Capítulo II as preocupações políticas e as orientações intelectuais de Max Weber. Dessa maneira, o autor examina e questiona veementemente o desempenho e o papel das Ciências Sociais no contexto histórico vivido pela Alemanha a época, destacando a necessidade de mudanças profundas nas atitudes, percepção e visão de mundo da população, dos acadêmicos e do Governo. Max Weber, observava os movimentos sociais, sindicais, políticos e burocráticos buscando compreender, entre outras coisas, os processos pelos quais o pensamento racional e a racionalidade impactavam as instituições, não se restringindo ao Estado e ao governo, mas tendo um olhar voltado também sobre o âmbito cultural, social e até mesmo individual dos sujeitos modernos. O autor tinha especial preocupação com o avanço da burocracia na esfera política, a qual não contribuía positivamente para aperfeiçoar e agilizar os processos burocráticos do Estado, ao contrário; pois segundo ele existiam três problemas principais que mereciam atenção: o estreitamento da liberdade, a contenção e controle das forças burocráticas e a superação das limitações políticas da burocracia. A burocracia seria então, um fenômeno que estaria presente não somente na área política, mas que se estenderia por toda a sociedade moderna. Porém, para Weber, a burocracia como se apresentava, era uma ameaça à liberdade individual e à democracia, pois estava restringindo a participação política e limitando o espaço para a expressão de ideias divergentes. Argumentava, nesse sentido, que a burocracia era uma forma de dominação baseada na racionalidade instrumental, ou seja, na aplicação de meios eficientes para atingir fins específicos. Weber enxergava essa racionalização como um processo que afetava todas as áreas da vida social, como por exemplo, a cultura, a religião e as relações pessoais. Para Weber, esse processo de racionalização acabaria levando o mundo a um processo de desencantamento, segundo o qual, acarretaria na perda do sentido mágico e religioso da vida. Onde, essa perda seria decorrente do excesso de importância atribuído a ciência e a tecnologia na sociedade moderna. Também é possível perceber que Weber considerava vital a participação política da sociedade e o papel exercido pelo Estado no controle das atividades governamentais. Todavia, do mesmo modo que dava especial importância à liberdade individual, defendia uma análise crítica das estruturas de poder existentes, buscando compreender como essas afetavam positiva e negativamente a vida das pessoas. Em resumo, as preocupações políticas de Max Weber giravam em torno da análise crítica das estruturas de poder existentes e da busca por compreender como essas estruturas afetavam a vida das pessoas. Ele estava preocupado com o avanço da burocracia na esfera política e via essa forma de dominação como uma ameaça à liberdade individual e à democracia. Além disso, Weber via a racionalização como um processo que afetava todas as áreas da vida social e levava ao desencantamento do mundo. Porém, embora sempre tenha sido um crítico um o autor não se comprometia ativamente para buscar soluções a esses problemas, mantendo- se sempre a distância, não assumia
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