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CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA

O processo das inteligências múltiplas no desenvolvimento infantil: Um


olhar para a aprendizagem no Brasil

Juliana Gonçalves Feitosa Reis

Mariana de Britto Pereira

Marli Raposo Leite dos Santos

Victória Braga Luque

Orientadora:

Verônica Carvalho de Araújo

(Profa. Dra. Verônica Carvalho de Araújo)

RIO DE JANEIRO
2023
REIS; PEREIRA; SANTOS; LUQUE, graduandas do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso
Lisboa; ARAÚJO, Profa. Dra. e orientadora do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso
Lisboa.
REIS, Juliana; PEREIRA, Mariana; SANTOS, Marli dos; LUQUE, Victória. O processo das
inteligências múltiplas no desenvolvimento infantil: um olhar para a aprendizagem no
Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Psicologia, Centro Universitário
Celso Lisboa, Rio de Janeiro, 2023, 21p. 

REIS, Juliana
PEREIRA, Mariana
SANTOS, Marli dos
LUQUE, Victória
ARAÚJO, Verônica de1

O processo das inteligências múltiplas no desenvolvimento infantil: um olhar para a


aprendizagem no Brasil

RESUMO

A inteligência possui vastos conceitos e variadas teorias, por muitos anos foi pensado em uma
inteligência padronizada onde somente o QI poderia mensurar a capacidade de um indivíduo
através de padrões e normas para sua idade, sem ter a relevância do social, ambiental e
preferências do sujeito. O presente artigo científico visa apresentar como o aspecto cognitivo
“inteligência” é compreendido atualmente no campo da psicologia brasileira e como a teoria
das inteligências múltiplas pode contribuir para desenvolver as habilidades de crianças e
facilitar o processo de aprendizagem, com o propósito de compreender que o processo de
aprendizagem na fase de desenvolvimento vai para além de mensuração de capacidade
intelectual, mas sim de tipos de inteligências divergentes entre si, onde o sujeito é capaz de
progredir desde que estimulado corretamente de acordo com seu próprio ritmo e através da
identificação do seu tipo de inteligência, para que dessa forma consigam melhorar sua
capacidade de aprendizagem e desenvolver-se de forma natural. Através desta pesquisa
identificamos estudos feitos por profissionais interessados na aprendizagem das crianças e
autores de psicologia do desenvolvimento infantil. Falta a conclusão do estudo.

Palavras chaves: Inteligência. Aprendizagem. Desenvolvimento Infantil.

The process of multiple intelligences in child development: A look at learning in Brazil


1
REIS; PEREIRA; SANTOS; LUQUE, graduandas do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso
Lisboa; ARAÚJO, Profa. Dra. e orientadora do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso
Lisboa.
ABSTRACT

Intelligence has vast concepts and varied theories, for many years it was thought of a
standardized intelligence where only IQ could measure an individual's ability through
standards and norms for their age, without having the relevance of social, environmental and
subject preferences . This scientific article aims to present how the cognitive aspect
"intelligence" is understood today in the field of Brazilian psychology and how the theory of
multiple intelligences can contribute to developing children's skills and facilitate the learning
process. With the purpose of understanding of the the learning process in the development
phase goes beyond measuring intellectual capacity, but rather different types of intelligence,
where the subject is able to progress as long as he is properly stimulated in his own matter and
by identification of his type of intelligence. In this way they can naturally improve their own
learning capacity and development. In this research we identified studies made by
professionals interested in children's learning and authors of child development psychology.

Keywords: Intelligence. Learning. Child development.

REIS; PEREIRA; SANTOS; LUQUE, graduandas do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso
Lisboa; ARAÚJO, Profa. Dra. e orientadora do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso
Lisboa.
4

Juliana Gonçalves Feitosa Reis

Mariana de Britto Pereira

Marli Raposo Leite dos Santos

Victoria Braga Luque

O processo das inteligências múltiplas no desenvolvimento infantil: Um


olhar para a aprendizagem no Brasil

Trabalho apresentado no curso de


graduação em Psicologia do
Centro Universitário Celso
Lisboa.

Orientadora: Profa. Dra. Verônica


Carvalho de Araújo

RIO DE JANEIRO

2023
5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 06
1.1 PERCURSO METODOLÓGICO ....................................................................... 08
2. DESENVOLVIMENTO INFANTIL ...................................................................... 09
2.1 DESENVOLVIMENTO INFANTIL .................................................................. 10
3. O CONCEITO DE INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS EM HOWARD
GARDNER..................................................................................................................
12
3.1 Inteligência Musical ...............................................................................................
12
3.2 Inteligência Corporal-Cinestésica .........................................................................
13
3.3 Inteligência Lógico-Matemática ........................................................................... 13
3.4 Inteligência Linguística .........................................................................................
13
3.5 Inteligência Espacial ............................................................................................. 13
3.6 Inteligência Intrapessoal ....................................................................................... 14
3.7 Inteligência Interpessoal ....................................................................................... 14
3.8 Inteligência Naturalista ......................................................................................... 14
4. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO EM JEAN PIAGET E A
APRENDIZAGEM ....................................................................................................
14
5. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NO BRASIL .............................................
16
6. DISCUSSÃO SOBRE A COMPREENSÃO ATUAL ACERCA DAS APTIDÕES
DOS INDIVÍDUOS ....................................................................................................
18

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................
18

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................


