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Discentes:
Antero Ribeiro
Diva Gomes
22-02-2021
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Antero Ribeiro e Diva Gomes
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Índice
1. Introdução 2
2. Caracterização da Agrado 3
3. Situações-Problema da Empresa 5
4. Capacidades da Empresa 10
5. Prioridades 11
6. Proposta de Intervenção 12
6.1 Plano de Desenvolvimento 12
6.2 Plano de Desenvolvimento Individual para Francisco 14
6.3 Alinhamento e Integração da Equipa de Manuel 15
6.4 Planeamento de Recursos Humanos 16
6.5 Atração e Captação de Recursos 16
6.6 Gestão de Recompensas Flexíveis 18
6.7 Estrutura, Estratégia e Pessoas 19
7. Conclusão 22
8. Referências Bibliográficas 23
1. Introdução
2. Caracterização da Agrado
Importa por isso caraterizar a cultura da Agrado, para que a partir dessa caraterização
seja desenhado um novo plano estratégico para a empresa:
Nas organizações em geral a liderança tem assumido uma função de crescente
relevância, passando a ser apontada como uma solução para tornar as organizações mais
eficazes, aumentando os seus níveis de desempenho e de qualidade (Caixeiro, 2014). Tal como
refere James Hunter ―Tudo aquilo que um líder faz envia uma mensagem‖ (2004, p. 134). O líder
tem de ser portador de certas características para poder liderar com eficácia uma organização,
mas não se nasce líder, nem é uma característica da personalidade, ser líder requer evolução e
transformação (Alves, 2009). De acordo com Sinek (2019, p. 12), a competência profissional não
é suficiente para ser um bom líder. Segundo Hunter (2004, p. 58), ―liderar é ter a capacidade de
influenciar pessoas de modo a trabalharem de forma entusiasta visando atingir objetivos
identificados como sendo para um bem comum‖.
Tendo em conta o exposto, importa perceber que tipos de liderança existem na Agrado e
que cultura promovem na empresa, porque ―o estilo de liderança tem impacto no
desenvolvimento das organizações‖ (Alves, 2009, p. 18).
Mediante os diversos testemunhos existentes no estudo de caso, identificamos que o CA
necessita de desenvolver competências de comunicação e relações interpessoais, pois revela
comportamentos distantes e autocráticos que se repercutem negativamente nos diferentes níveis
de colaboradores.
Para o mal-estar evidente, contribui também a desarticulação entre o CA e a Direção de
Recursos Humanos (DRH). Esta desarticulação, a ausência de uma estratégia comum integrada,
e estruturada traduz-se em falhas de comunicação interna, que se refletem negativamente no
normal funcionamento da Agrado.
3. Situações-Problema da Empresa
Para que possamos criar um plano de intervenção adequado, é necessário, antes de mais,
mapear o momento vivido pela organização. Estas situações vão influenciar diretamente as
medidas a serem colocadas em prática. Logo, procederemos à análise da Agrado, no que
concerne ao seu ambiente interno e à imagem externa da empresa.
Analisaremos a fundo todos os possíveis gaps que possam estar a condicionar o processo
de desenvolvimento da empresa. Esta análise terá por base cinco pilares importantes numa
organização, e será a partir desta que iremos definir as medidas a implementar para a necessária
reestruturação da Agrado em termos procedimentais e organizativos.
O chefe do Manuel, para além de estar há pouco tempo na empresa, e de não ter
conseguido ―agarrar‖ a equipa, tem objetivos muito próprios e ambiciosos que não se coadunam
com os objetivos da equipa. Segundo relatos do Manuel, o seu chefe ―acha-se o melhor do
mundo, diz que não estará cá muito tempo e que somos todos uma cambada de energúmenos.
