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1

SUMÁRIO
3 Introdução

15 Principais causas

19 Principais sintomas

31 Prazóis e Candida

Disbiose intestinal e
38 síndrome fúngica

Dúvidas sobre a
46 Candida

54 Candida e maçã

59 Candidíase de pele

65 Suplementos

72 Simplificando

81 Receita

83 Tarefa de casa

2
INT RO D U Ç ÃO

3
Todas as pessoas da face da Terra
possuem fungos no seu organismo.

Isso mesmo, é normal tê-los.


Devem viver em equilíbrio com
nossas bactérias intestinais e
extraintestinais. O problema
é quando há uma proliferação
desordenada de fungos
patogênicos, levando a um
processo de disbiose fúngica ou
síndrome fúngica.

Entre os fungos mais comuns do


trato gastrointestinal, destacam-se
a Candida albicans, Candida tropicalis
e Candida glabrata.

4
A candidíase é mais comum em
mulheres, mas homens também
podem ser acometidos pela
síndrome fúngica.

Quando falamos de fungos, não


tratamos de microbioma, mas sim
de micobioma, ou seja,
bioma fúngico.

Tanto a síndrome fúngica quanto


a candidíase de repetição são
recorrentes na população brasileira.
O Brasil é um país quente e úmido,
ou seja, ambiente perfeito para
proliferação fúngica.
Contudo, inúmeros fatores
interferem no crescimento fúngico.

5
Por ser uma célula eucariótica
mais semelhante à humana e
mais resistente que a bacteriana,
ela consegue se adaptar em
meios aeróbicos (com oxigênio) e
anaeróbico (sem oxigênio).

Os fungos conseguem fazer


biofilmes junto às bactérias,
aderindo às mucosas, não só
intestinal, mas também vaginal,
das vias respiratórias, bucal, entre
outras. Dessa forma, conseguem
filtrar os nutrientes essenciais
para seu crescimento, ao mesmo
passo que se protegem contra
antifúngicos.

6
O tratamento para eliminar fungos
geralmente é feito com uso de
medicamentos antifúngicos, porém
se não remover os alimentos que
alimentam fungos, principalmente
os carboidratos refinados, além de
fortalecer o sistema imunológico,
reduzir o estresse, alimentar as
bactérias boas que competem com
os fungos e melhorar o estresse, o
tratamento não funcionará.

Antifúngicos podem falhar, pois


atuam em fungos na forma livre.
Porém, os fungos formam hifas e
micélio, se aglomerando, gerando
biofilmes de proteção contra
antifúngicos.

7
Fato é que a proliferação de fungos
podem causar vários distúrbios
patológicos em nosso
organismo, pois:

Candida pode produzir etanol


01
e acetaldeído que são tóxicos
às mucosas e ao fígado.

Inibe enzimas mitocondriais,


02
aumentando a hipoglicemia.

Produzem micotoxinas tóxicas


03
ao fígado e carcinogênicas.

8
Aumentam a permeabilidade
04
do intestino, permitindo
a passagem de proteínas
mal digeridas, bactérias,
paredes bacterianas e até
mesmo fungos, levando à
inflamação crônica de baixo
grau que está relacionada à
resistência à insulina, diabetes,
sobrepeso, obesidade,
doenças autoimunes, doenças
cardiovasculares, danos renais,
depressão, neuroinflamação,
hipotireoidismo, alergias e
hipersensibilidades.

9
Toxinas fúngicas podem cair na
05
corrente sanguínea e chegar
ao cérebro, sendo tóxicos
aos neurônios produtores do
neurotransmissor GABA que
tem ação relaxante. Com isso,
a irritabilidade é bastante
comum em pacientes com
Candida. Esse efeito também
se deve à hipoglicemia causada
por fungos, que levam ao
aumento do cortisol, hormônio
do estresse, mas também
relacionado à resistência à
insulina, deposição de gordura
abdominal, sarcopenia,
osteoporose, disfunção
cognitiva e depressão.

10
Destroem nutrientes
06
importantes para o
funcionamento do nosso
organismo como vitamina B6 e
biotina. Sem B6 temos menor
produção de GABA, serotonina,
dopamina e melatonina. Com
isso, ficamos mais estressados,
desmotivados e não temos um
sono reparador. Sem biotina,
o cabelo começa a cair, a pele
fica seca, as unhas fracas e
a produção de insulina fica
prejudicada.

Produzem gliotoxinas tóxicas


07
às células imunológicas,
causando imunossupressão.
Assim, o sistema imune fica
mais debilitado para combater
substâncias e microorganismos
patogênicos.

