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DIREITO TRIBUTÁRIO

Questões sobre Conceitos Iniciais IV

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QUESTÕES SOBRE CONCEITOS INICIAIS IV

DIRETO DO CONCURSO
16. (CESPE/SEFAZ-AL/AFRE/2020) A respeito da competência tributária e do conceito e
da classificação dos tributos, julgue o item a seguir.
A cobrança de contribuição de melhoria pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal
ou pelos municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, poderá somente ocorrer
quando a obra pública estiver executada na sua totalidade ou em parte suficiente para bene-
ficiar determinados imóveis e depois de verificada a existência da valorização imobiliária.

COMENTÁRIO
Item correto, pois o fato gerador da contribuição de melhoria não é a conclusão da obra
pública em si, mas sim a valorização imobiliária decorrente dessa obra pública. Assim, se
uma determinada prefeitura concluiu metade de uma obra e isso já promoveu a valorização
dos imóveis nos arredores, já é possível fazer o lançamento e a cobrança dessa contribui-
ção, isso com base nos valores gastos até o momento e o que já houve de valorização.

17. (CESPE/SEFAZ-AL/AFRE/2020) A respeito da competência tributária e do conceito e


da classificação dos tributos, julgue o item a seguir.
O conceito de taxa pressupõe a utilização efetiva de serviços públicos específicos e divi-
síveis, ou o exercício do regular poder de polícia.

COMENTÁRIO
Item errado, pois a taxa pressupõe a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos
específicos e divisíveis.

18. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/CAMPO GRANDE-MS/2019) Acerca do disposto


pelo Sistema Tributário Nacional, julgue o item seguinte, considerando o entendimento
doutrinário e jurisprudencial.
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Empréstimos compulsórios no caso de investimentos públicos de caráter urgente e de


relevante interesse nacional — como a reconstrução de escolas e hospitais atingidos por
enchentes — dada a urgência do investimento público, não se sujeitam à anterioridade do
exercício financeiro e à anterioridade nonagesimal.
5m

COMENTÁRIO
Item errado, pois, com base na Constituição Federal de 1988, o empréstimo compulsório
obedece ao princípio da anterioridade do exercício financeiro e, apesar de haver uma certa
polêmica envolvendo o assunto, também é possível dizer que ele obedece ao princípio da
anterioridade nonagesimal.
Vale lembrar que, a depender da dimensão dos fatos citados na questão, isso poderia gerar
uma declaração de calamidade pública. Nesses casos, pode ser estabelecido o emprésti-
mo compulsório em função da situação de calamidade, não sendo necessário respeitar a
anterioridade e a noventena.

19. (FCC/AFTM DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/2019) De acordo com a ordem constitu-
cional vigente e com o Código Tributário Nacional, a instituição de empréstimos com-
pulsórios
10m
a. somente pode ocorrer em caso de guerra ou calamidade pública, por ato do Presi-
dente da República.
b. é expressamente vedada, sendo considerado tributo com caráter de confisco, inde-
pendentemente das condições e prazo de devolução.
c. é de competência privativa da União, devendo a lei instituidora fixar obrigatoriamente
o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate.
d. pode ser feita como forma de antecipação de receita orçamentária, em situações de
grave constrição fiscal, pela União e demais entes federativos.
e. somente pode se dar em situações de constrição macroeconômica, por lei comple-
mentar federal, devendo ser reduzido progressivamente conforme a melhora dos indi-
cadores fiscais.
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COMENTÁRIO
a. Também é possível para investimentos, obedecendo a anterioridade e a noventena.
Além disso, o empréstimo compulsório só pode ser instituído por lei complementar.
b. A CF/1988 permite a criação de empréstimos compulsórios e, também, prevê a proibição
do confisco.
c. A alternativa está de acordo com a previsão do art. 15 do Código Tributário Nacional (CTN).
d. Vale lembrar que a grave constrição fiscal não é prevista como fator que pode gerar o
empréstimo compulsório. Além disso, é importante destacar que o empréstimo compulsório
só pode ser criado pela União.
15m
e. Não existe essa previsão de constrição macroeconômica ou de redução progressiva no
caso dos empréstimos compulsórios.

20. (CESPE/PROCURADOR DE CONTAS/MPC-PA/2019) De acordo com a jurisprudência


do STF, é constitucional a cobrança de taxa
a. para custeio de serviço de iluminação pública
b. para o custeio de serviço de limpeza de logradouros públicos.
c. de fiscalização em função da área de estabelecimento.
d. de localização e funcionamento em função do número de empregados de uma empresa.
e. para emissão ou remessa de guia de pagamento de outros tributos.

COMENTÁRIO
a. Vale lembrar o disposto na Súmula Vinculante n. 41: “O serviço de iluminação pública
não pode ser remunerado mediante taxa”.
b. Como o serviço de limpeza dos logradouros públicos é considerado indivisível, não pode
haver a cobrança de taxa.
c. A taxa de fiscalização se refere ao exercício do poder de polícia estatal. Assim, de acordo
com o STF, é constitucional a instituição de taxa com base de cálculo fundada na área do
imóvel fiscalizado. Vide o disposto na seguinte jurisprudência:
20m
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“A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na área de fiscalização


é constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização.” (RE
856185 AgR / PR)
d. O STF analisou a matéria e entendeu que o número de empregados de uma empresa
não será, necessariamente, uma determinante do custo que o Estado terá para promover
uma fiscalização. Nesse sentido, dispõe o Supremo:
“2. O critério do número de empregados ou, isoladamente, da atividade exercida pelo con-
tribuinte para se aferir o custo do exercício do poder de polícia desvincula-se do maior ou
do menor trabalho ou atividade que o Poder Público se vê obrigado a desempenhar. Pre-
cedentes” (ARE 1067210 AgR-segundo).
“2. O critério da atividade exercida pelo contribuinte para se aferir o custo do exercício do
poder de polícia desvincula-se do maior ou menor trabalho ou atividade que o Poder Públi-
co se vê obrigado a desempenhar” (ARE n. 990.914/SP)
e. A cobrança de um determinado tributo é uma atividade de interesse do Estado, logo, o
particular não pode ser cobrado pela emissão de guias. Nesse sentido, dispõe o STF:
25m
“A emissão de guia de recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da Administração,
sendo mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a prestação de um serviço públi-
co ao contribuinte.” (RE 789.218/MG)

GABARITO
16. C
17. E
18. E
19. c
20. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Ricardo Alexandre de Almeida Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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