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1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
9 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 28
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 29
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1 INTRODUÇÃO
O ovo é um dos alimentos mais versáteis na cozinha, além de ser rico em proteínas
e nutrientes. Essa versatilidade envolve diversos tipos de cocção, além de ser um
agente espessante e ser usado em emulsões.
2 MÉTODOS DE COCÇÃO
Neste capítulo podemos apontar que diante dos métodos básicos de cocção,
perpassando desde o grelhado sobre chama aberta até a irradiação forno micro-
ondas, possuem influência particular sobre o alimento.
2.1 A CARAMELIZAÇÃO
A cocção pode ser definida de modo geral como a transformação de alimentos crus
em algo diferente. Para transformar a comida nós a aquecemos, transferindo energia
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de uma fonte de calor para o alimento, de tal modo que as moléculas deste se
desloquem cada vez mais rápido, colidam entre si com força cada vez maior e
reajam de modo a constituir novas estruturas e sabores. Exemplos de métodos de
cocção, por imersão, gratinado, assado ao forno, fritura etc..
2.8 CONVECÇÃO
2.9 RADIAÇÃO
O calor que sentimos do sol ou de um fogão a lenha é uma radiação térmica. O calor
radiante é uma radiação infravermelha, onde as temperaturas mais altas seriam
verificadas abaixo da faixa vermelha.
Desta forma na extremidade inferior da escala, as ondas de rádio são tão fracas que
só conseguem aumentar o movimento de elétrons livre, sendo necessárias antenas
de metal, com seus elétrons móveis, para transmitir e receber esse tipo de radiação.
A luz visível e a luz ultravioleta capazes de alterar as órbitas de elétrons presos nas
moléculas que provocam danos a pigmentos e gorduras e desenvolvem sabores
rançosos, de coisa velha. Assim, os raios visíveis e ultravioleta do Sol podem
arruinar o sabor o leite e da cerveja.
que o que não irradia luz visível, e o aquecido ao amarelo é mais quente que o
aquecido ao vermelho.
Assim, a radiação térmica útil é gerada por altas temperaturas, onde quanto mais
quente o objeto, mais energia ele irradia nas regiões superiores do espectro.
Como técnica, a cocção por imersão provavelmente veio depois do assado sobre
chama e antes do assado ao forno, sendo necessários recipientes que resistam à
água e ao fogo.
Esta se difere da fritura em frigideira, onde emprega-se óleo suficiente para cobrir o
alimento, sendo que o óleo alcança temperatura muito mais alta que o ponto de
ebulição da água, e assim possibilita a capacidade de desidratar e escurecer o
alimento.
Estes transferem calor por meio da radiação eletromagnética, mas o fazem por meio
de ondas, energia infravermelha de um carvão brasa. Esta radiação possui a
vantagem sobre a infravermelha que cozinha muito mais rápido que os alimentos. Já
a cocção por micro-ondas possui como desvantagem o aquecimento rápido nas
carnes que pode causar perda de fluido, criando uma textura mais seca, ficando
mais difícil saber quando o alimento está pronto.
Os micro-ondas não são capazes de escurecer a maioria dos alimentos, uma vez
que a superfície não se torna mais quente que o interior, a menos que oos
desidratem.
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Sua superfície deve ser quimicamente inerente para que eles não mudem o gosto e
nem a comestibilidade do alimento.
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Sendo o ovo um dos ingredientes mais valiosos na cozinha, muitas receitas seriam
inviáveis sem ele, pois sua qualidade de agente espessante, de aerar e emulsificar
são fundamentais.
A gema e clara são sacos d água que contêm moléculas de proteínas dispersas,
sendo 1000 moléculas de água para cada 1 molécula de proteína. O aspecto
viscoso do ovo é justamente o que torna ele tão versátil na cozinha, fornecendo
estrutura para os diversos preparos.
4.3 COAGULAÇÃO
Um dos erros no controle das temperaturas para coagulação das proteínas contidas
no ovo pode ocasionar na sobrecocção, ou seja, na excessiva coagulação das
proteínas presentes no ovo, emborrachando a clara e deixando a gema dura devido
ao excesso de exposição a altas temperaturas. Pois o que se espera do ovo nos
pratos quentes, que esteja macio e tenro, e de resultado suculento.
