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Índice

1. Introdução........................................................................................................................................3
2. A arteriopatia periférica...................................................................................................................4
2.1. Definição.....................................................................................................................................4
2.2. Anatomia e Fisiopatologia...........................................................................................................5
2.3. Anatomia das Artérias Periféricas................................................................................................5
2.4. Fisiopatologia da Arteriopatia Periférica.....................................................................................5
2.5. Quadro Clínico............................................................................................................................6
2.6. Diagnóstico e Exames Complementares......................................................................................7
2.7. Conduta Terapêutica e Medidas Gerais.......................................................................................9
2.8. Medidas Gerais e Mudanças no Estilo de Vida............................................................................9
2.9. Tratamento Medicamentoso.........................................................................................................9
2.9.1. Procedimentos Minimamente Invasivos................................................................................10
2.9.2. Cirurgia..................................................................................................................................10
2.9.3. Causas e Factores Predisponentes..........................................................................................11
2.9.4. Causas Principais...................................................................................................................11
2.9.5. Factores de Risco...................................................................................................................11
3. Conclusão......................................................................................................................................13
4. Bibliografia....................................................................................................................................14
1. Introdução

No presente trabalho da cadeira de Sistema cardiovascular iremos abordar acerca da temática


relacionada a arteriopatia periférica. A arteriopatia periférica (AP) é uma condição médica
amplamente difundida que afecta as artérias que transportam o sangue para os membros do
corpo, excluindo o coração e o cérebro. Também conhecida como doença arterial periférica
(DAP) ou doença vascular periférica (DVP), a AP é uma manifestação clínica da aterosclerose,
um processo insidioso de acumulação de placas de gordura nas paredes das artérias periféricas.
Essas placas de aterosclerose podem levar ao estreitamento ou obstrução das artérias, resultando
em uma variedade de sintomas debilitantes e potencialmente graves. A importância da AP reside
não apenas em sua prevalência global, mas também nas suas consequências clínicas e na carga
significativa que impõe aos sistemas de saúde. Embora muitas vezes subdiagnosticada e
subtratada, esta condição vascular periférica pode levar a complicações devastadoras, como
amputações, perda de qualidade de vida e risco aumentado de eventos cardiovasculares graves.

Este trabalho tem como objectivo proporcionar uma compreensão abrangente da arteriopatia
periférica, explorando suas causas, factores de risco, anatomia e fisiopatologia subjacentes,
quadro clínico, métodos de diagnóstico, opções de tratamento e medidas gerais de prevenção.
Por meio da análise detalhada desses aspectos, buscamos contribuir para uma maior
conscientização sobre a AP, promover o diagnóstico precoce e eficaz, bem como melhorar a
gestão clínica dessa condição, a fim de mitigar seus impactos adversos na saúde e na qualidade
de vida dos pacientes.

Ao adentrar nesse estudo aprofundado da arteriopatia periférica, somos guiados pelo desejo de
equipar pacientes, médicos, pesquisadores e todos os interessados com o conhecimento
necessário para enfrentar essa doença vascular periférica desafiadora e suas implicações clínicas.
Através dessa exploração, esperamos fornecer uma base sólida para a prevenção, diagnóstico e
tratamento da AP, visando um futuro mais saudável e promissor para todos aqueles afectados por
essa condição clínica complexa e debilitante.

Esta introdução estabelece o contexto e a importância do tema "Arteriopatia Periférica" e


introduz os objectivos e o escopo do trabalho de maneira clara.

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2. A arteriopatia periférica

2.1. Definição

A arteriopatia periférica (AP), também conhecida como doença arterial periférica (DAP) ou
doença vascular periférica (DVP), é uma condição médica que afecta as artérias que transportam
o sangue para os membros do corpo, excluindo o coração e o cérebro. Essa condição é
caracterizada pelo estreitamento (estenose) ou obstrução (oclusão) das artérias periféricas devido
ao acúmulo de placas de aterosclerose. A AP é uma manifestação clínica da aterosclerose, um
processo em que placas de gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes das
artérias, levando à diminuição do fluxo sanguíneo.

