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2) Proteína bruta

- Farelo de soja para


animais
- Milho e farelo de soja
dos animais = nosso arroz
e feijão
3) Extrato etéreo (gordura ou
- NUTRIENTE : substância essencial lipídeos)
para a vida
- Óleos, gorduras
- Macro – necessitamos muito 4) Matéria mineral (ou cinzas)
Proteínas, CHO
(carboidrato) e lipídeos = Se somar tudo = 100%
- Micro – necessitamos de -Aditivos: BHT, corante
pequenas quantidades
Zinco, ferro, vitaminas
- ALIMENTO: não existe alimento
essencial
- ANÁLISE
1) Concentrados
- Tirar água do alimento, o que
-Baixo teor de fibra
sobrar divide em 5 frações:
-Alta concentração de
1) CHO (carboidrato)
nutrientes
1.1) Fibra bruta ou
1.1) Energético: carbo,
matéria fibrosa
gordura, prioridade
1.2) Extrativo não cereais – alta
nitrogenado – mede concentração de energia
dentro dos CHO a fração
1.2) Proteico
que é facilmente atacado
pelas nossas enzimas, 1.3) Outros: mineral,
como por exemplo o vitamínico
amido
2) Volumosos – ex: feno
-Alimentos com pouco 1 e
muito 2 dão muita -Necessita de uma maior
energia quantidade
-Alto teor de fibra: + de
15% de fibra bruta
-Baixa concentração de
nutrientes
- RAÇÃO: tudo que o animal precisa -Principais: hexoses (6C) e
para viver 24h (sem contar água) pentoses (5C)
-Volumoso 1) Amido
-Concentrado: proteína (farelo -Polímero
de soja), energética (milho -Várias hexoses
grão), núcleo (pré-mistura) -Formado por glicoses
-Usa para todos os
animais
- RAÇÃO FRANGO : concentrado 2) Celulose
-Farelo de soja -Se quebrar até o final =
-Milho grão, óleo soja glicose
-Fosfato dicálcico -Presente em alimentos
-Calcário calcítico fibrosos, é um
-Premix mineral carboidrato estrutural,
-Metionina presente na parede
-Lisina celular
-Sal -Gliconeogênese = é o
- COMPOSIÇÃO CENTESIMAL processo através do qual
precursores como
-Tira água do alimento lactato, piruvato, glicerol
-FB: fibra bruta, celulose e aminoácidos são
convertidos em glicose.
-ENN: extrativo não Durante o jejum, toda a
nitrogenado, carboidrato glicose deve ser
(amido por ex) sintetizada a partir
desses precursores não-
-PB: proteína bruta
glicídicos (já que não
(aminoácidos)
houve ingestão de
-EE: extrato etéreo, gorduras carboidratos ou
açúcares). Glicose é
-MM: matéria mineral fundamental.
3) Frutose
-CARBOIDRATOS -A frutose só passa pelo
fígado, já a glicose vai
-Glicídios, açúcares
para o corpo inteiro.
-Carbono hidratado
-Triglicerídeo no fígado:
-O que difere é a quantidade esteatose hepática
de H e O
-Açúcares (carboidratos fáceis gliceraldeído (triose
de serem digeridos, ex: o fosfato)
açúcar refinado)
-Pentoses (5C): ribose,
-Fotossíntese: origem xilose, arabinose,
ramnose e fucose
-Todo ser vivo depende
-Fabrica carboidratos -Hexoses (6C): glicose,
manose, galactose,
-Glicogênio (é uma reserva de frutose
energia produzida e
armazenada pelo nosso corpo
através da transformação dos
- Holosídeos
carboidratos que ingerimos em
glicose) como forma de reserva -Dissacarídeos: sacarose,
energética a curto prazo. trealose (cogumelos),
lactose, maltose,
-Carnívoros foram feitos para
comer proteínas e gorduras celubiose
-Polissacarídeos: afinose
-Amilase – enzima que quebra
amido, cães e gatos não têm (beterraba), amido,
inulina (tubérculos),
- Tem duas análises para glicogênio, celulose,
carboidratos: separam de lignina (não é carbo),
acordo com a função (FB- fibra quitina (?), gomas
bruta e ENN- extrativo não
-Lignina – fica na parede
nitrogenado)
celular (“argamassa”),
quanto mais velha for,
mais lignina vai ter na
-Classificação planta. É um problema,
um capim velho é um
ligninado, as bactérias
não conseguem digerir

- Heterosídeos
-Hidrólise: CHO mais
outras substâncias

- Monossacarídeos
-Trioses (3C):
dioxiacetona (ausente
nos alimentos naturais),
-Monogástricos (só um estômago)
-Celulose (lastro = volume)
-Aves: fonte de fibras que
fermentam para uma
boa saúde intestinal
-Cavalos: estômago
-Cana-de-açúcar: alimento pequeno, intestino
volumoso, muita fibra, carboidrato grande. Principal fonte de
estrutural energia vem da
fermentação.
-Açúcar: só sacarose, concentrado,
carboidrato não estrutural -Carboidrato estrutural
com celulose é fonte
importante de energia
- Gliconeugênese – a partir de algo principal para o
fabricar glicose monogástrico? Depende
do tamanho do estômago
- Posso viver sem comer carboidrato,
mas não podemos viver sem glicose. -Lastro→ fração da dieta
que causa volume no
-Forma do glicogênio e glicose (O bolo alimentar. O
glicogênio é o estoque de energia estímulo do peristaltismo
rápida do organismo, ou seja, é a é feito pelo volume. EX:
forma em que a glicose, a principal farelo de trigo.
fonte energética das células – obtida Fermentação e lastro.
a partir do consumo de carboidratos
– é armazenada.) -Amido – glicose, energia