11
Promovem a degranulação
08
de mastócitos e ativação de
eosinófilos que são células do
sistema imune relacionadas
a alergias. O aumento da
liberação de histamina pode
causar pressão baixa, tonturas,
vermelhidão e coceiras na pele.

Causam infertilidade.
09
A candidíase vaginal induz
a apoptose de espermas,
impedindo a fertilização.

12
A Candida está mais envolvida
10
com disbiose intestinal,
infecções vaginais e de todo
sistema reprodutivo masculino
e feminino. Já outros
fungos, como o Malassezia e
Aspergillus, estão envolvidos
em infecções respiratórias.

Fungos hemolíticos degradam


11
as hemácias, diminuindo o
transporte de oxigênio para as
células, causando fadiga.

13
As aflatoxinas podem se
12
ligar ao DNA, alterar sua
conformação, causando uma
mutação que se expressa na
forma de câncer.
As toxinas fúngicas diminuem
13
linfócitos Th1 e células natural
killers que são responsáveis
por combater infecções virais,
bacterianas e células tumorais.
Contudo, aumenta linfócitos
do tipo Th2, agravando
processos alérgicos e de
hipersensibilidades alimentares
tardias. Também aumentam os
linfócitos Th17, aumentando
a chance de desencadear
processos autoimunes, como o
Hashimoto, doença de Graves,
artrite reumatoide, espondilite
anquilosante, Sjogren,
esclerose múltipla, psoríase,
entre outras.

14
QUAI S A S
P RINCIPA I S C AU S A S
D E C ANDI D Í A S E E
S ÍN DROME F Ú NG I C A?
15
Uso de inibidores da bomba de
01
prótons (prazóis);

02 Não nascer de parto normal;

03 Não ser amamentado;

04 Estresse crônico;

Excesso de carboidratos
05
refinados na alimentação, em
especial açúcar e farináceos;

16
06 Excesso de lactose;

07 Uso de antibióticos;

08 Hipocloridria;

09 Mastigação inadequada;

10 Falta de alimentos ricos em


fibras;

17
11 Consumo de alimentos
contaminados por fungos,
em especial castanhas e
oleaginosas a granel, frutas
envelhecidas na geladeira,
cereais e grãos que ficam em
grandes depósitos como trigo
e milho;

12 Imunidade baixa;

Carência de micronutrientes
13 como zinco, vitaminas A, C e D;

14 Constipação;

Diabetes e resistência à
15 insulina.

18
SINTO MA S
ENVOLVI D O S CO M
S ÍNDROME F Ú NG I C A
E C ANDI D Í A S E

19
01 Exaustão

02 Mau hálito

03 Língua esbranquiçada

04 Desequilíbrio hormonal

05 Dores nas articulações

20
06 Perda de libido

Problemas crônicos e alergias


07 (histamina)

Problemas digestivos (gás e


08 inchaço), distensão abdominal

09 Sistema imunológico fraco

10 Coceira vaginal, anal ou


cutânea

21
Irritabilidade, memória ruim,
11
névoa mental

Sudorese noturna
12 (hipoglicemia)

13 Infecções vaginais

14 Infecções urinárias

15 Desejo por doce, fome

22
Dor de cabeça, névoa mental,
16 problemas de memória

Intoxicação hepática, alteração


17 de GGT, TGO, TGP

18 Insônia com calourões

19 Constipação ou diarreia

Imunidade baixa: gripes,


20
resfriados, alergias crônicas

23
21 Caspas

Descamação entre as
22 sombrancelhas

23 Micose (pele e unha)

Descamação da pele, inclusive


24
atrás da orelha

25 Queda de cabelo

24
26 Sapinho

27 Hipoglicemia

28 Tonturas

29 Hipotensão postural

30 Assadura anal

25
Se tiver “ose” ou “álcool”,
Candida gosta

A fermentação de carboidratos e
álcool por Candida, em especial
farináceos, lactose, sacarose,
frutose, maltose, glicose e bebidas
alcoólicas, gera subprodutos como
o acetaldeído e ácido tartárico que
são hipoglicemiantes. Isso significa
que podem elevar o cortisol que,
por sua vez, aumenta a fome,
depleta nutrientes como a vitamina
C, zinco, ácido pantotênico e
magnésio, reduzindo a proliferação
e maturação das células
imunológicas, agravando ainda mais
o super crescimento fúngico.

26
O cortisol elevado por causa da
síndrome fúngica, estimula a
proteólise, causando perda de
massa muscular.

Além disso, aumenta a liberação


de glicose na corrente sanguínea,
promove resistência à insulina,
obesidade central (acúmulo
de gordura visceral), suprime
o eixo hipotálamo-hipófise-
gonadal e hipotálamo-hipófise-
tireoide, diminuindo a produção
dos hormônios esteroidais
como testosterona, estradiol
e progesterona e hormônios
tireoidianos como o T4 e T3.