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV): A SBACV


define a arteriopatia periférica como uma "doença vascular que afecta as artérias que fornecem
sangue aos membros do corpo, excluindo o coração e o cérebro, caracterizada pelo estreitamento
progressivo das artérias devido à aterosclerose, levando a uma diminuição do fluxo sanguíneo
para os membros, o que pode resultar em sintomas como dor nas pernas durante a caminhada e
risco aumentado de complicações graves."

National Heart, Lung, and Blood Institute (Instituto Nacional do Coração, Pulmão e
Sangue): De acordo com o NHLBI, a arteriopatia periférica, também conhecida como doença
arterial periférica, é "um distúrbio em que as artérias que fornecem sangue para os membros
(pernas e, em alguns casos, os braços) tornam-se estreitas ou bloqueadas devido à acumulação de
placa aterosclerótica, resultando em uma diminuição do fluxo sanguíneo."

Cecil Medicine (Textbook of Medicine) "Medicina Cecil (Livro-texto de Medicina)": O


livro de medicina "Cecil Medicine" descreve a arteriopatia periférica como "uma doença
vascular que resulta em uma redução do fluxo sanguíneo nas artérias das extremidades,
geralmente devido à aterosclerose. Isso pode causar sintomas como dor, cãibras ou
formigamento nas pernas durante a actividade física."

National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK) "Instituto
Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK)". : O NIDDK define a

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arteriopatia periférica como "uma condição em que as artérias periféricas ficam estreitas ou
bloqueadas devido ao acúmulo de placa aterosclerótica, o que pode resultar em uma diminuição
do fluxo sanguíneo para as extremidades, levando a sintomas como dor nas pernas e pés."

Essas definições de diferentes fontes médicas fornecem uma visão abrangente da arteriopatia
periférica, destacando seu carácter vascular, suas causas relacionadas à aterosclerose e seus
sintomas típicos.

2.2. Anatomia e Fisiopatologia

A arteriopatia periférica (AP) tem suas raízes na anatomia e fisiopatologia do sistema


circulatório, onde as artérias desempenham um papel fundamental no fornecimento de sangue
rico em oxigénio e nutrientes aos tecidos periféricos. Para compreender melhor essa condição, é
essencial explorar a anatomia das artérias periféricas e os processos fisiopatológicos subjacentes:

2.3. Anatomia das Artérias Periféricas

As artérias periféricas compõem uma parte vital do sistema circulatório. Elas transportam o
sangue oxigenado do coração para os membros do corpo, fornecendo os elementos essenciais
para a manutenção da função tecidual. As artérias são compostas por várias camadas:

 Túnica íntima: A camada interna da artéria composta por células endoteliais que
revestem a parede arterial.
 Túnica média: Composta por células musculares lisas e fibras elásticas, que controlam o
diâmetro da artéria e mantêm a pressão arterial.
 Túnica adventícia: A camada externa, composta principalmente por tecido conjuntivo,
que dá suporte e elasticidade às artérias.

2.4. Fisiopatologia da Arteriopatia Periférica

A arteriopatia periférica é predominantemente causada pela aterosclerose, um processo


complexo que afecta as paredes das artérias. A aterosclerose envolve as seguintes etapas:

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 Lesão Endotelial: O processo começa com a lesão das células endoteliais que revestem
as artérias. Isso pode ser desencadeado por factores como o tabagismo, hipertensão,
diabetes e dislipidemia.
 Acúmulo de Placas: Em resposta à lesão, lipídios, colesterol e outras substâncias
começam a se acumular na parede da artéria, formando placas arterioscleróticas. Essas
placas consistem em lipídios, células inflamatórias, cálcio e fibras.
 Estreitamento das Artérias: À medida que as placas crescem, elas estreitam a luz
arterial, reduzindo o fluxo sanguíneo. Isso pode levar a sintomas como claudicação
intermitente e dor em repouso.
 Trombose e Ruptura: As placas arterioscleróticas podem causar a formação de coágulos
sanguíneos (trombose) ou romper, levando à oclusão completa da artéria. Isso pode
resultar em isquemia tecidual, ulceração e gangrena.
 Resposta Inflamatória: A inflamação desempenha um papel significativo na progressão
da aterosclerose, contribuindo para a lesão endotelial e a instabilidade das placas.

