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INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi elaborado a partir da reflexão da importância da prática de ensino

na formação docente.

Por acreditar que o estágio é o modo referencial indissociável dos cursos de graduação e

tem como objetivo geral o exercício da prática pedagógica do aluno, futuro professor, conclui-se

que o estágio é indispensável para a vida profissional do futuro educador, pois consiste em uma

das oportunidades nas quais os estudantes defrontam-se com a realidade diária do processo de

ensino-aprendizagem e da dinâmica própria do espaço escolar.

Os objetivos de estudos tiveram como área de trabalho as salas de aula da Escola

Municipal Santa Amélia, localizada na Rua Dona Amélia, no número 10, no bairro de Santa

Amélia, na cidade de Engenho Pedreira, no município de Japeri, Rio de Janeiro, CEP 26.382-300,

CNPJ 02065584/0001-09.

Foram observadas as turmas 601 e 602 sob a orientação da professora Claudia

Vasconcelos Coelho e as turmas 701 e 801 sob a orientação da professora Adriana Barbosa de

Sousa. Todas as turmas correspondem ao Ensino Fundamental e o estágio ocorreu de segunda à

sexta-feira, no horário de 07h 30 às 12h.

A partir da referência bibliográfica estudada, com orientação da professora de Estágio,

Silvana dos Anjos, foram analisados os problemas encontrados na Educação Brasileira, em que

destaco no texto “A importância do ato de ler”, de Paulo Freire:

“Em primeiro lugar, porém, é preciso que a educação dê carne e


espírito ao modelo de ser humano virtuoso que, então, instaurará uma
sociedade justa e bela. Nada poderá ser feito antes que uma geração
inteira de gente boa e justa assuma a tarefa de criar a sociedade ideal.”
(1997, 28)
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Nesta perspectiva, conclui-se que o Estágio Supervisionado de Ensino de Português é

indispensável na vida do futuro educador, pois a formação teórica e a prática pedagógica

fornecem subsídios ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessários para que os

alunos possam adquirir experiências e produzir novas ações, preparando-os para assumir, no

futuro, um trabalho consciente como fator de construção do ser humano.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Faz parte da natureza da prática

docente a indagação, a busca, a pesquisa. O que se precisa é que, em sua formação permanente o

professor perceba e se assuma; e que ensinar exige respeito aos saberes do educando.

Como nos afirma José Carlos Libâneo:

“... Sabemos que o êxito dos alunos não depende


unicamente do professor e de seu método de trabalho,
pois a situação docente envolve muitos fatores de
natureza social, psicológica, o clima geral da dinâmica
da escola etc. Entretanto, o trabalho docente tem um
peso significativo ao proporcionar condições efetivas
para o êxito escolar dos alunos.”
(2002,12)
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1. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA

1.1 ASPECTOS FÌSICO, HUMANO E MATERIAL

A unidade escolar tem em sua nomenclatura Escola Municipal Santa Amélia. Fica

localizada na Rua Dona Amélia, no número 10, no bairro de Santa Amélia, na cidade de Engenho

Pedreira, Japeri, Rio de Janeiro, CEP 26.382-300. CNPJ 02065584/0001-09.

A escola funciona em dois turnos: manhã e tarde. O turno da manhã funciona de 07h 30

às 12h e o turno da tarde de 13h 30 às 17h.

Para que o estabelecimento funcione de maneira harmoniosa e integrada, em busca da

organização, a escola conta com uma equipe técnica-pedagógica que é composta por: Diretora

Geral, Diretora Adjunta, Orientadora Pedagógica, Orientadora Educacional, Merendeiras,

Auxiliares de Serviços Gerais, Auxiliar de Secretaria, Auxiliar de Biblioteca, Inspetores, Corpo

Docente e Discente.

Dividem-se em:

01 Diretora Geral – Ensino Superior

01 Diretora Adjunta – Ensino Médio

01 Orientadora Pedagógica – Ensino Superior

01 Orientadora Educacional – Ensino Fundamental

04 Merendeiras (manhã e tarde) – Ensino Fundamental

04 Auxiliares de Serviços Gerais (manhã e tarde) – Ensino Fundamental

01 Auxiliar de Secretaria – Ensino Médio

02 Inspetores – Ensino Fundamental

10 Professores – Ensino Médio

07 Professores – Ensino Superior


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As turmas são divididas em: 101, 201, 202, 203, 204, 301, 302, 303, 401, 402, 501, 502,

601, 602, 701, 801 e 901. Noturnos, manhã e tarde.

A escola possui várias salas espalhadas e divididas por corredores. São 12 salas de aula,

sala de biblioteca, sala secretaria, sala da direção, sala das orientadoras onde acontecem as

reuniões.

Há cozinha com refeitório ao lado. Os alunos recebem café da manhã. No almoço, há

divisão dos alunos em duas turmas, devido ao espaço do refeitório que oferece apenas uma mesa

com dois bancos de cada lado.

Possui banheiro feminino e masculino, com quatro vasos sanitários e vários lavatórios.

Na instituição possui também uma quadra de esporte, ampla e coberta, local que se

realizam aulas práticas de Educação Física, exposição de trabalhos e festas comemorativas, a fim

de socializar os alunos, pais, professores e funcionários.

Ao analisar as condições estruturais da escola, deparo-me com um verdadeiro descaso

público. Nasci e fui criada no bairro, sempre ouvi dizer que a escola tinha um apelido: “colégio

velho”. Foi a minha primeira escola, apesar de ter feito somente o 1º ano escolar, é uma escola de

destaque no bairro.

As ruas de acesso não são asfaltadas, quando não é lama é poeira, as grades não existem

mais, pessoas entram e saem a qualquer hora da instituição. A iluminação é precária, a noite fica

às escuras, somente no refeitório tem uma lâmpada. Paredes estão pichadas, banheiros e torneiras

estão quebrados.

