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SEMIOLOGIA VASCULAR

PERIFÉRICA
INSUFIC IÊNC IA VENOSA - IMPORTÂNCIA

A insuficiência venosa crônica (IVC) é doença MUITO


comum

Suas complicações, principalmente a úlcera de estase


venosa, causam morbidade significativa.

Afeta a produtividade no trabalho, gerando


aposentadorias por invalidez

Restringe as atividades da vida diária e de lazer.

A doença venosa significa dor, perda de mobilidade


funcional e piora da qualidade de vida
INSUFIC IÊNC IA VENOSA - DADOS DE HISTÓRIA

• Idade – A partir dos 30 anos de idade. Microvarizes ou “aranhas vasculares”, também


chamadas de “vasos”, podem aparecer em pessoas bem mais jovens.

• Sexo – as mulheres são mais propensas do que os homens


Fatores hormonais da gestação, menstruação e menopausa, bem como anticoncepcionais e
reposição hormonal parecem ter relação com a maior facilidade de dilatação das veias

• História Familiar – se há incidência de varizes na família, a chance para a doença será maior
(principal fator de risco)

• Obesidade – o sobrepeso aumenta a pressão sobre as veias e dificulta o retorno venoso

• Traumatismo nas pernas pode lesar as veias

• Temperatura – exposição ao calor por tempo prolongado pode provocar dilatação das veias.
A incidência de varizes é um pouco menor nos países mais frios.

• Sedentarismo – o movimento das pernas é muito importante para “bombear” o sangue das
veias. ficar muito tempo sentado ou em pé parado predispõe à insuficiência venosa .
INSUFIC IÊNC IA VENOSA - SINTOMAS

-Sensação de peso que piora no correr


do dia

-Edema de MMII, principalmente nos


tornozelos que piora no correr do dia

-Dprincipalmente parado

-Queimação nas pernas e planta dos pés

-Prurido, formigamento e cãibras nos


MMII

-Pernas “inquietas”

-Úlceras pouco dolorosas


SEMIOLOGIA VENOSA - EXAME FÍSICO INSPEÇÃO

VENOSA:
Turgência venosa jugular:
Unilateral – Pneumotórax, compressão por
tumores,
Bilateral:
Insuficiencia ventricular direita ou global
Síndrome de compressão da veia cava superior
Grandes ascites e tumores abdominais

Varizes de membros inferiores –


dilatações patológicas por alterações da túnica
média das veias.
Quase exclusivas de membros inferiores

Edema venoso (comparar início e final do dia)

Úlceras varicosas de membros


inferiores insuficiência venosa crônica
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA VASCULAR PERIFÉRICA - EXAME FÍSICO INSPEÇÃO

ÚLCERA VENOSA:
Edema associado que é mais intenso no final
do dia e responde mal a diuréticos

Face medial interna da perna, próximo ao


maléolo

Hiperpigmentação por hipertensão venosa

Bordos irregulares , profundidade rasa,


hemorragias

Dermatofibrose / Dermatite crônica/Eczema

Tecido em granulação/desvitalizado/necrótico
SEMIOLOGIA VASCULAR PERIFÉRICA - TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Formação de coágulos nas veias de MMII,


principalmente da raiz das coxas

Edema unilateral – desigualdade de volume


dos membros (sinal mais sensível),
proporcional ao vaso trombosado (mais
proximal ou mais distal)

Empastamento muscular – sinal da bandeira=


menor mobilidade de uma panturrilha

Aumento da temperatura local

Dor espontânea ou à palpação local

Impotência funcional
SEMIOLOGIA VASCULAR PERIFÉRICA - TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Sinal de Homans – dor na panturrilha ao colocar o


pé em dorsiflexão

Sinal de Pratt – veias prétibiais túrgidas – obstrução


da passagem do sistema venoso superficial para o
profundo

Manobra de Olow – dor à compressão da


musculatura da panturrilha sobre plano ósseo:

Sinal de Duque – retificação do ôco poplíteo (do S


itálico)
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA

Definição :

Doença cujas manifestações clínicas são


provocadas pela diminuição da circulação arterial
nas artérias das extremidades
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA

Perguntar: ANAMNESE GERAL

Uso de drogas vasoconstritoras:


Betabloqueadores e ergotamina

Fatores de risco para doença cardiovascular (DCV)


Idade ≥ 50 anos
Diabetes mellitus
Histórico de DCV
DCV em pais ou irmãos abaixo da idade de 65 anos
Tabagismo (tromboangeíte), consumo de álcool
Dieta rica em gorduras saturadas
Nível baixo de atividade física

.
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA

Na doença arterial periférica é importante distinguir


entre:

• isquemia aguda (parte inferior) da perna com


ameaça da vitalidade dentro de horas ou dia

• doença arterial obstrutiva crônica, divididos em:


claudicação intermitente
isquemia crítica do membro.
INSUFICIÊNCIA ARTERIAL PERIFÉRICA AGUDA

HISTÓRIA- EXAME FÍSICO-INSPEÇÃO


Em geral é embólica

Início súbito – o paciente relata o momento exato do início dos


sintomas

Foco emboligênico conhecido (fibrilação atrial, IAM)

Ausência de claudicação

Pulsos contralaterais normais

Obstrução em áreas de redução de fluxo


(aórtica, ilíaca, femural, poplítea)
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
ANAMNESE E EXAME FÍSICO:
Avaliar sinais de isquemia aguda da perna:

• Arteriais:
Ausência de pulsação à palpação das artérias tibial posterior, pediosa e/ou artéria
femoral Sopro na artéria femoral;
Baixa temperatura da pele do pé em palpação com parte dorsal da mão;
Palidez ou cianose da perna/pé;

• Neurológicos:
Dor aguda e intensa no membro afetado, mesmo em repouso, que pode ser
precedida por:
Distúrbios sensoriais da perna (frequentemente espaço interdigital e região dorsal
do pé entre primeiro e segundo raios)
Fraqueza da perna/pé (normalmente fraqueza/distúrbio motor dos músculos do pé).
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
INSUFICIÊNCIA ARTERIAL CRONICA -
ANAMNESE
Perguntar:

Duração dos sintomas: progressão lenta ou, por vezes, rápida, na


isquemia crítica.

Limitações p/ atividades físicas, no trabalho ou atividades


diárias
Distância máxima de caminhada
.
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
ANAMNESE - SINTOMAS
Perguntar:

Sintomas sugestivos de claudicação intermitente:


-Dor e sensações desagradáveis na perna ou região glútea durante
movimento físico
que
reduzem em repouso (cansaço, rigidez, câimbras, diferença de
temperatura)

Sintomas sugestivos de isquemia crítica: (risco de instalação de


gangrena)
-Dor em repouso e/ou dor noturna (especialmente parte anterior do pé e
dedos),
que diminui à medida que o paciente se levanta ou pendura a perna afetada

-Alterações da pele ou unhas dos pés (feridas ou úlceras);


INSUFICIÊNCIA ARTERIAL PERIFÉRICA

SINTOMAS

Dor depende do local da obstrução, quanto maior o calibre do vaso


obstruído maior a intensidade da dor

5 Ps: Pain (dor) – palidez – pulso (ausência) – parestesia –


paralisia

Claudicação intermitente

Claudicação severa / dor em repouso: sinais de isquemia crítica

Sintomas se intensificam com o frio


SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Inspeção, palpação e ausculta dos trajetos


arteriais

Procurar diferenças entre os lados direito e


esquerdo

Medir a pressão arterial em ambos os membros


SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Elevar o
primeiro
dedo,
ajuda a
palpação
da artéria
pediosa
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

45º
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Atenção
para a cor
e
temperatur
a
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Atenção
para o
ritmo
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Verifica
r
dos
dois
lados
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Pesquisar pulsações e Atenção à cor da pele


cicatrizes de acesso
vascular
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:

Atenção à cor da pele e à falta de


pelos, alterações discretas nas fases
iniciais

Gangrena Gangrena Vasoespasmo Infecção


SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA VASCULAR PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO
SEMIOLOGI
A
VASCULAR
PERIFÉRIC
A