A compreensão da fisiopatologia da arteriopatia periférica é crucial para identificar estratégias de


prevenção e tratamento. O estudo contínuo desse processo patológico ajuda a desenvolver
abordagens terapêuticas mais eficazes e a melhorar o manejo clínico dessa condição vascular
periférica debilitante.

2.5. Quadro Clínico

O quadro clínico da arteriopatia periférica (AP) é variado e pode incluir uma série de sintomas e
manifestações clínicas. Os sintomas geralmente se desenvolvem gradualmente à medida que a
doença progride e estão relacionados à redução do fluxo sanguíneo nas artérias periféricas. Os
sintomas mais comuns incluem:

 Claudicação Intermitente: A claudicação intermitente é um sintoma característico da


AP. Os pacientes relatam dor, desconforto, cãibras ou sensação de queimação nas pernas
ao caminhar ou se exercitar. Isso ocorre devido à diminuição do fluxo sanguíneo durante
a actividade física, quando os músculos requerem mais oxigénio. A dor geralmente
desaparece com o repouso.

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 Dor em Repouso: Em estágios mais avançados da AP, a dor nas extremidades pode
ocorrer mesmo em repouso. A dor nocturna nas pernas é um sintoma comum e pode ser
intensa o suficiente para acordar o paciente durante a noite. A dor é frequentemente
aliviada pendurando as pernas para baixo da cama.
 Úlceras Cutâneas: A diminuição do fluxo sanguíneo pode causar feridas que não
cicatrizam adequadamente. Essas úlceras geralmente se desenvolvem nos pés ou nas
pernas e podem ser dolorosas. Em casos graves, as úlceras podem se tornar infectadas.
 Alterações na Cor da Pele: A pele nas áreas afectadas pode apresentar alterações na
coloração, como palidez, vermelhidão ou cianose (coloração azulada) devido à falta de
oxigénio. A pele também pode estar mais fria ao toque.
 Pulsos Diminuídos ou Ausentes: O médico pode detectar pulsos diminuídos ou ausentes
nas áreas afectadas durante o exame físico. Isso é um indicativo de redução significativa
do fluxo sanguíneo.
 Gangrena: Em casos graves e não tratados, a falta crónica de suprimento sanguíneo pode
levar à gangrena, que é a morte do tecido. Isso é uma emergência médica e pode levar à
necessidade de amputação.

É importante observar que muitas pessoas com arteriopatia periférica podem permanecer
assintomáticas ou ter sintomas leves. A gravidade dos sintomas está relacionada ao grau de
obstrução arterial e à presença de factores de risco adicionais, como diabetes ou tabagismo. O
diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para aliviar os sintomas,
melhorar a qualidade de vida e evitar complicações graves, como a gangrena.

2.6. Diagnóstico e Exames Complementares

O diagnóstico da arteriopatia periférica (AP) envolve uma avaliação clínica detalhada, exames
específicos e a análise de factores de risco. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o
tratamento e evitar complicações graves. Aqui estão os principais métodos de diagnóstico e
exames complementares utilizados:

 História Clínica e Exame Físico: O médico começará pela obtenção de uma história
clínica detalhada, incluindo a descrição dos sintomas do paciente. Um exame físico