Diz que, ―ou rapidamente chega à administração, ou não está para isto.‖, dando a entender que
não existe coordenação na equipa, e sem esta coordenação dificilmente a equipa atingirá os seus
objetivos. Não parece assumir uma postura de liderança promotora de um bom ambiente laboral,
conforme testemunho no caso: ―esta empresa não é para velhos‖. Quando ―se passa‖ maltrata
todos, é irascível e todos os dias chega maldisposto e os subordinados é que têm de o aturar.
avançar, inclusive, o planeamento devia funcionar como um norte para que a direção de recursos
humanos aloque os colaboradores nos projetos certos. Com o planeamento estratégico bem
alinhado, a direção de recursos humanos poderia aprofundar a sua atuação, garantindo resultados
mais satisfatórios tanto para o setor quanto para o negócio como um todo. Enquanto Diretor de
Recursos Humanos, Francisco não desenvolve todas as etapas do Employee Life Cycle de forma
integrada e estratégica e não partilha responsabilidades de recrutamento e gestão de pessoas com
as respetivas hierarquias. Além disso, Francisco não estabelece metas e objetivos de curto e
médio prazo, ficando apenas com as de longo prazo, pois é ―old school‖ e sempre tem
funcionado assim. Ora, isto não coaduna com o mundo Volátil Incerto Complexo e Ambíguo
(VICA) que estamos a vivenciar hoje em dia. Francisco revela-se um gestor centrado apenas nas
pessoas, não atuando de forma estratégica enquanto Diretor de recursos humanos na Agrado,
levando assim com que a DRH seja encarada pela administração como uma área de custos e não
como um contribuidor ativo nos resultados da organização.
De uma forma geral, os estilos de liderança adotados pelas diferentes chefias têm-se
revelado inadequados. A liderança necessita desenvolver competências de comunicação e
relações interpessoais, uma vez que demonstra comportamentos distantes e autocráticos. As
diferenças entre as formas de liderança, estratégias e prioridades dos responsáveis da empresa
são evidentes.
Com a retirada do new work arrangement (política de tempo parcial), deixou-se de poder
verificar possíveis vantagens como: aumento da capacidade de retenção e motivação dos
colaboradores; apoio aos colaboradores no equilíbrio com a sua vida pessoal; aumento da
satisfação, energia, criatividade e aptidão para gestão do stress; aumento da produtividade;
aumento da capacidade de atração de talentos; adaptação das tarefas aos ritmos biológicos dos
trabalhadores perto da idade de reforma; melhoria da imagem da empresa para o exterior; menor
desgaste físico e mental em comparação com um trabalho a full-time.
Passaram a verificar-se comportamentos menos positivos como o absentismo, a
diminuição do desempenho e comprometimento organizacional. A empresa corre agora o risco
estrutura organizacional atualmente existente, afetando o processo de criação de valor. Esta não
se revela a mais adequada, quando coloca a área de I&D a reportar à direção de marketing, o
serviço de atendimento a fornecedores e clientes à direção administrativa e financeira, e a DRH a
responder perante um administrador da área comercial que não revela sensibilidade para RH,
criando desta forma insatisfação junto das equipas.
Verificamos a necessidade de se relacionar as estratégias de recursos humanos com as
estratégias globais da organização, agregando valor ao negócio da empresa. Por fim, observamos
que com o aumento do número de reclamações de clientes, a Agrado teve uma quebra de
faturação de 36% no primeiro semestre de 2020, indicador claro da necessidade de alterar as
dinâmicas da empresa.
4. Capacidades da Empresa
5. Prioridades
6. Proposta de Intervenção
Coaching
De acordo com Chiavenato (2006), o que caracteriza o coaching é o valor que ele agrega
às partes que interagem entre si. Baseia-se num vínculo que impulsiona talentos, cria
competências e estimula potencialidades. Nesse relacionamento, o coach orienta, guia, estimula e
impulsiona o coachee aproveita o impulso e direção para aumentar seus conhecimentos,
melhorar o que já sabe, aprender coisas novas e deslanchar o seu desempenho.
Treinamento
Segundo Chiavenato (2005), treinamento é um processo sistemático de melhoria do
comportamento das pessoas no alcance dos objetivos organizacionais. O treinamento e o
desenvolvimento constituem processos de aprendizagem, isto é, de alteração comportamental das
pessoas por meio de quatro tipos de mudanças: transmissão de informações, desenvolvimento de
habilidades, de atitudes e de conceitos.
Formação
É uma ferramenta imprescindível para a aquisição de conhecimentos, capacidades,
atitudes e comportamentos necessários ao bom desempenho de determinada profissão ou tarefas
de uma função.
Team Building
São jogos, exercícios e atividades que ajudam a construir e fortalecer equipas,
desenvolver a motivação dos colaboradores, melhorar a comunicação, projetos empresariais,
desenvolver o conhecimento, a cooperação e coesão entre membros de uma organização.
