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Material Teórico
Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica II
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Componentes do Sistema de
Remuneração Estratégica II
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• O que é o salário indireto?
• Pacotes de benefícios;
• Flexibilização dos benefícios.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica II
Essa resposta pode ser dada através de duas perspectivas que se relacionam
fortemente:
• A forma como a imagem organizacional pode sofrer variações positivas dentro
da comunidade em que atua. Isso ocorre pelo fato de algumas empresas, ao se
depararem com a necessidade de alto nível de capacitação profissional, utilizem
os benefícios para obter vantagens competitivas na atração e retenção de talentos;
• Também é possível justificar a importância dos benefícios através da perspec-
tiva do funcionário que agrega aos benefícios uma motivação para continuar
na empresa ou ainda para decidir sobre uma nova oferta de trabalho. O que
se percebe nessa perspectiva do funcionário é que ao se depararem com as
ofertas de trabalho, os benefícios se tornam fatores decisivos para a escolha,
pois, muitas vezes, são responsáveis pela melhoria da qualidade de vida. As-
sim, os funcionários percebem uma possibilidade de curto e longo prazo para
aprimorar sua vida (WOOD JR; FILHO, 2009).
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• Veículo para transporte: Consiste em, através de aluguel, frota, leasing, com-
pra pela empresa ou por frota, conceder veículos a determinados funcionários
da empresa. Os gastos com seguro, impostos e até a manutenção do veículo
são, normalmente, de responsabilidade da própria empresa que concedeu
o benefício. Além disso, existe uma política de periodicidade de troca que é
estabelecida em função da quilometragem do veículo ou tempo de uso;
• Assistência ótica: A empresa arca com os custos totais ou parciais da compra
de armações e/ou lentes, ou ainda lentes de contato. Quando a empresa arca
com os valores parciais, é comum que a própria ótica ofereça o desconto ao
funcionário e o pagamento pode ser abatido na própria folha de pagamento
do empregado;
• Auxílio-alimentação: A empresa concede cestas de alimentos ou tíquete ali-
mentação a seus empregados;
• Auxílio-doença: No caso de afastamento por doença, a empresa pode com-
plementar o salário do empregado da forma integral ou parcialmente;
• Auxílio-educação: O empregado e seus dependentes podem receber paga-
mento total ou parcial de cursos de ensino fundamental, médio, técnico, supe-
rior e ainda pós-graduação;
• Auxílio-farmácia: A empresa pode conceder descontos sobre os valores gas-
tos com a compra de remédios. Algumas empresas podem reembolsar inte-
gralmente o valor de alguns medicamentos com receitas médicas;
• Auxílio-refeição: Algumas empresas possuem refeitórios próprios ou podem
fornecer convênios com algumas redes de alimentação ou ainda conceder re-
embolsos através da apresentação de comprovantes de alimentação;
• Check-up: Muitas empresas realizam o pagamento total dos custos com exa-
mes médico (periódico ou completo). É comum que o local onde os exames
serão realizados seja determinado pela própria empresa;
• Auxílio–combustível: Algumas empresas arcam com o custo do combustível
do veículo (particular ou empresarial) que o empregado utiliza;
• Complemento de gratificação de férias: Se refere à complementação de
gratificação de férias que a empresa paga a seus empregados;
• Facilidades na aquisição de produtos e/ou serviços: A empresa pode ge-
rar meios que facilitem o acesso e compra de diversos produtos e/ou serviços
da própria empresa ou ainda pode criar convênios para a obtenção facilitada
e/ou com descontos de produtos e serviços de terceiros;
• Cooperativas: Consiste em uma sociedade de pessoas para a qual a empresa
busca prestar um ou mais serviços. As cooperativas de consumo são as mais
frequentes entre as organizações. Também é destaque a cooperativa de crédi-
to que possibilita que um grupo de empregados adquiram empréstimos e/ou
financiamentos com reduções significativas nos juros;
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• Creche: Algumas empresas possuem creches próprias. No caso das que não
possuem, elas buscam convênios com creches ou reembolsam seus funcioná-
rios que utilizam creche;
• Empréstimos: As empresas realizam empréstimos pessoais com base no valor
do salário do empregado. Algumas dessas empresas realizam o débito referen-
te ao empréstimo direto na folha de pagamento do empregado;
• Estacionamento: É comum que algumas empresas possuam estacionamento
próprio e gratuito para seus empregados. Existem também as empresas que
possuem convênios com estacionamentos e aquelas que reembolsam integral-
mente ou parcialmente os custos de estacionamento de seus funcionários;
• Financiamentos: Algumas empresas concedem financiamentos para seus fun-
cionários adquirirem casa, veículo ou outros bens;
• Idiomas: Algumas empresas arcam com despesas de cursos de línguas em
escolas especializadas. Existem empresas que fornecem os cursos de línguas
na própria empresa;
• Instrução de filhos: A empresa arca com os custos das despesas de educação
dos filhos de seus empregados;
• Lazer: Algumas empresas oferecem a seus funcionários espaços destinados ao
lazer, como clubes, academias, colônias e pousadas de férias.