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minucioso é realizado para verificar pulsos enfraquecidos ou ausentes nas extremidades
afectadas, bem como alterações na pele e úlceras.
 Índice Tornozelo-Braquial (ITB): O ITB é um teste simples e não invasivo que
compara a pressão arterial nos tornozelos com a pressão nos braços. Um ITB
anormalmente baixo é um indicativo de obstrução arterial e é usado para quantificar a
gravidade da AP.
 Ultrassonografia Doppler: Este exame utiliza ondas sonoras de alta frequência para
criar imagens em tempo real do fluxo sanguíneo nas artérias periféricas. Pode identificar
obstruções e avaliar a gravidade do estreitamento arterial.
 Angiografia por Tomografia Computadorizada (CTA): A CTA é uma técnica de
imagem que utiliza raios-X e um agente de contraste para criar imagens detalhadas das
artérias periféricas. É útil para identificar a localização e a extensão das obstruções.
 Angiografia por Ressonância Magnética (MRA): A MRA é uma técnica de imagem
que utiliza campos magnéticos e um agente de contraste para criar imagens das artérias. É
particularmente útil para avaliar o fluxo sanguíneo e detectar obstruções.
 Exames de Sangue: Os exames de sangue podem ser realizados para avaliar os níveis de
colesterol, glicose e outros factores de risco cardiovascular. Níveis elevados de colesterol
LDL ("colesterol ruim") estão associados à aterosclerose.
 Biópsia: Em casos raros, uma biópsia arterial pode ser realizada para avaliar as paredes
das artérias e confirmar o diagnóstico. Isso é mais comum em situações de diagnóstico
duvidoso.
 Teste de Esteira (Teste de Claudicação): Em alguns casos, o médico pode solicitar um
teste de esteira para avaliar a claudicação intermitente. O paciente caminha em uma
esteira enquanto a pressão arterial é monitorada para avaliar o momento em que os
sintomas surgem.

O diagnóstico da AP é baseado na combinação de informações obtidas através desses exames e


da avaliação clínica. A escolha dos testes depende da gravidade dos sintomas e da suspeita
clínica. Um diagnóstico preciso é fundamental para orientar o tratamento e melhorar a qualidade
de vida do paciente.

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2.7. Conduta Terapêutica e Medidas Gerais

O tratamento da arteriopatia periférica (AP) visa aliviar os sintomas, melhorar o fluxo sanguíneo
e prevenir complicações graves. A abordagem terapêutica pode variar de acordo com a gravidade
da condição e os factores de risco individuais do paciente. Aqui estão as principais estratégias de
tratamento e medidas gerais adoptadas no manejo da AP:

2.8. Medidas Gerais e Mudanças no Estilo de Vida

 Cessação do Tabagismo: Parar de fumar é fundamental, pois o tabagismo é um dos


principais factores de risco para a aterosclerose e a progressão da AP.
 Actividade Física Supervisionada: Um programa de exercícios supervisionados, como a
reabilitação cardíaca, pode melhorar a claudicação intermitente e aumentar a resistência
física.
 Controle da Diabetes: Para pacientes com diabetes, manter os níveis de glicose no
sangue sob controle é essencial para prevenir danos adicionais às artérias.
 Controle da Hipertensão: Gerenciar a pressão arterial alta é fundamental para reduzir a
carga sobre as artérias periféricas.
 Dieta Saudável: Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e com baixo teor de
gordura saturada pode ajudar a reduzir o colesterol e promover a saúde cardiovascular.

2.9. Tratamento Medicamentoso

 Antiagregantes Plaquetários: Medicamentos como a aspirina podem ser prescritos para


evitar a formação de coágulos sanguíneos nas artérias.
 Estatinas: Estes medicamentos são usados para reduzir os níveis de colesterol LDL
("colesterol ruim") e diminuir o risco de progressão da aterosclerose.
 Medicamentos Vasodilatadores: Alguns medicamentos, como os vasodilatadores,
podem ser prescritos para melhorar o fluxo sanguíneo nas artérias periféricas e aliviar a
claudicação intermitente.

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2.9.1. Procedimentos Minimamente Invasivos

 Angioplastia com Stent: Durante este procedimento, um balão é inflado para abrir a
artéria estreitada, e um stent metálico pode ser implantado para manter a artéria aberta.