Dessa forma, o metabolismo fica


mais lento, o corpo reconhece
que não é hora de procriar e a
fertilidade é inibida.

27
E quanto mais cortisol, mais
atrofia do timo, menos produção
de imunoglobulina IgA, menos
imunidade e mais síndrome fúngica.

Deixar fungos com fome é uma


forma de induzir sua morte.
Remover as “oses” é um dos passos
para sua eliminação.
Mas como fazer isso?

- Remover sacarose: evite açúcar.


E se for usar um adoçante, prefira o
stevia. Adoçantes como aspartame,
sacarina e acessulfame K são ainda
piores para a disbiose. Já xilitol,
sorbitol e eritritol podem fermentar
muito e causar gases.

28
- Remover lactose: evite todos
tipos de lácteos enquanto estiver
na fase de eliminação de fungos,
em especial o leite de vaca, iogurte
e queijos brancos.

Queijos mais curados têm pouca


lactose, porém podem estar
contaminados por fungos.
Cuidado também com o kefir de
leite, pois ao ser manipulado em
casa, não sabemos sua procedência
e pode sofrer contaminação.

29
- Reduzir frutose: prefira frutas
de carga glicêmica bem baixa como
morangos, mirtilos, amoras, coco
e abacate. Evite aquelas com mais
frutose como banana, manga,
melancia, uvas, laranjas, maçã,
entre outras. Evite frutas secas,
como uvas passas e damasco seco,
pois além da frutose, pode sofrer
contaminação fúngica.

- Reduzir glicose: todo carboidrato


vira glicose. Quando se trata de
fungos, não podemos extrapolar na
quantidade de carboidratos.
Talvez até mesmo uma dieta
cetogênica bem acompanhada com
seu nutricionista seja a solução.

30
P R A ZÓIS E C AND I DA

31
Quando usamos “prazóis”,
reduzimos a produção do ácido
clorídrico estomacal que é essencial
para a digestão, absorção de
vitaminas e minerais, além de atuar
como uma proteção contra fungos.

Quando usamos essa classe de


medicamentos, removemos nossa
primeira barreira contra fungos.

Sem o ácido não absorvemos bem


zinco e ferro, e sem esses dois
minerais não temos um sistema
imunológico potente contra
fungos. E com deficiência de zinco,
produzimos ainda menos ácido,
gerando um ciclo vicioso que
favorece a proliferação fúngica.

32
Quando o alimento não é bem
digerido, ele sobra para bactérias
e fungos patogênicos intestinais.
Aquilo que deveria ser nosso
alimento se torna alimento
de patógenos.
Eles comem, se proliferam,
entram em desequilíbrio no nosso
organismo, quebrando o estado de
simbiose e mutualismo.

Muitas pessoas com dor após


comer, azia, refluxo e eructação por
acharem que têm excesso de
ácido, na verdade têm falta.
E ao tomar inibidores de bomba
de prótons estarão apenas
mascarando o problema,
além de agravá-lo.

Por isso, não tome


medicamentos por
conta própria.

33
Micotoxinas e substâncias
hipoglicemiantes

Micotoxinas são metabolizadas no


fígado, gerando hepatotoxicidade,
depletando o nosso maior
antioxidante do organismo:
a glutationa. Com isso, temos um
aumento de radicais livres que vão
atacar nossas membranas celulares
ricas em gorduras ou nossas
mitocôndrias causando fadiga
crônica. Podem ainda atacar nosso
DNA, podendo gerar mutações,
ou nosso retículo endoplasmático,
prejudicando a síntese protéica
e hipertrofia.
No final, tudo culmina em
inflamação e estresse oxidativo que
são a porta de entrada de toda e
qualquer doença.

34
A liberação de substâncias
hipoglicemiantes é um mecanismo
fúngico visando aumentar o
consumo de carboidratos de uma
pessoa com a síndrome, fazendo
com que esta consuma mais
carboidratos e alimente o fungo.

A Candida é muito esperta.


Como ela adora doces, ela
libera substâncias que causam
hipoglicemia para fazer com que a
pessoa sinta desejo por doce para
alimentá-la. O famoso ciclo vicioso
que se retroalimenta. Por aumentar
o cortisol e jogar a serotonina
(neurotransmissores do bem-estar
e que também regula a fome) lá
para baixo, o desejo por
doce engrandece.

35
Ademais, enzimas liberadas por
fungos depletam biotina para
protegê-los já que a biotina é
antifúngica, aumentando a queda
de cabelo, resistência à insulina e
tornando as unhas fracas.