• Previdência complementar: Consiste em um complemento da remuneração
do empregado em sua aposentadoria;
• Seguros diversos: Consiste no fornecimento, por parte da empresa, de segu-
ro para o automóvel, seguro para o imóvel, seguro de vida, entre outros tipos
de seguros;
• Transporte: A empresa disponibiliza meios de transporte próprios ou terceiriza-
dos para a movimentação de seus empregados entre suas residências e o trabalho.
Caro aluno, você percebeu como existem muitos benefícios que são oferecidos por
diversas empresas no Brasil? Pois é, além disso, podemos observar no quadro 1 quais
são os benefícios mais frequentes (em %) das empresas de acordo com o nível hie-
rárquico do funcionário.
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Universitários Técnicos e Administrativos
Benefícios % Benefícios %
Assistência médico-hospitalar 96 Assistência médico-hospitalar 96
Auxílio refeição 89 Auxílio refeição 89
Seguro de vida 83 Seguro de vida 83
Auxílio educação 66 Auxílio educação 66
Idiomas 53 Idiomas 54
Fonte: Adaptado de WOOD JR; FILHO (2009)
benefícios era quase nenhuma. Raramente acontecia! A única forma de se obter mais bene-
fícios era através da mudança de cargo ou de empresa. Ou seja, podemos dizer que naquela
época era premiado o esforço pela promoção. Quanto mais alto fosse o cargo, mais amplo
seria o plano de benefícios.
Este fato nos direciona para uma importante discussão que se refere às limita-
ções que esse estilo de gerenciar os planos de benefícios apresentam. Assim, os au-
tores Wood Jr e Filho (2009) apontam que os três principais fatores que dificultam
a continuidade desse antigo modelo de gerir os pacotes de benefícios são:
• Através das mudanças ocorridas nas próprias empresas: Neste sentido, o
que se percebe é que os conceitos de carreira estão mudando e, consequente-
mente, o pensamento sobre a remuneração também está. Dessa forma, as es-
truturas hierárquicas estão sendo horizontalizadas e a valorização do trabalho
em grupo está sendo maximizado;
• A diversificação do ambiente de trabalho: Um dos principais fatores que
o plano de benefícios tradicional “ignora” é a existência da diversidade de
necessidades de seus empregados. Isso pode ser facilmente observado nas
empresas: observe a quantidade de jovens solteiros, casais sem filhos, jovens
solteiros com filhos, entre outros, perceberemos que os planos tradicionais não
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Ou seja, este modelo tradicional de planos de benefícios se torna cada dia mais ob-
soleto ao nosso atual contexto globalizado.