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1. INTRODUÇÃO

Em termos gerais, a inteligência é a habilidade humana complexa que está relacionada


a capacidade do ser humano de raciocínio, aprendizagem, memória, planejamento, resolução
de problemas, enfim, um conjunto de habilidades, que são fatores importantes para o
desenvolvimento e desempenho em variados testes de inteligência. Mas por alguma razão,
pequena parte da população apresenta uma taxa de inteligência diferente da outra parte, sendo
essas taxas muito altas ou muito baixas, assim como parte da população se mostra com
habilidades extremamente desenvolvidas em determinadas áreas e, em outras áreas,
habilidades pouco desenvolvidas (MIRANDA; COSTA e MALLOY-DINIZ, 2016). Não é tão
simples definir o que é inteligência, entretanto, a maioria das pessoas cita diversos adjetivos
para exemplificar como seria uma pessoa inteligente, pressupondo que existe um significado
unidimensional do termo. De fato, podemos considerar que a inteligência é um conjunto de
aspectos que são muito importantes para o desenvolvimento humano, ainda assim, a
compreensão científica do assunto ainda é alvo de discussões (ROAZZI E SOUZA, 2002).
No ano de 1906 o Teste de Binet-Simon foi lançado no Brasil com o objetivo de
mensurar a inteligência e separar as crianças mais desenvolvidas das que eram consideradas
em atraso do desenvolvimento, o resultado desse teste tinha por objetivo, evidenciar a
capacidade intelectual através do QI (Quociente Intelectual). Apesar de avaliar as funções
cognitivas, este instrumento acabou por limitar a inteligência pelas capacidades escolares,
assim, sua apuração poderia dar como fim, o fracasso ou o sucesso escolar de crianças
estudantes. Ao longo dos anos surgiram críticas em relação aos testes de inteligência, uma vez
que estes trazem uma única dimensão intelectual, sem considerar as outras habilidades
desenvolvidas pelos indivíduos (BINET; SIMON, 1929, apud TEIXEIRA, 2019, p. 4). As
críticas seguem em relação aos testes que eram somente fabricados com objetivo de mensurar
as habilidades lógico-matemáticas da pessoa e, na década de 80, um grupo liderado pelo
7

psicólogo Howard Gardner, procurando responder às críticas, traz a atenção para a escassez
das pesquisas acerca das inteligências, assim como as insuficientes testagens referentes a
avaliação das inteligências. Através de suas investigações observou diferentes capacidades de
adaptação que as pessoas desenvolviam com relação ao ambiente em que vivem, seu objetivo
era a análise de como a inteligência se dava em cada indivíduo.
Para Gardner (1995, p.18) é de máxima importância:
...reconhecer e estimular todas as variadas inteligências humanas e todas as
combinações de inteligências. Nós todos somos tão diferentes em grande parte
porque possuímos diferentes combinações de inteligência.
Com o objetivo de defender sua teoria e ampliar o conceito, Gardner observou de
forma mais natural que cada indivíduo possui um potencial específico que pode ser ativado ou
não de acordo com a vivência de cada um, assim cada pessoa consegue desenvolver
habilidades específicas de acordo com seu potencial e conjunto de habilidades. A teoria das
inteligências múltiplas (GARDNER, 1985), identificou através de estudos sete tipos de
inteligências, mais tarde acrescentando mais dois tipos, rompendo a crença de que a
inteligência seria somente direcionada para uma só área.
Antunes (2002), educador brasileiro, define inteligência como:

“um fluxo cerebral que nos leva a escolher a melhor opção para solucionar uma
dificuldade e que se completa como uma faculdade para compreender, entre
opções, qual a melhor; ela também nos ajuda a resolver problemas ou até mesmo a
criar produtos válidos para a cultura que nos envolve.
Comumente, a educação brasileira adota o método tradicional de ensino fundamentado
na filosofia da essência de Rousseau, e teve seu início no séc. XIX, demarcado no período pós
monarquia no Brasil, onde surge a educação escolar com a função de construir e consolidar
uma sociedade democrática através do fenômeno de conversão dos súditos em cidadãos. O
método em questão perdura até os dias atuais, no séc. XXI, presentemente com um caráter de
“tradicional atual” devido as modificações que sofreu com o passar do tempo (LEÃO, 1999).
O método consiste em uma prática em que o professor é central nas aulas, é o detentor de todo
o conhecimento. Além disso, as aulas possuem muitas informações que são divididas por
disciplinas que devem ser cumpridas em uma grade escolar pré-determinada. Os estudantes
por sua vez, são ouvintes e costumam sentar-se de frente para os quadros, na posição de
cadeiras enfileiradas até o fim das aulas, que são ofertadas para uma grande quantidade de
crianças. O método tradicional não considera e nem valoriza as diferenças individuais do
aluno, mas olha para todos sob o mesmo prisma, sendo assim, observa-se que o indivíduo que
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não consegue se adaptar ao método tradicional, é prejudicado. Este método, apesar de ter
grande aderência na maior parte do país, recebe críticas de diversos teóricos como Gardner
com a teoria das inteligências múltiplas e Piaget com o construtivismo, que resgatam a ideia
que o estudante deve ser o provedor de seu próprio ensino e sujeito de sua própria
aprendizagem, os professores por sua vez, são mediadores que ajudam os alunos no processo
de aprendizagem e dessa forma as crianças podem se desenvolver e aprender em comunidade,
investigando problemas, solucionando e sendo desafiadas de acordo com suas habilidades
específicas.
A teoria de Gardner permite que educadores e psicólogos compreendam as diferentes
maneiras que os estudantes e pacientes possuem de aprender, assim, através dos estudos de
Gardner e sua equipe, os professores podem ser auxiliados em suas metodologias de ensino, a
partir da contribuição de um olhar mais analítico para as diferentes formas de aprendizagem.
A análise das diversas formas de aprendizagem avalia as dificuldades e os potenciais que os
alunos possuem. Na opinião do autor o propósito das escolas deveria ser o de desenvolver as
inteligências e ajudar as pessoas a atingirem objetivos de ocupação e passatempo adequados
ao seu espectro particular de inteligência (GARDNER, 1995).

Analisando a bibliografia referente ao processo de aprendizagem na criança em fase


de desenvolvimento no Brasil, e observando a teoria das I.M, a hipótese levantada por esta
pesquisa é que não há muitos estudos no Brasil que correlacionem o processo de
aprendizagem e a teoria das inteligências múltiplas no âmbito do processo de ensino e
aprendizagem no contexto escolar. Apesar de existirem outras metodologias válidas que
facilitem a aprendizagem para as crianças, ainda há a dificuldade em implementar os métodos
onde a criança é a protagonista do seu próprio conhecimento. Essa dificuldade é explicada
devido aos longos anos do tradicionalismo enraizado no ensino brasileiro e devido à uma
certa oposição quanto à mudança na metodologia de ensino, tanto pelo ensino público quanto
pelo privado.

A carência de estudos das inteligências múltiplas como ferramenta para a psicologia


do desenvolvimento infantil, motivou esta pesquisa para trazer mais visibilidade para este
tema. Devido a esta escassez de materiais e conteúdos referentes ao tópico, surgiu o interesse
em investigar e atrair atenção nesta área da psicologia que não foi tão explorada no Brasil, de
forma a contribuir com incentivo a novas pesquisas referentes a este tema de extrema
relevância para o entendimento do funcionamento de cada tipo de inteligência, a fim de
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identificá-las ainda nas fases de desenvolvimento e contribuir para que haja um olhar mais
abrangente para as inúmeras potencialidades dos indivíduos, especificamente aqueles em fase
de educação infantil (primeira etapa da educação básica).

1.1 PERCURSO METODOLÓGICO DA PESQUISA

A fim de realizar uma estratégia qualitativa de pesquisa, a metodologia adotada se


refere ao tipo descritivo, haja vista que foram utilizados livros, trabalhos acadêmicos e artigos
para composição desta pesquisa. Utilizamos como instrumento de coleta de dados, materiais
bibliográficos tanto em bibliotecas virtuais (Google Acadêmico, Scielo, Pearson) como físicas
(Celso Lisboa), sendo os principais autores que contribuíram com este trabalho: Gardner,
1995; Piaget, 2007; Antunes, 1998. Foram utilizados no total para a construção desta pesquisa
17 referências dentre elas livros e artigos acadêmicos, sendo 1 livro excluído por não ter a
abordagem teoria necessária para este trabalho. Dessa forma, se pretende analisar nesta
pesquisa os principais conceitos: Inteligências Múltiplas; Aprendizagem e Desenvolvimento
Cognitivo

2. DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A Educação Infantil tem um papel indispensável na formação das crianças, uma vez
que promove desenvolvimento cognitivo, social e emocional, ainda assim, cerca de 450 mil
crianças brasileiras não estão inseridas na escola (Inep, 2019). Não é possível falar sobre
aprendizagem sem mencionar a falta de acesso de milhares de crianças brasileiras às escolas
para cumprirem as etapas fundamentais da educação básica. No entanto, ainda as que
possuem acesso à escola, podem enfrentar dificuldades em relação à linguagem,
comportamento, socialização e raciocínio, por exemplo.
A desordem no aprendizado afeta a capacidade do cérebro em receber e processar
informações, o que pode comprometer o ato de aprender. Importante ressaltar que
não se deve confundir dificuldade de aprendizagem com falta de vontade de realizar
as tarefas, algo bem comum nesta fase (TABILE e JACOMETO, 2017).
A teoria das inteligências múltiplas pode contribuir para o desenvolvimento de
habilidades de crianças em processo de educação básica. O autor propõe em sua teoria das
inteligências múltiplas que todos os indivíduos normais são capazes de, pelo menos, sete
formas de realização intelectual relativamente autônoma. Ele explica que:
10

Cada inteligência está baseada, pelo menos inicialmente, em um potencial biológico,


que então expressa como o resultado da interação dos fatores genéticos e ambientais.
Embora possamos observar isoladamente uma determinada inteligência em
indivíduos excepcionais como os sábios idiotas, as pessoas, de modo geral,
apresentam uma mistura de inteligências. (...) a educação (...) representa o cultivo
das inteligências de forma como vieram a ser representadas ao longo do tempo numa
variedade de sistemas culturalmente elaborados (GARDNER, 1995).
Howard Gardner realizou um projeto de pesquisa com vários pesquisadores da
Havard Project Zero, chamado Projeto Espectro, como tentativa de medir o perfil de
inteligências e os estilos de trabalho das crianças de idade pré-escolar. O projeto foi realizado
em duas turmas de pré-escola de uma escola americana, com crianças brancas, de classes
média e alta, de idades entre 3 e 4 anos. As turmas eram compostas por 19 a 20 crianças. O
projeto inicia pressupondo que as crianças possuem individualmente, o potencial de
desenvolverem forças em uma ou várias áreas, levando os pesquisadores a examinarem os
estilos cognitivos ou de trabalho, assim como as puras capacidades intelectuais. Os resultados
das duas amostras foram semelhantes: para a maioria das crianças foram identificadas
potencialidades e/ou dificuldades em relação ao grupo, e em todos os outros casos foram
identificadas áreas de relativa potencialidade e dificuldade para cada criança (GARDNER,
1995).
Enquanto alguns indivíduos apresentam estilos de trabalho que determinam sua
abordagem em qualquer tarefa, independentemente da área de conteúdo, outros
possuem estilos que são muito mais específicos para um domínio. Essa informação
pode ser particularmente importante no desenvolvimento de uma intervenção
educacional efetiva para uma criança. No presente momento, nós consideramos 15
áreas de capacidade cognitiva e dezoito aspectos de estilo (GARDNER, 1995).
Os dados da pesquisa em questão sugerem a influência potencial da estrutura do
ambiente sobre as qualidades específicas que podem ser discernidas nas crianças. É enfatizado
também que é importante manter a oferta de materiais estimulantes em diversas aulas
curriculares, para facilitar que o movimento criativo e as habilidades mecânicas sejam
reconhecidas (GARDNER, 1995).
Através de investigações acerca dos métodos atuais de ensino no Brasil, observa-se
que não existem pesquisas que informem quais são os métodos utilizados nas escolas
brasileiras para crianças cursando a educação básica de ensino, ou que expliquem os
resultados atingidos a partir da utilização dos métodos que são aplicados na educação
brasileira no momento presente.
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Entende-se atualmente que o processo de aprendizagem no desenvolvimento infantil


acontece da seguinte maneira:
a aprendizagem é como uma construção pessoal resultante de um processo
experimental, inerente à pessoa e que se manifesta por uma modificação de
comportamento. Sabe-se que a aprendizagem é um fenômeno extremamente
complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e
culturais (TABILE e JACOMETO, 2017).