O salsolinolol, toxina fúngica, viaja


no nosso organismo e vai parar no
cérebro, ativando o glutamato, que
é um neurotransmissor excitatório,
que nos deixa alertas, ansiosos, em
estado de luta ou fuga.

Contudo, seu excesso causa


sintomas de déficit de atenção,
névoa mental, memória e
raciocínio alterado e até mesmo
apoptose neuronal. Ou seja, ter
Candida por agravar uma doença
neurodegenerativa como Parkinson
e Alzheimer.

36
A depleção de piridoxina motivada
por um aumento de fungos
potencializa tal efeito, reduzindo
a síntese de GABA, serotonina e
dopamina, neurotransmissores
envolvidos com o prazer, libido,
relaxamento, foco, cognição e
estabilidade mental. Tais toxinas
também podem interagir com
receptores opióides, aumentando
a compulsão e vícios alimentares.
A hipoglicemia causada por
Candida exacerba a liberação de
catecolaminas e cortisol, levando
à insônia, sudorese noturna e
irritabilidade.

37
DISBIOSE
INT E ST I NAL E
S Í ND RO ME
F Ú NG I C A
38
A disbiose intestinal é o principal
determinante da síndrome fúngica.

Bactérias ruins produzem


metabólitos danosos ao nosso
organismo, reabsorvem substâncias
maléficas que deveriam ser
eliminadas ou convertem essas
moléculas maléficas em compostos
ainda mais tóxicos e carcinogênicos.

Geralmente essas bactérias são


protobactérias, ou seja, adoram
consumir proteínas, especialmente
má digeridas no estômago ou
macromoléculas resistentes
à digestão.

Assim como fungos, elas adoram


açúcares simples e
gordura saturadas.

39
Já as bactérias benéficas se
alimentam de fibras e produzem
ácidos graxos de cadeia curta,
mantendo as junções intestinais
estreitas, produzem ácido lático
e ácidos graxos de cadeia curta
que deixam o pH intestinal menos
alcalino, evitando a proliferação
de fungos. Também produzem
substâncias antimicrobianas
e antifúngicas.

As bactérias benéficas como os


lactobacillus e bifidobactérias
são fundamentais no equilíbrio
de microbioma intestinal,
competindo por alimento e adesão
na mucosa, modulando o pH
intestinal e inibindo o crescimento
de patógenos. Por exemplo, os
Lactobacillus Acidophillus produzem
peróxido de hidrogênio que leva
células fúngicas à apoptose.

40
Os probióticos (bactérias boas)
podem nos ajudar de
diversas formas:

01 Produzindo ácidos que deixam


o pH intestinal menos alcalino,
tornando um ambiente
inóspito ao crescimento
fúngico.

02 Produzindo substâncias
antifúngicas.

03 Competindo por alimento.

04 Competindo pela adesão na


mucosa.

Melhorando a atividade do
05 sistema imune para combater
os fungos.

41
Quando há um aumento da
permeabilidade intestinal, fungos
podem migrar para outros tecidos
levando à inflamação e causando
sintomas gerais.

A mucosa de órgãos genitais,


especialmente a vagina de
mulheres, é um ambiente habitado
por fungos, principalmente Candida
albicans e Candida glabrata.

Sua proliferação pode levar à


formação de hifas e micélio,
promovendo adesão à mucosa.

42
A candidíase vaginal de repetição
pode ser agravada por um consumo
de carboidratos refinados,
alimentos contaminados como
o amendoim, milho, castanhas
e farináceos, ambiente vaginal
quente e úmido (mulheres que
moram próximo à praia ou que
usam roupas apertadas), bem como
sabonetes antibacterianos, disbiose
intestinal que leva à disbiose vaginal
(mucosas se comunicam) e uso de
anticoncepcionais.

43
Os sabonetes antibacterianos
matam os lactobacilos residentes
da mucosa vaginal. Essas bactérias
benéficas são importantes para
manutenção do pH vaginal que
é ácido (em torno de 3,5 a 4,5)
através da produção de ácido
lático, que inibe a adesão de E. Coli,
Candida e Streptococcus, reduzindo
cistites e infecções urinárias.

Além disso, o pH ácido impede a


passagem de bactérias durante a
relação sexual, deixando penetrar
apenas o espermatozoide,
garantindo a fecundação.

44
O uso de anticoncepcionais
também é um problema.

O estrogênio natural produzido


pela mulher reduz a expressão da
proteína zonulina, garantindo a
integridade da barreira intestinal,
além de promover a síntese de
glicogênio na mucosa vaginal que
é utilizado como alimento para
Lactobacilos se proliferarem e
manterem o pH ótimo para que
a fecundação ocorra sem risco à
saúde da mulher e do feto.

