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Antibioticoterapia

Marlus Vinicius Magalhães Buril


mvmb@npd.ufpe.br
mvmb@hotlink.com.br
Hospital das Clínicas
Universidade Federal de Pernambuco
Efeitos dos Antibióticos no Índice de
Letalidade de algumas infecções
Doença Pré-antibiótico Pós-antibiótico

Pneumonia Pneumocócica 20-85% + 5%

Endocardite Bacteriana subaguda 99% 5%

Meningite por H. influenzae 100% 2-3%

Meningite pneumocócica 100% 8-10%

Meningite meningocócica 20-90% 1-5%

Weinstein L & Barsa MJ. Amer. J. Med. Sci. 273:5,1977


Classificação Química dos Antibióticos
Derivados de Aminoácidos Derivados de Açucares
Monopeptídicos – ciclosserina Heterosídeos macrolídeos – eritromicina,
Polipeptídicos - polimixinas, bacitracina roxitromicina, claritromicina, azitromicina
Aminopropranodiol – cloranfenicol, Lincosaminas – lincomicina, clindamicina
tiafenicol Aminociclitóis (aminoglicosídeos) – estreptomicina,
Beta-lactâmicos amicacina, caamicina, gentamicina, tobramicina,
Ácido 6-aminopenicilânico – penicilinas netilmicina
Glicosídeos ácidos – novobiocina
Ácido 7-aminocefalosporânico –
cefalosporinas Sinergistinas – pristinamicina
Carbapenêmicos – imipenem, Outros - ristocetinas
meropenem Derivados de acetatos e proprionatos
Inibidores da beta-lactamase – ácido Poliênicos – nistatina, anfotericina B
clavul6anico, tazobactan, sulbactan Aromáticos
Monobactâmicos – aztreonam Tetraciclinas
Glicopeptídeos – vancomicina, teicoplanina Ansamicinas- rifamicinas
Esteróides – ácido fusídico
Grisano – griseofulvina
Outros
Fosfomicina
Mecanismo de Ação dos Antibióticos

Replicação do
Parede Celular cromossoma
Penicilinas Novobiocina
Cefalosporinas Griseofulvina
Vancomicina
Fosfomicina

Síntese Protéica
Lesão Reversível Lesão irreversível
Membrana Tetraciclina Aminoglicosídeos
Citoplasmática Cloranfencol Rifampicina
Polimixina B Eritromicina
Anfotericina B Lincomicina
Nistatina
Uso racional de Antibióticos
Preferência pelo uso de: Antibiótico Ideal:
Drogas potentes Efetivo sobre o1agente etiológico
Última geração ou lançamento Ausência de toxicidade
recente Ausência de alteração da flora
Amplo espectro normal
Custo elevado Baixo custo
Uso inadequado de antimicrobianos

Erro de indicação
Assessoramento inadequado da microbiologia
Desconhecimento:
Flora microbiótica
Dos dados epidemiológicos da comunidade
Do perfil de sensibilidade e resistência
Das propriedades do antibiótico
Uso desnecessário de antibióticos de amplo espectro
Ausência de reavaliação da terapêutica empírica
Uso inadequado de antimicrobianos

Erro de indicação
Uso por tempo inadequado
Via de administração inadequada
Associação desnecessária de antibióticos
Não adequação dos antibióticos a insuficiência renal e hepática
Ação da indústria farmacêutica
Esquema de antibióticos baseado em perfil de outras instituições
Falta de reciclagem médica
Uso de Antibióticos
Existe Infecção
Embolia pulmonar
febre  infecção  IAM
50% dos episódios febris em  Pericardite
UTI não são diretamente Pancreatite
decorrentes de infeção   Infarto intestinal
( Rangel-Frausto MS,   Translocação
Pettit D, Costagem ME et  TVP
al JAMA –1995) Medicamentos


