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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

MEDICINA

Marcela Casadei Fernedes

RA: 122120701

Turma: 1A

Grupo: 1

1° SEMANA INTEGRADORA

Presidente Prudente – SP 2021


1- Explicar a causa da acidose metabólica e relacionar com o
sistema tampão
A causa da acidose metabólica está no excesso de ácido encontrado no sangue, o que provoca
o consumo total da base e a ionização do ácido, liberando H+ na corrente sanguínea. Consiste
na perda de bicarbonato ou acúmulo de ácido no sangue (falha no Sistema Tampão), que pode
ser acarretado por diarreia intensa, doenças renais, infecção generalizada e lesões de diversos
músculos do corpo (exercícios atenuantes).

Causas: • Excesso da produção de ácido. • Perda excessiva de bicarbonato da corrente


sanguínea. • Acúmulo de dióxido de carbono no sangue pela insuficiência pulmonar ou
interrupção respiratória (acidose respiratória).

Sistema Tampão: É um sistema formado de um ácido fraco e sua base conjugada, que não
permite uma grande variação do pH, gerando desequilíbrio. É um mecanismo químico. O
sangue humano é um sistema-tampão ligeiramente básico, ou seja, é um líquido tamponado:
seu pH permanece constante entre 7,35 e 7,45. Um dos tampões mais interessantes e
importantes no sangue é formado pelo ácido carbônico (H2CO3) e pelo sal desse ácido, o
bicarbonato de sódio (NaHCO3).

Esse quadro é induzido pelo Princípio de Le Chatelier, que afirma que quando há um fator
perturbando o equilíbrio de uma reação, a reação é deslocada para ir contra a síntese do fator
que está causando esse desequilíbrio. No caso, a reação em equilíbrio é estabelecida pelo
sistema tampão, onde ocorre a reação ocorre em duas vias transformação, sendo: (1) a
ionização do ácido carbônico (H2CO3) em íon H+ e bicarbonato (HCO3- ) e (2) a associação de
íon H+ e bicarbonato (HCO3- ), resultando em ácido carbônico (H2CO3). O equilíbrio dessa
reação está sendo perturbado pelo excesso de compostos ácidos provenientes da
metabolização do álcool. Sendo assim, o equilíbrio da reação será deslocado para que não
ocorra a produção de um composto ácido (ácido carbônico - H2CO3), causando o aumento da
saturação de íons H+, já que este íon não poderá mais se associar ao bicarbonato e,
posteriormente, se transformar em ácido carbônico. Com isso, ocorre o aumento de
H2CO3 ,aumentando o pH, induzindo à resposta compensatória. A resposta compensatória
inibe o centro respiratório, causando a hipodilatação, que diminui o fluxo sanguíneo e,
consequentemente, retém CO2. Nesse tipo de acidose metabólica, para que o equilíbrio
eletroquímico do plasma seja mantido, a redução do ácido carbônico (H2CO3) deve ser
compensada pelo aumento do cloreto plasmático, já que nenhum outro ânion foi retido. Essas
acidoses são, portanto, hiperclorêmicas. O acúmulo de CO2 acaba deslocando a reação não
permitindo que o íon H+ e bicarbonato (HCO3- ) se associem formando ácido carbônico. Esse
excesso de H+ acaba por consumir todo bicarbonado do plasma, levando à acidose metabólica,
enquanto o ânimo formado (ácidos) se acumulam na circulação.

Referências Bibliográficas: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica.


4a ed. Guanabara Koogan, 2018. CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R.
Bioquímica ilustrada. 7a ed. Artmed, 2019.

LEWIS, James L.Considerações gerais sobre o equilíbrio ácido-base, Maio 2018.


2- Identificar os genes envolvidos no metabolismo do ecstasy

Ecstasy é uma droga sintética conhecida como a droga da alegria ou a droga do amor,
composta pela 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA).

No retículo endoplasmático liso de diversas células, especialmente dos hepatócitos,


encontram-se as enzimas do Citocromo (CYP450), as principais responsáveis pela
metabolização de fármacos e drogas (xenobióticos) do organismo. O gene CYP, responsável
pela codificação dessas enzimas, é um dos genes mais polimórficos humanos, o que vai alterar
a capacidade individual de degradação das drogas.

A maior parte do MDMA é desmetilado pela CYP2D6, contudo também contribuem para a
reação as isoformas CYP 1A2, 2B6, 2D6 e 3A4.

Referências Bibliográficas: Audi EA, Pussi FD, Isoenzimas do CYP450 e biotransformação de


droga. Acta Scientarum 22: 599-604, 2000.

3- Diferenciar o metabolismo do ecstasy e do álcool

Polimorfismos levam à variações no metabolismo de xenobióticos, isto é, substâncias


provenientes de fora do organismo, como as drogas. Com isso, alterações alélicas podem
afetar o metabolismo, transporte, toxicidade e genes alvo das drogas.

A metabolização dos xenobióticos ocorre pelo RE liso (sobretudo no fígado, na pele, nos
pulmões e nos rins), com atuação dos citocromos P-450. Trata-se de um grande conjunto de
proteínas, cada uma codificada por um gene CYP diferente, agrupadas em vinte famílias de
acordo com a homologia das sequências de aminoácidos.

Muitos dos genes CYP importantes para o metabolismo de drogas são altamente polimórficas,
com alelos que resultam em atividade enzimática ausente, aumentada ou diminuída, afetando,
assim, a taxa em que são metabolizados, com consequências funcionais reais sobre a resposta
individual de cada usuário.

Sendo assim, há, basicamente, três perfis fenotípicos para metabolismo de xenobióticos, quais
sejam, os metabolizadores lentos, normais e rápidos. Os metabolizadores lentos são aqueles
que acumulam xenobióticos a níveis tóxicos e apresentam reações adversas, devido a
diminuição na produção de enzimas por SNPs ou deleções. Por outro lado, os metabolizadores
rápidos não conseguem manter os níveis séricos e, assim, não apresentam efeitos, o que
ocorre por duplicações ou SNPs que alteram a eficácia enzimática, levando a produção de
enzimas em excesso.

METABOLIZAÇÃO DO MDMA

Especificamente no caso do ecstasy, a eliminação da droga depende parcialmente do


metabolismo hepático, sendo certo que 65% da dose é eliminada sem metabolização, por
excreção renal. Ademais, pela atuação de diversas isoformas do citocromo P450, o MDMA é
desmetilado e excretado na urina. A maior parte do MDMA é desmetilado pela CYP2D6,
contudo também contribuem para a reação as isoformas CYP 1A2, 2B6, 2D6 e 3A4.
O MDMA é n-desmetilado pela CYP2D6 em MDA. O MDMA e o MDA também são o-
desmetilados para formar HHA e HHMA, que são o-metilados pela catecol, o metiltransferase
(COMT), em HMMA e HMA, que são excretados na urina com ácido glicurônico ou sulfato.
Importante notar que o ecstasy influencia sua própria metabolização. Isto ocorre, pois atua
tanto como substrato como inibidor competitivo da enzima CYP2D6.

O gene CYP, responsável pela codificação dessas enzimas, é um dos genes mais polimórficos
humanos, o que vai alterar a capacidade individual de degradação das drogas. Por ser
intensamente polimórfico, o gene CYP é dividido em famílias, subfamílias e isoformas, por
exemplo, o CYP 2D6 correspondente à isoforma 6, da subfamília D, da família 2. Por conta das
individualidades geradas pelos polimorfismos, para cada classe de drogas, os indivíduos podem
ser classificados como metabolizadores normais, lentos, rápidos ou ultrarrápidos. Os
metabolizadores lentos apresentam uma taxa lenta de biotransformação dos xenobióticos, e
este fato os colocam em risco de sofrerem reações tóxicas exacerbadas (os efeitos colaterais).
Os metabolizadores rápidos e ultrarrápidos apresentem risco de ausência de resposta quando
utilizam doses usuais de drogas. O ecstasy (3,4-metilenodioximetanfetamina-MDMA) é uma
anfetamina com efeitos alucinógenos e estimulantes, que induz a liberação de prolactina e
cortisol, com aumento da pressão sanguínea e do ritmo cardíaco, aumento dos reflexos,
hiperdiurese, hipersudorese, tensão muscular, sensação de frio/calor, boca seca e insônia. A
dose normalmente consumida, de 125mg, gera euforia e redução de pensamentos negativos,
porem pode gerar ataques de pânico, alucinações visuais e alucinações paranoicas. Seus
efeitos são observados 20 a 60 minutos após a ingestão de doses moderadas do êxtase (75 a
100 mg), persistindo por 2 a 4 horas. O pico de concentração plasmática ocorre 2 horas após
administração oral, e os níveis residuais (0,005 mg/L) são encontrados 24 horas após a última
dose. A farmacocinética do MDMA não é linear, onde se aumentando de 50 para 150mg a
dose, a concentração plasmática aumenta em 10 vezes, o que demonstra que pequenos
aumentos na dose elevam grandemente a concentração plasmática, gerando riscos de
overdose. Esse fato se torna mais problemático para os metabolizadores lentos. O MDMA é
amplamente distribuído no organismo dos mamíferos, atravessa facilmente as membranas
biológicas e a barreira hematoencefálica. O tempo de meia-vida plasmática do MDMA é de 7,6
horas e, em casos de intoxicação, são necessárias 6 a 8 meias-vidas para a completa
eliminação da droga. O nível plasmático do MDMA, em torno de 8 mg/L, é considerado nível
de intoxicação grave, sendo necessárias 24 horas para a diminuição dos níveis plasmáticos (1
mg/L) que produziria menos efeitos tóxicos. A eliminação da droga depende parcialmente do
metabolismo hepático. Cerca de 65% da dose de êxtase é eliminada sem metabolização, por
excreção renal. A maior parte do MDMA é desmetilado pela CYP2D6, mas outras isoformas do
citocromo P450 também contribuem para essa reação, com isso, interações farmacocinéticas
podem ocorrer com substâncias que inibem a CYP 2D6.

