada de trabalho. 

V. Acordo para a rescisão do contrato mediante pagamento de uma indenização. 

Está correta a alternativa:

a)    I e II.

b)    I e V.

c)    II e IV.

d)    III e V.

e)    I e III.

RESOLUÇÃO: I – Correta. Desistência do cargo sindical corresponde à hipótese de renúncia a tal direito, pois
é um ato unilateral.

II – Errada. O Acordo enseja concessões recíprocas; portanto, não se trata de renúncia, mas sim de transação.

III – Correta. Pedido de demissão de empregado estável é ato unilateral sem qualquer concessão recíproca.
Trata-se, portanto, de renúncia à estabilidade.

IV – Errada. A negociação enseja concessões recíprocas; portanto, não se trata de renúncia, mas sim de
transação.

V – Errada. O acordo para a rescisão do contrato mediante pagamento de uma indenização corresponde ao
PDV (Plano de Demissão Voluntária), que é uma hipótese de transação.

Gabarito: E

6. IBFC – PC/RJ – Perito criminal - Contabilidade – 2013

Em relação ao aviso prévio, pode- se afirmar:

a)    É passível de renúncia por parte do empregado dependendo do acordo com o empregador.

b)    É passível de renúncia, se executada de forma unilateral por parte do empregado.

c)    É passível de renúncia, e não integra o período contratual.

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d)    Trata- se de direito irrenunciável e pode, ou não, integrar o período contratual.

e)    Trata- se de direito irrenunciável.

RESOLUÇÃO: A Súmula 276 do TST ressalta que o aviso prévio é um direito irrenunciável:

O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o
empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo
emprego.

Gabarito: E

7. MPT – PGT – Procurador – 2008 – Adaptada

Assinale a alternativa INCORRETA:

a)    o Direito do Trabalho não admite a renúncia, pelo trabalhador, antes, durante e após o rompimento do
contrato de trabalho;

b)        somente será passível de transação lícita parcela juridicamente não acobertada por indisponibilidade
absoluta, independentemente do respeito aos demais requisitos jurídico-formais do ato;

c)        de acordo com o entendimento uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, o direito ao aviso prévio é
irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o
respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego;

d)    de acordo com a CLT, com redação dada pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), a transação extrajudicial
que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária
implica quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia.

e)    não respondida.

RESOLUÇÃO: A – Errada. Durante o curso do contrato de trabalho a renúncia é admissível, nas hipóteses
previstas legalmente ou em Súmulas. Após o rompimento, a renúncia também é possível, embora haja
exceções, a exemplo da irrenunciabilidade do aviso prévio (Súmula 276 do TST).

B – Correta. Mesmo que presentes os demais requisitos (capacidade das partes; manifestação da vontade;
forma prevista em lei, se houver), a transação não será possível se envolver direitos acobertados pela
indisponibilidade absoluta.

C – Correta, conforme Súmula 276 do TST:

“O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime
o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo
emprego”.

D – Correta. A Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista) inseriu o artigo 477-B na CLT, afirmando que a adesão ao
PDV implica quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, nos seguintes
termos:

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Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos
decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.

Gabarito: B

8. CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2007

A transação pressupõe a existência de objeto duvidoso acerca da questão envolvida na sua celebração,
enquanto a renúncia envolve direito certo e específico.

RESOLUÇÃO: A transação é um ato bilateral, em que as partes se ajustam mediante concessões recíprocas.
A transação pressupõe incerteza do direito (“res dubia”).

A renúncia é uma declaração unilateral de vontade do trabalhador, em que ele abre mão de um direito, sem
que haja uma contrapartida. Neste caso, o direito é certo e atual. Há um despojamento de direitos por parte
do trabalhador.