A magnitude da febre não é
indicação de presença ou Anfotericina Cimetidina
gravidade de infeção  Penicilinas Hidralazina
(Simmon MB, N Eng J
Med 1993) Cefalosporinas Rifampicina
Fentoina Estreptomicina
Procainamida Vancomicina
Uso de Antibióticos

Infecção x colonização Exames microbiológicos -


Qual a localização da infecção Gram e cultura
Perfil de sensibilidade
Qual o provável agente
etiológico Escolha do antibiótico
Conhecimento do medicamento
Conhecimento da doença
infecciosa Efeitos colaterais
Custos
Situação do paciente
Disponibilidade
Epidemiologia local
Via de administração
Indicadores para Controle de Infecção
Hospitalar - 1997
Taxa de notificação 8.532

Taxa de infecção hospitalar 712 8,65%

Taxa de doente com 479 6,90%


infecção hospitalar
Taxa de mortalidade 172 2,1

Taxa de letalidade por 33 7,6


infecção hospitalar
Taxa de infecção 822 10,25
comunitária
Taxa de pacientes que Profilático Terapêutico Profilático Terapêutico
fizeram uso de antibióticos 2.532 709 32,25% 8,9%
Taxa de infecção hospitalar por
procedimentos invasivos - 1997
Procedimentos Pacientes Pacientes %
submetidos ao infectados
procedimento após o
procedimento
Cateterismo vesical 922 60 7,60%

Punção venosa 6.702 27 0,55%


Cateterismo venoso 178 - -

Dissecção venosa 17 - -

Traqueostomia 10 08 80%
Outros 12.377 380 3,05%
TIPO DE CULTURA Culturas Positivas Culturas Negativas TOTAL
Cateter Duplo Lumen 1 - 1
Cateter de Subclávia 3 1 4
Líquido Peritonial 9 2 11
Líquido Pleural - 1 1
Culturas Líquido Cavitário 1 1 2
Ponta C. V. Central 2 - 2
realizadas na
Ponta S. V. Demora 7 - 7
UTI, CCIH/HC -
Sec. Dreno gastrotomia 1 - 1
Pesquisa de BK - 1 1
1996. Sec. Traqueal 14 7 21
Sec. Ferida Operatória 4 - 4
Sec. Dreno Cavitário 1 - 1
Sec. Peritonial 3 - 3
Sec. Vaginal 1 - 1
Sec. Cavitária 2 1 3
Sec. Abdominal 1 - 1
Sec. de Pele 1 - 1
Sangue 4 11 15
Urina 6 13 19
TOTAL 62 38 100
TIPO DE CULTURA NA UTI

MICROORGANISMO Sangue Ferida Urina Traqueal peritonial Outrss TOTAL


Acin. calcaceticus - - 1 - - 3 4
Acinectobacter SP - - - 1 - - 1
Acinecto. anitratus 1 - - - - - 1
Citrobacter freundii - - 1 - - - 1
Cândida SP - 1 3 1 - 3 8
Microorganismos Enterococcus faecalis - - - - - 1 1
por Tipo de Enterobacter cloacae - - - 1 - - 1
Cultura na UTI, Entero. aerogenes - - - - 1 2 3
Enterobacter SP - - - 1 - 3 4
CCIH/HC - 1996 Enterococcus - - - - 3 6 9
Estrep. viridans - 1 - 1 - - 2
Escherichia coli - - - 1 - 3 4
Klebsiella SP - - - - - 1 1
Klebsiella pneumoniae - - 1 2 - - 3
Klebsiella oxiltacht - - - - - 1 1
Pseudo. aeruginosa 1 - 1 5 - 9 16
Pseudomonas SP - - - 4 - 2 6
Proteus mirabilis - - - 1 - 1 2
Streptococcus Grupo D - - - - 1 4 5
Staphylococcus epider. - 1 - - - 1 2
Staphylococcus aureus 2 1 - - - 2 5
Staphylococcus SP - - - 1 - - 1
TOTAL 4 4 7 20 5 42 82
Perfil bacteriano da UTI - 1993-
1996
9%
5%
7% 22%