Além disso, fungos apresentam


receptores para estrogênio,
podendo se proliferar com o uso
de anticoncepcionais ou exposição
a xenoestrógenos presentes em
compostos plásticos.
45
DÚV IDA S S O B R E A
C A NDI DA?

46
01 O que aumenta Candida?

Estresse, imunossupressão, dieta


rica em carboidratos refinados,
alimentos contaminados por
micotoxinas (amendoim, frutas
secas, castanhas, milho, soja,
trigo), disbiose, consumo de álcool,
antibióticos, anticoncepcionais,
hipocloridria.

Por que antifúngicos nem


02
sempre funcionam?

Porque atuam apenas em leveduras


na sua forma livre. Como os fungos
formam biofilmes, os antifúngicos
não conseguem atuar. Enzimas
digestivas proteolíticas em cápsulas
gastrorresistentes longe das
refeições auxiliam na quebra do
biofilme para que antifúngicos
tenham sua ação.

47
03 Existem antifúngicos naturais?

Sim. Antifúngicos podem ser


naturais como o óleo de coco e de
orégano, cravo, endro, berberina,
ipê roxo, biotina, alho, óleo de alho
e óleo de copaíba.

04 É comum ter hipoglicemia?

Sim. Bem comum! Sudorese


noturna, fadiga, tonturas, fome, dor
de cabeça, tonturas e estresse são
alguns sintomas.

48
05 Aumenta a fome?

Sim, seja pela hipoglicemia ou pela


liberação de histamina que estimula
receptores opióides ou por depletar
vitamina B6 envolvido na síntese de
serotonina, dopamina e GABA.

06 Alimentos podem estar


contaminados por micotoxinas?

Sim. Os mais comuns são castanhas,


amendoim, milho, trigo e
frutas secas.

49
07 O que é a zearalenona?

É uma micotoxina xenoestrogênica


que pode contaminar milho e
trigo, se ligando a receptores
de estrogênio, podendo gerar
quinonas tóxicas que causam danos
ao DNA e câncer.

08 Como proteger contra


toxinas fúngicas?

Necessita-se de um suporte
hepático, principalmente metilação
e glutationa. Não podemos ter
carências de vitaminas do complexo
B, em especial o folato encontrado
nas folhas verdes escuras, a B6
abundante no abacate, banana,
aveia, sementes de abóbora
e amêndoas e a B12 da carne
vermelha, levedura nutricional e
fígado bovino orgânico.

50
09 O que é salsolinolol?

É uma toxina liberada pela Candida


neurotóxica afetando regiões
produtoras de GABA, gerando mais
irritabilidade, prejudicando o sono e
causando morte neuronal.

51
10 Existe ressaca por Candida?

Sim. Mesmo sem beber bebida


alcoólica, você pode ter ressaca
por ter um excesso de Candida
no organismo. O fungo fermenta
açúcares e produzem etanol que
deve ser detoxificado no fígado em
acetaldeído (tóxico) e ácido acético
que pode virar gordura. O álcool
causa hipoglicemia e o acetaldeído
detona as mitocôndrias, diminuindo
a produção de energia,
causando fadiga.

52
11 Crianças autistas têm
mais fungos?

Nem todas, mas há estudos


mostrando que já foi encontrado
em crianças autistas níveis
elevados de Candida nas fezes e
de ácido tartárico na urina. Por
diminuir GABA, pode aumentar a
excitabilidade da criança autista.

53
C A NDIDA E MAÇ Ã

54
Era uma vez um fungo chamado
Candida que gostava de comer
maçã...

A fruta tinha um açúcar chamado


arabinose que ela adorava. Ela
comia esse açúcar e convertia em
ácido tartárico que inibe a produção
de energia nas mitocôndrias.
Também bloqueia a produção de
glicose no fígado.
Com menos glicose, temos
hipoglicemia. Vertigens, tonturas,
desejo louco por doce, dor de
cabeça e desmaios podem ocorrer
caso a síndrome fúngica seja grave.
A culpa não é da maçã, mas do que
o fungo faz com a maçã.

55
E deixa eu te perguntar:

- Você tem hipoglicemia ou sente


ainda mais fome após comer uma
maçã?

Se respondeu SIM, investigue


se você não é um lar com
predominância de Candida.

Contudo, o excesso de carboidratos


(glicose) leva à fermentação por
fungos que podem produzir etanol
e acetaldeído e te deixar com
ressaca mesmo sem beber.

56
Os fungos também produzem
compostos que podem se ligar
em aminoácidos no nosso corpo
gerando pentosinidinas que gera
agregação de placas beta amiloides,
causa danos musculares e ao
colágeno, reduz nossa absorção de
vitamina B6, biotina e ácido lipóico
e gera autoimunidade.

Coitada da maçã! Ela não é culpada.