-Insulina: pega glicose do -Fácil digerir,


alimento e leva para a célula rapidamente
metabolizado
-Jejum: nível de glicose a níveis
normais. Caminho oposto é o -Barato, por isso é mais
glucagon (liberado quando tem utilizado que gordura
queda dos níveis de energia) (também gera energia)

-Resistência periférica à insulina e -Para engordar animal


obesidade: insulina não funciona, usa mais amido
glicose se acumula no sangue.
-Fígado e triglicerídeos (é excesso de
carboidrato e não de gordura)
-Ruminantes acidose rumenal, timpanismo
(deslocamento de abomaso
-Celulose: fermenta no rúmen, por exemplo)
produz energia, ácidos graxos
voláteis (acético, propiônico, -Cólica em equinos→ estômago
butílico) dele é pequeno, foi feito para
alimento ficar pouco tempo lá
-Ruminantes de alta produção
(come fibra). Cavalo tem que
= concentrados + carboidrato pastar o dia inteiro.
estrutural
-Cavalo não tem que comer
-Ruminantes de baixa concentrado!! Posso dar amido
produção = carboidrato para cavalo apenas para
estrutural complementar (quando a
-Observar boca: só aparelhos demanda de nutriente é alta)
para triturar = carboidrato
estrutural
Diferenças do nível glicêmico entre
-Como monogástricos espécies, topográficas e períodos
convertem carboidrato (depois da refeição ou antes)
estrutural em energia?
Fermentação -No organismo:
-Fermentação→ ácidos graxos -Glicose→ glicogênio
aumentam capacidade de
fermentação (maior -Outras hexoses,
aminoácidos e lipídeos→
importância do carboidrato
estrutural) glicogênio. (Gato pega
aminoácido e transforma
-Para monogástricos em glicogênio)
carboidrato não estrutural →
energia
-Monogástricos→ para dar -Períodos→ nível glicêmico em
amido a carnívoros você ajuda jejum ou após a alimentação.
o animal, cozinhando o Curva glicêmica. Cortisol
alimento (extrusado) também afeta glicemia
(relação entre estresse e
-Ruminantes→ não foram feitos diabetes).
para comer grandes fontes de
-Glicose pode ser usada em
amido, porém pode usar
amido. vários tecidos, não só no
fígado. Se não usa a glicose ela
-Em ruminantes, excesso de transforma em glicogênio
amido e pouca celulose gera (reserva imediata). Se sobrar,
ácido lácteo, que abaixa o ph guarda no tecido adiposo
do rúmen. Assim pode ocorrer (reserva a longo prazo)
-Lipídeos também tem -Pode ser que a glicose
conversão em glicogênio, mas em jejum esteja bem a
é menos eficiente. custa de muita insulina.
Se fazer isso o tempo
todo pode gerar
Absorção resistência periférica a
insulina
-Passiva→ a favor do gradiente
de concentração, sem gastar -O animal saudável tem
energia. Mais cranial. insulina e glicose em
níveis normais.
-Ativa→ mais caudal.
Mecanismo (geralmente -Se glicose estiver normal
proteína) coloca dentro do mas insulina estiver alta→
sangue (gasta energia). pré-diabético

-Preferencialmente -Glicocorticóides
monossacarídeos→ em um -Insulina
organismo saudável quebra o
carboidrato em partículas
pequenas.
-Índice glicêmico (IG) → velocidade
que a glicose chega no sangue após
uma refeição
Transporte
-Glicose (como se transporta
açúcar). Via glicolítica.
-Cérebro/ sistema nervoso

-Alimento com alto índice


glicêmico→ entregou glicose
rápido para o sangue
-Alimento com baixo índice
-Fatores que influenciam a glicemia:
glicêmico→ entregou glicose
-Hormônios hipofisários→ mais devagar para sangue
insulina e glucagon
-Uma das coisa que -Se eu tiro energia de proteínas
influenciam no sentido da fome tenho um alto incremento
é o índice glicêmico calórico, energia para fazer
ATP. No metabolismo vira ATP,
-Efeito rebote→ alto IG→ mas uma parte se transforma
pâncreas joga um monte de em calor (desperdício)
insulina (gera um pico), glicose
entra nas células, glicemia fica -Eu não quero usar proteína
baixa (hipoglicemia) → sente como fonte de energia, pois:
fome mais rápido tem função mais nobre
(aminoácidos) e tem um maior
-Atleta da produção→ bom incremento calórico (ou seja,
alimentos com alto índice perda maior de energia)
glicêmico
-Lipídios tem menor
-Carga glicêmica (CG)→ total incremento calórico, porém
de carboidrato que o alimento usa-se carboidrato (o segundo
entrega na refeição. É a com menor incremento
quantificação do efeito total de calórico) como fonte de energia
uma determinada quantidade para economizar proteína e é
de carboidratos na glicemia. mais barato que lipídeo. (Usa-
-Melancia→ alto IG, se proteína para músculo e não
porém baixo CG fornecer energia)

-Refrigerante→ alto IG, -Resumindo, é barato e fácil


alta CG obter ATP a partir de
carboidratos.
-Alimentos com alto IG devem ser
-Índice glicêmico X carga glicêmica evitados? DEPENDE
-Ruminantes não foram feitos para
comer lipídeos, já carnívoros podem
comer bastante. Onívoros também
podem comer lipídeo.