Gabarito: Certo

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Resumo direcionado
Artigo 7º da Constituição Federal
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I  - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos  [atualmente, essa
indenização corresponde à multa de 40% sobre o FGTS];

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IV  - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação


na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 

XIV  - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;

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XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

XVIII  - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias (a
empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente também terá
direito a essa licença, conforme artigo 392-A da CLT)

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei [05 dias, conforme artigo 10, § 1º, do ADCT];

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei [a Lei
12.506/11 estabeleceu que “serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa,
até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias”];

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXIV - aposentadoria;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho [esses prazos também se aplicam ao empregado doméstico – artigo 43 da LC 150/2015]; 

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador


portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 

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XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias,
principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II,
III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 72, de 2013).

* Dica para memorizar os direitos que ainda NÃO são assegurados aos domésticos: P A T I

P (x6)  🡪  Piso,  PLR,  Proteção ao mercado de trabalho,  Proteção em face da automação,  Proibição de
distinção, Prescrição*.

A 🡪  Adicional de insalubridade, penosidade, periculosidade

T 🡪 Turnos ininterruptos de revezamento (jornada de 06 horas)

I 🡪 Igualdade com avulso

Renúncia e transação
Regra: princípios da indisponibilidade de direitos / imperatividade das normas trabalhistas

É possível a supressão de direitos trabalhistas em razão de prescrição e decadência, sem afronta ao princípio
da indisponibilidade de direitos.

Renúncia: declaração unilateral de vontade do trabalhador, em que ele abre mão de um direito, sem que haja
uma contrapartida. Neste caso, o direito é certo e atual. Há um despojamento de direitos por parte do
trabalhador. 

No momento da celebração do contrato de trabalho: a renúncia é considerada nula.

No curso do contrato: é possível, quando houver previsão legal ou sumular. 

Ao término do contrato: é possível, mas há restrições. Exemplo: aviso prévio é irrenunciável.

Transação: ato bilateral, em que as partes se ajustam mediante concessões recíprocas. A transação
pressupõe incerteza do direito (“res dubia”).

A transação não se aplica aos direitos de indisponibilidade absoluta, mas tão somente aos de
indisponibilidade relativa.

Empregado “hipersuficiente”

A Reforma trabalhista ampliou as possibilidades de renúncia e transação, possibilitando que o empregado


possa transacionar diretamente com o empregador os direitos previstos no artigo 611-A da CLT quando

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tiver diploma de nível superior e receber salário mensal igual ou superior a duas vezes o valor do teto do
INSS (artigo 444, parágrafo único, da CLT).

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Teste de direção
Direitos constitucionais dos trabalhadores
1. FCC – TRT - 20ª Região – Técnico Judiciário – 2016

Dentre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais inseridos no artigo 7° da Constituição Federal do Brasil
de 1988, com objetivo de garantir e aprimorar a sua condição social, está 

a. a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em
creches e pré-escolas. 

b. o salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda, nos termos da lei. 

c. o repouso semanal remunerado, obrigatoriamente aos domingos, salvo determinação diversa


ajustada em convenção coletiva de trabalho em razão da especificidade da atividade. 

d. a participação nos lucros, ou resultados, vinculada a remuneração e, obrigatoriamente, na gestão


das empresas com mais de duzentos empregados. 

e. a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezesseis e de qualquer


trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos.

2. FCC – Prefeitura de Campinas – Procurador – 2016

Arthemys trabalha para Prefeitura do Município de Jundiaí, contratado pelo regime da Consolidação das Leis
do Trabalho − CLT, exercendo as funções de motorista junto à Secretaria Municipal de Saúde, sendo
responsável pelo abastecimento do veículo da frota diretamente em bomba de gasolina instalada na
garagem da Secretaria. O abastecimento ocorre todos os dias de trabalho, de segunda a sábado, pelo menos
quatro vezes ao dia. Após a realização de prova pericial, verificou-se que o trabalhador está sujeito a risco
acentuado em virtude de exposição permanente a inflamáveis e explosivos. Nessa situação hipotética, com
fulcro na legislação trabalhista, Arthemys faz jus a adicional de 

a. insalubridade, no importe de 30% sobre o piso normativo da categoria ou o seu salário básico. 

b. insalubridade, no importe de 40% sobre o salário mínimo regional. 

c. penosidade, no importe de 30% sobre o seu salário contratual. 

d. periculosidade, no importe de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações


ou prêmios. 

