Índice

1. Introdução…………………………………………………………………………………2
2. Relatório da Pesquisa -Acção ……………………………………………………..……...3
2.1. Descrição do problema………………………………………………………...
……… ..3
2.2. Correlação com a teoria
………………………………………………………………... .3
2.3. Integração de acções
novas……………………………………………………………..…4
2.4. Resultados das acções
……………………………………………………………….……5
3. Conclusões e recomendações ……………………………………………………….….....7
4. Anexos…………………………………………………………………………………..…8
5. Referências bibliográficas ………………………………………………….……………10

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1. Introdução
O primeiro contacto com a turma real é um marco do Estágio e neste, na Escola Primária
Completa Machava-Sede, com a 4ª classe, composta por 63 alunos entre os 9 e 10 anos de
idade, surgiram-me várias questões ligadas ao domínio da turma, para condução do
Processo de Ensino-Aprendizagem, havendo dificuldades de Leitura e Escrita – ‘ Que
postura assumir na minha prática pedagógica e/ou na sala gestão da turma?

Após o início da planificação e análise do curso da leccionação das aulas, percebi que
manter a disciplina e envolver os alunos na aula constantemente, constituíra para mim
uma dificuldade e desafio, sendo este o ponto de partida para uma Pesquisa-Acção sobre a
situação problemática “ Fraco Domínio da Turma”. Durante as observações, o problema
efectivou-se na medida em que, por um longo período, ainda que na presença da
professora orientadora, a chamada de atenção ‘silêncio’, separação de alunos irrequietos,
e colocação nas carteiras da frente, aplicação de recompensas e punições não resultava em
um ambiente calmo e agradável.
O relatório será orientado pelos seguintes objectivos:

Geral- Estudar as possíveis soluções para o ‘Fraco Domínio da Turma’.

Específicos:
- Descrever a situação problemática da pesquisa;
- Fundamentar a situação problemática com a teoria;
- Analisar as hipóteses de acções sobre o a situação problemática;
- Referir as acções novas integradas sobre o problema;
- Apesentar os resultados da pesquisa-acção sobre o problema.

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 O desenvolvimento do Relatório, tem como principais pontos de abordagem, a descrição
do problema, sua correlação com a teoria, levantamento de hipóteses de acções,
integração de acções novas e descrição dos resultados bem como das aprendizagens
adquiridas da pesquisa acção.

2. Relatório da Pesquisa-Acção

2.1. Descrição do problema

O domínio da Turma, é o exercício da autoridade do professor dentro do espaço da sala de aula,
não para impor condições, mas para estabelecer uma proposta de trabalho conjuntamente com
grupo em que actua, os alunos, (FURLANI,2000, citado em Gestão da sala de aula...),
envolvendo-os no mesmo interesse que é o Processo de Ensino-Aprendizagem. Quando a
autoridade não é construída através das atitudes perante os alunos, o exercício desta, resulta no “
Fraco Domínio da Turma”, que no dia- a- dia do meu estágio, fez com que em vários momentos
não houvesse a participação efectiva dos alunos, o que deixava transparecer, com a falta de
envolvimento, que o processo de Ensino – Aprendizagem, percorria caminhos diferentes para o
professor e para o aluno.
Ainda, por outra, dado o problema os alunos relutavam em realizar as tarefas escolares, iniciavam
discussões e meio a aula e movimentavam se sem autorização, tudo o que caracterizava uma
indisciplina.

2.2. Correlação com a teoria

Para uma pesquiza direccionada analisei “ Fraco Domínio da Turma” relacionando-o à
indisciplina. E para compreender, olhei-o primeiro, na perspectiva de VASCONCELLOS
(1995), segundo o qual o professor pode ter responsabilidade na indisciplina quando não
apresenta em sua proposta educacional, normas claras,, justiça, dialogo, respeito e quando a
falta de compromisso, o que demostra a necessidade de aulas mas dinâmicas e atractivas.

Segundo, na perspectiva de SILVA (2004) para a qual, a indisciplina surge pelo facto dos
conteúdos ministrados por estarem além da capacidade dos alunos, daí a razão de não
prestarem atenção.
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Terceiro, na perspectiva de FRENCH e RAVEN (1967), o problema pode significar a
incapacidade de influenciar o aluno, quando este não reconhece no professor a capacidade de
recompensa ou de punir e a competência no domínio em causa.
E por ultimo, na perspectiva de CROZIER e FRIEDBERG (1977), o qual vê como via de
resolução do problema na sala de aula, o uso de dialogo e negociação.

2.3. Integração de acções novas

 Administrar bem o tempo das intervenções, participações dos alunos. (visto que havia
concorrência, os que não fossem escolhidos manifestavam desinteresse pela aula, criando
barrulho e desordem).
 Gerir imprevistos como lutas, de forma rápida pois os restantes alunos ficavam agitados.
 Antecipar os conteúdos para os alunos, (pois havia alunos que limitavam-se a passar o
tempo no caminho) de forma motivadora
 Implementar jogos de questionário sobre os conteúdos abordados e premiar no exacto
momento para garantir a credibilidade no final da aula.
 Implementar diálogo ao fim da aula, pois os alunos durante a aula, interferiam para falar
de assuntos fora da aula.
 Intervir no conflito, enfatizando os deveres, direitos e limites de cada um.
 Organizar os alunos em grupo durante as aulas e eleger um chefe que controle a
indisciplina.