Ruminantes
-Possui grande quantidade de
-Incremento calórico→ aumento da substâncias derivados de
produção de calor extracorpórea lipídeos no sangue, semelhante
após o consumo do alimento pelo a felinos.
animal. “Energia jogada fora”
-Comem carboidrato, porém
-Acontece toda vez que tirar parte da fibra e amido vão
energia do alimento.
para fermentação (acético, -Desintoxicação→ CHO→ ácido
propiônico e butírico) glicurônio→ glicoconjugados→
eliminados
-Grande parte do metabolismo
é ácido graxo, mitocôndria usa -Economia de proteínas
para fazer ATP.
-Lastro (peristaltismo é
-Carboidrato estrutural fibroso involuntário, fibra e água
é fonte de energia para os ajudam)
animais? DEPENDE
-Funções particulares
-Grandes aproveitadores de
fibras possuem estômago -Glicose
pequeno e intestino maior – hexosamina→ quitina,
ác. hialurônico

Glicogênio hepático x muscular – galactose→ lactose,


cerebrosídeos, glicoproteínas
-1) Glicogênio hepático→
reserva geral. Mantém nível – pentose→ ác. nucléicos
glicêmico entre uma refeição e – produtos do catabolismo dos
outra. Via aeróbica CHO
-2) Glicogênio muscular→ Ác. pirúvico
reserva local. Via anaeróbica.
ác. oxaloacético
-Exemplo intenso = ácido láteo.
Exemplo longos = corpos ác. alfa-cetoglutárico
cetônicos. -Hipoglicemia→ apetite
-Hiperglicemia→ apetite
Carboidratos – Funções nutricionais -Por que obesos sentem fome?
-Energética→ custo, processo Resistência à lipitina
digestivo -Vaca de leite foi modificada
-Metabolismo de gorduras→ para caber mais comida
redução CHO – catabolismo de dentro dela
lipídeos. -Tiamina→ quando você da
-Gordura de reserva/ CHO e mais carboidrato para animal
gordura das produções. aumenta a demanda por
Gordura de reserva é a tiamina.
gordura do animal, -tiamina (B1), riboflavina (B2),
marmoreiro biotina (vit. H), niacina (PP), ác.
pantotênico, ác, ascórbico, vit.
A, vit. E
-Carboidrato fibroso→ celulose, ela recebe esse nome pois a técnica
feno, capim, silagem, não separa a quantidade de N que
leguminosas por exemplo, não vem das proteínas das que não vem.
temos enzimas para quebrar
-Em média, em 100g de
-Carboidrato não estrutural→ proteínas é encontrado 16g de
amido, milho (grão), batata, N. Em 1g de N se encontram
mandioca, arroz, cereais 6,25g de proteínas
(semente).
-Ex: milho = 1,4% de N. 1,4 x 6,25
-Deficiência de vitamina C→ = 8,75% de PB
escorbuto
-Ruminantes→ tem uma fábrica de
-Protenose→ fonte de proteína proteínas (rúmen), coloco N que não
vindo do milho vem das proteínas. Eles pegam a
ureia (que é tóxico para nós) e
-Farelo de trigo também é transformam em proteína. Quem usa
proteína a ureia são as bactérias do rúmen.
-A ureia pode ser tóxico para os
ruminantes também, porém com
bom manejo é bom e seguro usar
pois é mais barato.
-De vírus até organismos
complexos→ proteína
-Importância nutricional→ teor em
aminoácidos
-Sarcopenia = perda do músculo
-Aminoácido essencial→ essencial
estar na dieta pois animal não
fabrica ou não fabrica em
quantidade suficiente
PROTEÍNAS
-Não essencial→ necessita de outros
-Compostos orgânicos complexos, aminoácidos que vem da dieta para
de natureza coloidal (não é sólido ser produzida
nem líquido, um exemplo é a
gelatina) -Todos os aminoácidos são
essenciais para a vida. Podemos
-C, H, O +N (+S, P, Fe, outros) – dizer então que um aminoácido não
sempre vai ter N essencial também é essencial.
-“Mede” a quantidade de proteína a -Proteína→ digestão→ aminoácido→
partir de uma estimativa da absorção→ sangue
quantidade de N→ proteína bruta→
-Aminoácido→ unidade básica das b) Glicoproteínas - menos de
proteínas, possuem uma função 4% de carboidratos.
ácida, geralmente carboxílica, e uma
função amina c) Fosfoproteínas - caseína,
vitelina
d) Lipoproteínas - conjugadas
com colesterol, lecitina, cefalina
e outros lipídios.
e) Cromoproteína - grupos
-Peptídeos→ 2 ou + aminoácidos. hemes na hemoglobina,
Polipeptídeos e oligopeptídeos. citocromos, flavoproteínas.

-Obtenção → síntese por f) Nucleoproteínas -


condensação ou hidrólise parcial das constituídas de uma proteína
proteínas básica (histona ou protamina)
e ác. nucléico; núcleos
-Ligações peptídicas celulares, citoplasma, vírus.
-Lisina→ primeira proteína produzida g) Derivados das
em laboratório heteroproteínas - ác. nucléicos