EXAME
FÍSICO

AUSCULTA
ARTERIAL
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
INSUFICIÊNCIA ARTERIAL PERIFÉRICA

EXAME FÍSICO-INSPEÇÃO

ÚLCERAS ARTERIAIS

Mais frequentes no pé e no terço distal da perna

Também próximo à articulação do joelho

Tamanho pequeno – podem ser bilaterais

Dolorosas – Bordos bem delimitados não sangrantes

Fundo com crostas enegrecidas e aderidas


INSUFICIÊNCIA ARTERIAL PERIFÉRICA

EXAME FÍSICO-INSPEÇÃO

ÚLCERAS ARTERIAIS x VENOSAS -


LOCALIZAÇÃO
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
Sinais frequentes de doença arterial obstrutiva crônica:

• Arterial:
Pulsações fracas à palpação das artérias tibial posterior, pediosa e/ou artéria
femoral
Sopro na artéria femoral
Baixa temperatura da pele do pé e da perna à palpação com parte dorsal da mão.

• Distúrbios tróficos:
Feridas nos dedos do pé, pé e tornozelo;
Redução na quantidade de pelos;
Anormalidades nas unhas.
INSUFICIÊNCIA ARTERIAL PERIFÉRICA

EXAME FÍSICO-INSPEÇÃO
Presença de tortuosidades (arterioesclerose)

Pulsações visíveis - principalmente em grandes artérias:


Insuficiencia aórtica, hipertireoidismo , pacientes emagrecidos

Manobra de isquemia provocada: (Teste de Buerger)


Elevar os MMII do paciente até 90 graus; esperar um minuto e
observar a coloração da região plantar em relação ao
decúbito horizontal. O aparecimento de palidez significa
isquemia do membro

Ulcerações e gangrena – seu aparecimento significa risco


iminente de perda da extremidade

Dedo Azul
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
EXAME FÍSICO:
Exame Complementar:

• Em suspeita de doença arterial obstrutiva crônica


determinar o índice tornozelo-braço (ITB) com o
auxílio de dispositivo Doppler portátil.

• Procedimento ITB: ver texto integral da diretriz.

• Cálculo do ITB para ambas as pernas separadamente:


Pressão arterial mais alta
(a.tibial posterior ou pediosa do tornozelo esquerdo(direito))
ITB esquerda(direita)=
Pressão arterial mais alta (a.braquial) dos braços
SEMIOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA
Avaliação: EXAME FÍSICO:

• Há isquemia aguda em dor em repouso (Pain), a ausência de pulsações


no pé (Pulseless), alterações na cor (Parlor) e temperatura do pé,
dormência na perna (Paresthesias) e fraqueza de perna/pé (Paralyse)
(5Ps).

• Doença arterial obstrutiva crônica é quase certa em ITB <0,8 em uma


medida ou uma média <0,9 após medir 3 vezes.

• Doença arterial obstrutiva crônica pode ser praticamente excluída em


uma única ITB> 1.1 ou uma média > 1.0 após de 3 medidas.

• Em ITB médio entre 0,9 e 1,0 o diagnostico de doença arterial obstrutiva


crônica não pode ser estabelecido com certeza.
SEMIOLOGIA VASCULAR PERIFÉRICA
Avaliação: EXAME FÍSICO:
Em diabetes mellitus, devido a rigidez nas artérias, também valores
elevados de ITB (ITB> 1.1 ou uma média > 1.0 após de 3 medidas)
podem indicar doença arterial obstrutiva crônica.

• Há claudicação intermitente em dor e outros sintomas desagradáveis


(cansaço, rigidez, cãibras, diferenças de temperatura) na perna ou região
glútea durante esforço físico para reduzir ao descanso e anormalidades
no ITB mencionadas acima;

• Há isquemia crítica no pé ou na perna com dor em repouso e/ou


distúrbios tróficos pé ou perna (feridas, redução na quantidade de pelos,
anormalidades nas unhas) e uma pressão sistólica abaixo de 50 mmHg
medida com auxílio de um dispositivo Doppler.
Prevenção
é o melhor
remédio

FIM
Prevençã
oéo
melhor
remédio

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