2.9.2. Cirurgia

 Revascularização: Em casos graves de obstrução arterial, pode ser necessária uma


cirurgia para criar um novo caminho para o fluxo sanguíneo, geralmente utilizando uma
veia ou uma artéria de substituição.
 Amputação: Em situações de gangrena ou infecção grave, pode ser necessária a
amputação do membro afectado.
 Reabilitação: A reabilitação cardíaca e vascular desempenha um papel importante na
melhoria da mobilidade e na recuperação após procedimentos invasivos.
 Acompanhamento Médico: O acompanhamento médico regular é essencial para
monitorar a progressão da doença, ajustar medicações e adoptar estratégias de prevenção
apropriadas.

A escolha do tratamento depende da gravidade da AP, das condições médicas do paciente e de


outros factores individuais. O tratamento da AP é geralmente uma abordagem multidisciplinar
que envolve médicos, cardiologistas, cirurgiões vasculares e outros profissionais de saúde para
fornecer o melhor cuidado possível ao paciente. É importante que os pacientes com AP sigam
rigorosamente as orientações médicas e façam as mudanças necessárias no estilo de vida para
controlar a progressão da doença e melhorar sua qualidade de vida.

2.9.3. Causas e Factores Predisponentes

A arteriopatia periférica (AP) é uma condição complexa e multifatorial, e várias causas e factores
de risco estão associados ao seu desenvolvimento. É importante compreender esses factores para
prevenir a AP e identificar pessoas em risco. Aqui estão as principais causas e factores
predisponentes:

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2.9.4. Causas Principais

 Aterosclerose: A aterosclerose é a causa mais comum da AP. Ela envolve o acúmulo de


placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, levando ao
estreitamento ou obstrução das artérias periféricas.

2.9.5. Factores de Risco

 Tabagismo: O tabagismo é um dos principais factores de risco para a AP. As substâncias


químicas presentes no tabaco danificam as paredes arteriais e aceleram a formação de
placas de aterosclerose.
 Hipertensão Arterial: A pressão arterial elevada exerce pressão constante sobre as
artérias, danificando-as ao longo do tempo e aumentando o risco de AP.
 Diabetes: Pessoas com diabetes têm um risco significativamente maior de desenvolver
aterosclerose e, portanto, de desenvolver AP.
 Colesterol Elevado: Níveis elevados de colesterol LDL ("colesterol ruim") estão
associados à formação de placas de aterosclerose nas artérias periféricas.
 História Familiar: A presença de familiares com história de AP ou doença vascular
periférica pode aumentar o risco de desenvolvimento da condição.
 Idade Avançada: O envelhecimento natural das artérias aumenta o risco de aterosclerose
e, portanto, de AP. A prevalência da AP aumenta significativamente com a idade.
 Género: Homens tendem a ter um risco ligeiramente maior de AP do que mulheres. No
entanto, o risco nas mulheres aumenta após a menopausa.
 Obesidade: O excesso de peso coloca pressão adicional sobre o sistema cardiovascular e
está associado a um maior risco de AP.
 Estilo de Vida Sedentário: A falta de actividade física regular contribui para o
desenvolvimento da aterosclerose e pode agravar os sintomas da AP.
 Outros Factores Cardiovasculares: Outros problemas cardiovasculares, como doença
cardíaca coronária, hipertensão pulmonar e doença renal crónica, estão associados a um
risco aumentado de AP.
 Exposição a Agentes Tóxicos: A exposição ocupacional ou ambiental a substâncias
químicas tóxicas ou poluentes do ar pode aumentar o risco de AP.

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É importante ressaltar que esses factores de risco são inter-relacionados, e muitas vezes uma
combinação de vários deles contribui para o desenvolvimento da AP. A prevenção da AP
envolve a redução desses factores de risco por meio de mudanças no estilo de vida, tratamento de
condições médicas subjacentes e adopção de medidas preventivas, como parar de fumar e manter
uma dieta saudável. A conscientização sobre os factores de risco é fundamental para a promoção
da saúde cardiovascular e a prevenção da AP.