Proteínas – classificação Estrutura das proteínas


-Holoproteínas (proteínas -Primária→ quando liga um
verdadeiras): aminoácido no outro
a) Protaminas→ não contém S -Secundária→ tridimensionalmente
(enxofre).
-Terciária→ ligação entre
b) Histonas→ tirosina, aminoácidos distantes
hemoglobina
-Quaternárias→ ligação entre
c) Prolaminas estruturas terciárias (ex.
hemoglobina)
d) Glutelinas
e) Albumina
-Desnaturação→ tirar a natureza,
f) Globulina
alteração de alguma estrutura. Pode
g) Escleroproteínas acontecer por ácidos, pela
temperatura
-Valor biológico→ diferentes
-Heteroproteínas demandas de aminoácido
a) Mucoproteínas
-Se houver um excesso de
aminoácidos, o que sobra vai para a
formação de triglicerídeo (energia).
-Em uma formulação, quero o
mínimo de proteína possível pois o
que sobra é jogado fora.
-Você tem o máximo de valor
biológico da proteína quando tem a
-Nenhum aminoácido essencial pode
maior quantidade possível dos
faltar
aminoácidos necessários
-Deve ter um balanço entre
-Lisina é o mais difícil de sintetizar
aminoácido e energia→ sempre
-Milho + soja = uma proteína com procuramos primeiro a energia, pois
valor biológico melhor do que em déficit energético pega
quando usam esses alimentos aminoácido para fazer energia.
separadamente Excesso ou falta de proteína =
desperdício
-Tenho um maior valor biológico
juntando alimentos -Maior energia na dieta = menor
ingestão de AAE (aminoácidos
essenciais), animal para de comer
Proteínas na dieta antes e não ingere o necessário de
AAE
-Lembrar→ tecido dinâmico, não há
reservas -Alimento com alto valor biológico =
proteína com perfil parecido de
- Devem suprir: aminoácidos com a necessidade
-quantidades adequadas de -O que falta de aminoácidos em uma
cada aminoácido essencial proteína é suplementado por outro
(AAE) e alimento
-quantidades adequadas do -Preciso conhecer os aminoácidos
total de aminoácidos não limitantes de cada alimento para
essenciais. (Para fazer promover uso mais eficiente da
aminoácido não essencial proteína
preciso de outros aminoácidos)
-Geralmente proteínas animais tem
-Aminoácido limitante→ essencial valor biológico maior
que geralmente falta. Se faltar
prejudica toda a síntese proteica do -Solução = fornecimento de
animal. aminoácidos puros e combinar
alimentos com diferentes
aminoácidos limitantes, além de
fazer o balanceamento de rações
NITROGÊNIO PARA RUMINANTES intoxicar animal de forma aguda. Por
isso a ureia não pode sair do rúmen.
-Os ruminantes necessitam de
aminoácidos essenciais para síntese -Ureia utilizada de maneira errada
de tecidos de maneira semelhante em ruminantes pode causar
aos monogástricos, a diferença é que intoxicação aguda ou intoxicação
eles possuem o rúmen, uma “fábrica crônica
de proteínas”.
-Utiliza-se ureia tratada para
degradar mais lentamente no rúmen
para que as bactérias tenham tempo
-Proteínas vem de duas fontes: de utilizar a amônia.
-Proteína da dieta (“by-pass”) -Quanto menos solúvel a proteína
-RDP: proteína for, menos vai ser degradada no
verdadeira e nitrogênio rúmen.
não proteico. É a proteína -A fração RDP depende (faz ela ficar
que degrada no rúmen. É mais ou menos fácil de ser
usada para fabricar degradada no rúmen):
bactérias, que depois vai
virar proteína -Natureza e processamento da
microbiana. proteína
-UDP: proteína que não -Frequência de alimentação e
degrada no rúmen (by- tamanho da partícula→ se
pass) chegar muita ureia de uma vez
no rúmen ela pode vazar. O
-Proteína microbiana ideal é fracionar a dieta para ir
um pouco de ureia de cada
vez. A partícula do alimento
-Somente nos ruminantes que se não pode estar muito grande
utiliza ureia (é alimento para as nem muito pequena, pois ela
bactérias). Porém tem que ser afeta o tempo que fica no
utilizado da maneira correta, ou rúmen (quanto maior o tempo
então pode ser tóxico. mais é degradado).
-Não se pode colocar somente ureia -Disponibilidade de
na dieta dos ruminantes. É carboidratos (fonte de cadeia
necessário também colocar carbônica e ATP – bactéria tira
carboidrato para fornecer energia amina dos carboidratos)
para as bactérias
-Ingestão de matéria seca→
-Ureia→ degradação ruminal é afeta tempo que alimento fica
rápida e total (100%). Urease quebra no rúmen
ureia, gera amônia, que pode
-Dieta total = dieta completa, concentrado para desenvolver
faltando apenas a água. rúmen.

-Vaca seca e a que está dando leite


degradam no rúmen de forma
diferente→ vaca que está dando leite
degrada mais rápido, portanto fica
menos tempo no rúmen.

-Proteína microbiana:

-Microrganismos:
aproximadamente 65% de PB
Metabolismo do nitrogênio em
-PB: 80% proteína verdadeira ruminantes
(20% NNP)

-70 a 80% de digestibilidade

-Possui todos os aminoácidos

-Até 50% ou mais da


necessidade de PB do
ruminante pode ser atendida
pela UDP

-Os ruminantes também precisam


de aminoácidos essenciais, porém
possuem uma fábrica particular.

-Em animais de alta produção é


necessário dar mais atenção para os
aminoácidos -Ureia→ proteína microbiana
-O rúmen é pequeno quando é -Aminoácidos→ tem que ir para
bezerro. Como fazer para ele virar
síntese proteica, alguns escapam e
um animal ruminante? Fornecer
vão para fígado junto com amônia e
alimentos concentrados para tiram amina.
proliferar as bactérias, pois assim
fermenta rápido (produção de ácidos -Aminoácidos absorvidos vão para o
graxos). Limita leite e coloca sangue
-Amônia que chega no rúmen pode
ser proveniente da ureia ou da
proteína bruta

-Proteína verdadeira→ feita a partir


de aminoácidos

-Proteína que escapou da


degradação = UDP

-Ureia = nitrogênio não proteico.


Quanto mais ureia, menos proteína
verdadeira se utiliza e mais barato a
dieta fica. -Exclusivo ruminantes→ amônia pode
voltar para trato digestório ou por
-Microrganismos do rúmen não
perfusão ou pela glândula salivar que
trabalham de graça, elas precisam
captura a amônia, ele engole e volta
de energia, carboidrato (de onde
para trato digestório
vem a cadeia carbônica das
proteínas) -Ruminantes selvagens por exemplo:
-Alta quantidade de amônia pode -Catabolismo→ degradação de
gerar problemas neurológicos músculos para fornecer
(intoxicação aguda), assim como um nitrogênio
maior intervalo de parto, gerando
prejuízos econômicos.

