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INTRODUÇÃO

O desempenho intelectual nunca é independente do desenvolvimento


emocional, a emoção e os processos de desenvolvimento estão diretamente
relacionados, assim como a inteligência e o aprendizado não são funções
autônomas, o potencial que cada sujeito traz só pode ser consolidado sob certas
condições, e isso está intimamente relacionado com a qualidade da
comunicação entre si.

Segundo Carl Rogers, o ser humano tem a capacidade de entender a


si próprio e resolver seus problemas de forma a buscar sua própria
satisfação e eficácia ao funcionamento adequado. Assim, se o
indivíduo não possui conflitos estruturais profundos, apresenta esta
capacidade. Independente da aprendizagem, esta característica é
inerente ao homem e para que esteja em funcionamento, o indivíduo
deve estar desprovido de ameaças ou desafios à imagem que tem de
si mesmo (SOUZA, 2006).

Lançado pela produtora de streaming NETFLIX em 04 de novembro de 2022, O


Método de Stutz resguarda esse nome caracterizando-se como um
documentário que tem como foco mostrar ao público as ferramentas úteis criadas
pelo psiquiatra Phil Stutz, graduado pela Universidade de Nova York (EUA), cujo
entre seus pacientes o ator e diretor norte-americano Jonah Hill se faz presente,
produzindo em parceria por desejar levar ao público de maneira “facilitada” a
premissa das experiências que ele teve em sessão com Stutz, e assim, que
possam aprender algumas ferramentas que prometem poder nos ajudar a
superar momentos difíceis, transtornos de ansiedade e até depressão... esses
“tools”, como o médico as chama, são ferramentas que foram pensadas e
organizadas ao longo de seus anos de atendimento aos pacientes, tanto em seu
consultório quanto em sua residência médica.

O psiquiatra, enfatiza não aceitar de maneira positiva algumas abordagens


tradicionais, em que o profissional precisa se manter neutro, só observar e não
se posicionar. Para o mesmo, isso faz o paciente enfrentar sozinho um processo
que é sofrível e lento até finalmente obter às respostas que tanto almeja para
solucionar suas angústias emocionais e outros problemas. Stutz aborda que o
mesmo ao entrar na faculdade decidiu seguir na direção oposta ao descobrir que
a psiquiatria não busca intervir na vida dos pacientes, mas simplesmente
“gerenciar” suas mentes para que encontrem seu próprio caminho. As
ferramentas apresentadas no documentário foram criadas como forma de
intervenção para dotar os pacientes das tools certas para enfrentamento e
formas de escape de determinadas situações mentalmente desconfortáveis, com
a proposta de agregar mais habilidades ao seu autoconhecimento.

Mas será que um estilo bem menos formal e mais próximo e “descontraído”, com
intervenções sistematizadas por intermédio de conselhos diretos a pacientes,
funciona? E que ferramentas seriam essas? Há aqueles que estão para
concordar que terapeutas possam ter esse tipo de papel mais ativo e há quem
defenda que o espaço de fala e experiências é mais do paciente.

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