A culpa é da Candida ou nossa, que
damos muito carboidrato refinado
para ela e pouca fibra e polifenóis
para que bactérias boas cresçam e
impeçam que fungos cresçam.

57
Teste da maçã

1- Coma uma maçã ao acordar ou


no meio da tarde sem
nenhum acompanhamento.
2- Se você não sentir fome, nem
sentir sintomas de hipoglicemia
após comer, provavelmente você
não tem síndrome fúngica.
3- Se após comer, você sentir
ainda mais fome, ter hipoglicemia,
tontura ou desejo por doce após
comer a maçã, você pode ter
excesso de fungos.
4- Se você tiver os mesmos
sintomas após tomar uma taça de
vinho, também pode ser excesso
de fungos.

58
C AND ID ÍA S E
D E P ELE

59
Diferentes tipos de bactérias
e fungos vivem e crescem em
sua pele. A maioria deles não
é perigosa. Seu corpo requer a
maioria deles para realizar funções
normais. No entanto, alguns
podem causar infecções quando
começam a se multiplicar de forma
incontrolável.

O fungo Candida é um desses


organismos potencialmente
nocivos. Quando um super
crescimento de Candida se
desenvolve na pele, pode ocorrer
uma infecção. Esta condição é
conhecida como candidíase da pele
ou candidíase cutânea.

60
A candidíase cutânea geralmente
causa a formação de erupção
cutânea com coceira , mais
comumente nas dobras da pele.
Essa erupção também pode se
espalhar para outras áreas
do corpo.

Quais são os sintomas da


candidíase da pele?

O principal sintoma da candidíase


da pele é uma erupção cutânea.
A erupção frequentemente causa
vermelhidão e coceira intensa.
Em alguns casos, a infecção pode
causar rachaduras e feridas na pele.
Também podem ocorrer bolhas e
pústulas.

61
A erupção pode afetar várias partes
do corpo, mas é mais provável
que se desenvolva nas dobras da
pele. Isso inclui áreas nas axilas,
na virilha, entre os dedos e sob os
seios. Candida também pode causar
infecções nas unhas, nas bordas das
unhas e nos cantos da boca.

Outras condições que podem se


assemelhar a candidíase da
pele incluem:
micose urticária
doenças de pele
herpes relacionadas ao
diabetes
dermatite de contato dermatite seborréica
eczema psoríase

62
Dicas para tratar
Candidíase da pele?

Troque rapidamente as roupas


01
úmidas, como maiôs ou roupas
de treino suadas.

Mude suas meias e roupas


02
íntimas regularmente.

03 Use roupas largas.

Use um sabonete suave e sem


04
perfume nas áreas afetadas.

Adicione probióticos
05
à sua dieta.

Reduza a quantidade de açúcar


06
em sua dieta.

63
Trocas Antifungícas
Raízes e
Cereais tubérculos (batata
(principalmente trocar por doce, inhame,
trigo e milho) mandioquinha
salsa, batata
yacon)
Leite de vaca trocar por Leite de coco
Castanhas bem
Castanhas a
trocar por embaladas e não
granel
quebradas
Amendoim trocar por Feijões
Açúcar trocar por Stevia
Frutas in natura
de baixa carga
trocar por glicêmica como
Frutas secas
morangos,
mirtilos, abacate,
coco e cacau
Farinha de trigo trocar por Farinha de linhaça
feita em casa
Bebidas alcoólicas trocar por Água
Suco trocar por Água com limão
Stevia ou
Mel trocar por
taumatina
Molhos agridoces trocar por Vinagre de maçã
Temperos Alho, orégano e
trocar por
prontos tomilho
Pasta de
trocar por Tahine
amendoim

64
SUPLE-
MENTOS

65
Zinco

avalie seus níveis de zinco para ver


se precisa suplementar.

b i o fl avo n o i d e s
Vitamina C e
essencial para o sistema imune,
a vitamina C associada aos
bioflavonoides, como quercetina,
hesperidina e rutina, fortalecem o
sistema imune.

Biotina

tem ação antifúngica e é depletada


por fungos.

66
Probióticos
usado tanto via oral quanto vaginal.
Quando usado via vaginal os
principais são Lactobacillus crispatus,
Lactobacillus johnsonni, Lactobacillus
reuteri, Lactobacillus rhamnosus,
Lactobacillus gasseri, Lactobacillus
acidophillus, Lactobacillus fermentum
e Lactobacillus vaginallis.

67
Prebióticos

alimento dos probióticos, as fibras


alimentares ajudam a reduzir
a permeabilidade intestinal e
acidificar o pH intestinal. Os
mais utilizados são: goma acácia
purificada, GOS, FOS, inulina e
polidextrose.