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e. periculosidade, no importe de 25% sobre toda a sua remuneração.

3. FCC – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2015

Considerando os direitos assegurados aos trabalhadores pela Constituição Federal, é correto afirmar:

a. O repouso semanal remunerado dos empregados rurais, em razão das peculiaridades do trabalho,
deve ser necessariamente aos domingos.

b. O seguro contra acidentes do trabalho pago pelo empregador o isenta do pagamento de


indenização a empregado que sofre o infortúnio.

c. A proteção ao mercado de trabalho da mulher é norma de aplicação imediata que, tendo em vista o
princípio da igualdade estabelecido como garantia fundamental, não depende de regulamentação
infraconstitucional.

d. A assistência gratuita em creches e pré-escolas é assegurada aos filhos e dependentes do


empregado, desde o nascimento até dez anos de idade.

e. A eleição de um representante dos trabalhadores com a finalidade, exclusiva de promover o


entendimento direto com o empregador é assegurada nas empresas com mais de duzentos
empregados.

4. FCC – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2009

São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social, 

a. remuneração do serviço extraordinário superior, no máximo, em vinte por cento a do normal. 

b. remuneração do trabalho noturno inferior a do diurno. 

c. seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário. 

d. assistência gratuita aos filhos e subsidiada aos dependentes desde os dois anos até cinco anos de
idade em creches e pré-escolas. 

e. décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.

5. FCC – TRT 5ª Região – Técnico Judiciário – 2013

O artigo 7º da Constituição Federal elenca um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, que visam à
melhoria da sua condição social, dentre os quais tem-se

a. a proteção em face da automação, na forma da lei.

b. a possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.

c. a distinção entre os direitos do trabalhador com vínculo empregatício permanente e o avulso.

d. o direito de participação na CIPA da empresa, aposentado, desde que filiado ao sindicato.

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e. a permissão de trabalho insalubre ao menor na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.

6. FCC – TRT 18ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa– 2013

Em relação aos direitos dos trabalhadores previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que

a. há previsão apenas de direitos trabalhistas ao empregado urbano, não sendo contemplado o


trabalhador rural cujos direitos estão previstos em lei específica.

b. não há previsão constitucional para direitos do trabalhador doméstico, cabendo à Consolidação das
Leis do Trabalho regulamentá-los.

c. há igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador


avulso.

d. não há qualquer previsão constitucional para a proteção do trabalhador em face da automação,


bem como de seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador.

e. há previsão específica quanto à possibilidade de distinção entre o trabalho manual, técnico e


intelectual ou entre os profissionais respectivos.

7. FCC – TRT 19ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa– 2008

Mário, empregado da empresa TITO, será pai pela segunda vez. Porém, seu segundo filho nascerá da união
estável que mantém com Joana. Neste caso, Mário 

a. terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de sete dias.

b. não terá direito a licença paternidade uma vez que não é casado legalmente com Joana.

c. terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de três dias.

d. não terá direito a licença paternidade uma vez que a licença paternidade só é devida no nascimento
do primeiro filho.

e. terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer ao serviço pelo prazo de cinco dias.

8. FCC – TRT 19ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa– 2008

Ana, Aline, Diana, Daniela e Dora são empregadas da empresa XXCC. Ana possui um filho com 17 anos de
idade. Aline possui um casal de gêmeos com 14 anos de idade. Diana possui uma filha de 13 anos de idade.
Daniela possui uma filha de 11 anos de idade e Dora possui um filho inválido com 33 anos de idade. 