Caso a combinação seja pelo acréscimo de ácidos, seria a ideia inversa, pois aqui a
coagulação ocorre em temperaturas mais baixas, já que os ácidos tem o poder de
endurecer os ovos, no entanto, ainda sim os ovos se apresentam mais tenros e mais
macios.Podem ser usados olimão, o sal, um suco de frutas, como a laranja, ou o
conhecido verjus – suco de uvas azedas, ou ainda o sumo de hortaliças.
Além dos preparos básicos como os de ovo cozido, frito, mexido, poché, omelete
francesa, existem preparações e técnicas de cocção que podem ser aplicadas ao
ovo, agregando ainda mais ao seu extenso uso na cozinha, como podemos ver a
seguir:
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- Os ovos com casca também podem ser cozidos no vapor. (A técnica utiliza menos
agua, energia e tempo, e ao deixar a tampa entreaberta durante o processo, é ainda
melhor, já que diminuirá a temperatura do ponto de ebulição e a clara ficará mais
tenra.).
- Ovos pochês com drenagem da clara fina. (Quebra-se o ovo antes sobre uma
colher perfurada, para que saia a clara fina e a coagulação seja mais eficiente e
perfeita.).
- Ovo porta-moedas dos chineses. (Trata-se do ovo frito em que se viram os lados
da clara sobre a gema protegendo-a, e os lados de cima e de baixo ficam crocantes
e a gema suculenta ao final.).
- Omelete soufflée. (Bater bem os ovos até formar muitas bolhas, ou ainda bater as
claras em neve e depois misturar delicadamente às gemas e temperos.).
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5.1 BATIDAS
As misturas batidas são mais práticas, pois são cozidas sobre o fogão, portanto tem-
se um controle maior de temperatura. Caso as misturas sofram empelotamento
podem ser passadas por uma peneira, já que não são servidas no recipiente de
cozimento.
Ao serem reservadas por determinado tempo exigem uma atenção maior, pois pode-
se formar películas superficiais na mistura, resultante da evaporação e da presença
de proteína e amido. Existem técnicas para evitar esse processo como o uso de
manteiga, açúcar polvilhado e papel manteiga. Evita-se o uso de papel filme, pois
contém sustâncias químicas que podem ser transferidas para o alimento.
Um exemplo de creme mais firme é creme de confeiteiro, que por ser um creme
versátil nos preparos de pratos clássicos deve ser espesso para que mantenha seu
formato em temperatura ambiente. Nesse preparo deve-se mexer constantemente
em fogo alto, para que amilase separe da gema e obtenha um creme firme.
Como mencionado acima, os ingredientes e a receita das misturas mais firmes são
quase que iguais aos das misturas semilíquidas. Durante o processo de cocção
podem surgir grumos e túneis cheios de líquidos, pois esses ingredientes, ao serem
misturados fazem com que as proteínas do ovo ficam mais rarefeitas.
determinado tempo e cocção, pois mesmo que deligue o fogo o processo continuará
acontecendo.
Outra etapa importante é sempre misturar os elementos quentes aos frios. Aquecer
o leite ou o creme de leite até o ponto de fervura e acrescentar a mistura de ovos e
açúcar mexendo constantemente, isso faz aumentar a temperatura dos ovos de
maneira rápida, porém branda, cerca de 20 °C a menos que a temperatura de
espessamento, ficando em torno de 60-65 °C. A forma contrária (ovos ao leite) fará
com que a coagulação ocorra antecipadamente.
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Um exemplo prático: com uma única clara de ovo, com poucos minutos agitando
com batedor gera uma xícara cheia de uma espuma chamada de claras em neves.
As proteínas são as grandes responsáveis por prolongar a vida das claras em neve,
mas se as claras não forem batidas da forma e com utensílios corretos, as mesmas
proteínas que montam as claras em neve também podem desmontá-las, pois as
proteínas tendem a fazer ligações entre si mesmas, e isso faz com que haja
separação, em vez da junção da estrutura.