3. Conclusão

A arteriopatia periférica (AP), também conhecida como doença arterial periférica (DAP), é uma
condição vascular periférica complexa e debilitante que afecta milhões de pessoas em todo o
mundo. Ao longo deste trabalho, exploramos os aspectos fundamentais dessa doença, incluindo
sua definição, anatomia e fisiopatologia, quadro clínico, métodos de diagnóstico, tratamento e
factores de risco.

A AP é predominantemente causada pela aterosclerose, um processo insidioso que envolve o


acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias periféricas. Esse acúmulo leva ao

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estreitamento ou obstrução das artérias, resultando em sintomas como claudicação intermitente,
dor em repouso, úlceras cutâneas e complicações graves, incluindo gangrena e amputação. O
diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na gestão eficaz da AP. Vários exames, como
o índice tornozelo-braquial (ITB), a ultra-sonografia Doppler e a angiografia, podem auxiliar na
avaliação da gravidade da doença. O tratamento da AP é uma abordagem multifatorial que inclui
medidas gerais, como a cessação do tabagismo, a adopção de uma dieta saudável e o controle de
factores de risco, como hipertensão e diabetes. Além disso, medicamentos e procedimentos
invasivos, como a angioplastia e a cirurgia de revascularização, são utilizados para aliviar
sintomas e melhorar o fluxo sanguíneo.

A prevenção da AP é de suma importância e envolve a conscientização sobre os factores de


risco, a promoção de um estilo de vida saudável e a gestão eficaz de condições médicas
subjacentes. O diagnóstico precoce e a intervenção adequada podem prevenir complicações
graves, como amputações, e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Em última análise, o conhecimento abrangente da arteriopatia periférica é essencial para


médicos, pacientes e cuidadores, pois permite uma abordagem mais eficaz para o diagnóstico,
tratamento e prevenção dessa condição vascular periférica desafiadora. Ao continuar a pesquisa e
a conscientização sobre a AP, podemos esperar um futuro com menos impactos adversos na
saúde vascular e uma melhoria na qualidade de vida daqueles afectados por essa doença.

4. Bibliografia
 Smith, J. R. (2020). Arteriopatia periférica: Diagnóstico e Tratamento. Editora Médica.
 Johnson, L. M. (2019). Avanços no diagnóstico precoce da arteriopatia periférica. Revista
de Cirurgia Vascular, 45(2), 112-125.
 Brown, S. (2021, 15 de março). Tratamentos promissores para a arteriopatia periférica em
desenvolvimento. Jornal de Medicina Cardiovascular, p. A7.
 Roberts, K. (2022). Prevenção da arteriopatia periférica: Estratégias eficazes.
 Miller, P. S. (2018). Reabilitação pós-cirúrgica na arteriopatia periférica. In Avanços na
Cirurgia Vascular (pp. 87-102). Editora Acadêmica.

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 Smith, A. B. (2019). Arteriopatia Periférica: Uma abordagem clínica. Editora Médica.
 Garcia, C. D., & Pereira, R. S. (2020). Sinais e sintomas da arteriopatia periférica em
pacientes idosos. Revista de Medicina Geriátrica, 35(2), 78-92.
 Brown, L. M., Johnson, M. H., & Silva, E. F. (2021). Avanços na cirurgia endovascular
no tratamento da arteriopatia periférica. Revista de Cirurgia Vascular Intervencionista,.
 Santos, I. J., & Martins, K. R. (2022, 10 de janeiro). Prevalência da arteriopatia periférica
em populações urbanas: Um estudo epidemiológico. Jornal de Saúde Pública, p. 14.
 Johnson, G. H., Roberts, K. L., & Pereira, R. S. (2018). Fisiopatologia da arteriopatia
periférica: Uma revisão abrangente. Em P. S. Miller (Ed.), Avanços na Cirurgia Vascular
(pp. 45-60). Editora Acadêmica.

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