2.1 A Educação Vinculada à Teoria das I.M

Pensar em uma educação pautada na teoria das I.M é utilizar métodos que estimulem o
potencial do aluno e que verdadeiramente o conduzam à uma compreensão plena durante o
processo de aprendizagem. Utilizar a teoria das I.M nas práticas pedagógicas é introduzir
inovações que ofertam maior possibilidade para que cada aluno identifique seu próprio
caminho de aprendizagem; é estimular a autonomia; é possibilitar formas criativas de
aprendizagem (SILVA e NISTA-PICCOLO, 2010).
De acordo com o autor DÍAZ-LEFEBVRE (2010), o estudo de diversos profissionais
como: neurocientistas, cientistas cognitivos e pesquisadores do desenvolvimento humano
possibilitou a descoberta de que:
“...a atividade cerebral ocorre de diversas maneiras: espontaneamente,
automaticamente e em resposta a desafios. Para aprender de modo efetivo, essa
atividade cerebral deve ser estimulada por pelo menos uma dessas maneiras e ser
combinada com sistemas de feedback produtivos e adequados. Além disso, para que a
aprendizagem continue, o cérebro deve ter tarefas desafiadoras, que exijam
quantidades significativas de reflexão ou energia emocional.”
Ainda sobre a educação, segundo Anache (2007) é importante colocar em destaque a
educação inclusiva que atualmente afirma a ideia de que todos os estudantes devem estar
juntos no processo de aprendizagem sem que haja discriminação e preconceito, e confirma
que é possível que nesse modelo pedagógico inclusivo, todos se desenvolvam de forma
participativa e colaborativa. A educação inclusiva tem como finalidade proporcionar aos
estudantes portadores de deficiências um ensino que contemple as suas necessidades
individuais (apud ALMEIDA, CRISPIM, SILVA e PEIXOTO, 2017).
Acerca da educação voltada para as dificuldades de aprendizagem, o autor Vitor da
Fonseca que é um psicomotricista português, mestre em dificuldades de aprendizagem, que
vem contribuindo muito para o tema de aprendizagem e educação cognitiva explica que a
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dificuldade de aprendizagem (DA) é um problema voltado para as sérias dificuldades de


adaptação à escola que resulta em abandono escolar, e que costuma perdurar ao longo da vida
adulta. O autor também afirma que os testes formais de inteligência (Q.I) não são suficientes
para identificar a DA, porque existem crianças ou jovens que possuem o Q.I acima da média e
apresentam dislexias, disortografias e discalculias que são dificuldades específicas da
aprendizagem (FONSECA, 2017).
Traçando um paralelo entre as DA explicadas acima por Fonseca, e a teoria das IM, a
contribuição da Teoria para a Educação Inclusiva se dá por meio da conscientização e
aceitação por parte do educador, de que cada indivíduo é único, singular, o que o torna
diferente dos demais. O autor explica também que:
O objetivo da educação não deve ser, portanto, ensinar a pensar ou promover
competências cognitivas em oposição a ensinar conteúdos, mas sim ensinar a
aprender a aprender, como complemento do ensino de matérias ou disciplinas,
dotando os estudantes com pré-requisitos cognitivos que lhes permitam aprender
com mais eficácia no futuro. (FONSECA, 2017)
Os autores citados acima partilham a ideia de que o processo educativo deve sempre
servir como potencializador das capacidades cognitivas do educando.

3. O CONCEITO DE INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE HOWARD GARDNER

A Teoria das Inteligências Múltiplas foi pensada pelo autor Howard Gardner,
psicólogo cognitivo e educacional americano. Na época (1983) o objetivo do autor era chegar
a uma visão do pensamento humano mais ampla daquela aceita pelos estudos cognitivos que
já existiam. A palavra “múltiplas” representa para o autor variadas capacidades humanas
importantes, não limitadas apenas àquelas encontradas nos testes de QI. A Teoria atraiu
profissionais como professores, administradores, supervisores, legisladores, e jornalistas que
atuavam no campo da educação. H. Gardner se preocupou em como desenvolver as
inteligências e se interessava pelo estudo da interação entre as diferentes faculdades
cognitivas.
Para Gardner (1995, p.18) é de máxima importância:
“...reconhecer e estimular todas as variadas inteligências humanas e todas as
combinações de inteligências. Nós todos somos tão diferentes em grande parte porque
possuímos diferentes combinações de inteligência”.
Com o objetivo de defender sua teoria e ampliar o conceito, Howard observou de
forma mais natural que cada indivíduo possui um potencial específico que pode ser ativado ou
13

não de acordo com a vivência de cada um, assim cada pessoa consegue desenvolver
habilidades específicas de acordo com seu potencial e conjunto de habilidades.
A teoria das inteligências múltiplas (GARDNER, 1985), identificou através de estudos
iniciais sete tipos de inteligências, rompendo a crença de que a inteligência seria somente
direcionada para uma só área. Anos mais tarde, ele identificou mais uma inteligência,
totalizando 8 inteligências. São as inteligências descritas por Gardner:

3.1 Inteligência Musical

Capacidade que o ser humano possui de identificar sons, melodias, ritmos, sensações,
sentimentos e expressar essas sensações através da música (NOVIKOBAS; LAMARI MAIA,
2020). Gardner (1995) descreve essa inteligência dando como exemplo o violinista Yehudi
Menuhin, que a habilidade musical foi manifestada antes que o músico, aos 3 anos de idade,
pudesse ter contato com o instrumento. Assim, como a inteligência musical pode se
manifestar em pessoas com cérebro típico, Howard também exemplifica que pessoas atípicas
também apresentam níveis de inteligência musical, por exemplo pessoas com autismo que
possuem a habilidade de tocar determinados instrumentos com destreza, porém são incapazes
de falar. Sendo a área musical não tão bem determinada em uma área específica, como a área
da linguagem, por exemplo. Podemos observar essas habilidades em músicos, cantores,
produtores musicais e até mesmo dançarinos.