Nesses casos, terão direito ao salário-família apenas, 

a. Aline e Dora.

b. Ana, Diana, Daniela e Dora.

c. Diana, Daniela e Dora.

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d. Daniela e Ana.

e. Aline e Diana.

9. FCC – PGE/AM– Procurador do Estado – 2010

É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social,

a. o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos e feriados.

b. a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

c. o seguro-desemprego, em todas as hipóteses de extinção do contrato de trabalho.

d. o décimo terceiro salário com base na remuneração proporcional ou no valor da aposentadoria.

e. a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e cinquenta
dias.

10. FCC – PGE/AM– Procurador do Estado – 2010

São direitos assegurados aos trabalhadores pela Constituição Federal de 1988, EXCETO:

a. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.

b. reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

c. seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

d. proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e, em qualquer


hipótese, de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos.

e. garantia do direito de ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho.

11. FCC – PGE/AM– Procurador do Estado – 2010

Em caso de nascimento de filho, o empregado terá direito a licença-paternidade de

a. 1 (um) dia, no decorrer da primeira semana.

b. 5 (cinco) dias.

c. 1 (um) dia, no dia do nascimento.

d. 5 (cinco) dias úteis.

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e. 5 (cinco) dias, devendo comprovar ter realizado o registro civil da criança.

12. FCC – TRT 18ª Região – Técnico Judiciário– 2008

Considere as assertivas abaixo a respeito do salário-família:

I. O salário família não é devido aos trabalhadores avulsos por não se enquadrarem na condição de
empregados.

II. O salário-família é devido por quotas de modo que o empregado receba tantas quotas quantas sejam os
filhos, enteados ou tutelados.

III. Para ter direito ao salário-família é necessário que o filho do empregado seja menor de 16 anos ou inválido
de qualquer idade.

IV. Na hipótese de marido e mulher serem empregados e possuírem mais de um contrato de trabalho, ser-lhe-
ão devidas tantas quotas quantos forem os contratos.

Está correto o que consta APENAS em

a. I e II.

b. II e IV.

c. I e III.

d. II, III e IV.

e. I e IV.

13. FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2006

Constitui direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: 

I. Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo para os que percebem remuneração variável. 

II. Seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário. 

III. Remuneração do serviço extraordinário, superior, no máximo, em trinta por cento à do normal. 

IV. Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime a sua retenção culposa. 

V. Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. 

É correto APENAS o que consta em

a. I, II e V.

b. III, IV e V.

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c. II, III e IV.

d. I e III.

e. I e V.

14. FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2006

A irredutibilidade salarial

a. pode ser determinada em sentença normativa.

b. geralmente é assegurada, salvo expressa previsão legal em sentido contrário.

c. é sempre assegurada, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

d. pode ser estabelecida em contrato individual de trabalho.

e. depende de fixação em lei complementar.

15. FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2006

Constitui direito dos trabalhadores urbanos e rurais, previsto na Constituição Federal:

a. repouso semanal remunerado, exclusivamente aos domingos.

b. adicional de remuneração para as atividades insalubres ou perigosas, excetuadas as penosas, na


forma da lei.

c. seguro-desemprego, em caso de pedido de dispensa ou desemprego involuntário.

d. redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

e. jornada suplementar com adicional mínimo de 25%.

16. FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2006

A Constituição Federal prevê que sejam remuneradas com adicional as atividades realizadas

a. em condições penosas, insalubres ou perigosas; com maior perfeição técnica e produtividade.

b. em horário noturno; em turnos de revezamento; em condições penosas, insalubres ou perigosas.

c. em turnos de revezamento; em condições penosas, insalubres ou perigosas; além da jornada


regular.

d. além da jornada regular; com maior perfeição técnica e produtividade; em turnos de revezamento.

e. em horário noturno; além da jornada regular; em condições penosas, insalubres ou perigosas.