No ano de 2004 aconteceu uma reforma, salas novas foram construídas, pinturas, trocas

de lâmpadas foram feitas. Foi um ano eleitoral, conquistas foram alcançadas, quem sabe no

próximo ano, já que esse é um ano de votação.


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Diante dos problemas encontrados e ao analisar o texto “Pedagogia da Autonomia” de

Paulo Freire, destaco:

“Como cobrar das crianças um mínimo de respeito às


carteiras escolares, às mesas, às paredes. Se o Poder
Público revela absoluta desconsideração à coisa
pública?”
(2004, 34)

“Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as


condições materiais, econômicas, sociais e políticas,
culturais e ideológicas em que achamos geram quase
sempre baneiras de difícil superação para o
cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o
mundo, sei também que os obstáculos não se
eternizam.”
(2004, 47 – 54)
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1.2 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA

O Projeto Político-Pedagógico da Escola Municipal Santa Amélia, foi fundamentado no

trabalho coletivo de todo o corpo docente, administrativo, equipe pedagógica, funcionários,

discente e comunidade escolar através de reuniões interdisciplinares.

O Projeto Político-Pedagógico se justifica na busca de soluções democráticas para as

necessidades da comunidade escolar, visa oferecer educação de qualidade comprometida com o

desenvolvimento pleno do alunado, com identidade própria capaz de transformar sua realidade.

Encontra-se no Planejamento do ano de cada docente os valores abordados em cada

bimestre. Nas turmas em que estagiei ficaram divididos em:

1º Bimestre – Valores abordados: Paz, amor e união.

2º Bimestre – Valores abordados: Inclusão, respeito e carinho.

3º Bimestre – Valores abordados: Amizade e solidariedade.

4º Bimestre – Valores abordados: Liberdade e consciência.

Os conteúdos são aplicados de maneira lúdica, dinâmica e atrativa, com utilização de

diversas estratégias. Acontecem leituras, montagens de cartazes e etc.

Toda a exposição dá-se no pátio da escola com duas apresentações semestrais.


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1.3 A ESCOLA COMO GRUPO SOCIAL

É de responsabilidade da Diretora Geral e Adjunta a política educacional da unidade

escolar, bem como o desenvolvimento, aplicação e o acompanhamento das ações pedagógicas.

As ações visam dar continuidade no processo global de administração participativa, em

que todos têm poder de decisão, a um coletivo.

A escola está aberta à comunidade escolar e, portanto deixa esse espaço para ações da

comunidade.

Foram implantadas as seguintes ações:

Projeto Escola Aberta – A escola está aberta à comunidade escolar, trabalhando o lazer,

descobrindo talentos e realizando a integração.

Como o engajamento de todos, juntos, escola e comunidade, realizarão não só os sonhos,

como darão novas dimensões à realidade.


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1.4 AS ATIVIDADES DOCENTES E DISCENTES

É de suma importância que o educador procure desenvolver ações pedagógicas capazes de

levar os alunos ao potencial do ideal, para que eles sejam cidadãos críticos, conscientes na busca

da qualidade da educação.

A escola será um espaço de construção de conhecimento para os alunos, professores e

toda a comunidade.

Deve trabalhar o lúdico, o prazer de aprender e a construção do conhecimento fluirão

rapidamente dentro desta proposta.

Obedecendo as ações traçadas do Projeto Político Pedagógico, o aluno será capaz de:

 Construir uma imagem positiva de si.

 A valorizar o diálogo como forma de esclarecer conceitos e tomar decisões

coletivas.

 Adotar no dia-a-dia atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças e

discriminações.

 Construir murais informativos, elaborar trabalhos, analisar músicas críticas,

debates.

No decorrer do ano letivo são aplicadas quatro avaliações, sendo uma a cada bimestre

coletivamente. Haverá semanas de provas para evitar a sobrecarga no rendimento escolar.

Consideram-se os seguintes critérios para o acesso progressivo das séries:

 Estar dentro dos critérios estabelecidos pela LDB 9394/96.

 Estar dentro dos critérios estabelecidos pela SEE.

 Possuir freqüência mínima de 75%.

 Adquirir 50% dos conhecimentos desenvolvidos.


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A avaliação da Unidade Escolar está baseada na portaria E/SUEN nº 06 de 21 de

Setembro de 1999, que estabelece as diretrizes para a avaliação e desempenho escolar.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

As aulas de Língua Portuguesa foram de muito valor para o meu aprendizado. Entendi

como os trabalhos em grupo são importantes para a união dos alunos.

As professoras foram os canais diretos para o desenvolvimento e sempre estavam

disponíveis quando solicitadas.

O que nos chama atenção é que hoje, além de questões que há mais de uma década

aguardam soluções, estão surgindo outras que precisam ser enfrentadas imediatamente por pena

de assistirmos ao agravamento de situação que, aos olhos dos mais otimistas, já se constitui um

desafio.

O rumo à Educação melhor, traduz um pouco do que somos, pensamos, fazemos e

propormos para transformar o que temos em um mundo melhor.

É necessária a modificação da realidade e muita criatividade. E é isto que queremos?

Mudar é preciso...

Buscamos um mundo de qualidade. Acreditamos que o ponto de partida desta, busca

encontra-se nos sonhos. É preciso sonhar. Sonhar com um mundo melhor, com uma educação de

qualidade.

Enfim, a pessoa é o nosso objetivo. A formação ou construção de um cidadão consciente

de si mesmo, do espaço que ocupa no mundo. Um cidadão com competência e, sobretudo, com

“Amor.”
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de Dezembro de

1996.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo.

Cortez, 2005.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo. Paz e Terra,2001.

LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo. Cortez, 2002

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