3.2 Inteligência Corporal-Cinestésica

Se refere a um tipo de inteligência descrita por Gardner (1995), onde há a habilidade


de controle do movimento corporal e execução de movimentos. A habilidade corporal mais
desenvolvida é logicamente uma vantagem, pode se estender para objetos no uso de
ferramentas, como por exemplo: um jogador de futebol, onde é necessário saber sua posição
em campo e calcular a posição de seus colegas ao mesmo tempo em que precisa e0ntender a
distância entre os passes de bola e força de chute, todas estas habilidades em campo se
referem à este tipo de inteligência onde o jogador precisa entender seu corpo no momento,
movimento e espaço no mundo. Essa inteligência pode ser encontrada em diversas pessoas,
como: dançarinos, cirurgiões, artistas, dentre outros que apresentam essa habilidade
totalmente desenvolvida.

3.3 Inteligência Lógico-Matemática


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Essa inteligência foi a mais estudada e investigada há anos na psicologia, e segundo


Gardner (1995) ironicamente informa: “é o arquétipo da inteligência pura”. Ironia que foi
feita uma vez que o teórico não acredita que uma inteligência seja pura, e sim que todas se
comunicam entre si. A inteligência lógico-matemática é associada com a capacidade da
linguagem, sendo a habilidade de solução e resolução de problemas, assim como a capacidade
científica. O indivíduo que possui esta inteligência mais desenvolvida é capaz de se destacar
em áreas como matemática, ciências, programação dentre outras.

3.4 Inteligência Linguística

Howard Gardner (1995) diz que o dom da linguagem é universal, e esta capacidade
está relacionada ao dom de se comunicar, escrever e aprender novas línguas. Assim como
criar línguas. Um dano em uma área específica do cérebro: “área de Broca”, pode ocasionar
dificuldades na junção de palavras e formação de frases simples, porém, é possível que a
pessoa continue compreendendo palavras e frases através da escuta e leitura.

3.5 Inteligência Espacial

Definida por Gardner (1995) como a capacidade de formar um modelo mental de um


mundo espacial e de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse modelo. A inteligência
espacial é comumente mais desenvolvida em profissionais como os cirurgiões, marinheiros,
engenheiros, pintores etc. O sujeito que possui essa inteligência desenvolvida detém a
percepção de orientação e localização apurada. O autor complementa que o hemisfério direito
é comprovadamente o local mais crucial no processamento espacial.

3.6 Inteligência Intrapessoal

A explicação do autor (Gardner, 1995) para essa inteligência é que a pessoa com boa
inteligência intrapessoal possui um modelo viável e efetivo de si mesma. Essa pessoa possui
mais facilidade de perceber os seus sentimentos e conhece melhor a si mesmo. Os lobos
frontais desempenham um papel fundamental.

3.7 Inteligência Interpessoal

Gardner (1995) explica que a pessoa com boa inteligência interpessoal percebe as
intenções e desejos de outras pessoas, mesmo que ela os esconda. Essa pessoa possui mais
facilidade de compreender os outros empaticamente. Os lobos frontais desempenham um
papel fundamental.
15

3.8 Inteligência Naturalista

Gardner (2000) explica que essa inteligência se apresenta na pessoa com uma grande
atração pelo mundo natural, que reconhece e classifica numerosas espécies da fauna e flora,
possui extrema sensibilidade para identificar e entender a paisagem nativa e, até mesmo,
apresenta um sentimento de encantamento diante da natureza e dos fenômenos que a
envolvem.

Como explicam as autoras Albino e Barros (2021), as inteligências são independentes,


entretanto elas funcionam em conjunto. Nós, seres humanos, possuímos todas elas dentro de
nós, em níveis diferentes, e as organizamos de formas também distintas, a fim de realizarmos
as mais diversas atividades cotidianas. Gardner (2000) elucida que a sua teoria rompe com a
crença difundida de que a inteligência é uma faculdade única, ou seja, que só existe um tipo
de inteligência, e que uma pessoa ou é “inteligente” ou é “burra”.

4. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO EM JEAN PIAGET E A


APRENDIZAGEM

Jean Piaget, nascido em 1896 na Suíça, foi um psicólogo que dedicou sua vida a
pesquisas que envolviam as estruturas cognitivas. Seu primeiro livro de psicologia, intitulado:
Linguagem e Pensamento na Criança, publicado em 1923 é um retrato do seu interesse pelo
processo de aprendizagem, linguagem e raciocínio (COLINVAUX, 2011).
Para o construtivismo de Piaget o conhecimento reside na interação do sujeito com o
objeto, e essas interações dependem de dois aspectos: afetivo e cognitivo. Entretanto, o foco
de Piaget está voltado para a cognição, embora reconheça a existência do aspecto afetivo.
Piaget denomina a inteligência como um termo genérico para se referir ao processo particular
da interação sujeito-objeto, e compreende que inteligência seria uma forma de equilíbrio a que
tendem todas as estruturas, esse processo de equilibração caracteriza-se por um melhoramento
contínuo das estruturas rítmicas que se tornam reguladas e, finalmente, operatórias. O autor
afirma que o conhecimento é resultado de um processo de construção pessoal do aluno, que é
mediado pelo professor no processo ensino-aprendizagem (PIAGET,1975-1976, apud
MACEDO, 1980). Logo, podemos dizer que para Piaget a inteligência é desenvolvida em
quatro estágios diferentes, em efeito de progressão, e todas as crianças passam pelos quatro
estágios de aprendizagem, que são:
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Sensório-motor (0 a 2 anos) quando a capacidade mental se resume em exercício dos


aparelhos reflexivos como a sucção; Pré-operatório (2 a 7anos) período em que
surge a linguagem e gera modificações no aspecto social, intelectual e afetivo da
criança; Operacional concreto (7 a 11 ou 12 anos) início da construção lógica,
estabelecimento de relações com coordenação de pontos de vista diferentes e
Operacional formal (11 ou 12 anos em diante) fase em que ocorre a passagem do
pensamento concreto para o pensamento formal (ALBINO e BARROS, 2021).

Para Piaget (2007): “O conhecimento não pode ser concebido como algo
predeterminado nem nas estruturas internas do sujeito, porquanto estas resultam de uma
construção efetiva e contínua”, o conhecimento é, assim, construído na interação do sujeito
com o meio em que vive, o que tem relação com fenômeno de educação, onde o educador e a
maneira como este aborda o processo de aprendizagem influenciam a maneira como se dá o
desempenho cognitivo do educando. O autor compreende que o processo de aprender consiste
em adquirir uma resposta específica aprendida através da experiência ou não.
Segundo Gama (2017) Piaget e o construtivismo de Piaget tiveram grande influência
sobre o psicólogo Howard Gardner, em seus estudos sobre inteligências, entretanto, Gardner
propõe que processos psicológicos independentes são empregados quando o indivíduo lida
com sistemas simbólicos diferentes (os sistemas simbólicos são os símbolos musicais,
linguísticos ou outros) à medida que Piaget acreditava que todos os aspectos da simbolização
partem de uma mesma função semiótica (pensamento).

5. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NO BRASIL

O Brasil é um país com grande extensão de território, e por consequência é diverso e


distinto em relação à cultura e outras características, o que torna ainda mais complicado o
esforço em adaptar e universalizar a educação de forma que seja disponibilizado tipos de
aplicação de novos métodos de ensino para aprendizagem em crianças em todo território
nacional. A dificuldade de acesso à educação de qualidade em determinadas áreas do Brasil, a
cada dia é um desafio mais complicado devido à diversos fatores como por exemplo a
desigualdade social, insuficiência empregatícia, renda familiar, acesso à transporte, fome etc.
Além de todos estes desafios, as salas de ensino público estão superlotadas de alunos,
inviabilizando o aprendizado da criança inseridas neste contexto, que em função disso
professores não conseguem dar o suporte necessário, por não serem capazes de avaliar as
habilidades que cada aluno possui a fim de gerar maior produtividade no processo de
17

aprendizagem ao longo do período escolar (FERNANDES; MARINHO; BATISTA e


OLIVEIRA, 2018).
Ao traçarmos um panorama histórico da psicologia brasileira interessada na
aprendizagem infantil, pode-se observar que os primeiros laboratórios psicológicos que
inspecionaram crianças com dificuldades de aprendizagem, com influência norte-americana e
francesa, emergem no Brasil a partir do final do século XIX, e assim começa a psicologia
escolar no Brasil. Tanto a psicologia quanto a pedagogia possuem interesses harmônicos
quanto aos temas: desenvolvimento e aprendizagem (BARBOSA & MARINHO-ARAÚJO,
2010).
Para o Celso Antunes:
O papel da escola, entretanto, renova-se com estudos e descobertas sobre o
comportamento cerebral e, nesse contexto, a nova escola é a que assume o papel de
"central estimuladora da inteligência". Se a criança já não precisa ir à escola para
simplesmente aprender, ela necessita da escolaridade para "aprender a aprender",
desenvolver suas habilidades e estimular suas inteligências (Antunes, 1998, pág).
Celso Antunes, é um professor formado em geografia que criou estratégias e jogos
para tornar suas aulas mais dinâmicas. Publicou vários livros pedagógicos, que foram
traduzidos para outros idiomas e, dessa forma, aumentou seu conhecimento acerca de como
estimular o processo de aprendizagem. Quando teve contato com a obra de Gardner e a Teoria
das Inteligências Múltiplas, aprofundou seus estudos sobre ele e percebeu que os jogos que
produziu para suas aulas representavam os instrumentos sugeridos e testados por Gardner para
o estímulo das várias inteligências. Para Celso Antunes a descoberta de inteligências distintas
é um grande estimulador para a humanidade. Segundo ele, a grande pesquisa que assinala o
fim do século é a exploração que o homem faz de si mesmo e sobre a profunda diferença entre
as pessoas.