METABOLIZAÇÃO DO ÁLCOOL

VIA PRINCIPAL

Esta via se realiza quando se ingere álcool moderadamente (“socialmente”). Etanol


(CH3CH2OH) sofre oxidação (doa H para o NAD, formando NADH), sob a ação da enzima ADH
(Álcool Desidrogenase), ocorre no citosol → Acetaldeído (CH3CHO) sofre oxidação (doa H para
o NAD, formando NADH), sob a ação da enzima ALDH (Aldeído Desidrogenase), ocorre na
mitocôndria → Acetato (CH3COO--).

VIA ALTERNATIVA

Esta via se realiza quando se ingere álcool em uma quantidade exagerada, desenvolve a
tolerância ao etanol – metabolismo é mais rápido). Etanol → Acetaldeído sofre oxidação pela
ação de um conjunto de enzimas (CYP450).

Referências Bibliográficas: Audi EA, Pussi FD, Isoenzimas do CYP450 e biotransformação de


droga. Acta Scientarum 22: 599-604, 2000.
Paixão CS, et al., Polimorfismos genéticos da família citocromo P450 e o câncer. Saúde &
Ciência em Ação 3:118-113.
Revisão de Literatura - Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e
abordagem clínica. Scielo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101- 60832008000300002
Acesso em 14 set. 2021

4- Relacionar o alto consumo de água com a hiponatremia e o


edema cerebral

A hiponatremia é uma alteração metabólica caracterizada pela baixa concentração de sódio no


sangue em relação ao volume de água no organismo. Ela ocorre em decorrência do
desequilíbrio no complexo sistema fisioquímico, que regula a absorção e excreção de água e
sódio no nosso corpo, e está associada ao processo de envelhecimento.

Alguns medicamentos e doenças, como tumores e insuficiências cardíaca, hepática e renal,


porém, também podem desencadear ou piorar o problema. Confusão mental, propensão a
quedas, convulsões, déficit de coordenação e alteração de comportamento, quadros comuns
em idosos, podem estar relacionados com a doença.

Segundo a dra. Maysa Seabra Cendoroglo, médica geriatra do Einstein, uma pessoa saudável
apresenta nível estável de sódio no plasma sanguíneo entre 135 a 145 mEq/L (miliequivalentes
por litro). Abaixo desse limite, configura-se quadro de hiponatremia - detectável por meio de
exame de sangue. Quanto mais baixo o nível de sódio e mais repentina e acelerada for a sua
queda, mais intensos serão os sintomas, manifestados principalmente no sistema neurológico
por conta das condições adversas instauradas no cérebro frente ao acúmulo de água.

Em linhas gerais, o sistema está sujeito a disfunções de três maneiras. Uma delas está
relacionada ao déficit de sensibilidade dos receptores presentes no tórax, rins e vasos
sanguíneos responsáveis pela detecção da queda de sódio no plasma sanguíneo. Quando essa
alteração na sensibilidade ocorre, há menor precisão no estímulo da glândula heuro-hipófise
para produzir o hormônio antidiurético, substância que ajuda a regular a relação do nível de
água e sódio no organismo. Com isso, há uma produção excessiva desse hormônio. Quanto
maior sua presença, maior é a retenção de água no organismo e, consequentemente, maior a
diluição do sódio. Importante destacar ainda que os idosos têm menor quantidade de
vasopressinase, enzima que corta a ação do hormônio antidiurético.
Outra disfunção muito comum entre os idosos, principalmente aqueles com insuficiência
cardíaca, é a elevação da presença do hormônio peptídeo natriurético atrial, produzido pelas
células musculares do coração. Quando mais hormônio desse tipo, maior o índice de excreção
de sódio.

Os quadros de hiponatremia podem estar relacionados ainda à insuficiência do sistema


endocrinológico renal conhecido como renina-angiotensina-aldosterona, que atua na
reabsorção de parte do sódio naturalmente excretado pelo organismo, impedindo que ele seja
eliminado pela urina. Deficiente, esse sistema não contribui para garantir a reposição do sódio.

Muitos idosos, mesmo com disfunções desse tipo, conseguem reestabelecer o equilíbrio do
sódio. São organismos menos eficientes, mas que não desenvolvem necessariamente a
hiponatremia. O problema ocorre em disfunções metabólicas mais agudas, principalmente
pela incapacidade do organismo jogar fora a quantidade certa de água para atingir o equilíbrio
com o sódio, pela ação de tumores que podem estimular a produção de hormônios
antidiuréticos, por patologias que contribuem para a retenção de água, como as insuficiências
cardíaca, hepática e renal e pelos efeitos do uso de determinados medicamentos. Alguns
diuréticos, anticonvulsivantes, antidiabéticos, quimioterápicos e antidepressivos podem
favorecer a hiponametria, seja propiciando a retenção de líquido (o que reduz a concentração
de sódio), seja estimulando a eliminação indevida de sódio. Importante destacar que, também
aqui, a automedicação pode agir como uma vilã.

O edema cerebral é uma resposta do corpo a vários tipos de injúria, também é considerado
um inchaço de uma região cerebral ou de todo o cérebro que resulta do acúmulo de líquidos
no tecido aumentando o volume e consequentemente a pressão intracraniana. Existem
diferentes tipos de edemas entre eles o cerebral celular, o cerebral vasogênico e o cerebral
osmótico. O edema osmótico é decorrente de hiperidratação, neste caso, o corpo absorve
muito mais água do que o necessário, promovendo esse acúmulo, é comum o aparecimento
desses problemas em gastroenterites, alguns problemas mentais e prática de atividades físicas
intensas.

Referências Bibliográficas: ABCMED, 2014. O que devemos saber sobre o edema cerebral?.
Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/571762/o-que-
devemos-saber-sobre-o-edema-cerebral.htm>. Acesso em: 13 set. 2021

Muxfeldt, P. 2017. “ Edema cerebral: tipos e causas” CCM Saúde, registro nº19741, Disponível
em: https://saude.ccm.net/faq/4569-edema-cerebral-tipos-e-causas Acesso em: 13 set. 2021

Einstein, 2020. Hiponatremia. Disponível em:


https://www.einstein.br/doencas-sintomas/hiponatremia Acesso em: 13 set. 2021
5- Listar os músculos dos membros superior e inferior e classifica-
los de acordo com seus movimentos
Músculos do Membro Inferior
Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos do quadril, músculos da
região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé.
Músculos do Quadril
 Músculo Ilíaco
É um músculo plano e triangular que está situado na fossa ilíaca e é recoberto parcialmente
pelo m. psoas.
Origem: Fossa ilíaca e espinha ilíaca anteroinferior
Inserção: Trocanter menor e linha áspera
Inervação: Ramos musculares do plexo lombar
Ação: Flexão do quadril

 Músculo Psoas
É um músculo volumoso e fusiforme. Está situado ao lado da coluna lombar, na face posterior
da cavidade abdominal. É composto por duas porções que também podem ser consideradas
como músculos individuais. À maior porção dá-se o nome de Psoas Maior e à menor de psoas
menor, está porção menor geralmente está ausente.
Origem: Corpos vertebrais de T12 a L4 e processos costais de L1 á L4
Inserção: Trocanter menor
Inervação: Ramos musculares do plexo lombar
Ação: Flexão e extensão da coluna lombar; flexão e rotação do quadril