V i ta m i n a D

avalie seus níveis de vitamina D


para saber se há necessidade de
suplementação. A vitamina D é
a principal vitamina, ou melhor
hormônio envolvido na
tolerância imunológica.

68
Óleo de alho envelhe
cido
ou extrato de alho

tem ação antifúngica potente. Você


também pode consumir o alho cru.
Basta triturá-lo, deixar 10 minutos
em repouso e depois comer puro
ou usar para temperar uma salada
ou carne já cozida.

Bromelina
ajuda na digestão, no rompimento
do muco espesso, quebra biofilmes
bacterianos, é imunomoduladora e
anti-inflamatória.

69
N-Acetil Cisteína

ajuda na quebra do biofilme,


facilitando a ação de antifúngicos.
Também aumenta a glutationa,
ajudando na detoxificação
de aflatoxinas.

Óleo d e Co p a í b a

potente antifúngico, usado muito


no Norte do Brasil pelos índios.

Óleo de Orégano

um dos mais potentes antifúngicos.


Você também pode fazer um azeite
temperado com orégano ou usá-lo
nas refeições.

70
Berberina
ajuda tanto no supercrescimento
bacteriano quanto no super
crescimento fúngico, além de
reduzir a hiperglicemia.

Lactoferrina

fortalece o sistema imunológico e


ajuda na quebra de biofilme.

Pau D’Arco
ajuda a matar fungos de forma
potente.

Ácido Caprílico

um ácido graxo removido do óleo


de coco que ao chegar no estômago
é convertido em monocaprina,
que tem ação antifúngica,
especialmente contra Candida.

71
SIMPLIFICANDO...

1- Evitar: açúcares, refinados,


lácteos, fermentados (kefir, vinagre,
chucrute, cerveja, vinho, pães,
kombucha), arroz, amendoim, soja,
cogumelos, mel, bebida alcoólica e
açúcar mascavo.

2- Evite ou reduza: castanhas,


nozes, frutas secas como damasco
e uvas passas, amendoim e seus
produtos como manteiga de
amendoim e paçoca, adoçantes
e doces, trigo, lácteos, kefir,
kombucha, produtos a granel e
adoçantes.

3- Evite amendoim e farináceos.


São os principais produtos
contaminados por aflatoxinas.

72
4- Troque cereais e grãos por
raízes tubérculos como fonte de
carboidrato.

5- Mantenha uma alimentação de


baixa carga glicêmica pobre em
alimentos ricos em FODMAP’s.

6- Antifúngicos naturais: extrato


de alho, óleo de orégano, própolis,
óleo de coco (ácido láurico e ácido
caprílico), Pau d’arco, cranberry
(D-manose e proantocianidinas),
cúrcuma, gengibre, equinácea, uva
ursi, astragalus, berberina, alecrim,
cordyceps, biotina).

7- Suporte antioxidante:
alimentos orgânicos, N-acetil-
cisteína, taurina, glicina, tintura de
coentro, extrato de alho, complexo
B, magnésio, ácido-alfa-lipoico,
silimarina, extrato de alcachofra,
zinco, selênio.

73
8- Enzimas proteolíticas em jejum
para degradar o biofilme pode
ajudar como a bromelina. A N-acetil-
cisteína, Nattokinase e lactoferrina
também ajudam a quebrar o
biofilme.

9- Óleo essencial de Melaleuca/


Tea Tree: 1 ou 2 gotas de óleo
essencial de melaleuca diluída em
100ml de água - fazer banhos de
assento ou lavar delicadamente o
interior da vagina com uma seringa
de 20ml ou ducha vaginal com essa
solução 1x ao dia por 5 dias (10
gotas para 1 litro de água).

10- Seque a região genital após o


banho com secador frio e durma
sem calcinha. Não lave a região
genital com sabonetes bactericidas
que tiram a concorrência da
Candida.

74
11- Priorize temperos naturais,
como orégano, alecrim, cúrcuma,
gengibre e alho. Todos têm
atividade contra a Candida.

12- Evite o uso de antibióticos


desnecessariamente. Apenas sob
prescrição médica..

13- Evite locais quentes e úmidos.

14- Não utilize lenço umedecido e


sexy shops.

15- Lave as regiões íntimas apenas


com água e no máximo sabonete
de glicerina. Nunca use sabonetes
comuns antibacterianos.

16- Óvulo vaginal de própolis


e Lactobacilos. A prescrição é
realizada por médicos.

75
17- Suplementação com probióticos
orais e vaginais. Os principais são:
Lactobacillus crispatus, Lactobacillus
delbrueckii, Lactobacillus gasseri,
Lactobacillus casei, Lactobacillus
bulgaricus, Lactobacillus
acidophillus, Lactobacillus
rhamnosus, Lactobacillus plantarum,
Lactobacillus helveticus, Lactobacillus
fermentum, Saccharomyces boulardi.

