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SOCIAL
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar o grupo como lugar da diferença e não
da homogeneidade a partir da compreensão dos processos formadores
de subjetividade nos grupos, visualizando o grupo como instância para
a possibilidade de criação de encontros. Em seguida, você analisará o
funcionamento grupal sob a influência dos processos de homogeneização
e heterogeneidade, compreendendo o grupo como lugar de fuga para
lógicas hegemonicamente instituídas. Por fim, você identificará o grupo
como lugar da diferença e como potencializador da diversidade.
As redes sociais são fortes aliadas para a criação de espaços nos quais os grupos
possam exercer a possibilidade de expressar suas subjetividades. Por meio das redes
sociais, os grupos podem interagir com debates ou com a estruturação de encontros
presenciais e virtuais, estabelecendo a criação de reflexões sobre seu existir cotidiano,
colocando em evidência análises e problematizações acerca do contexto social, cultura,
econômico, histórico entre outros territórios pertinentes aos processos formadores
de subjetividades.
No entanto, é necessário estar atento aos aspectos relacionados à funcionalidade
grupal nas redes sociais, pois existe certa tendência da rede social de estimular conflitos,
por se tratar de um ambiente idealizado no qual as relações são filtradas pela distância
em um ambiente composto por avatares interligados por algoritmos institucionais
que tendem a formar grupos com pessoas que já têm uma confortante ideia de uma
verdade homogênea e, muitas vezes, alienadora.
Processos de homogeneização e de
heterogeneidade no funcionamento grupal
O grupo é composto por regulamentos internos formais ou informais esta-
belecidos conforme uma consciência de pertencimento, união e segurança
perpetuada pelos sujeitos no grupo, bem como em relações entre grupos.
Dessa maneira, o funcionamento grupal pode atuar, muitas vezes, de forma
contraditória e de acordo com preceitos instituídos culturalmente, como ar-
gumentado por Lane (1984).
Assim, o funcionamento grupal é atravessado por processos que conduzem
maneiras de se constituir, desenvolver e estabelecer. Esses processos podem
atuar para a homogeneização ou heterogeneidade de aspectos fundamentais
para o andamento evolutivo do grupo.
4 Grupo como lugar da diferença e não da homogeneidade