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PROCESSO Nº 0013290-81.2019.808.0725
RECURSO INOMINADO
na Ação movida em face de BANCO ITAÚ S/A, também já qualificado, cuja douta
Sentença de 1º grau que julgou parcialmente procedente os pedidos do Recorrente, com
as razões anexas, requerendo que estas sejam remetidas à Colenda Turma Recursal
Termos em que,
Pede Deferimento.
RAZÕES RECURSAIS
NOBRES JULGADORES,
COLENDA TURMA,
DA JUSTIÇA GRATUITA
01. O Requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, com
fundamento no art. 98 caput e § 1º, § 5º do CPC/15, tendo em vista não poder arcar
com as despesas processuais. Para tanto, faz juntada do documento necessário -
declaração de hipossuficiência e saldo da conta bancária, que comprova o Recorrente
não possui condições para pagar as custas recursais, fazendo jus ao benefício.
SÍNTESE DA DEMANDA
02. O Requerente, abriu uma conta poupança (agência 6509 / C.Poupança
24798-4), junto a instituição bancária, ora Requerida, conforme atesta a cópia do cartão
anexo.
03. No mês de junho de 2018, um funcionário da empresa requerida, na
agencia 6509, situada no bairro Jardim Camburi ofereceu ao Requerente um produto
denominado “PIC ITAÚ” que, em síntese, é um título de capitalização cujo contratante
tem a obrigação de pagar 48 (quarenta e oito) parcelas de R$ 70,00 (setenta reais) e, em
contrapartida, recebe um número para participar de sorteios semanais, concorrendo a
um prêmio de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais).
04. No dia 10/03/2019 o Requerente, resolveu acessar, através do aplicativo
do Banco Itaú, instalado em seu celular, informações sobre o sorteio do título de
capitalização, ora contratado, quando surpreendeu-se negativamente quando constatou
de que não estava a participar dos referidos sorteios, mesmo sendo descontado mês a
mês o valor de R$ 70,00 (setenta reais) conforme bem atestam os documentos anexos
aos autos.
05. Em síntese, trata-se de demanda em que o Recorrente pagou e continua,
até a presente data, pagando por uma prestação de serviço, sem receber a
contraprestação daquilo que contratou.
06. No decorrer da instrução processual, o Recorrente provou que o serviço
contratado não foi fornecido pelo Recorrido, conforme trecho da sentença a seguir
transcrito.
(...)
Neste sentido, o autor traz aos autos vídeo feito pelo celular onde
demonstra que na data de 22/04/2019 entrou no aplicativo da
instituição bancária e ao entrar na plataforma do investimento de
título de capitalização constava que o cliente não possuía este tipo
de investimento, ou seja, não participava de sorteios pois não
possuía o título.
(...)
(...)
(...)
DO DIREITO
há o que se discutir quanto à necessidade de que o valor pago pelo Recorrente seja
restituído.
12. Ora, a única pretensão do Requerente, ao contratar o serviço de
capitalização oferecido pela Requerida, é a possibilidade de ter o seu número sorteado
e, consequentemente, receber a premiação decorrente da contemplação, haja vista não
haver nenhuma outra vantagem que pudesse ensejar qualquer interesse em efetuar o
pagamento mensal, no valor de R$ 70,00 (setenta reais), uma vez que nesse tipo de
investimento não há nenhuma contrapartida em termos de rendimentos.
13. Neste mesmo norte a jurisprudência é bastante didática quando à
necessidade de arbitramento de danos morais, bem como a necessidade de que o valor
pago seja RESTITUÍDO EM DOBRO, na forma do parágrafo único do artigo 42 do CDC.
DOS PEDIDOS
17. Diante de todo exposto, REQUER:
Nestes Termos,
Pede Deferimento
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