Músculos da Coxa
 Músculo Quadríceps Femoral
Este músculo envolve quase que por completo o fêmur. É composto por quatro músculos que
recebem nomes distintos, pois tem origens diferentes, mas possuem uma única inserção
comum. São eles:
M. reto femoral: É o maior em comprimento. Está situado no meio da coxa e é um músculo
bipeniforme.
M. vasto medial: É uma lâmina muscular plana e grossa que está situada na face medial da
coxa, se confunde com o m. vasto intermédio na sua porção anterior.
M. vasto lateral: É o maior músculo do quadríceps. Recobre quase que toda a face ântero-
lateral da coxa. Está recoberto pelo m. tensor da fáscia lata em sal região proximal.
M. vasto intermédio: Está recoberto pelo m. reto femoral. É um músculo plano que forma a
parte mais profunda do m. quadríceps.
Origem: M. reto femoral: Espinha ilíaca anteroinferior; M. vasto medial: linha áspera; M. vasto
lateral: áspera e trocanter maior; M. vasto intermédio: face anterior do fêmur
Inserção: Tuberosidade da tíbia
Inervação: Nervo femoral
Ação: Flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do joelho.
 Músculo Sartório
É o músculo mais longo do corpo humano. É delgado e plano e está situado anteriormente ao
m. quadríceps, cruzando a face anterior da coxa. Também é conhecido como músculo do
costureiro, pelo movimento típico dos alfaiates que ele proporciona
Origem: Espinha ilíaca anterosuperior
Inserção: Tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso
Inervação: Nervo femoral
Ação: Flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do joelho.
 Músculo Tensor da Fáscia Lata
É um músculo largo e plano, carnoso em sua face externa e tendinoso em sua face interna.
Está situado na face lateral da coxa e do quadril.
Origem: Espinha ilíaca anterosuperior
Inserção: Extremidade lateral da tíbia, abaixo do côndilo lateral através do trato íliotibial
Inervação: Nervo glúteo superior
Ação: Flexão, abdução e rotação medial do quadril e estabilização do joelho.
A Fáscia Lata e o Trato Íliotibial
A fáscia lata recobre toda a coxa e recebe esse nome pela sua ampla extensão. Proximalmente, na
face anterior da coxa, ela é a continuação das fáscias abdominal externa e toracolombar, nessa
região ela se insere no osso do quadril e no ligamento inguinal. Na região posterior da parte proximal
ela se continua à aponeurose glútea. Distalmente continua-se com a fáscia da perna, tendo limites
imprecisos. Medialmente reveste a musculatura adutora e essa é a sua porção mais delgada e não
aponeurótica. Na porção lateral ela se insere na crista ilíaca e próximo ao trocanter maior do fêmur
adquire um aspecto tendíneo chamado de trato íliotibial, que corre por toda a face lateral da coxa,
sobre o m. vasto lateral para se inserir na tíbia.
 Músculo Grácil
É o músculo mais superficial da face medial da coxa. É fino e plano, em forma de cinta,
considerado um potente músculo adutor.
Origem: Sínfise púbica
Inserção: Extremidade proximal da tíbia, formando a pata de ganso
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do joelho
 Músculo Pectíneo
É quadrangular, curto e achatado. Está situado entre o m. iliopsoas e m. adutor longo.
Origem: Linha pectinea do púbis
Inserção: Linha pectinea do fêmur
Inervação: Nervo femoral e obturatório
Ação: Flexão, adução e rotação lateral do quadril
 Músculo Adutor Curto
Tem formato triangular e é bastante grosso. Está situado medialmente ao m. pectíneo e
lateralmente ao m. adutor magno.
Origem: Ramo inferior do púbis
Inserção: Lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa

 Músculo Adutor Longo


É o músculo mais superficial do grupo dos adutores. É triangular, plano e robusto. Fica situado
entre o m. pectíneo e o m grácil.
Origem: Púbis
Inserção: Lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa
 Músculo Adutor Magno
É um amplo músculo triangular que se estende por toda a região medial da coxa. Possui uma
grande porção muscular e uma aponeurótica que se insere quase que em toda a extensão do
lábio medial da linha áspera do fêmur. Essa porção aponeurótica possui um hiato por onde os
vasos femorais (artéria e veia femoral) ganham a fossa poplítea. Esse hiato recebe o nome de
hiato dos adutores.
Origem: Ramo inferior do púbis e na tuberosidade isquiática
Inserção: Lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral

Músculo da Região Glútea


 Músculo Glúteo Máximo
É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e mais potente desta
região. É responsável pela manutenção da postura ereta.
Origem: Face glútea da asa do ílio, face posterior do sacro e aponeuroses adjacentes
Inserção: Tuberosidade glútea
Inervação: Nervo glúteo inferior (plexo sacral)
Ação: Extensão, rotação lateral e abdução no quadril e auxiliar na extensão do joelho
 Músculo Glúteo Médio
É plano e triangular, está situado abaixo do m. glúteo máximo.
Origem: Asa do ílio
Inserção: Trocanter maior
Inervação: Nervo glúteo superior
Ação: Flexão, abdução e rotação medial
 Músculo Glúteo Mínimo
O menor dos músculos glúteos e também o mais profundo.
Origem: Asa do ílio
Inserção: Trocanter maior
Inervação: Nervo glúteo superior
Ação: Abdução, flexão e rotação medial
 Músculo Piriforme
É um músculo plano e achatado, possui formato piramidal. Fica situado entre o m. glúteo
mínimo e o m. gêmeo superior.
Origem: Entre os forames anteriores dos 3ª e 4ª segmentos sacrais
Inserção: Trocanter maior
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Extensão, abdução e rotação lateral

Músculos Dorsais da Coxa


 Músculo Bíceps Femoral
É formado por duas porções, a porção longa é medial, maior e tem origem no tuber isquiático.
A porção curta é menor e lateral, se origina da linha áspera do fêmur.
Origem: Tuber isquiático e linha áspera do fêmur
Inserção: Cabeça da fíbula
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Extensão, adução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação lateral da perna
 Músculo Semitendíneo
É fusiforme e carnoso, recebe esse nome porque possui um tendão bastante longo. Fica
situado medialmente ao m. bíceps femoral.
Origem: Tuber isquiático
Inserção: Tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna

 Músculo Semimembranáceo
É delgado, plano e possui um tendão membranoso, daí seu nome. Está recoberto pelo m.
bíceps femoral e m. semitendíneo.
Origem: Tuber isquiático
Inserção: Face medial da extremidade superior da tíbia, abaixo do côndilo medial
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna

Músculos Anteriores da Perna


 Músculo Tibial Anterior
É um músculo robusto e triangular situado lateralmente à tíbia.
Origem: Face lateral da tíbia
Inserção: I Metatarso e Cuneiforme Medial
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Dorsiflexão e supinação do pé
 Músculo Extensor Longo do Hálux
É plano, oblongo e peniforme. Está situado abaixo do m. tibial anterior e sobre o m. extensor
longo dos dedos.
Origem: Fíbula
Inserção: Falanges do hálux
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: extensão, dorsiflexão e supinação do pé
 Músculo Extensor Longo dos Dedos
Está situado abaixo da pele, na região antero-lateral da perna. É peniforme e seu tendão se
divide em quatro e esses caminham em direção aos quatro últimos dedos.
Origem: Extremidade proximal da tíbia
Inserção: Aponeurose do 4°dedo
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Dorsiflexão e pronação
 Músculo Fibular Terceiro
É considerado como parte do m. extensor longo dos dedos.
Origem: Aponeurose do músculo externo longo dos dedos e na fíbula
Inserção: 5º metatarsiano
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Extensão do pé

Músculos Laterais da Perna


 Músculo Fibular Longo
É plano e bipeniforme. Está situado na parte superior e lateral da perna.
Origem: Fíbula
Inserção: 1º metatarsiano
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Pronação e flexão plantar
 Músculo Fibular Curto
Também é plano e bipeniforme. Fica recoberto pelo m. fibular longo.
Origem: Fíbula
Inserção: 5º metatarsiano
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação; Pronação e flexão plantar

Músculos Dorsais da Perna


 Músculo Tríceps Sural
É composto por três porções: M gastrocnêmio: é dotado de outras duas porções, uma lateral e
outra medial. É esse músculo que dá a forma às panturrilhas. M. sóleo: é plano e fusiforme.
Está recoberto pelo m. gastrocnêmio. M. plantar: é muito pequeno, fica recoberto pelo m
gastrocnêmio. Ausente em algumas pessoas.
Origem:
M. gastrocnêmio: Côndilos do fêmur
M. sóleo: Face posterior da tíbia e da fíbula
M. plantar: face poplítea do fêmur.
Inserção: Tuberosidade do calcâneo
Inervação: Nervo tibial
Ação: Supinação e flexão plantar
 Músculo Poplíteo
É curto, plano e triangular. Fica situado posteriormente à articulação do joelho.
Origem: Epicôndilo lateral do fêmur
Inserção: Face posterior da tíbia
Inervação: Nervo tibial
Ação: Flexão e rotação medial da perna
 Músculo Tibial Posterior
É um músculo plano, carnoso em sua porção proximal e tendinoso na porção distal. Está
situado no plano profundo da região posterior da perna, entre o m. flexor longo dos dedos e o
m. flexor longo do hálux.
Origem: Face posterior da tíbia e da fíbula e membrana interóssea
Inserção: Navicular, I e III cuneiformes e II a IV metatarsianos
Inervação: Nervo tibial
Ação: Supinação e flexão plantar
 Músculo Flexor Longo dos Dedos
É plano, oblongo e bipeniforme. Fica situado medialmente ao m. tibial posterior.
Origem: Face posterior da tíbia
Inserção: Falanges distais do 2º ao 5º dedo
Inervação: Nervo tibial
Ação: Supinação, flexão plantar e flexão dos dedos
 Músculo Flexor Longo do Hálux
É plano na sua porção proximal e cilíndrico na porção distal. Situado lateralmente ao m. tibial
posterior.
Origem: Face posterior da fíbula e membrana interóssea
Inserção: Falange distal do Hálux
Inervação: Nervo tibial
Ação: Supinação, flexão plantar e flexão do Hálux

Músculos da Região Dorsal do Pé


 Músculo Extensor Curto dos Dedos
Origem: Calcâneo
Inserção: Aponeurose do 2º ao 4º dedo
Inervação: Nervo plantar profundo
Ação: Extensão dos dedos
 Músculo Extensor Curto do Hálux
Origem: Calcâneo
Inserção: Falange proximal do Hálux
Inervação: Nervo plantar profundo
Ação: Extensão do Hálux
 Músculos Interósseos Dorsais do Pé
São quatro músculos bipeniformes situados entre os ossos do metatarso, em sua região mais
dorsal.
Origem: I ao V metatarsianos
Inserção: I – Falange proximal do 2º dedo e II ao V na falange proximal do 3º ao 4º dedos
Inervação: Nervo plantar lateral
Ação: Extensão dos dedos