Para que as claras em neves não corram o risco de darem errado, é indicado que se
bata as claras em uma vasilha de cobre, ou um outro metal adicionando uma pitada
de suplemento de cobre, pois com a presença do cobre quando se bateas claras em
neve,evita que a proteínacoagule ao bater excessivamente as claras, porque o cobre
limita as ligações das proteínas formadas no processo de agitação.
As claras não se dão muito bem com três ingredientes, são eles: a própria gema do
ovo (por conter gordura), óleo ou gordura e detergente, esses ingredientes não
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prejudicam a formação da espuma mas obrigaram você a trabalhar mais e por mais
tempo além disso a espuma não será tão leve e tão estável como de costume.
As claras em neve são quase sempre feitas para a presença de outros ingredientes,
que por sua vez podem influenciar o processo de batimento e consistência final da
preparação.
Água: A água aumenta o volume, mas necessita de maior tempo de batimento, além
da espuma apresentar estabilidade muito baixa. Isso ocorre devido à diluição das
proteínas da clara e o consequente afastamento das moléculas, que dificulta a
formação e a estabilidade da espuma.
Para uma boa clara em neves é necessário: saber escolher bem os ovos que vão
ser utilizados, costuma-se recomendar o uso de ovos mais velhos ou em
temperatura ambiente porque as claras são menos viscosas, logo formam espuma
mais rápido, ovos mais frescos recém-tirados do refrigerados são perfeitos para
bater em batedeiras elétricas.
A escolha de uma vasilha adequada faz total diferença, precisa-se de uma vasilha
que seja grande o suficiente para comportar as claras após serem batidas,
lembrando que depois de batidas o volume aumente em ate 8 vezes a quantidade,
de preferência de cobre ou outro metal, vidro e no último caso o plástico.
Se for bater as claras na mão é indicado um batedor de arame grande, pois acelera
o trabalho e insere ar num volume maior de claras a cada agitação.
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A batedeira planetária é a mais indicada, é ótima para bater claras em neve porque,
diferente das mais comuns, ela move o batedor giratório em círculos dentro da
vasilha, fazendo com que a espuma se forme homogeneamente e muito mais rápido.
Existem varia formas de saber se sua clara em neves atingiu o ponto ideal, uma
delas é observar os montes formados assim que para de bater chamados de picos,
se a espuma adere á vasilha ou escorre e se a superfície esta brilhosa ou seca,
todas são formas de ver se suas claras estão no ponto desejados.
O ponto das suas claras vai depender dos ingredientes que serão acrescentados,
por exemplo para fazer um suflê ou um bolo precisa-se de uma espuma com mais
brilho, menos aderente a vasilha consequentemente uma espuma menos batida, já
para merengues e outros doces que o mais importante é a capacidade de manter a
forma é preciso de uma espuma mais consistente menos brilhante.
No ponto de picos moles você já não vê um líquido, mas uma espuma brilhante,
menos transparente e mais branca do que no ponto de espuma. Ela é consistente e
fica marcada conforme o batedor vai passando por ela e até forma uns montes, mas,
levantando o batedor para verificar o pico, verá que ele ainda não tem pontas bem
definidas. Elas são arredondadas em vez de pontudas e caem para o lado quando o
batedor é viradono ponto de picos firmes a espuma continua brilhante e parecerá mais
firme e resistente, com bolhinhas ainda menores e uma cor mais branca. Os picos agora
são pontudos e não mais arredondados na ponta. Eles também se mantêm firmes quando o
batedor é virado, mesmo virando a tigela de cabeça para baixo, sua clara em neve deverá
continuar lá, do mesmo jeito e sem o menor risco de cair.
Já no ponto de picos secos a espuma fica mais estruturada assume aparência seca
e fosca consistência farinhenta e começa a perder algum líquido, do mesmo modo
que perde aderência á vasilha.
6.1 MERENGUE
O merengue nada mais é do que a mistura da clara de ovos batidas juntamente com
o açúcar, formando portanto, uma mistura doce, aerada e estável.