Leitura
Para Chiavenato (2005), a técnica mais usada para transmitir informação em programas
de desenvolvimento é a leitura. Segundo o autor, uma vantagem da leitura é que o instrutor
expõe aos treinandos uma quantidade máxima de informação dentro de um determinado período
de tempo.
De acordo com estas premissas, segue abaixo um plano de ação para o desenvolvimento
no campo da liderança. A estratégia passa pela melhoria na capacitação dos líderes para que
possa haver um alinhamento e uma melhor sinergia entre estes e os seu liderados
O Francisco, apesar de apresentar algumas competências reconhecidas de liderança, tem a necessidade de desenvolver várias
outras, nomeadamente: confiar mais na sua equipa e na capacidade de realização da mesma, delegando mais tarefas; capacidade de
engajar a equipa em grandes projetos da sua direção e da empresa no geral; capacidade de negociação, para que possa de forma
confiante e assertiva defender os projetos e ideias estratégicas para os Recursos Humanos e para a empresa, junto da Administração;
gerar coesão de grupo; desencadear a motivação nas pessoas; técnicas de trabalho em equipa, assim como a autoliderança.
Este plano tem como objetivo principal: desenvolver no Francisco a autoliderança e outras competências que lhe permitam ter
uma melhor preparação como Gestor Estratégico de Recursos Humanos. Para a sua efetividade, propõe-se a utilização da ferramenta
5w2H.
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Para este fim, propomos a adoção de um estilo de liderança ajustado à realidade da equipa, que reconheça o valor e
individualidades dos diferentes membros decorrente da elevada experiência que possuem, que os estimule e motive, promovendo o
sentimento de pertença ao grupo independentemente do gap geracional existente. Uma comunicação interna mais eficaz, alinhada com
o feedback do mercado, de modo a ajudar à gestão de conflitos. Segue um quadro resumo de ações a serem tomadas para o alcance do
objetivo, utilizando a ferramenta 5w2H.
O Quê Porquê Como Quando Quem Onde Quanto Custará
Team Aumentar a coesão de grupo e Através de jogos, exercícios e Manuel, Equipa de Manuel,
2 vezes por ano Outdoor 3.000 euros
Building melhorar o clima de trabalho atividades pedagógicas incluindo o seu chefe
Através de sessões Individuais Numa empresa de
Coaching Trabalhar a liderança Março 2021 Chefe do Manuel 1.000 euros
com um coach coaching
Participação numa formação
Formação Melhorar a Gestão de Equipa Junho 2021 Chefe do Manuel e o Francisco Fora da empresa 600 euros
interempresa
Numa empresa de
Coaching Trabalhar a motivação Através de sessões Individuais Julho 2021 Manuel e o Francisco 1.500 euros
coaching
Fazer o alinhamento entre os Manuel, Equipa de Manuel, Numa empresa de
Coaching Em equipa Setembro 2021 1.800 euros
objetivos individuais e coletivos incluindo o seu chefe coaching
Manuel, Equipa de Manuel,
Melhorar a comunicação e as Realização de uma formação
Formação Outubro 2021 incluindo o seu chefe e o Dentro da empresa 3.000 euros
relações interpessoais intraempresa
Francisco
Manuel, Equipa de Manuel,
Compreender os desafios Exposição do tema por um
Palestra Outubro 2021 incluindo o seu chefe e o Dentro da empresa 500 euros
geracionais nas organizações especialista na área
Francisco
Realização de uma formação Equipa de Manuel, incluindo o
Formação Aprender a gerir conflitos Novembro 2021 Dentro da empresa 3.000 euros
intraempresa seu chefe e o Francisco
De seguida são descritas algumas ações a serem desenvolvidas. Estas ações têm que ver
com 4 das 6 fases do Employee Life Cycle, onde o Diretor de recursos humanos tem tido maiores
´´dores de cabeça´´, a saber:
Atração
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Value Proposition, criando assim uma imagem de Great Place to Work. Uma ação concreta será
realizar ações de Team Building a cada 6 meses e, de seguida, postar nas redes sociais e site da
empresa, por exemplo, fotografias e vídeos dessas atividades.