Músculos da Região Plantar do Pé


 Músculo Abdutor do Hálux
É um músculo plano, triangular e bipeniforme situado na região medial da face plantar do pé.
Origem: Calcâneo e aponeurose plantar
Inserção: Base da falange proximal do Hálux
Inervação: Nervo plantar medial
Ação: Abdução e flexão do Hálux
 Músculo Flexor Curto do Hálux
É curto e fusiforme, possui dois ventres bem visíveis na figura que segue abaixo.
Origem: Cuneiformes
Inserção: Base da falange proximal do Hálux
Inervação: Nervo plantar medial
Ação: Flexão do Hálux
 Músculo Adutor do Hálux
Está localizado no plano profundo, para sua visualização devemos rebater toda a loja muscular
superficial. È dotado de duas cabeças, uma oblíqua e outra transversa.
Origem: Cubóide, cuneiformes laterais e nas cápsulas articular do 3º ao 5º dedos
Inserção: Base da falange proximal do Hálux
Inervação: Nervo plantar lateral
Ação: Adução do Hálux
 Músculo Flexor Curto dos Dedos
É largo, plano e estreito. Divide-se em quatro tendões. Fica situado na parte média da região
plantar, é o músculo mais superficial desta região.
Origem: Calcâneo
Inserção: Falange média do 2º ao 4º dedos
Inervação: Nervo plantar medial
Ação: Flexão dos dedos
 Músculos Interósseos Plantares
São três músculos pequenos, largos e fusiformes. Como o próprio nome já diz, estão situados
entre os ossos do metatarso, em sua face plantar.
Origem: III ao V metatarsianos
Inserção: Falange proximal do 3º aos 5º dedos
Inervação: Nervo plantar lateral
Ação: Flexão e adução dos dedos
 Músculo Abdutor do Dedo Mínimo
É um músculo cilíndrico, situado na borda externa do pé, está recoberto somente pela
aponeurose plantar. Faz contato com o m. flexor curto do dedo mínimo com sua borda medial.
Origem: Tuberosidade do calcâneo
Inserção: Falange proximal do 5º dedo e tuberosidade do V metatarsiano
Inervação: Nervo plantar lateral
Ação: Flexão, abdução e oponência
 Músculo Flexor Curto do Dedo Mínimo
É um músculo largo que se assemelha à um m. interósseo. Situado na porção mais externa da
região plantar.
Origem: Base do metatarsiano
Inserção: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo plantar medial
Ação: Flexão, abdução e oponência

MEMBRO SUPERIOR
Músculos do Ombro
 Músculo Subescapular
É plano, grosso e triangular. Está situado na fossa escapular, ele passa pela face anterior da
articulação do ombro para se inserir no úmero.
Origem: Fossa subescapular
Inserção: Tubérculo menor do úmero
Inervação: Nervo subescapular
Ação: Rotação medial e adução do braço
 Músculo Deltoide
É um músculo triangular formado por três porções. Está situado imediatamente sob a pele,
recobrindo a cabeça do úmero.
Origem: Clavícula, acrômio e espinha da escápula
Inserção: Tuberosidade deltoidea
Inervação: Nervo axilar
Ação: Adução, abdução até 90º, rotação medial e rotação lateral do braço
 Músculo Supraespinal
É um músculo grosso, bipeniforme, com formato piramidal que ocupa toda a fossa supra-
espinal da escápula.
Origem: Fossa supra-espinal
Inserção: Tubérculo maior
Inervação: Nervo Supra-escápular
Ação: Rotação lateral e abdução até 90º do braço
 Músculo Infra-espinal
É plano, grosso e bipeniforme que adota um formato oblongotriangular. Ocupa quase que
toda a fossa infra-espinal da escápula.
Origem: Espinha da escápula
Inserção: Tubérculo maior
Inervação: Nervo Supra-escapular
Ação: Rotação lateral, adução e abdução do braço
 Músculo Redondo Menor
É cilíndrico e quadrangular. Fica situado na fossa infra-espinhal da escápula, por baixo e por
trás do m. infra-espinhal.
Origem: Fossa infra-espinal e margem lateral da escápula
Inserção: Tubérculo maior
Inervação: Nervo axilar
Ação: Rotação lateral e adução do braço
 Músculo Redondo Maior
É um músculo bastante robusto, levemente aplanado. Fica localizado na borda axilar da
escápula, recoberto parcialmente pelo m. grande dorsal. Em latim teres major.
Origem: Borda lateral e ângulo inferior da escápula
Inserção: Tubérculo menor
Inervação: Nervo subescapular
Ação: Rotação medial e adução do braço
Músculos Anteriores do Braço
 Músculo Bíceps Braquial
É um músculo cilíndrico, fusiforme e relativamente grosso. É formado por duas cabeças. Uma
longa que se origina no tubérculo supraglenoidal da escápula e possui um tendão de origem
maior e mais fino. Outra curta que se origina do processo coracóide da escápula e se localiza
medialmente a cabeça longa. As duas cabeças se unem em um único tendão de inserção.
Origem: Tubérculo supraglenoidal da escápula e processo coracóide da escápula
Inserção: Tuberosidade do rádio
Inervação: Nervo musculocutâneo
Ação: Abdução, rotação medial, anteversão do braço; adução, flexão e supinação do antebraço
 Músculo Coracobraquial
É plano, relativamente curto. Está recoberto pelo m. peitoral maior na região axilar anterior e
cruza posteriormente o m. bíceps braquial ao caminhar para o úmero.
Origem: Processo coracóide da escápula
Inserção: Úmero, distal a crista do tubérculo maior
Inervação: Nervo musculocutâneo
Ação: Rotação medial, adução e anteversão do braço
 Músculo Braquial
Tem formato plano de características fusiformes. Fica recoberto pelo m. bíceps braquial na
região anterior do braço.
Origem: Terço médio do úmero
Inserção: Tuberosidade da ulna
Inervação: Nervo musculocutâneo
Ação: Flexão do antebraço

Músculos Posteriores do Braço


 Músculo Tríceps Braquial
Ocupa toda face posterior do braço. É formado por três porções de origem distintas que se
unem em um tendão comum para se inserir na ulna.
Origem: Tubérculo infraglenoidal, face posterior do úmero
Inserção: Olecrano
Inervação: Nervo radial
Ação: Adução e extensão do braço; extensão do antebraço

Músculos Anteriores do Antebraço


 Músculo Pronador Redondo
É um músculo quadrangular que está situado no plano superficial da região anterior do
antebraço.
Origem: Epicôndilo medial do úmero e face medial da ulna
Inserção: 1/3 médio do rádio, lateralmente
Inervação: Nervo mediano
Ação: Flexão e pronação
 Músculo Flexor Radial do Carpo
É um músculo plano, largo e semipeniforme. Está situado entre o m. pronador redondo e o m.
palmar longo.
Origem: Epicôndilo medial
Inserção: II metacarpiano
Inervação: Nervo mediano
Ação: Flexão, pronação e abdução da mão
 Músculo Flexor Superficial dos Dedos
É plano, fusiforme na porção lateral e peniforme na porção medial. Está localizado na 2º
camada muscular da região anterior do antebraço.
Origem: Epicôndilo medial do úmero e face anterior do rádio
Inserção: Falanges médias do 2º ao 5º dedo
Inervação: Nervo mediano
Ação: Flexão, abdução e adução dos dedos
 Músculo Flexor Ulnar do Carpo
É um músculo plano que se estende superficialmente pela face antero-lateral de todo o
antebraço.
Origem: Epicôndilo medial do úmero e olecrano
Inserção: Pisiforme, dos do V metacarpiano e hamato
Inervação: Nervo ulnar
Ação: Flexão e abdução da mão
 Músculo Flexor Profundo dos Dedos
É um músculo fusiforme que se divide em quatro tendões. Está recoberto pelo m. superficial
dos dedos. Sua visualização requer ressecção das camadas musculares superficiais.
Origem: Face anterior da ulna e membrana interóssea
Inserção: Falange distal do 2º ao 5º dedo
Inervação: Nervo ulnar e Nervo mediano
Ação: Flexão palmar e adução da mão
 Músculo Flexor Longo do Polegar
Está situado no mesmo plano muscular do m. flexor profundo dos dedos. Ele é peniforme e
possui formato triangular.
Origem: Epicôndilo medial e face anterior do rádio
Inserção: Falange distal do polegar
Inervação Nervo medial
Ação: Flexão palmar e adução da mão