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POTTER, Jeff. COZINHA GEEK: Ciência real, ótimos truques, e boas comidas. Atlas Books,
2012.
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indicado para a preparação de suspiros, ou seja, serão levados ao forno para que
possam secar em baixa temperatura (90ºC - 130ºC).
O merengue suíço e o italiano são considerado cozidos, haja vista que durante o seu
preparo são utilizados métodos de cocção.
O merengue suíço possui uma consistência mais firme que o francês. De acordo
com Mariana Sebess, para o preparo do merengue suíço, é necessário colocar as
claras e o açúcar em um recipiente e levá-lo ao fogo em banho-maria, batendo as
claras misturadas com o açúcar até obter a temperatura de 50ºC. Após esse
processo, essa mistura deverá ser transferida para o recipiente da batedeira, e bater
em velocidade alta até que se esfrie. Durante o processo do banho-maria deve-se
ter cuidado para que a mistura não ultrapasse 65ºC, uma vez que poderá ocorrer a
solidificação.
6.2 SUFLÊS
Para que o suflê seja preparado corretamente as claras em neve deverão ser
incorporadas de uma forma que não destrua as bolhas de ar que se formaram, ou
seja, serão adicionadas aos poucos, devendo ser misturadas de baixo para cima, e
do centro para as bordas delicadamente.
São ovos cozidos e mergulhados por até três semanas em uma solução de vinagre,
sal, especiarias. Com o tempo, o acido acético do vinagre permite que boa parte do
carbonato de cálcio da casca seja dissolvido, penetrando no ovo e reduzindo o pH
de forma a impedir a proliferação de microorganismos.
Os ovos poderão se consumidos com ou sem casca, possuem sabor azedo, e são
mais firmes que os ovos recém-cozidos.
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Os ovos Pidan, são conhecidos como o ovo centenário, ovo de cem anos ou ovo
milenar.
No ovo Pidan, a clara fica com aspecto gelatinoso e com uma cor dourada escura, e
quase não possui sabor. A gema possui uma coloração escura, de um tom verde
acinzentado, com textura macia, cremosa, e com forte cheiro e intenso sabor de
enxofre.
A mistura de argila endurece em torno do ovo, não permitindo que ele estrague.
Os ovos crus são imergidos em uma solução de sal de cozinha, hidróxido de cálcio e
carbonato de sódio durante 10 dias seguidos, resultando no mesmo processo do
Pidan tradicional.
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Esse resultado foi obtido, uma vez que a reação necessária para produzir tais ovos
envelhecidos são adquiridos através da introdução do hidróxido e do sódio dentro do
ovo.
9 CONCLUSÃO
Neste trabalho vimos que o ovo é um dos mais versáteis ingredientes que existem, porque
conseguimos fazer doces, salgados, entradas, pratos principais e ele pode ser o espessante
que faz a diferença em várias preparações.
Eles são consumidos desde o começo. Cru, frito, cozido; em bolo, mousse, com pão, gema
dura ou mole. Os ovos são reconhecidamente ricos em proteínas e vitaminas. E são essas
proteínas e vitaminas que são capazes de juntamente com um calor e uma técnica correta,
mudar completamente o alimento na textura, no sabor, na aparência e no cheiro.
Vimos que o mesmo ingrediente com preparações diferentes, o uso de alguns utensílios e
técnicas de cocção variadas, se tem resultados múltiplos a partir do mesmo alimento.
Por exemplo um ovo cozido com a casca diretamente na água tem um resultado, pelo
simples fato de retirar o ovo da casca e adicionar vinagre na água já há mudança no
resultado na consistência e no visual na preparação.
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BIBLIOGRAFIA
McGEE, Harold. Comida e Cozinha: ciência e cultura da culinária. São Paulo: Ed.
WMF Martins Fontes, 2011.
POTTER, Jeff. Cozinha Geek: Ciência real, ótimos truques, e boas comidas.
Atlas Books, 2012.
WOLKE. Robert L.; O que Einstein disse a seu cozinheiro 2: Mais ciência na
cozinha. Zahar, 2012.
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