18- Suporte imunológico:


exercício físico, alho, cebola,
alecrim, equinácea, chlorella, zinco,
vitaminas A, C, D, betaglucanas
de Sacaromycces, Pelargonium
sidoides, gengibre, cúrcuma, entre
outras opções. São interessantes.

76
19- Consuma frutas de baixa carga
glicêmica como frutas vermelhas,
coco, abacate e cacau. Evite aquelas
com mais frutose como manga,
banana, melancia, uvas e frutas secas.

20- O jejum intermitente ajuda a


reduzir o crescimento fúngico.

21- Uma dieta baixa em


carboidratos ou até mesmo a
dieta cetogênica pode reduzir a
contagem de fungos no intestino.

22-Não use inibidores de bomba


de prótons, anticoncepcionais ou
antibióticos por conta própria.

23- Tenha disciplina.


Eliminar fungos é trabalhoso e pode
levar tempo.

77
24- Pratique a higiene do sono.
Sem dormir, nossa imunidade cai e
quando a imunidade cai, os fungos
aumentam.

25- Se tiver falta de ácido no


estômago, usar vinagre de maçã
antes das refeições pode ajudar.

26- Faça exames para avaliar


carências nutricionais como zinco,
ferro, vitamina A, C, D, ácido fólico
e selênio.

27- Consuma pelo menos 600


gramas de vegetais ao dia visando
aumentar o número e frequência de
evacuações. Não deixe de beber no
mínimo 35 mL de água por quilo de
peso.

28- Inclua alho cru, orégano,


tomilho, gengibre e cúrcuma na sua
refeição.

78
29- Evite álcool.

30- Se exponha diariamente ao sol.

31- Consuma 1 colher de sopa de


semente de abóbora ao dia.

32- Use 2 colheres de sopa de óleo


de coco ou TCM nas suas refeições.

33- Você pode deixar secando ao


sol sementes de frutas cítricas, de
mamão ou de melão. Depois triture
e coma.

34- Consuma 1 a 2 colheres de sopa


de vinagre de maçã ao dia.

35- O consumo de 30 a 50 mL
de aloe vera 3x ao dia longe das
refeições pode ser interessante.

79
36- Consuma 2 a 3 xícaras de chá
ao dia: canela, anis, cravo, raiz de
cúrcuma, raiz de gengibre e alho
são boas opções.

37- Evite amendoim e pasta de


amendoim.

38- Mulheres devem preferir


calcinhas de algodão e se possível
dormir sem calcinha.

39- Não use roupa apertada.

40- Pratique exercício físico.

41- Remova os alimentos


alergênicos, em especial trigo,
lácteos, açúcar e amendoim.

80
REC E I TA

81
Receita de óleo de alho caseiro

Ingredientes:

- 6 a 8 dentes de alho;
- Dois copos de azeite de oliva.

Modo de fazer:

Descasque seis dentes de alho cru


e deixe-os repousar na quantidade
equivalente a um copo de azeite
durante 30 dias em um recipiente
de vidro bem escuro. Depois coe e
coloque o óleo de alho na geladeira
para melhor conservação.
Use 2 colheres ao dia.

82
TAREFA de CASA
1- Triture ou macere 1 dente de
alho;
2- Deixe 10 minutos descansando;
3- Misture com um pouco de azeite
de oliva;
4- Use para temperar uma carne
cozida ou salada ou legumes.
5- Se preferir pode comer puro
mesmo antes da refeição.
6- Talvez você não goste ou não
esteja acostumado com o alho cru,
mas ao consumir dessa forma, você
aproveita todos seus benefícios
antifúngicos.
7- Queremos ver a criatividade de
vocês. Como você usa o alho cru
na sua refeição? Tempera quais
alimentos? Consome cru?

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Tire uma foto do seu prato
temperado com alho cru ou
da receita de óleo de alho que
ensinamos acima.
#TriboVida
#ComunidadeTriboVida
#SolDaTribo
#TarefaAntiCandida
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Com esse material, fica evidente a
necessidade de que você tenha o
acompanhamento de um profissional
da saúde, principalmente de
um nutricionista funcional, para
personalizar a alimentação e
suplementação de forma individualizada
para tratar candidíase e síndrome
fúngica.

Por isso, sempre que realizar uma


consulta com seu nutricionista,
compartilhe a imagem conosco
utilizando a hashtag

Caso você ainda não tenha o seu


nutricionista, indicamos profissionais
formados pelo Professor Gabriel de
Carvalho no site:

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Este é um conteúdo exclusivo para membros da
Comunidade Tribo Vida
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