Músculos Laterais do Antebraço


 Músculo Braquiorradial
É plano, amplo em sua parte proximal e vai se afinando ao dirigir-se para o punho. È o músculo
mais superficial da região lateral do antebraço.
Origem: Crista supracondilar do úmero
Inserção: Processo estilóide do rádio
Inervação: Nervo radial
Ação: Flexão, pronação e supinação da mão
 Músculo Extensor Radial Longo do Carpo
É um músculo curto e fusiforme que possui um grande tendão. Está situado parcialmente
abaixo do m. braquiorradial.
Origem: Úmero
Inserção: Base do II metacarpiano
Inervação: Nervo radial
Ação: Flexão, pronação e supinação da mão
 Músculo Extensor Radial Curto do Carpo
É plano e carnoso, situado na transição da região lateral para posterior do antebraço.
Origem: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção: Base do III metacarpiano
Inervação: Nervo radial
Ação: Dorso flexão e abdução da mão
Músculos Dorsais do Antebraço
 Músculo Extensor dos Dedos
É largo e fusiforme, se divide em quatro tendões ao se aproximar do punho. Está situado no
plano superficial da face posterior do antebraço.
Origem: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção: Aponeurose do 2º ao 5º dedo
Inervação: Nervo radial
Ação: Extensão e dorso flexão dos dedos
 Músculo Extensor do Dedo Mínimo
É um músculo plano e estreito que fica situado medialmente ao m. extensor dos dedos. Por
vezes suas fibras se confundem com as fibras desse músculo.
Origem: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção: Aponeurose dorsal do 5º dedo
Inervação: Nervo radial
Ação: Extensão e dorso flexão do dedo mínimo
 Músculo Extensor Ulnar do Carpo
É um músculo fusiforme que fica situado medialmente ao m. extensor do dedo mínimo.
Origem: Epicôndilo lateral do úmero e face posterior da ulna
Inserção: Face dorsal do V metacarpiano
Inervação: Nervo radial
Ação: Extensão, dorso flexão e abdução da mão
 Músculo Extensor Longo do Polegar
É um músculo fusiforme, localizado no plano profundo da região posterior do antebraço e que
fica recoberto pelo m. extensor dos dedos.
Origem: Face posterior da ulna
Inserção: Falange distal do polegar
Inervação: Nervo radial.
Ação: Abdução, adução e extensão do polegar
 Músculo Extensor do Indicador
É um músculo fusiforme e bastante estreito. Está situado medialmente ao m extensor longo do
polegar.
Origem: Face posterior da ulna
Inserção: Aponeurose dorsal do indicador
Inervação: Nervo radial
Ação: Extensão do indicador
 Músculo Abdutor Longo do Polegar
É um músculo fusiforme, está situado na margem lateral da face posterior do antebraço.
Origem: Face posterior da ulna
Inserção: Base do I metacarpiano
Inervação: Nervo radial
Ação: Abdução do polegar e da mão
 Músculo Extensor Curto do Polegar
Está situado medialmente ao m. abdutor longo do polegar. Suas fibras correm paralelamente
às fibras deste músculo.
Origem: Face posterior do rádio
Inserção: Falange proximal do polegar
Inervação: Nervo radial
Ação: Extensão do polegar e abdução da mão
Referências Bibliográficas: SOBOTTA, J.; PAULSEN, F.; WASCHKE, J. SOBOTTA. Atlas de
anatomia humana. 24a edição. Volume 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3a edição revisada.
São Paulo: Editora Atheneu, 2011

VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia humana. 6. Ed. Baureri: Manole, 2003.

6- Diferenciar SAMU e SAME

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192 é geridos pelas Secretarias


Municipais de Saúde e tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido
alguma situação de urgência ou emergência de natureza clínica, cirúrgica, traumática,
obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras, que possa levar a sofrimento, a sequelas ou
mesmo a morte. Trata-se de um serviço pré-hospitalar, que visa conectar as vítimas aos
recursos que elas necessitam e com a maior brevidade possível.
O SAMU 192 é um serviço gratuito, que funciona 24 horas, por meio da prestação de
orientações e do envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número
“192” e acionado por uma Central de Regulação das Urgências. O SAMU realiza os
atendimentos em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, e conta com
equipes que reúne médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas.
O SAME (192) é o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência. O serviço conta com seis
ambulâncias, duas atendendo os distritos de Presidente Prudente e quatro atendendo no
perímetro urbano. Contam com mais de 40 profissionais, incluindo técnicos de enfermagem
(que acompanham todos os atendimentos), motoristas socorristas, policiais militares e
bombeiros, além de enfermeiros e supervisão em suas respectivas equipes, que se deslocam
portando torpedos de oxigênio, desfibrilador, kits de parto, kits de mobilização, entre outros
equipamentos, até o local da ocorrência.
Dispõe hoje de seis viaturas novas, climatizadas, equipadas com o que há de mais moderno
para o atendimento de diversas ocorrências clínicas. Quatro delas atendem ao perímetro
urbano da cidade, e as duas restantes ficam exclusivas para os distritos de Ameliópolis, Eneida,
Floresta do Sul e Montalvão.
Referências Bibliográficas: Governo de Presidente Prudente. Com frota renovada, SAME
presta 18 mil atendimentos em 2018. Presidente Prudente, 21 de março de 2019.Disponível
em: <http://www.presidenteprudente.sp.gov.br/site/noticias.xhtml?cod=43519>. Acesso em
13 set. 2021.
7- Explicar as estruturas histológicas e a formação embriológica dos
olhos
HISTOLOGIA

Órgão fotorreceptor, responsável pela visão. Cada olho fica alojado numa caixa óssea chamada
de órbita. O olho é constituído por 3 túnicas:

1) túnica externa ou fibrosa: esclera e córnea;


2) túnica média ou vascular: corióide, corpo ciliar e íris;
3) túnica interna ou nervosa: retina.
O olho além desses envoltórios, apresenta o cristalino e a zônula ciliar.
O olho tem 3 compatimentos:
a) câmara anterior: entre a íris e a córnea;
b) câmara posterior: entre a íris e o cristalino;
c) espaço vítreo: situado atrás do cristalino e circundado pela retina. Nas câmaras existe um
líquido que contém proteínas: o humor aquoso. Já no espaço vítreo, que é limitado pela retina
e pelo cristalino, apresenta-se cheio de uma substância viscosa e gelatinosa, o corpo vítreo.
Túnica externa ou fibrosa
Apresenta cor esbranquiçada nos (5/6 posteriores) representada pela esclera. É formada por
tecido conjuntivo rico em fibras colágenas que se entrecruzam e seguem, de modo geral,
direções paralelas à superfície do olho. A cápsula de Tenon formada de tecido conjuntivo
denso envolve a superfície externa da esclera. Esta cápsula se prende por um sistema muito
frouxo de finas fibras colágenas que correm dentro de um espaço chamado espaço de Tenon.
Graças a esta disposição o olho pode sofrer movimentos de rotação em todas as direções. A
lâmina supracorióide que se localiza entre a esclera e a corióide é uma camada de tecido
conjuntivo frouxo, rica em células que contém melanina, em fibroblastos e em fibras elásticas.
Apresenta-se transparente no (1/6 anterior) representada pela córnea. A córnea em corte
transversal apresenta:
1) epitélio anterior: tecido epitelial estratificado pavimentoso, constituído por cinco ou seis
camadas celulares;
2) membrana de Bowman: delgadas fibras colágenas cruzadas em todas as direções, é
homogênea e relativamente espessa (7 a 12 micrometros);
3) estroma: constituído por múltiplas camadas de fibras colágenas;
4) membrana de Descemet: tem 5 a 10 micrometros de espessura, constituído de fibrilas
colágenas organizadas como uma rede tridimensional;
5) epitélio posterior ou endotélio: tecido epitelial simples pavimentoso.
A córnea é uma estrutura avascular e sua nutrição se dá pela difusão de metabólitos dos vasos
e do fluído da câmara anterior. O limbo ou transição esclerocorneal é a passagem da córnea
que é transparente para a esclera. O colágeno da córnea aqui, de homogêneo e transparente,
transforma-se em fibroso e opaco. Nesta zona altamente vascularizada existem vasos
sanguíneos que assumem papel importante nos processos inflamatórios da córnea. O canal de
Schlemm é um canal de contorno irregular revestido por endotélio que circunda a transição
esclerocorneal. É por esse canal que o humor aquoso produzido nos processos ciliares é
drenado para o sistema venoso. Isso é possível devido à presença de um sistema de espaços
em labirinto (espaços de Fontana), que vão do endotélio da córnea ao canal de Schlemm.
Túnica média ou vascular
É constituída por 3 regiões (de posterior para anterior): corióide, corpo ciliar e íris. A corióide é
rica em vasos sanguíneos. Entre os vasos observa-se um tecido conjuntivo frouxo, rico em
células, fibras colágenas e elásticas. É frequente a presença de células pigmentares cheias de
melanina, que dão cor escura a essa camada. A porção mais interna da corióide é chamada de
coriocapilar por ser muito rica em capilares e tem a função de nutrir a retina. Separando a
camada coriocapilar da retina existe uma fina membrana (3 a 4 micrometros) de aspecto
hialino, chamado de membrana de Bruch.
A íris é um prolongamento membranoso da corióide que se dirige para a região central e
anterior do olho, cobrindo parte do cristalino e limitando uma abertura central, a pupila. A
face anterior da íris é revestida por epitélio pavimentoso simples, continuação do endotélio da
córnea. Segue-se um tecido conjuntivo pouco vascularizado, com poucas fibras e grande
quantidade de fibroblastos e células pigmentares, seguido, por sua vez, de uma camada rica
em vasos sanguíneos, imersos num tecido conjuntivo frouxo. A íris é coberta, na sua superfície
posterior, pela mesma camada epitelial dupla que recobre o corpo ciliar e seus processos.
Nessa região, a camada pigmentar é fortemente pigmentada, de modo que nenhuma luz a
atravessa, alcançando o interior do olho. A abundância de melanócitos ou células pigmentares
com melanina em várias porções do olho tem a função de impedir a entrada de luz estranha ao
processo de formação da imagem. Os melanócitos da íris são responsáveis pela cor dos olhos,
na realidade cor da íris.
Cristalino ou lente: tem a forma de lente biconvexa e apresenta grande elasticidade, que
diminui progressivamente com a idade. Apresenta 3 partes:
a) fibras do cristalino: são elementos cilíndricos, finos e longos unidas por desmossomos e se
orientam em direção paralela à superfície do cristalino.
b) cápsula do cristalino: formado por fibras colágenas, impregnadas por substância amorfa
contendo glicoproteínas.
c) epitélio subcapsular: formado por uma camada única de células epiteliais cúbicas dispostas
na porção anterior do cristalino. Não existe epitélio na face posterior do cristalino.
Corpo vítreo: ocupa a cavidade do olho que se situa atrás do cristalino. Tem aspecto de gel
claro, transparente, e apresenta no seu interior fibrilas de colágeno. Seu componente principal
é a água (cerca de 99%) e glicosaminoglicanas (ácido hialurônico). As células do corpo vítreo,
denominadas hialócitos, são pouco numerosas e tem forma irregular. Estas células são
fagocitárias e também participam da síntese do material extracelular do corpo vítreo.