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17. FCC – TRT 3ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa – 2015

Ana trabalhou em uma residência como cozinheira de 5 de maio de 2013 a 6 de julho de 2014. No período
indicado e na data da rescisão do contrato de trabalho, é devido à categoria profissional de Ana, podendo ser
exigido seu cumprimento de imediato pela empregada, o direito a 

a. adicional noturno. 

b. jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho. 

c. FGTS obrigatório. 

d. seguro-desemprego obrigatório. 

e. auxílio-creche.

18. FCC – TRT 18ª Região – Técnico Judiciário Área Administrativa – 2013

A Constituição Federal do Brasil apresenta, no seu artigo 7º, uma relação de direitos dos trabalhadores que
visam à melhoria de sua condição social. Dentre os direitos constitucionalmente previstos aos empregados
domésticos, está:

a. a licença-paternidade, nos termos fixados em lei. 

b. o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. 

c. a jornada de seis horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento

d. o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. 

e. a proteção em face da automação, na forma da lei.

19. CESPE – TRT 7ª Região – Técnico Judiciário – 2017

De acordo com a CLT, em caso de adoção, a empregada tem direito à licença maternidade de

a. noventa dias.

b. cento e vinte dias.

c. um dia.

d. trinta dias.

20. CESPE – PGR/AM– Procurador do Estado– 2016

Na hipótese de um estado da Federação contratar empregado público para cumprir jornada de trabalho
reduzida, o TST entende ser lícita a remuneração inferior ao salário mínimo, se proporcional à jornada por ele
cumprida.

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21. CESPE – SERPRO – Analista – Perícia em Cálculo Judicial – 2013

Os direitos constitucionais assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais incluem o salário-família, pago em
razão de dependente do trabalhador de baixa renda, e o repouso semanal remunerado.

22. CESPE – AGU – Advogado da União – 2012

O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional, de modo a garantir as necessidades vitais do
trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, devendo os valores ser reajustados periodicamente para preservar o seu poder aquisitivo,
vedada sua vinculação como indexador financeiro ou outro qualquer fim, podendo o valor ser declarado por
decreto do presidente da República, se assim autorizado pela lei que fixar o modo de reajuste ou aumento.

23. CESPE – EBC – Analista Advocacia – 2011

Negociação coletiva pode majorar a jornada regulamentar de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento.

24. CESPE – SEMAD Aracaju – Procurador Municipal– 2008

O salário é irredutível, salvo o disposto em convenção coletiva de trabalho, sendo nulas as alterações nele
empreendidas, para menor, por conta de acordo individual ou coletivo.

25. CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional e unificado, podendo haver, em cada estado e
no Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo
para a remuneração dos trabalhadores.

26. CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

O salário pode ser reduzido apenas por convenção coletiva de trabalho, em havendo contrapartida para a
melhoria das condições de trabalho.

27. CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

A CF assegura garantia contra a despedida sem justa causa do empregado, estando provisoriamente prevista
indenização compensatória de 40% do valor do saldo fundiário, a título de multa rescisória, enquanto outra
base indenizatória não for fixada por lei complementar própria.

28. CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2007

Os direitos dos trabalhadores, inseridos na CF, não podem ser, de modo algum, alterados, mesmo que
ajustados pelos sindicatos profissionais ou pelos próprios trabalhadores em razão de possível melhoria das

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condições de trabalho.

29. CESPE – DPU – Defensor Público Federal– 2010

O termo inicial do direito ao salário-família, quando provado em juízo, corresponde à data de ajuizamento do
pedido, salvo quando comprovado que o empregador se tenha recusado a receber, anteriormente, a certidão
de nascimento de filho do empregado.

30. CESPE – TRT 5ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa– 2008

O salário-família não é devido aos trabalhadores rurais.

31. CESPE – DPE/CE – Defensor público – 2008

O salário mínimo é nacionalmente unificado e, portanto, não podem os estados da Federação estabelecer
salários mínimos em seus territórios cujos valores sejam inferiores ao previsto na lei federal que o instituiu.