-O ruminantes pode levar semanas


para se adaptar a dieta, diferente do
monogástrico, devido a sensibilidade
de mudança da quantidade da
amônia.
UREIA d) Aminoácidos→ enzimas
microbianas→ proteínas
-Dois tipos: microbianas
-Ureia alimentar→ ideal e) Proteína microbiana→
-Ureia agrícola enzimas proteolíticas dos sucos
digestivos→ aminoácidos livres
-Fonte NNP mais utilizada

-42 a 45% de nitrogênio (alimentar)


-Animais que podem receber ureia
na dieta:

-Ruminantes com fermentação


ruminal ativa

-Adaptados
-Origem: -Resumindo, ruminantes (com
-Exógena (alimentação) rúmen funcionando) de baixa e
*exclusivo ruminantes média produção.

-Endógena (ciclo arginina, no -Se nunca deu ureia para o


fígado) ruminante tem que ter adaptação

-Fatores que influenciam a utilização


da ureia:
-Síntese e utilização de aminoácidos
a partir da ureia: -Fonte de carboidrato

a) Ureia→ microrganismo -Amido→ melhor!


(urease) → NH3 + CO2 Velocidade boa de
degradação
b) Carboidratos→ enzimas
(microbianas) → AGV (ácidos -Celulose→ velocidade de
graxos) + cetoácidos degradação muito lenta

-Tanto a quanto b tem que -Sacarose→ muito solúvel,


acontecer ao mesmo tempo bactérias usam muito
rápido, não presta para
c) NH3 (amônia)+ cetoácidos colocar com ureia.
(veio dos carbo.)→ enzimas Degradação muito rápida
(microbianas) → aminoácidos
-Em época de seca:
cana-de-açúcar com
ureia. Cana é fibrosa -Por que não usa ureia para animais
(celulose), ela come de alta produção?
devagar então ureia
-Essa vaca come muito, limite
chega aos poucos junto
de amônia já é atingido
com a sacarose
somente com alimentação.
-Na época de seca deixo Não tem vantagem de colocar
o capim crescer. Então ureia, podendo intoxicar.
coloco sal proteinado
(com ureia) no pasto.
Então o ruminante recebe -Níveis de ureia na ração (diferentes
um pouco de ureia, pega formas de calcular):
carboidrato ruim do
-Até 33% da proteína da dieta
capim que tem pouco
em equivalente proteico
nitrogênio
(microrganismos necessitam
-Teor energético da ração de aminoácidos pré-formados)

-Sites que vendem ração para gado→ -1 a 1,5% da matéria seca da


% de NNP→ maior quantidade NNP ração total
(ureia para baixar o custo)
-Até 100 - 150 g por animal por
-Fatores que influenciam a utilização dia (rações ricas em amido)
da ureia:
-0,04% do peso vivo
-Velocidade de transformação
-Ex: 1200g x 33% = 400g PB
ureia/ amônia – máx. produção
bacteriana 7mg NH3/100ml (se 100g de ureia = 281gPB, então
passar disso amônia sobra e 400g de PB = 142g de ureia/dia
vai para o sangue)

-Outras fontes de nitrogênio da


-Métodos de suplementação
dieta degradáveis
ruminalmente (RDP) -Atenção: alguns alimentos
contém urease! (seja crua)
-Manejo adaptação (flora
ruminal) – se errar na ureia -Misturas devem ser sempre
você mata!! bem homogêneas (se deixar
ureia em tempo de chuva fica
com muito pedaço grande
então tem que moer)
-Concentrado: prever o -Tratamento:
máximo consumo
-Baixar pH ruminal (vinagre)
-86% milho + 14% uréia
-Outras fontes de NNP:
(amiréia) – produto que
engana -Cama de frangos (ác. úrico) -
proibido
-Silagem + uréia (0,5%) –
atrapalha fermentação do silo -Biureto

-Cana-de-açúcar + uréia:
prever o máximo consumo de
-Estacionalidade da produção das
cana e misturar com a uréia
forrageiras:
diluída em água (1:4), no cocho,
de forma bem homogênea -No verão tem muitas
(sulfato de amônio 1:9) ferragens, a medida que elas
vão diminuindo, se fecha uma
-Melaço (líquido e blocos) –
área e deixa o capim crescer.
não funciona
No inverno, quando tem pouco
-Sal – funciona capim, solta o gado no espaço
reservado e complementa com
o que falta com o sal
-Adaptação: proteinado

-Flora ruminal

-3 a 4 semanas (aumento
gradual)

-Intoxicação:

-Crônica: coloca muita ureia,


reprodução é afetada

-Aguda: animal intoxica e


morre

-Sintomas: inquietação,
salivação, tetania,
descoordenação,
dificuldade respiratória
LIPÍDIOS -Classificação:

-Ou extrato etéreo (extraído do éter, -Lipídios simples:


uma substância que dissolve
-Glicerídeos
substâncias lipídicas).
-Cerídeos
-São hidrofóbicos.
-Esterídeos
-Gorduras→ lipídeos sólidos
-Lipídios complexos
-Óleos→ lipídeos líquidos
(componentes estruturais):
-Ácidos graxos essenciais: ômega 3
-Fosfolipídios:
por exemplo.
*Lecitinas
-Não é possível viver sem lipídios!!
*Cefalinas
-Gordura tem muito mais energia
que carboidratos por grama. *Esfingomielinas

-1g de lipídeos = 9 kcal, 1g de CHO = 4 -Glicolipídios


kcal.
-Cerebrosídios
-Utiliza-se carboidrato para energia
-Para transportar lipídeos no corpo é
por serem mais baratos e de mais
utilizada uma membrana, como LDL.
fácil metabolização do que lipídios.
-Lecitina de soja→ emulsificante
-Unidade básica dos lipídios→
triglicerídeo -Temos um emulsificante natural
(bile), se comer muita gordura
-Glicerídeos→ glicerol + ácidos graxos
vesícula biliar contrai e mande a bile
-Triglicerídeo→ glicerol + 3 ácidos para a luz intestinal para aumentar a
graxos absorção dos lipídeos.