Túnica interna ou nervosa


É representada pela retina e está apresenta uma porção anterior não sensitiva e uma porção
posterior sensitiva. A camada pigmentar da retina está fortemente aderida à corióide, mas
prende-se fracamente à camada sensível (interna). É nessa união frouxa que ocorre o
deslocamento da retina, processo que se observa com certa frequência e que apresenta
gravidade se não for adequadamente tratado. O epitélio pigmentar é constituído por células
cúbicas com núcleo em posição basal. A região basal destas células se prende fortemente à
membrana de Bruch e apresenta invaginações da membrana plasmática e muitas
mitocôndrias, o que sugere forte atividade de transporte iônico. A parte porção posterior ou
fotossensitiva da retina apresenta, de fora para dentro, as seguintes camadas:
1) a camada das células fotossensitivas, os cones e os bastonetes;
2) a camada de neurônios bipolares, que unem as células dos cones e dos bastonetes às células
ganglionares;
3) a camada das células ganglionares, que estabelece contato na sua extremidade externa com
os neurônios bipolares e continua na porção interna com as fibras nervosas que convergem,
formando o nervo óptico. Entre a camada das células dos cones e bastonetes e dos neurônios
bipolares observa-se uma região onde ocorrem as sinapses entre essas duas células, a qual
recebeu o nome de camada sináptica externa ou plexiforme externa. A camada sináptica
interna ou plexiforme interna deriva dos contatos entre as células bipolares e ganglionares.
Funções das túnicas do olho e de seus respectivos componentes
Túnica externa ou fibrosa:
Córnea: recebe e refrata (curva) a luz;
Esclera: dar forma e proteger as partes internas do olho;
Túnica média ou vascular:
Íris: regula a quantidade de luz que entra no olho;
Corpo ciliar: secreta o humor aquoso e altera a forma do cristalino para a visão de perto ou de
longe (acomodação);
Corióide: proporciona suprimento sanguíneo e absorve a luz difusa;
Túnica interna ou nervosa:
Retina: recebe a luz e a transforma em potenciais receptores e em impulsos nervosos. Sua
saída para o encéfalo é por meio de axônio das células ganglionares, que forma o nervo óptico;
Cristalino: refrata a luz;
Câmara anterior: contém humor aquoso, que ajuda a manter a forma do olho e fornece
oxigênio e nutrientes ao cristalino e à córnea;
Espaço vítreo: contém o corpo vítreo que ajuda a manter a forma do olho e faz com que a
retina fique em contato com a corióide.

EMBRIOLOGIA
Os olhos se originam de três camadas embrionárias primitivas: neuroectoderma do
prosencéfalo, ectoderma superficial (crista neural) e mesoderma localizado entre as camadas
acima citadas.
O mesênquima pode ser derivado do mesoderma ou da crista neural e constitui o tecido
conjuntivo embrionário. Destaque-se que a maior parte do mesênquima da cabeça e do
pescoço é derivada da crista neural.
O neuroectoderma se diferencia e forma a vesícula e o cálice óptico, dando origem a retina, ao
epitélio pigmentado da retina, as camadas pigmentada e não pigmentada do epitélio ciliar, ao
epitélio posterior, aos músculos dilatadores e esfíncter da íris e as fibras do nervo ótico e da
glia.
O ectoderma superficial origina o cristalino, a glândula lacrimal, o epitélio Da córnea, a
conjuntiva e as glândulas anexas, além da epiderme das pálpebras.
O mesoderma contribui para a formação do vítreo, dos músculos extraoculares e palpebrais,
assim como o endotélio vascular ocular e orbitário. As células da crista neural são responsáveis
pela formação das hepatócitos, do endotélio da córnea, da malha trabecular, do estroma da
íris e da coroide, do musculo ciliar, dos fibroblastos da esclera, do vítreo e das meninges do
nervo ótico. A crista neural contribui, também, para a formação da cartilagem e dos ossos da
orbita, dos tecidos conjuntivos e dos nervos orbitais, dos músculos extraoculares e das
camadas subepidérmicas das pálpebras.
Na região das pregas do neuroporo cefálico surgem sulcos ópticos que se invaginam formando
as vesículas ópticas, que são originadas da primeira vesícula, o prosencéfalo. Juntamente com
o tubo neural, externamente há presença de ectoderme de superfície que reveste todo o
corpo do embrião. Entre o ectoderme epidermal e o neuroectoderme do prosencéfalo há
presença de células de mesênquima e células da crista neural misturadas. A vesícula óptica se
expande lateralmente e se aproxima do tecido que reveste o embrião, induzindo o ectoderme
epidermal a se modificar e se espessar, quando ele se espessa, forma a placa do cristalino e a
esta placa induz a invaginação da vesícula óptica, formando o cálice óptico (futura retina) que
induz a placa novamente, formando a vesícula do cristalino que futuramente dará origem ao
cristalino. A retina se desenvolve a partir das paredes do cálice ótico. A camada externa do
cálice dá origem à camada pigmentada da retina, e a camada interna, que por influência do
cristalino em desenvolvimento, se espessa e se diferencia na camada neural da retina. Entre as
duas camadas, existe o espaço intra-retiniano, que representa a cavidade da vesícula óptica e
que normalmente desaparecerá à medida que a retina se forma. A confluência dos axônios das
células ganglionares origina o nervo óptico. O cálice óptico formado a partir da invaginação da
vesícula óptica, induzida pela vesícula do cristalino, dá origem à retina (4/5 posteriores do
cálice) e à íris e corpo ciliar (1/5 anterior do cálice). Está borda anterior do cálice óptico cresce
para dentro e recobre parcialmente o cristalino, sendo que as duas camadas do cálice
permanecem delgadas nesta área, dando origem ao epitélio da íris. O tecido conjuntivo
(estroma) da íris se origina de células da crista neural, enquanto que os músculos são
derivados do neuroectoderme. O músculo dilatador e esfíncter da pupila da íris derivam do
neuroectoderma do cálice óptico. Ambos parecem se originar das células epiteliais anteriores
da íris. Estes músculos lisos resultam da transformação de células epiteliais em células
musculares lisas. A córnea é formada a partir indução do cristalino em desenvolvimento
(vesícula do cristalino). A influência indutora leva a transformação do ectoderme epitelial que
dá origem ao epitélio externo da córnea. O mesênquima continuo com a esclera participa de
sua origem, assim, como as células da crista neural que migram do cálice óptico se diferenciam
do endotélio da córnea. A câmara anterior do olho desenvolve-se a partir de um espaço em
forma de fenda que se forma no mesênquima localizado entre o cristalino em
desenvolvimento e a córnea. A câmera posterior do olho desenvolve-se a partir se um espaço
que se forma no mesênquima posterior à íris em desenvolvimento e anterior ao cristalino em
desenvolvimento. O corpo vítreo forma-se dentro da cavidade do cálice óptico, sendo
composto pelo humor vitro, uma massa avascular de substância intercelular semelhante a um
gel transparente. O humor vítreo é derivado de células mesenquimais oriundas da crista
neural. O mesênquima que circunda o cálice óptico reage à influência indutora do epitélio
pigmentar da retina se diferenciando em uma camada vascular interna, a coróide e em uma
fibrosa externa, a esclera. As pálpebras se desenvolvem a partir do mesênquima das células da
crista neural e de duas pregas de pele que crescem sobre a córnea. Já os cílios e glândulas nas
pálpebras são originados do ectoderma de superfície (epidermal).
Vesícula optica
A placa embrionária representa o primeiro estágio do desenvolvimento fetal durante o qual as
estruturas oculares podem ser diferenciadas. No 14º dia, as bordas do sulco neural, ao se
espessarem, formam as pregas neurais, que, então, se fundem e formam o tubo neural, o qual
penetra no mesoderma subjacente e se destaca do epitélio superficial. O sulco ótico surge nas
pregas neurais cefálicas, paralelamente ao sulco neural, que se forma quando as pregas
neurais começam a se fechar na terceira semana.
Com quatro semanas, antes do total fechamento do tubo neural, o neuroectoderma se
envagina em direção ao ectoderma superficial para formar as vesículas óticas, as quais se
conectam com o prosencefalo pelos pedículos óticos. Nesse período, também começa a se
formar, pelo espessamento do ectoderma superficial, a placa do cristalino ao lado oposto as
extremidades das vesículas óticas, os placoides do cristalino invaginam no ectoderma da
superfície, formando as fossetas do cristalino. As suas bordas se aproximam e se fundem para
originar as vesículas dos cristalinos, que, gradualmente, perdem sua conexão com o ectoderma
da superfície e ficam livres na margem do cálice ótico por volta da 6 semana.
Cálice ótico
À medida que as vesículas do cristalino se desenvolvem, as vesículas óticas invaginam -se para
formar o cálice optico da parede dupla; as duas camadas são conectadas ao encéfalo em
desenvolvimento pelos pedículos opticos. A invaginação da superfície ventral do pedículo
optico e da vesícula optica ocorre simultaneamente e cria um sulco, a fissura optica, a qual
permite que o mesênquima mesodérmico entre no pedículo optico e forme o sistema hialoide
da cavidade vítrea. Á medida que a invaginação se completa, a fissura optica se estreita e
fecha, deixando uma abertura permanente na extremidade anterior do pedículo optico, pela
qual passa a artéria hialoide. No quarto mês, a artéria e a veia da retina passam por meio
dessa abertura. Assim que a fissura optica se fecha, a estrutura geral do olho está
determinada. O desenvolvimento posterior consiste na diferenciação de cada estrutura optica.
Pálpebras
As pálpebras rudimentares se esboçam como dobras de mesênquima recobertas por
ectoderma nos dois lados. Subsequentemente, as dobras superior e inferior crescem em
direção ao centro e se fundem entre a 8-9 semana gestacional. A diferenciação do ectoderma
superficial leva a formação dos cílios e a ceratinizarão da borda palpebral, resultando na
separação das pálpebras entre o 6 – 7 meses de gestação.
No 2 trimestre de gestação, aparecerão os cílios com folículo piloso correspondente na borda
de fusão das pálpebras. A frente, a pele, e posteriormente a ela, formam-se o tarso e os
músculos. Em continuidade, a pele posterior forma a conjuntiva.
Entre o 3 e 4 meses no ângulo interno, aparece uma prega de epitélio com mesectoderma
interiormente correspondendo a prega semilunar. Logo, junto a ela, o epitélio da pálpebra
inferior prolifera internamente formando a carúncula.
As glândulas de Meibomius surgem no 3 trimestre e a secreção sebácea a partir do 8 mês
gestacional.
Aparelho lacrimal
As glândulas lacrimais e acessórios desenvolvem-se a partir do epitélio conjuntival. O sistema
de drenagem lacrimal (canalículos, saco lacrimal e ducto lacrimal) é derivado do ectoderma
superficial, que se desenvolve a partir de um cordão epitelial solido, o qual acaba oculto entre
os processos maxilares e nasais nas estruturas faciais em desenvolvimento e canaliza-se pouco
antes do nascimento. As glândulas são pequenas ao nascimento e não funcionam em sua
plenitude até seis semanas, e é por essa razão que o recém-nascido não produz lágrimas
quando chora, as lágrimas não acompanham o choro até 1 a 3 meses após o nascimento.
Esclera
O epitélio pigmentar da retina atua sobre o mesênquima que circunda o cálice óptico
induzindo o seu espessamento com posterior diferenciação em uma camada vascular interna,
coroide, e em uma camada fibrosa externa, a esclera. Essa diferenciação pode ser identificada
por volta da 7 semana de desenvolvimento fetal.

