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Unidade 1
“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem”
Guimarães Rosa
Convite ao estudo!
Bem vindo (a) de volta! Vamos começar nossos estudos, para isso é importante que você
compreenda o que trataremos nessa unidade. Dessa forma, o tema a ser desenvolvido refere
– se as características e funções dos principais componentes dos alimentos (“aminoácidos,
proteínas, vitaminas e minerais”).
Conteúdos
Ponto de Partida...
Fonte: https://m.vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/questao-3.htm
Observe que:
(A) Não podemos fazer esta afirmação baseado apenas no numero de carboidratos
contidos na tabela. È necessário conhecer quais lipídios constituem esses
aminoácidos e os demais nutrientes contidos no alimento.
(B) Novamente, não se faz uma afirmação baseado apenas na quantidade de
lipídios.
(D) A questão está correta, pois o arroz possui várias vitaminas do complexo B,
carboidratos, cálcio, folato e ferro. O feijão é um alimento rico em proteína vegetal,
também sendo fonte de ferro, vitaminas do complexo B e demais minerais para o
bom funcionamento do organismo. Portanto a combinação arroz/feijão mantém o
níveis de nutrientes altos e pouco colesterol.
(E) Mais uma vez, não podemos afirmar que um alimento é mais calórico que o
outro apenas com a tabela de lipídeos. Na combinação arroz/feijão, um alimento
completa o outro.
Seção 1.1
Diálogo aberto
Nesta seção, começaremos a conversar de forma bem mais específica sobre aminoácidos,
proteínas, Contudo, convém que não percamos de vista o nosso objetivo que é compreender
isso tudo, mas de forma articulada a situação geradora de aprendizagem.
1. Aminoácidos
Figura 1. Fontes de aminoácidos e proteínas
Fonte: https://blog.gsuplementos.com.br/melhores-fontes-de-proteina/
1.1 Aminoácidos
✓ Composto nitrogenados formados por:
• Grupo amina: (NH2);
• Grupo carboxilas: (COOH);
• Radical lateral: R;
• Hidrogênio: (H).
1.1.1Classifcacao:
Fonte:https://formulae2020jakarta.blogspot.com/2018/04/formula-estructural-de-
un-dipeptido.html
1.2 Proteínas
Fonte: https://www.ostiposde.com/estruturas-das-proteinas/
• Primária: cadeia formada por ligações de aminoácidos;
• Secundária: estrutura primária adaptada em uma forma helicoidal.
• Terciária: é resultado da dobra da estrutura primária sobre si mediada por
pontes de enxofre. Exemplo: mioglobina.
• Quaternária: união de várias estruturas Terciária. Exemplo: hemoglobina.
a) Ovos
• Emulsificador;
• Suavidade do produto;
• Agente ligante;
• Estrutura rígida por coagulação.
• Cor (gema);
• Umidade;
• Calor;
• Ácidos;
• Agitação mecânica.
Seção 1.2
2. As vitaminas e os minerais
Diálogo aberto
2. As vitaminas
Leia mais...
Conceito de vitaminas. Disponível em:
https://conceito.de/vitaminas#:~:text=Vitamina%20%C3%A9%20um%20termo%20composto
,Funk).&text=A%20falta%20de%20vitaminas%20conhece,recebe%20o%20nome%20de%20
hipervitaminose. Acesso em 10 Mar. 2021.
3. Sais Minerais
Fonte: https://es.123rf.com/photo_78207648_mineral-vitamina-suplemento-iconos-calcio-
hierro-yodo-sodio-potasio-magnesio-selenio-zinc-f%C3%B3sforo-.html
Os sais minerais são compostos químicos que são dissolvidos em água facilmente, e
dissocia – se em íons:
• Íons extra celulares: Na+, Ca2+,Cl-, HCO3-;
• Íons intracelulares: K, Mg2+, H2PO4-;
Importância:
• Mantêm o equilíbrio ácido – base;
• Polaridade da membrana plasmática: (Na e K);
• Responsáveis pela pressão osmótica, ( movimento de água através da
membrana).
Observe a tabela abaixo, pesquise e complete com as informações que estão faltando.
Unidade 2
Convite ao estudo!
Diálogo aberto
Olá! Como vai? Iniciamos uma nova unidade, ela foi dividida em duas seções. Na primeira
iremos tratar mais especificamente, das enzimas e atividade enzimática. Já na segunda,
vamos estudar os processos complexos das enzimas nos alimentos, que proporcionam grande
variedade de sabores, aromas e texturas.
Avançando na Prática...
PANIFICAÇÃO E BISCOITARIA
A massa para pão é normalmente composta de farinha, água, fermento, sal e algum
outro ingrediente, como açúcar e/ou gordura. A farinha é composta de glúten, amido,
polissacarídeos não amiláceos, lipídios e traços de minerais. Tão logo a mistura de
ingredientes forme a massa, o fermento começa a agir sobre os açúcares
fermentáveis, transformando-os em álcool e dióxido de carbono e a massa começa a
crescer.
O resultado é um produto final com maior volume e uma melhor textura do miolo. Os
pequenos oligossacarídeos e açúcares, como a glicose e a maltose, produzidos por
estas enzimas, aumentam as reações de Maillard, responsáveis pelo dourado da
crosta e pelo aroma de pão quente.