6. DISCUSSÃO SOBRE A COMPREENSÃO ATUAL ACERCA DAS APTIDÕES


DOS INDIVÍDUOS

A teoria das inteligências múltiplas compreende que o processo de aprendizagem deve


ser centrado no aluno, percebendo que cada indivíduo possui seu tempo, forma de pensar e
elaboração dos conteúdos, e estimulando o aluno para que ocorra uma elevação do seu
potencial de habilidade. As inteligências são independentes, elas se manifestam com mais
destaque de acordo com o estímulo recebido. No entanto, todos os tipos de inteligências estão
relacionados, isso leva à hipótese de que todos os humanos são capazes de desenvolver todas
18

as inteligências. Ainda assim, percebendo que cada estudante possui diferentes tipos de
habilidades, entendendo as formas de inteligências múltiplas, os indivíduos podem se
desenvolver melhor em determinadas áreas. A contribuição desta teoria para a área de
processo da aprendizagem é que apesar deste fator, as áreas de currículos escolares poderão
ser ofertadas de diversas formas, apresentando para a criança, por exemplo, formas de
aprendizagem que possam ser mais atrativas de acordo com suas habilidades, como por
exemplo, por mais que uma criança tenha a área da inteligência musical mais desenvolvida,
ela deverá ser estimulada nas outras inteligências também de acordo com suas habilidades
específicas. Dessa forma, Gardner (2000) explica que a escola tem papel fundamental no
estímulo das inteligências devendo dessa forma, propiciar aos seus alunos o desenvolvimento
pleno nas áreas que têm maior competência, tornando então um currículo de aprendizagem
centrado no aluno, que respeita as diferenças e valoriza a individualidade.

Para o autor, a teoria oferece diversas ferramentas para pedagogos, professores,


psicólogos e profissionais que atuam com o desenvolvimento infantil e a aprendizagem,
como: a melhora na qualidade do ensino, de forma que alcance cada criança considerando os
fatores motivacionais, culturais, genéticos e neurobiológicos. Dessa forma, se um professor
conseguir identificar na fase de desenvolvimento da criança o seu tipo de inteligência mais
potencializado, será mais fácil e natural a assimilação no processo de aprendizagem desse
sujeito (GARDNER, 2000).

7. CONCLUSÃO

Essa pesquisa buscou compreender a relação da Teoria das Inteligências Múltiplas


com a educação e o processo de aprendizagem que é empregado atualmente no Brasil.
Conclui-se a partir das pesquisas realizadas que a inteligência é um conceito que já passou e
continua passando por diversas transformações no campo cultural e científico, e as
contribuições de diversos autores como Piaget, Gardner, Fonseca, Antunes, entre outros,
seguem tendo relevância em países ocidentais, como é o caso do Brasil. As perspectivas dos
autores acerca de educação e aprendizagem convergem em pontos como: a inclusão de todos,
haja vista que habitamos um mundo diversificado; a proposta de que a educação deve
desenvolver o potencial de aprendizagem do educando, o que significa que é importante o
educador compreender que a capacidade de pensar ou de raciocinar não é inata, mas que
requer desenvolvimento das funções cognitivas.
19

Dessa forma, se as escolas brasileiras, assim como clínicas de atendimentos


psicológicos e psicopedagógicos considerarem a teoria de Gardner e dos demais autores
relevantes que foram citados, podem dar um passo importante em direção a um futuro que
abre espaço para que todos os indivíduos possam desenvolver todas as suas potencialidades,
contribuindo para que a educação e tratamentos psicológicos cada vez mais alcance a todos,
sem distinção, o que requer a realização de pesquisas e publicações que gerem maior
contribuição para a educação brasileira.
Este estudo contribuiu para gerar novas discussões acerca do tema e para evidenciar o
modo de aprendizagem que vem sendo aplicado no Brasil e seus efeitos ao longo do tempo,
assim como também, contribuiu na forma de pensar em novas abordagens de terapia clínica
pensando em pacientes e estudantes, como únicos e com habilidades específicas para que
deste modo, esta criança possa desenvolver habilidades de forma mais natural e que faça
sentido.
20

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