32. FCC – TRT 2ª Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2018

Um grupo de empregados atuantes em determinada empresa afirmou ao seu superior hierárquico que
pretende constituir um sindicato da categoria, fato esse que levou os empregados e o diretor da empresa a
consultarem vários advogados a respeito do assunto. Dentre as orientações que receberam, mostra-se
compatível com a Constituição Federal aquela segundo a qual 

a. é desnecessária autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão


competente, sendo vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical. 

b. o sindicato poderá ter a mesma base territorial de organização sindical do mesmo grau que
represente a mesma categoria profissional ou econômica dos empregados, desde que assim
deliberem os respectivos associados, não podendo sua área de atuação ser inferior à de um
Município. 

c. o sindicato poderá defender os direitos e interesses coletivos da categoria em questões judiciais ou


administrativas, mas não poderá fazê-lo para defesa de direitos e interesses individuais.  

d. o empregado que tenha registrado sua candidatura a cargo de direção ou de representação sindical
poderá ser demitido sem justa causa durante o processo eleitoral, mas, se eleito, não poderá ser
dispensado até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave. 

e. é vedado à assembleia geral do sindicato fixar contribuição para o custeio do sistema confederativo
de representação sindical da categoria profissional respectiva.

Renúncia e Transação
33. FCC – TRT 23ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2016

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Trata-se de uma hipótese de renúncia INVÁLIDA:

a)  Na empresa Fortes & Fortes Indústrias Metalúrgicas Ltda. existem dois regulamentos empresariais em
vigor. Ronaldo, empregado da empresa há quinze anos, opta por aderir ao regulamento mais novo,
renunciando às regras do sistema do outro.

b) Não havendo previsão contratual ou legal expressa, a opção de Edmundo, funcionário público, pelo regime
trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário.

c)  Josiel, advogado de larga experiência profissional, é contratado para trabalhar com pessoalidade,
subordinação e continuidade no departamento jurídico da empresa Indústrias Pantaneiras S/A, recebendo
remuneração mensal fixa, mas se recusa a ser registrado como empregado, afirmando que tem
conhecimento suficiente para exercer sua autonomia de vontade, escolhendo o regime jurídico de sua
contratação.

d)  Augusto, imediatamente após retornar de afastamento médico decorrente de acidente do trabalho
sofrido, com a cessação do benefício previdenciário, pede demissão e, perante o sindicato que o representa,
assina documento renunciando à estabilidade no emprego de que era detentor.

e) Euzébio, dirigente de sindicato com base territorial em Cuiabá − MT, solicita ao empregador transferência
para Palmas − TO. A solicitação da transferência corresponde, nos termos da lei, a uma renúncia tácita à
estabilidade do qual era detentor.

34. FCC – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2015

Considere: 

I. Inobstante o princípio basilar do Direito Individual do Trabalho no tocante à indisponibilidade dos direitos
trabalhistas, não há impedimento na supressão de direitos trabalhistas em face do exercício, pelo devedor
trabalhista, da arguição da prescrição ou em face do não exercício, pelo credor trabalhista, de prerrogativa
legal, como no caso da decadência. 

II. A renúncia e a transação são exemplos de supressão de direitos trabalhistas, operadas pelos titulares de
seus direitos, sendo a renúncia ato unilateral da parte e a transação ato bilateral, pelo qual se acertam direitos
e obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões recíprocas. 

III. Mesmo sendo titular de um direito indisponível, o trabalhador não pode dispor de todos os seus direitos
trabalhistas, que estão acobertados pela indisponibilidade absoluta, como é o caso do direito ao registro em
CTPS, ao salário mínimo e à incidência das normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador. 

Está correto o que se afirma em 

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II, apenas.

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e) I, apenas.