-Não existiam animais super obesos. -Derivados lipídicos:


É normal acumularmos gordura,
-Ácidos graxos voláteis (até 10
porém até certo ponto. O grande
C na cadeia é um ácido graxo
responsável por toda obesidade é o
de cadeia curta) – (C2 a C10)
carboidrato.
-Ácidos graxos de cadeia
-Animais obesos→ resistência a
média, um exemplo é o óleo de
insulina e à leptina. Desregulação da
coco.
fome.
-Ácidos graxos verdadeiros
(acima de C10) – cadeia média
e longa.

-Ácido lático→ cadeia curta, pode


fazer mal para ruminantes

-Principal maneira de fornecer


lipídeos para os animais→ óleo de
soja

-Insaponificáveis e esteróis –
-Rancificação oxidativa (indesejada)
colesterol
-Quando você tira da
-Ter colesterol é bom?
embalagem de uma ração
Depende.
cheia de lipídeos, está
-A maioria do colesterol circulantes promovendo a rancificação
na corrente sanguínea é produzida oxidativa. Gordura vira
pelo fígado “ranço”, aldeídos.
-A questão não é cortar colesterol e -Ração para pet apenas com
sim melhorá-los saco fechado.

-Lipídeos interagem com


oxigênio, gerando peróxido, e
depois aldeído.]

-Quanto mais lipídio


(principalmente insaturado)
maior a chance de ocorrer a
racificação oxidativa

-Fatores físicos:

-Relação
superfície/volume

-Temperatura→ não pode


ser quente demais

-Luz
-Fatores químicos: -A gordura do bovino é sólido,
se eu der óleo de soja no rúmen
-Oxigênio
ele vai ser hidrogenado,
-Metais gordura mais saturada
(sólida).
-Enzimas
-Na dieta inteira da vaca
-Hidrólise e hidrogenação
coloco 3% de lipídeos. Se
-Microrganismos (rúmen): colocar 6% já prejudico.
bactérias do rúmen não são
-Caroço de algodão na dieta:
adaptadas a grandes
óleo está dentro, quando ela
quantidades de gordura, se
quebra libera apenas um
entrar muito lipídeo pode
pouco de óleo. Liberando óleo
prejudicar a flora ruminal. Em
aos poucos, conseguindo
animais de alta produção, eu
colocar lipídeos de 5% a 6%.
aumento concentrado e
diminuo o volumoso, chega a -Gordura é tratada e passa
ter tanto concentrado que a direto do rúmen. Pode ser um
vaca tem problemas como lipídeo sem ser saturado. A
acidose ruminal e timpanismo. gordura do bovino fica mais
Assim tenho que aumentar a insaturada. Pode chegar a 12%
densidade energética da dieta, de lipídeo na dieta.
em 1 kg eu coloco mais energia,
-Se der lipídeo insaturado para
consigo isso através de lipídeos.
porco, ele vai ter mais lipídeo
Ao invés de 70% concentrado
insaturado
consigo dar 50% concentrado.
-A única maneira de atender a
-Se colocar lipídeo demais no
demanda energética dos animais de
rúmen ele começa a prejudicar
produção é carboidrato + lipídeo.
a degradação das fibras,
passando a comer menos -Lipídeo saturado = só ligação
comida. simples. É sólido na temperatura
ambiente
-Antes de fazer hidrólise tem
que passar pelo processo de -Lipídeo insaturado = possui uma ou
hidrogenação. Esse processo é mais ligações insaturadas. É líquida
feito no rúmen para tornar o na temperatura ambiente
lipídeo menos danoso. Se a
bactéria conseguir fazer o
lipídeo não faz mal.
-Ômega 3 tem que ter EPA, DHA -Funções nutricionais dos lipídeos

-Lipídeos cis X trans -Energia = é o mais eficiente


para fornecer energia, possui o
-Trans faz muito mal.
menor incremento calórico
(proteínas possuem maior
incremento calórico). Não se
Lipídeos – Metabolismo
usa lipídios como principal
-Quilomicrons fonte de energia para animais
devido a digestão (mais difícil
- Fígado / tecido adiposo
de digerir) e o preço (mais
-Lipogênese: caro). Porém coloco na dieta
para complementar.
-monogástricos:
fígado/glicose -Ex: galinhas com stress
por temperatura alta.
-ruminantes: tecido
Como melhorar isso
adiposo/acetato
através da nutrição?
- Ciclo enterohepático: fígado produz Coloco mais lipídeos na
a bile e guarda na vesícula biliar. dieta, assim tem menos
Quando tem lipídeo solta a bile e incremento calórico
ácidos biliares e emulsifica lipídeo (menor perda de energia)
para conseguir digerir. e consequentemente fica
menos quente.

-Densidade energética das


rações = maior quantidade de
lipídeos gera uma densidade
energética maior (mais energia
em menor quantidade).

-Carnívoros = tem muita


afinidade com lipídeo (pode ser
a base da dieta).

-Fator de aceitação
(palatabilidade): gatos e
cães amam lipídeo.