Quando o pão não é mais fresco, ele perde a crocância e o miolo endurece. Esse
fenômeno de pão amanhecido é responsável por perdas significativas, tanto para os
consumidores quanto para os panificadores. O endurecimento da crosta e a perda de
elasticidade do miolo se devem a uma mudança na estrutura dos amidos. Hoje, já se
produzem enzimas que prolongam o tempo e a conservação do pão.
A farinha contém 2,5% a 3,5% de polissacarídeos não amiláceos, que são polímeros
(na maior parte pentosanas), os quais desempenham m papel importantes na
qualidade do pão, devido a capacidade de absorção da água e interação com o glúten.
A adição de certos tipos de pentosanase ou xilanase, em dosagens corretas, melhora
a maleabilidade da massa, dando-lhe maior flexibilidade e mais estabilidade, com
maior elasticidade durante o processo de assar, resultando um volume maior e melhor
textura do miolo.
Cada uma das enzimas mencionadas acima tem o seu próprio substrato específico
na massa feita de farinha de trigo. Por exemplo, as lipases os lipídios, as xilanases,
os pentosanos, as amilases e os amidos. Como a interação desses substratos na
massa e no pão é bastante complexa, a utilização de combinações de enzimas deve
ser criteriosa. Muitas vezes, a dosagem excessiva de uma enzima pode ter efeito
prejudicial sobre a massa ou o pão. Por exemplo, o excesso de α-amilase fúngica ou
hemicelulase/xilanase pode resultar em uma massa demasiadamente grudenta para
ser manuseada pelo padeiro ou a masseira. Assim, é benéfico para certos tipos de
formulações usar uma combinação de enzimas com menor dosagem de α-amilases e
xilanase e menor dosagem de lipases ou glicose oxidases para conseguir uma massa
de consistência ótima, estável, com qualidade de pão ou usar α-amilase maltogênica
em combinação com α-amilase fúngica e xilanase ou lipase para assegurar um miolo
macio em um pão de ótima qualidade em termos de estrutura de miolo, volume, etc.
Seção 1.2
4.Enzimas
4.1 Definição:
• Um Catalisador é uma substância que acelera uma reação química até torná-
la quase instantânea, ao diminuir a energia de ativação da reação.
I. Fontes:
a) Proteases Vegetais: São as mais empregadas em alimentos
• Papaína: retirada do látex do mamão, possui baixa especificidade, alta
temperatura de ativação, alta termoestabilidade e grande disponibilidade no
mercado.
• Bromelina: Retirada do Pedúnculo ou fruto do abacaxizeiro; possui baixa
especificidade e baixa termoestabilidade.
a) Proteases Animais:
• Renina: Extraída do 4º estômago de bezerros não desmamados;
b) Proteases Microbianas:
• Bactérias do gen. Bacilluse Geobacillus produz Proteases neutras – baixa
termorresistência e Proteases alcalinas – baixa especificidade e alta
resistência térmica
II. Aplicação industrial das proteases
a) Clarificação de Cerveja – Chillproofing
b) Amaciamento de carnes
4.4.2 Carboidrases
Aplicação Industrial:
b) Aplicação Industrial
1. Aplicação doméstica da enzima: existem preparados enzimáticos em pó, ou
líquidos, no qual o consumidor pode adicional ao leite antes do consumo, com
o objetivo de hidrolisar a lactose para evitar danos associado a intolerância.
2. Leites e derivados com baixo teor de lactose: Para diminuir os custos, são
aplicadas pequenas quantidades de lactase, de modo que possa atuar durante
o armazenamento do leite, reduzindo o custo. A hidrolise da lactose aumenta a
doçura do leite, pois a mistura de glicose e galactose e 5x mais doce que a
lactose.
a) Polifenoloxidases (pfo)
Bilhete de saída
Portanto, espera - se que ao longo da execução dos estudos você conheça mais sobre os
alimentos, através da abrangência de temas como: Importância dos aminoácidos,
proteínas, vitaminas, minerais, enzimas, atividade enzimática e sua ação nos alimentos. E
os aspectos que favorecem a qualidade e inocuidade desses produtos.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, J.M.A. Química de Alimentos: teoria e prática. 3. ed. Viçosa: UFV, 2004. 478p.
BOBBIO, F.O.; BOBBIO, P.A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo:
Varela, 2003. 238p.
BOBBIO, F. O; BOBBIO, P.A. Química do processamento de alimentos. 3. ed. São
Paulo: Varela, 2001. 478p.
COELHO, T. Alimentos propriedades físico-químicas. 2. ed. Rio de Janeiro: Cultura
médica, 2001.
DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de alimentos de Fennema.
4 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
FIB. Panificação - Os ingredientes enriquecedores. FIB- Food Ingredients Brasil, n. 10,
p. 22–27, 2009.
Química na cozinha. Disponível em: https://aprenderly.com/catalog. Acesso em 05
Mar.2021.
SANTOS, Wildson e MOL, Gerson. Química cidadã. Vol 3, 1ª ed. Ed Nova Geração, São
Paulo,2010.
ZANETTI, B. et al. Apostila de panificação I. Florianópolis-SC: IFSC, 2009.