35. FCC – TRT 20ª Região – Analista Judiciário Área Judiciária – 2011

Com relação a renúncia em matéria trabalhista, é correto afirmar: 

a) A renúncia a direitos futuros é, em regra, inadmissível, sendo proibido pelo TST, inclusive, a pré-
contratação de horas extras pelos bancários quando da sua admissão.

b) Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles não tem
efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

c) O direito ao aviso prévio é renunciável pelo empregado, sendo que o pedido de dispensa de cumprimento
sempre exime o empregador de pagar o respectivo valor.

d) Trata-se de uma relação jurídica em que as partes fazem concessões recíprocas, nascendo daí o direito de
ação.

e)  No curso do contrato trabalhista a renúncia é inadmissível em qualquer hipótese, obedecendo-se ao


princípio da proteção, bem como a relação de hipossuficiência existente.

36. Vunesp – EMPLASA – Analista Jurídico – 2014

Em relação ao princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas, é correto afirmar que;

a) o empregado estável não pode pedir demissão.

b)  conforme entendimento sumulado pelo TST, é possível o pedido de dispensa de cumprimento do aviso
prévio pelo empregado, sem exceção, o qual exime o empregador de pagar o valor respectivo.

c) a renúncia e a transação são atos unilaterais de disposição de direitos.

d) é possível a renúncia ou a transação de direitos trabalhistas se o ordenamento jurídico ou jurisprudência


consolidada autorizar.

e)  a prescrição e a decadência geram supressão de direitos trabalhistas, com afronta ao princípio da
indisponibilidade.

37. TRT 2ª Região – Juiz do Trabalho – 2013

O princípio da proteção dos direitos trabalhistas envolve questão sobre a renúncia e transação. Observe as
proposições abaixo e ao finai aponte a alternativa que contenha proposituras de renúncia: 

I. Desistência do cargo sindical para o qual o empregado fora eleito dirigente sindical. 

II. Acordo celebrado, em fase de execução, para recebimento de quantia desejada, embora crédito habilitado
no juízo falimentar. 

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III. Pedido de demissão de empregado estável. 

IV. Negociação coletiva da entidade sindical para a redução de jornada de trabalho. 

V. Acordo para a rescisão do contrato mediante pagamento de uma indenização. 

Está correta a alternativa:

a) I e II.

b) I e V.

c) II e IV.

d) III e V.

e) I e III.

38. IBFC – PC/RJ – Perito criminal - Contabilidade – 2013

Em relação ao aviso prévio, pode- se afirmar:

a) É passível de renúncia por parte do empregado dependendo do acordo com o empregador.

b) É passível de renúncia, se executada de forma unilateral por parte do empregado.

c) É passível de renúncia, e não integra o período contratual.

d) Trata- se de direito irrenunciável e pode, ou não, integrar o período contratual.

e) Trata- se de direito irrenunciável.

39. MPT – PGT – Procurador – 2008 – Adaptada

Assinale a alternativa INCORRETA:

a) o Direito do Trabalho não admite a renúncia, pelo trabalhador, antes, durante e após o rompimento do
contrato de trabalho;

b) somente será passível de transação lícita parcela juridicamente não acobertada por indisponibilidade
absoluta, independentemente do respeito aos demais requisitos jurídico-formais do ato;

c) de acordo com o entendimento uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, o direito ao aviso prévio é
irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o
respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego;

d) de acordo com a CLT, com redação dada pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), a transação extrajudicial
que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária
implica quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia.

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e) não respondida.

40. CESPE – TRT 9ª Região – Analista Judiciário Área Administrativa – 2007

A transação pressupõe a existência de objeto duvidoso acerca da questão envolvida na sua celebração,
enquanto a renúncia envolve direito certo e específico.

Gabarito

1. B

2. D

3. E

4. E

5. A

6. C

7. E

8. C

9. B

10. D

11. B

12. B

13. E

14. C

15. D

16. E

17. B

18. A

19. B

20. E

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21. C

22. C

23. C

24. E

25. C

26. E

27. C

28. E

29. C

30. E

31. C

32. A

33. C

34. A

35. A

36. D

37. E

38. E

39. B

40. C

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