-Aves = tem capacidade boa


para digerir lipídeos. Uso óleo
de soja por ser barato. Não -Quando tem mais ácido
existe o fator de aceitabilidade. esteárico.
Utiliza-se para fornecer
-Se dou muita comida para a
energia.
vaca, grande parte vai escapar
-Suínos = fator de das bactérias do rúmen,
aceitabilidade. Adaptados para bactérias não conseguem fazer
comer lipídeo. Uso lipídios na hidrogenação, mais gordura
sua ração pois tem alta insaturada escapa do rúmen.
demanda energética
-Ácido graxo pode ser
-Ruminantes→ não são animais saturado, monoinsaturado,
adaptados para comer poli-insaturado (mais instável e
grandes quantidades de líquida).
gordura. 3% de gordura, se
-Equino→ não tem alta
quiser aumentar 6%, se quiser
capacidade de digerir gordura.
aumentar só com gordura
Cavalo não pode comer
protegida.
concentrado. Só coloca na
-Ruminantes = Bactérias do ração se tiver alta demanda
rúmen hidrogenam a gordura, energética.
elas fazem isso pois não
-Gordura de reserva e das
gostam de ácido graxo
produções→ a dieta influencia
insaturada, então ela
diretamente o produto das
transforma em saturado. A
produções
medida que coloco hidrogênio
(hidrogenação), as ligações vão -Glicídios
ficando mais saturadas.
-Lipídios
-Dependendo da dieta da vaca,
-Proteínas: se eu comer
mais gordura insaturada
muita proteína posso
escapa do rúmen. Por isso o
criar tecido adiposo
leite de cada uma tem
diferença de saturação

-Gordura tem graus de


saturação.

-A junção de vários ácidos


graxos formam a gordura.
peixes como a sardinha,
castanhas.

-Geralmente na dieta ocidental


temos um excesso de ômega 6
e falta de ômega 3.

-Índice de iodo→ mede quantidade


de iodo que vai dizer o grau de
firmeza (sólido, pastoso, líquido). Alto
índice significa que jogos bastante
iodo nas gorduras, assim ela fica -Absorção de vitaminas→ uso lipídio
quase líquida pois ficar com alto grau como veículo oleoso para transportar
de insaturação. tudo que é lipossolúvel.

-Ponto de fusão→ quanto mais -Esteróides→ hormônios sexuais são


saturado for, mais sólido as fabricados a partir do colesterol.
temperaturas ambientes
-Lipídios X vitaminas

-Não é possível viver sem ômega 3


nem ômega 6

Lipídios no rúmen
-Características organolépticas→ é -Na hidrólise o lipídio é quebrado em
saboroso glicerol e ácido graxo
-Ácidos graxos essenciais -Hidrogenação→ gordura insaturada
em saturada. Acontece em grande
-É fácil achar ômega 6, porém
quantidade no rúmen.
é inflamatória. Quando a
inflamação é crônica faz mal -Quando da muita gordura
para o organismo. insaturada para ruminante (esta
precisando de mais energia),
-Ômega 3→ possui efeito anti-
começa a cair a quantidade de
inflamatório. Presente em
metano (isso é bom), aumenta
propionato (pois modificou as
bactérias, quando aumenta • perda de apetite,
propionato tem queda no acetato preferem alimentos
(vaca produz leite light, isso é ruim)), grosseiros
diminui gordura no leite
• fatores
Gord. Insaturada   predisponentes:
 gord. do leite
• glicose 
Gord. insaturada protegida  lactose
gord. do leite
• gord.
corpórea no
parto

• balanço
energético no
parto

-Precursor da glicose – propionato

• Glicídios  ác. graxos voláteis -Vaca de leite→ não da conta de


 dieta (silagens) comer os nutrientes suficientes→
acetonemia (excesso de corpos
• Ác. propiônico  glicose acetônicos circulantes)
• Ác. acético  gord. do
-Vaca fica prenha, começa a
leite produzir colostro, glicose
• 10 primeiras semanas de circulante não é suficiente para
lactação: gord. reserva a energia que ela precisa.
 síntese do leite Então ela começa a usar o
tecido adiposo, liberando
• acetonemia:  glicose muitos corpos cetônicos,
sangüínea e  corpos podendo gerar acetonemia
cetônicos (glicose sanguínea baixa,
• alta produção e aumento de corpos cetônicos).
balanço energético -Energia→ não é nutriente, porém
negativo quando vou formular dieta trato
energia como nutriente (na prática
é).
-Caloria pode vir desses 3 macro -Energia mecânica: faz animal
nutrientes. economizar se movendo o
menos possível.
-Panda→ consome bambu, que é
uma péssima fonte de energia -Energia elétrica: fabricamos
(carboidrato estrutural). Ele come também.
uma quantidade imensa e dorme.
-Energia radiante: tem animais
-Urso polar – carnívoro→ vai atrás de que produzem, como os
gordura. Tem mais energia, uma vida vagalumes.
mais ativa.
-Energia química: produzimos
-Quando for fazer uma dieta, a também.
primeira coisa que pensamos é
-O foco é a energia química
energia.

-Cal→ unidade básica de energia


ENERGIA térmica
-Na dieta animal a energia é o item
-Definição: é a quantidade de
mais importante quantitativamente
calor necessária para elevar de
-Energia de manutenção 14,5º°C a 15,5º°C a quantidade
de 1 g de água (1 cal = 4,186
-Formas de energia joules)
-Energia térmica, energia -Uma forma fácil de medir energia é
mecânica, energia elétrica, através do calor (caloria)
energia radiante, energia
química e nuclear. -Cal ou Kcal→

-Somente a energia química -Mais conveniente para uso na


que conseguimos usar nutrição animal

-A energia química depende -1 kcal = 1000cal


dos seres que a geram através
-Termia ou Mcal:
da energia radiante.
-1 Mcal = 1000 kcal = 1000000
-Produzimos energia térmica
cal
-O ambiente tem que ser
-Unidade Térmica Britânica (B.T.U.):
termo neutro para economizar
energia química. -1 kcal = 4 B.T.U.
-Formas de se avaliar a energia de “verdadeira energia” do
um alimento alimento, que realmente é
aproveitada.
-Conceito: toda forma de
energia pode ser transformada Valores médios:
em energia térmica
-carboidratos: 4,10 kcal/g de MS
-Energia bruta→ total de energia que
-proteínas: 5,65 kcal/g de MS
tem dentro do alimento
-gorduras: 9,45 kcal/g de MS
-Constitui o ponto de partida
para calcular o valor energético OBS.: refletem o grau de oxidação
de um alimento

-Tudo tem energia bruta, mas


-Energia nos alimentos
nem toda energia bruta é
possível de aproveitar.