Outra ação será a atribuição de regime de trabalho flexível, isto é, horário flexível para
colaboradores que ocupem posições de chefia. E, para funções específicas, aplicar o trabalho
remoto (Manuel por exemplo). Adequar os benefícios sociais às três gerações que nela se
encontram a trabalhar, tornando-os mais atrativos de acordo com as necessidades de cada uma
delas.
Recrutamento e Seleção
Desenvolvimento
Desvinculação
Sendo claro que o capital humano é o maior ativo da Agrado, também é por demais
evidente que urge reformular o paradigma na relação com os funcionários. É preciso envolver os
colaboradores, compreender as diferentes perspetivas existentes e procurar um equilíbrio
funcional entre a satisfação do funcionário e a viabilidade da empresa. É necessária uma aposta
clara na componente social e emocional dos funcionários, plasmada numa nova forma de
liderança e num novo pacote de benefícios, ajustado às caraterísticas das três gerações de
funcionários que compõem a empresa. Concretizar estas premissas, criará um ambiente de
trabalho certamente mais positivo e colaborativo, com um nível superior de identificação e
dedicação dos colaboradores com as metas da empresa e o cumprimento destas.
Comunicação Interna
Para Chiavenato (2005), uma das mais importantes estratégias para a gestão de pessoas
reside na intensa comunicação e retroação com os funcionários. O sistema de informação
proporciona a visibilidade adequada para que gerentes de linha e funcionários possam navegar e
trabalhar perante metas e objetivos mutáveis e complexos. Posto isto, é apropriado afirmar que a
Agrado deve desenvolver uma nova estratégia de comunicação, uma vez que a comunicação,
além do referido acima, facilita a vida comunitária e social da organização e a transmissão de
cultura. Logo, propõe-se que seja criada uma rotina de reuniões, que permita uma comunicação
contínua e mantenha todos os colaboradores em contacto com os objetivos e metas da empresa.
Propomos ainda que, a comunicação interna seja uma responsabilidade exclusiva da
DRH.
Estrutura Organizacional
Propõe-se uma revisão na estrutura organizacional e a adoção de uma nova estrutura que
reflete maior sinergia entre os departamentos e o topo e a criação de áreas prioritárias ao
negócio. Esta renovação passa pela separação da Direção de Inovação e Desenvolvimento da
Direção de Marketing. Também, a Direção de Recursos Humanos deve passar a reportar para um
novo administrador que tenha maior conhecimento da área (sendo que o Conselho de
Administração tem 4 administradores). Recomenda-se a junção das áreas de marketing e
comercial e a criação de um departamento para potenciar as delegações existentes em Maputo,
Luanda e Cabo Verde.
Para aumentar a faturação uma das estratégias prioritárias deve ser centrada na melhoria
das estratégias de venda, promoção da inovação dos processos e produtos da empresa. Para isso,
é necessário fazer uma nova aposta na Direção de Inovação e Desenvolvimento, assim como um
maior reforço nos mercados emergentes de Moçambique, Angola e Cabo Verde.
Para a concretização deste pressuposto deverá ser criada uma rotina de comunicação
regular sobre as metas da empresa e sobre os planos de desenvolvimento pessoal dos diferentes
níveis de colaboradores. Colaboradores conscientes do que se pretende deles, do que a empresa
se propõe a alcançar e de que modo o seu futuro na empresa é perspetivado, serão certamente
colaboradores mais motivados e comprometidos com o sucesso da organização.
7. Conclusão
8. Referências Bibliográficas
Alves, A. (2009). Estilo de liderança da líder do conselho executivo de uma escola básica dos 2º
e 3º ciclos pública da região autónoma da Madeira. (Dissertação de Mestrado). Ciências da
Educação na Área de administração educacional, Universidade da Madeira, Funchal. Disponível
em: < http://hdl.handle.net/10400.13/156>.
Chianevato, I (2005). Gestão de Pessoas. Segunda Edição, 5ª Tiragem. Elsevier Editora Ltda,
Rio de Janeiro.
Chianevato, I (2006). Recursos Humanos: O Capital Humano das Organizações. Editora Atlas
S.A., São Paulo.
Chianevato, I. (2014). Gestão de Pessoas. O Novo Papel dos Recursos Humanos nas
Organizações. 4ª Edição. Editora Manole. Tamboré, Brasil.
Sinek, S. (2019). Os Líderes Comum por último: Os Segredos das Equipas Bem-Sucedidas.
Editora Lua de Papel, Lisboa.