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Dessa forma, Wood Jr e Filho (2009) sinalizam que um pacote de benefícios
pode assumir cinco formas:
• Tradicional: neste caso, conjuntos de benefícios são selecionados pela or-
ganização e esses conjuntos são separados em pacotes que são distribuídos
entre os níveis hierárquicos da empresa, ou seja, os empregados não podem
escolher entre os pacotes existentes. Em algumas empresas até existe a pos-
sibilidade de o empregado incluir algum benefício adicional ao seu pacote,
contanto que o próprio funcionário lide integralmente com os custos desse
benefício adicional;
• Flexibilização parcial: neste caso, são fixados alguns benefícios em to-
dos os pacotes que serão distribuídos aos empregados, independentemente
de seu nível hierárquico. Além desses benefícios fixados a todos, o fun-
cionário ainda poderá selecionar outros benefícios complementares que a
empresa disponibiliza. Para a escolha desses benefícios complementares
existe um limite que, normalmente, considera o nível hierárquico e/ou o salário
do empregado;
• Modular: são elaborados alguns “pacotes fechados” de benefícios e que po-
dem ser escolhidos pelos empregados;
• Menu de opções: diversos benefícios são disponibilizados para a escolha do
funcionário. Cada funcionário possui um limite que é determinado por um
critério de pontos organizado pela empresa. Assim, o funcionário monta seu
pacote de benefícios enquanto que a empresa define o valor do plano;
• Escolha livre: nesta situação a empresa define um valor máximo que o plano
pode alcançar e o empregado analisa os benefícios existentes no mercado e
escolhe o que lhe interessar. Caso o funcionário escolha benefícios que ultra-
passe o limite determinado, a empresa reembolsará apenas o valor estipulado,
cabendo ao próprio empregado arcar com os valores excedentes.
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Preparando o Futuro:
a Previdência Complementar
Em nosso país e em diversos outros, as mudanças do mercado de trabalho e do
perfil etário das populações acarretam a necessidade de, com alguma periodicida-
de, serem revistos os critérios dos sistemas públicos de previdência social.
Não se trata de uma questão restrita ao Brasil, mas algo que afeta uma grande
quantidade de países que, como o nosso, possuem esses sistemas públicos.
É claro que tudo isso gera uma grande preocupação com o futuro e a forma
como a pessoa irá se manter após sair do mercado de trabalho.
Isso sem contar com aqueles que, em razão de acidentes ou doenças, acabam
por perder sua capacidade laboral, necessitando se aposentar, muitas vezes, com
uma drástica diminuição de seus rendimentos, além dos custos crescentes com tra-
tamentos para a sua saúde.
Caro aluno, você já parou para pensar na importância da segurança econômica na ter-
Explor
ceira idade?
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oportunidades de trabalho, da poupança individual acumulada (do patrimônio cons-
tituído ou herdado) e do seguro social.
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a contar com esse benefício como parte da relação empregatícia, assim, as
empresas que aderem a essa modalidade ficam mais aptas a atrair e reter os
melhores profissionais;
• Reconhecimento pela dedicação do funcionário: Os planos de previdência
complementar representam a intenção de reconhecer a dedicação dos funcio-
nários que serviram bem a empresa por um longo período de tempo;
• Produtividade: A existência de recursos provisionados para elevar a renda
após a aposentadoria contrapõe o sentimento de redução de produtividade
com a aproximação da aposentadoria, o que gera efeitos positivos sobre os
indivíduos e grupos. Assim, a possibilidade de realizar um plano de aposen-
tadoria programada gera, potencialmente, oportunidades de carreira para os
funcionários mais novos, representando um fator de incentivo e oxigenando
a empresa;
• Política para demitidos e demissionários: As empresas definem políticas
a serem adotadas no momento do desligamento do empregado com base no
saldo do plano de previdência complementar, com o objetivo de estabelecer
uma relação de confiança entre empregador e empregado e reconhecer seu
esforço ao deixar a organização. Assim, algumas políticas que são adotadas
pelas empresas podem ser destacadas:
» resgate da contribuição do empregado, especificamente dos valores deposita-
dos pelo próprio empregado;
» continuação do plano como autônomo; e
» resgate integral do saldo, tanto depositado pela empresa como pelo empregado.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Remuneração estratégica: 5 dicas para criar uma política eficaz
http://bit.ly/2NuCMUW
Remuneração Estratégica: Como definir o que é ideal para a sua empresa?
http://bit.ly/2NuDAJs
Remuneração estratégica: por que as empresas devem adotá-la?
http://bit.ly/2NuKKwW
Consolidação das Leis do Trabalho
http://bit.ly/2NjSVMy
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Referências
GIL, A. C. Gestão de Pessoas: Enfoque nos papéis profissionais. São Paulo:
Atlas, 2007.
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