-Se eu medir a energia bruta


posso colocar na dieta? Não,
pois não sei se animal
consegue digerir. A única forma
de descobrir se a energia vai
ser extraída é dando para o
animal.
-Principal forma de perda nos
-Alimento: energia química que animais: fezes
é transformada em energia de
-Dou ração para o animal.
combustão
Para ver se foi bem digerido,
-Valor prático relativo pego as fezes do animal e
(depende da digestão) coloco na bomba calorimétrica
para ver quanto de energia
-Bomba calorimétrica: queima
tem ali.
completa até total oxidação do
alimento, produzindo água, CO2 e
outros gases, e também calor, que
pode ser medido. Quando mais
energia química tiver, mais vai
esquentar a água.

- Na bomba que consigo medir


as excretas para encontrar a
- Energia digestível = Energia parte vai virar calor
bruta – perdas fecais = (perda (incremento calórico)
por gases é desprezível para
-Energia líquida = energia bruta
animais monogástricos, já para
(perda fecal + perda urinária +
ruminantes conta).
perda para produção de calor-
-Energia digestível extra). É o que de fato foi
aparente X energia utilizado para produção de
digestível real ATP.

- Energia digestível -Animal ruminante tem a


aparente = é a questão da grande produção
encontrada no de gases.
experimento, energia
-Pergunta de prova: posso formular
bruta menos energia
uma dieta utilizando energia bruta?
encontrada nas fezes.
Não, pois depende da digestibilidade
- Energia digestível real = do animal, que tenho que conhecer.
nas fezes, além da
-Por que tem diferença de energia
energia que não foi
dos 3 macronutrientes?
digerida é encontrada
microrganismos e seus -Ter o mesmo número de kcal
produtos, excreções da não significa que é igual, pois
luz intestinal, tem digestibilidade diferente.
descamação do epitélio
-Proteína é uma boa fonte de
intestinal.
energia? Não, pois gera muito
-Na verdade se mede a incremento calórico.
energia digestível
-A melhor fonte de energia: gordura
aparente, é impossível
medir a real. -Densidade energética das rações =
quantas calorias dentro de um 1kg
-Para medir a perda da
por exemplo. Uma ração pode ter
energia digestível mede
densidade energética maior que
as perdas urinárias.
outra. Uma ração com densidade
-Energia metabolizável = energética maior tem que ser dado
energia bruta – (perda fecal + em menor quantidade.
perda urinária). É a energia que
-Quanto mais perto a energia líquida
chegou na célula, porém ela
estiver da energia bruta, melhor a
não é totalmente utilizada pois
fonte energética.
-Principais vias metabólicas (para se -Expresso em porcentagem
produzir ATP) (beta oxidação!!!)
-Necessita experimento de
digestibilidade

-Alimento: retiramos a água 


MS

-MM

-PB

-EE fornecem energia

-ENN

-FB

-NDT = PBD + ENND + FBD + (EED


X 2,25)

-É uma estimativa, não tem


-Glicose é a principal fonte de exatidão. Serve para estimar o
energia. Aminoácidos também tanto de energia que vai para o
podem ser. animal
-ED = EB – EF (energia digestível = -Apenas se usa atualmente
energia bruta – energia das fezes) para ruminantes pois ele é
-Varia conforme espécie mais fácil.
animal e qualidade dos -Pergunta de prova: NDT = nutrientes
alimentos digestivos totais. Para que serve?
- Nutrientes digestíveis totais (NDT) = Para medir a energia que o alimento
alimento, se tira a água e divide o fornece para o animal, uma
alimento em 5 porções, porém não estimativa. Alimento com mais NDT
sei energia. Antigamente não tinha maior a energia
energia. Apenas as frações orgânicas -Nas aves pula a energia digestível,
tem energia, assim esqueciam a pois ela libera fezes e urina juntos.
fração mineral. Estimativa de energia Vai direto para a energia
baseada na digestibilidade (energia metabolizável. A urina vai para
encontrada nas fezes). = cloaca, assim como as fezes e o ovo.
-Comumente usado para
ruminantes
-Pergunta de prova: nas aves é -Nos animais
usada a energia digestível?
-Energia armazenada na forma
Não, pois não há como medir.
química
-Comumente usada para aves
-Carboidratos: pequena
(fezes e urina excretados
quantidade:
juntos).
-Glicogênio: fígado e
-EM = ED - (energia presente na
músculos
urina e gases). (Energia
metabolizável = Energia bruta – -Gorduras: principal
energia presenta na urina, reserva de energia
fezes e gases (em aves é
-Nos vegetais
desprezível))
-Energia armazenada
-Ruminantes: metano pode
principalmente na forma de
chegar a 10% da EB
carboidratos
-Energia da urina
-Por que é bom que animais de alta
relativamente constante (uréia,
produção tenham IG e CG alto?
creatinina, etc.)
-Carboidrato com alto IG não
-Por que ruminantes não são tão
tem efeito rebote, pois ele
bons em converter alimento em
converte isso em produtos. Se
energia? Uma grande parte vai para
eu dar alimento com baixo IG
gases.
vai produzir mesmo.

-Grande perda da proteína na urina

-Para usar a proteína você tem que


desmontá-la, e esse processo todo
gasta muita energia – por isso
incremento calórico é alto

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