Referências Bibliográficas: Junqueira LCU, CARNEIRO J. Histologia básica. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan; pág. 453 – 467. 10.ed.2013.
MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia clínica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier; 2013. RIORDAN-EVA, Paul;
WHITCHER, John P. Oftalmologia geral de Vaughan & Asbury. 17. ed. Porto Alegre: Artmed;
2011. ALVES, Milton Ruiz; DANTAS, Adalmir Morterá; FERREIRA FILHO, Nicomedes; LIMA
FILHO, Acácio Alves de Souza; MARBACK, Roberto Lorens; SALLUM, Juliana M. Freitas. Bases da
oftalmologia. Rio de Janeiro: Cultura Médica/Guanabara Koogan; 2008. SADLER, T. W.
Langman: Embriologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016.
João Crispim Moraes Lima Ribeiro Ana Paula Ximenes Alves Juliana de Lucena Martins Ferreira
Leiria de Andrade Neto. Oftalmologia para a graduação. Editora Universitária Unichristus –
EdUnichristus, Fortaleza – Ceará. Volume 1, pág. 19-30, 2019.
KEITH L. MOORE. Embriologia Básica. 7 edições. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

8- Identificar o protocolo de más notícias e descrever suas etapas

A comunicação com os profissionais é muito importante para a família de pacientes


hospitalizados. Primeiramente, o profissional deve preparar a família, se possível, para a morte
de um ser amado. Desta forma, o médico deve exercer um importante papel de interagir de
forma empática com os sentimentos dos familiares e amigos. Sendo o primeiro passo do
médico no trabalho com a família desenvolver uma aliança. Também é importante que o
médico fale sempre a verdade, usando uma linguagem simples.
Nestas situações, o médico deve ser capaz de enfrentar as reações emocionais dos familiares,
tais como tristeza, raiva, culpa e autoacusação, ficando à disposição, oferecendo atenção,
empatia, enfim presença. Essas emoções devem ser equilibradas pelo profissional.

Para assistência à família, é de grande importância, que no momento da morte sejam levados
a um lugar privativo onde possam permanecer juntos e se sentir seguros para demonstrar seus
sentimentos e que o médico possa oferecer apoio e conforto. Se possível, verificar se há
interesse da família em providenciar assistência espiritual a seus membros ou ao ente querido.

O médico ao ter uma conversa que traz más notícias, como o paciente, pode seguir o
protocolo SPIKES. O protocolo proporciona mais segurança ao médico e apresenta quatro
objetivos principais: saber o que o paciente e seus familiares estão entendendo da situação
como um todo; fornecer as informações de acordo com o que o paciente e sua família
suportam ouvir; acolher qualquer reação que pode vir a acontecer e, por último, ter um plano.

No protocolo há seis passos que correspondem às letras do anagrama SPIKES:

S – Setting up: Preparando-se para o encontro:

Apesar de a notícia ser triste, é importante manter a calma, pois as informações dadas podem
ajudar o paciente a planejar seu futuro. Procure por um lugar calmo e que permita que a
conversa seja particular. Mantenha um acompanhante com seu paciente, isso costuma deixá-
lo mais seguro. Escute atentamente o que o paciente diz e mostre atenção e carinho.

P – Perception: Percebendo o paciente:

Investigue o que o paciente já sabe do que está acontecendo. Procure usar perguntas abertas.

I – Invitation: Convidando para o diálogo:

Identifique até onde o paciente quer saber do que está acontecendo, se quer ser totalmente
informado ou se prefere que um familiar tome as decisões por ele.

K – Knowledge: Transmitindo as informações

Use sempre palavras adequadas ao vocabulário do paciente. Use frases curtas e pergunte, com
certa frequência, como o paciente está e o que está entendendo.

E – Emotions: Expressando emoções:

Aguarde a resposta emocional que pode vir, dê tempo ao paciente, ele pode chorar, ficar em
silêncio, em choque. Aguarde e mostre compaixão e empatia.

S – Strategy and Summary: Resumindo e organizando estratégias

É importante deixar claro para o paciente que ele não será abandonado, que existe um plano
ou tratamento, curativo ou não.

Referência Bibliográfica: Morrone, Luiz; Starzewki, Alberto; O preparo do médico e a


comunicação com a família sobre a morte. Vol 51, n1. 2015
9- Descrever as etapas dos procedimentos de RCP e ausculta
pulmonar
RCP

Em uma situação de parada cardiorrespiratória (RCP), um mnemônico pode ser utilizado para
descrever de forma simplificada os passos do atendimento em suporte básico de vida (SBV): o
CABD primário. O C correspondente a checar a responsividade e respiração da vítima, chamar
por ajuda, checar o pulso da vítima, 30 compressões; abertura das vias aéreas; boa ventilação;
desfibrilação. A RCP pode ser descrita da seguinte forma:

1. Chamar o paciente “senhor, responde, senhor”, tocando o seu ombro. Caso não haja
resposta, ir para o próximo passo;

2. Ligar para o 192 e chamar o resgate;

3. Aferir a frequência cardíaca com os dedos na região do pescoço. Na linha da mandíbula,


desce para o músculo, na sua frente, posicionar os polegares do dedo indicador e médio na
região. Além disso, aproximar a cabeça do paciente e observar se há movimento da caixa
torácica e escutar a respiração. Caso não tenha nenhum desses, dar início à massagem
cardíaca;

4. Posicionar o paciente em um local plano e rígido, onde a massagem não seja prejudicada;

5. Na linha dos seios, dois centímetros lateralmente ao osso esterno, deixar uma mão aberta e
entrelaçar a outra sobre ela;

6. Posicionar as mãos dois centímetros lateralmente ao esterno; estender os braços de forma a


formar 90 graus com as mãos; inclinar o corpo um pouco à frente;

7. Realizar o movimento de comprimir o coração, de forma que haja uma movimentação de


5cm, e cima para baixo e vice versa;

8. Realizar o movimento por 30 segundos e ventilar;

9. Verificar a frequência cardíaca, caso ainda não haja, continuar por mais 30 movimentos ou
por 2min;

Compressões Torácicas: Os aspectos principais a serem observados nas compressões são


frequência, profundidade, retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima. Para a
oxigenação adequada dos tecidos, é essencial minimizar as interrupções das compressões
torácicas e maximizar a quantidade de tempo em que as compressões torácicas geram fluxo de
sangue. A Fração das Compressões Torácicas (FCT) é a proporção de tempo em que as
compressões são realizadas durante uma RCP.

10. Para maximizar a perfusão, recomenda-se que as pausas das compressões torácicas sejam
minimizadas, a fim de que a FCT seja de, pelo menos, 60% e, idealmente, de 80%.
11 Para realização das compressões torácicas: • Posicione-se ao lado da vítima e mantenha
seus joelhos com certa distância um do outro, para que tenha melhor estabilidade.

• Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura estiver disponível), para deixar o tórax
desnudo.

• Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da vítima e a
outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a.

• Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da vítima.

• Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/ minuto.

• Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando compressões com profundidade


maior que 6 cm).

• Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da
vítima.

• Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para realização de


duas ventilações. Considere obter uma fração de compressão torácica maior possível, tendo
como objetivo um mínimo de 60%.

• Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e compressões de má
qualidade.

AUSCULTA PULMONAR 
Conceitos: 
A ausculta constitui o método semiótico por excelência da exploração clínica do tórax para o
exame dos pulmões.
Percorrer todo o tórax anterior e posterior, sempre comparando regiões homólogas
          ERRO GROSSEIRO: auscultar o tórax POR CIMA de roupas.  
Avaliar: a presença e a característica dos:
1. SONS NORMAIS. 
Tipos: Som traqueal, respiração brônquica, respiração bronco-vesicular, murmúrio vesicular. 
Podem estar: fisiológicos; aumentados; diminuídos; abolidos. 
2. SONS ANORMAIS.   
Tipos: - estertores finos (antiga crepitação) e estertores grossos - ronco, sibilo, estridor - atrito
pleural 
Podem ser: 
a) presentes ou ausentes
b) inspiratórios ou expiratórios (proto, meso, tele, holo)
c) raros, poucos ou leves; moderados; muitos
d) móveis ou não com a tosse
Podem estar:  - difusos ou localizados em uma determinada região do pulmão
Podem evoluir: - aumentando, diminuindo, inalterados Podem cursar ou não com esforço
respiratório 
Material: Estetoscópio 
Procedimentos: 
Antes e após examinar um paciente lave as mãos. Colocar o paciente em posição assentada.
Colocar corretamente as olivas do estetoscópio nas orelhas. Solicitar ao paciente que respire
lenta e profundamente, com a boca aberta.   Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando o
estetoscópio em direção às bases. Compara-se um lado com o outro, observando-se os sons
pulmonares fisiológicos e a presença de ruídos adventícios (extras, anormais). Observam-se
também as fases de inspiração ou de expiração e se há prolongamentos dela.     
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios 
Prática simulada: Ausculta pulmonar     
2.1 Sons pulmonares normais: traqueal, broncovesicular, murmúrio vesicular
2.2 Sons contínuos: sibilos, roncos, estridor, som bronquial, atrito pleural
2.3 Sons descontínuos: crepitações finas, crepitações grossas
2.4 Ausculta da voz: egofonia, pectorilóquia 
Referências Bibliográficas: PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática médica.
5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 
LÓPEZ, Mario; LAURENTYS-MEDEIROS, José de. Semiologia médica: as bases do diagnóstico
clínico. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
GONZALEZ MM; Timerman S; Gianotto-Oliveira R. Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2013003600001 Acesso em: 13 de set. de 2021

10- Compreender a política de combate às drogas e relacionar com a


incidência de jovens usuários
Conforme informações insculpidas de Decreto 9761/2019, que aprova a Política Nacional
Sobre Drogas (PNAD), no Brasil a maconha é a substância ilícita de maior consumo entre a
população. Em pesquisa nacional de levantamento domiciliar, realizado no ano de 2012, 6,8%
da população adulta e 4,3% da população adolescente declararam já ter feito uso dessa
substância, ao menos, uma vez na vida. Já o uso da maconha, nos últimos 12 meses, é de 2,5%
na população adulta e 3,4% entre adolescentes, sendo que, 62% deste público indica a
experimentação antes dos 18 anos.

Com relação à cocaína, foi identificado o uso, ao menos uma vez na vida, por 3,8% entre
adultos e 2,3% entre adolescentes, e no que tange aos últimos 12 meses, 1,7% da população
adulta e 1,6% da população adolescente referem ter feito uso. Destaca-se que a
experimentação da cocaína, em 62% das situações, ocorreu antes dos 18 anos.

O uso de crack, na vida, foi apontado por 1,3% dos adultos e 0,8% dos adolescentes. O uso nos
últimos 12 meses foi verificado em 0,7% da população adulta e 0,1% dos adolescentes.

É necessário compreender a limitação de tal pesquisa, por ser uma amostra domiciliar, que
não considera a população em situação de rua, sendo que tal grupo possui suas
especificidades, com uma tendência de maior de consumo de tais substâncias.

No que tange ao uso de drogas lícitas, em nível mundial, o uso de tabaco é considerado um
dos fatores mais determinantes na carga global de doenças. No Brasil, do ano de 2006 para
2012, houve uma redução de 3,9% na prevalência de fumantes. A diminuição do uso do tabaco
nos últimos anos é representativa e pode se vincular à implementação de ações direcionadas à
prevenção, tais como as limitações nas veiculações de ações publicitárias. Ao mesmo tempo
que se registra uma diminuição no uso de cigarro, observa-se o uso crescente de seus
similares, como narguilé, especialmente entre adolescentes e jovens, que devem ter as
mesmas diretrizes advertência que o cigarro.

Com relação a outra droga lícita, a experimentação do álcool, tem iniciado cada vez mais cedo.
No ano de 2006, 13% dos entrevistados tinham experimentado bebidas alcoólicas com idade
inferior a 15 anos. Esse percentual subiu para 22% em 2012. É necessário refletir sobre o fato
de que há comorbidades associadas como, por exemplo, a depressão, que se apresenta com
maior prevalência entre abusadores de álcool. Identificou-se que 5% da população brasileira já
realizou alguma tentativa de suicídio, destas 24% associadas ao consumo de álcool, o que
remete à necessidade de atuar diretamente sobre tal realidade.

Estudo publicado em 2017 pela FIOCRUZ em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas
sobre Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça, o IBGE a Universidade de Princeton, revela que
a substância ilícita mais consumida no Brasil é a maconha: 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos
já a usaram ao menos uma vez na vida.

Em segundo lugar, fica a cocaína em pó: 3,1% já consumiram a substância. Nos 30 dias
anteriores à pesquisa, 0,3% dos entrevistados afirmaram ter feito uso da droga.

Todas as outras drogas ilegais têm taxas de consumo abaixo de 1%. Aproximadamente 1,4
milhão de pessoas entre 12 e 65 anos relataram ter feito uso de crack e similares alguma vez
na vida, o que corresponde a 0,9% da população de pesquisa, com um diferencial pronunciado
entre homens (1,4%) e mulheres (0,4%). Nos 12 meses anteriores ao levantamento, o uso
dessa droga foi reportado por 0,3% da população.

O relatório da pesquisa destaca, porém, que esses resultados devem ser observados com
cautela, uma vez que o inquérito domiciliar não é capaz de captar as pessoas que são usuárias
e não se encontram regularmente domiciliar ou estão em situações especiais, como por
exemplo vivendo em abrigo ou em presídios.

Com relação às drogas lícitas, o consumo de tabaco demonstra estar diminuindo. “Outras
pesquisas têm mostrado que há um declínio com relação ao uso do cigarro convencional. Por
outro lado, têm chamado atenção para formas emergentes de fumo, com a ascensão de
aparatos como cigarros eletrônicos e narguilé”, argumenta Bastos. Ainda assim, cerca de um
terço (33,5%) dos brasileiros declarou ter fumado cigarro industrializado pelo menos uma vez
na vida. E, nos 30 dias anteriores à pesquisa, foram 13,6% o que corresponde a 20,8% milhões
de pessoas.

Grande parte dos dados considerados mais alarmantes com relação aos padrões de uso de
drogas no Brasil não estão relacionados porém às substâncias ilícitas, e sim ao álcool. Mais da
metade da população brasileira de 12 a 65 anos declarou ter consumido bebida alcóolica
alguma vez na vida. Cerca de 46 milhões (30,1%) informaram ter consumido pelo menos uma
dose nos 30 dias anteriores. E aproximadamente 2,3 milhões de pessoas apresentam critérios
para dependência de álcool nos 12 meses anteriores à pesquisa.
Referências Bibliográficas: FIOCRUZ. lll Levantamento Nacional sobre o uso de drogas pela
população brasileira.

Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica em Saúde.

528p. 2017. BRASIL, Decreto nº 9.761/2019(Política Nacional de Drogas).

BRASIL. Lei nº 11.343/2006 (Sistema Nacional de Politicas Públicas Sobre Drogas)]

11- Investigar as causas dos espasmos e das secreções

Espasmo muscular é a contração involuntária e repentina dos músculos que podem ocorrer em
grupos musculares ou em órgãos. A grande maioria dos espasmos ocorrem devido à um
desequilíbrio iônico ou por uma sobrecarga causada pelo excesso de contrações musculares,
causando câimbra e dor localizada.

É muito comum que um paciente com falência aguda do lado esquerdo do coração desenvolva
um quadro de insuficiência respiratória aguda. Esse quadro é traduzido por falta de ar
importante, normalmente associada à tosse e à expectoração de secreção rósea. Esse é o
edema agudo de pulmão clássico.

Referências Bibliográficas: Lima, Sergio. “Dr. Sergio Lima de Almeida - CRM-SC 4370 RQE
5893.” Seu Cardio, 19 Aug. 2019, seucardio.com.br/edema-pulmonar/. Accessed 14
Sept. 2021.

12- Explicar a função do SVO

O serviço de verificação de óbito (SVO) tem por finalidade esclarecer a causa mortis em casos
de morte natural sem definição da causa do óbito através da autópsia. Assim deve-se
encaminhar ao SVO: casos de morte natural decorrentes de doenças já existentes, morte
súbita em adulto jovem, óbitos domiciliares sem assistência médica e não suspeitos de causas
externas, óbitos em Pronto Atendimento (PS) sem causa conhecida e casos notificados ou em
estudo pela vigilância epidemiológica.

Referências Bibliográficas: Serviço de Verificação de Óbito. HR. Disponível em:

< https://hrpresidenteprudente.org.br/pagina.aspx?id=90> Acesso em 13/09/2021

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