 Estabelecer juntamente com eles as regras de convivência- (como: só entra na sala com
caneta mão! Só se movimenta após pedir permissão, se quer falar levanta a mão) e as
punições.
 Aplicar a punição antes referida, diante da indisciplina para o aluno ver a seriedade das
palavras nas atitudes.
 Prestar atenção e reagir ao comportamento de indisciplina e enfatizar os desejados para
que o aluno.
 Orientar actividades de consolidação, de acordo com o nível dos alunos (embora fosse 4ª
Classe, os alunos sem a competência de escrita e leitura realizavam actividades ao seu
nível como escrita do alfabeto e formação de sílabas e palavras).
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 Iniciar aulas com canções de motivação.
 Ler o estado de concentração dos alunos, circular pela sala e aplicar brincadeiras para
recupera-los. (Pr. Orientadora)
 Nas aulas de leitura, sendo entediante para eles pela dificuldade, valorizar a dramatização
e o reconto.

2.4. Resultados das acções

A integração das acções, moldou a turma ao longo do tempo, tal é que teve-se os seguintes
resultados:
Acções
 Gestão das participações
 Fornecer informação sobre a aula
seguinte.
 Implementação de jogos de
questionários sobre os conteúdos
 Implementação de diálogo.
 Enfatizar deveres e limites face aos
conflitos
Resultados
 O aluno ficava mais atento para
identificar os que já e ainda não
participavam,
 O aluno, vinha a escola não apenas
por obrigação mas para participar e
cobrar o que já ouvira anteriormente
 Empenho em desenvolvimento da
concentração, memória e aumento do
interesse pelas aulas.
 Os alunos tornava-se mais livres e se
viam-se importantes o que os tornava
mais respeitosos.
 Apresentavam ideias de resolução de
conflitos, com respeito.

 Estabelecer regras de convivência em  Redução da indisciplina

conjunto

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 Atribuição de actividades segundo o  Mais interesse e envolvimento dos
nível de aprendizagem alunos nas aulas.

 Motivação com canções, histórias e  Motivação e mais envolvimento do

competições. aluno

 Aulas em grupos  Ajuda mútua e mais interesse pelo

saber

 Aplicação da dramatização e reconto  Interesse pela aprendizagem de

leitura e seu acompanhamento.

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3. Conclusões e recomendações
Numa sala de aula, deve haver distinção prática do papel do professor e do aluno, e na
relação, professor, aluno, autoridade deve estar na postura do professor, pois só assim o
domínio da turma será efectiva.
Na realidade vivida, a falta deste domínio gera desinteresse, desgaste e cria espaço para
situações desagradáveis na sala de aula, que afastam o objectivo da escola, de formar o
homem não só em conhecimentos científicos mas também nos valores éticos e morais. O
Domínio da turma é indispensável por isso mas vale, buscar técnicas estratégias e
conhecimentos da literatura para melhorar a relação Professor/ aluno da qual toda
aprendizagem, do que limitar se na repetição de punições cujo os fins não chegam a ser
construtivos nem educativos. Com isto, importa referir que não basta exercer a autoridade,
esta deve ser reconhecida pelos alunos.

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4. Anexos

 Roteiro de observação
Escola Primaria Completa Machava Sede
Turno: Manhã Classe: 4ª N° de Alunos: 63
1. Entrada dos alunos na sala: em fila
2. Controlo das regras de convivência: repetição frequente
3. Nas relações com o professor, os alunos demostram ( de modo geral):

____Gestos agressivos ____Indisciplina

____Apatia ____Olhar de incompreensão
____desatenção ____Calma e tranquilidade
____ignora avisos e determinação ____Atitude de desrespeito

4. Comportamento nas tarefas escolares

____realiza ao ser orientado _____tende a causar desordem na sala
____não realiza
____Simula escrever na presença do professor
____não realiza os trabalhos para casa

5. Na mediação e assimilação:
____reluta em participar na aula
____demostra interesse pelos meios de ensino
____tem interesse em participar da aula
____envolvesse em brincadeira
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 Questionário
1. Que postura o professor deve assumir, diariamente perante os seus alunos?
2. Nos dias actuais quais as maiores dificuldades encontradas na gestão da sala?
3. Como professor deve agir em sala de aula diante de uma atitude de desrespeito do aluno?
4. Que estratégias são utilizadas para manter sua autoridade perante os alunos?
5. Quais são os limites da autoridade?
6. Como ser um professor moderno, sem perder a autoridade, sem adoptar uma postura
profissional autoritária e sem me tornar permissiva de mais? Qual é o ponto de equilíbrio?

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5. Referências bibliográficas

- MIZIARA, Fernanda Martins, BITENCOURT, Magali de, ABREU, Márcia Sousa .Gestão
da sala de aula: a autoridade doo professor e o fazer pedagógico frente às novas
demandas sociais. Brasília, 2006.

-STEDILE, Maria Inez. O professor como gestor da sala de aula. Umuarama – Paraná,
2009.
- JESUS, Saul. Estratégias para motivar os alunos. Porto alegre

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