12%

17%
15% 27%
15%
10%
Klebsiella Staph au 15%
Enterobac. Pseudo.
Eschericia Acineto. Entero outros

6%

6% 7%
6% 11% 10%

Pseudomonas Acinetobacter Enterobacter


Enterococos Klebsiella Estreptococos
Estafilococos Cândida Outros
Amicacina

Cefalotina
Cefoxitina

Ceftazidina

Cefepime

Ciprofloxacin

Vancomicina

Pen G
Amo/clav

Antibióticos
Tica/Clav

Imipenem

Aztreonam

Clindamicina

Metronidazol
TMP/SMX

Cloranfenicol
Gram -
Gram +
Anaeróbios
Espectro de ação dos antibióticos

Sanford Guide - 1996


Sensibilidade
Associações em antibioticoterapia

Razões microbiológicas: Indicações para uso clínico de


Obter efeitos sinérgicos associação de antibióticos:
Ampliar o espectro de ação Tratamento de infeções bacterianas
Impedir desenvolvimento de mistas
resistência bacteriana Tratamento de infeção severa com
agente desconhecido
Razões Clínicas Aumentar a atividade antibacteriana
Aumentar a efetividade clínica no tratamento de infeções
Diminuir a duração da terapia específicas
Reduzir a dose de um componente Prevenção da resistência bacteriana
tóxico
Influir sobre a farmacocinética

Goodman & Gilman’s CD-ROM - 1966


Associações em antibioticoterapia

Desvantagens:
Risco de toxicidade
Seleção de microorganismos que são resistentes a antibióticos
que podem ter sido usados desnecessariamente
Aumento do custo
Antagonismo entre antibióticos bacterícidas e
bacteriostáticos
É possível usar antibiótico
racionalmente?

Educação continuada
Padronização de condutas
Restrição do formulário terapêutico
Controle de qualidade do
laboratório de microbiologia
Comissão de Controle de
Antimicrobianos
Auditoria
Revisão diária
Uso de antibióticos em Odontologia

Infeção odontogênica
Agente Causal: microflora oral
1a Escolha: Clindamicina
Alternativas: Amoxacilina/clavulanato e Eritromicina

É essencial drenagem cirúrgica e remoção dos tecidos


necrozados
Aumento de infeções com resistência a Beta-lactamase
The Sanford Guide to Antimicrobial Therapy - 1999
Uso de antibióticos em Odontologia

Celulite bucal
Agente causal: H. influenzae
1a escolha: Cefuroxima ou Cefalosporina de 3a geração
Alternativas: Amoxacilina/clavulanato ou
sulfametoxazol/trimetroprin

Pode ocorrer em crianças com menos de 5 anos

The Sanford Guide to Antimicrobial Therapy - 1999


Uso de antibióticos em Odontologia

Doença periodontal, extrações dentárias


Agente causal: flora polimicrobiótica: Strep. Sp, anaeróbios,
Eikenella corrodens
1a escolha: Penicilina G + metronidazol
2 escolha: Clindamicina

The Sanford Guide to Antimicrobial Therapy - 1999


Cefalosporinas
1a Geração: Boa atividade sobre cocos Gram positivos, exceto os Enterococos. Atividade sobre os
bacilos Gram negativos limitada a E. coli, P. mirabilis e K. pneumoniae
2a Geração: Apresenta dois subgrupos
Subgrupo Cefuroxima – Atividade sobre cocos Gram positivos semelhante as de 1 a geração. Maior
atividade sobre Gram negativos que os de 1a geração. Ativo sobre H. influenzae beta-lactamase
positivo, M. catarrhalis e S. pneumoniae
Subgrupo cefamicina- Apresentam menor atividade sobre Gram positivos, atuam sobre Gram
negativas, porém a principal característica é a excelente atividade sobre anaeróbios,
principalmente Bacteróides.
3a Geração: Podemos dividir em cefalosporinas com ou sem atividade sobre Pseudomonas
Todas as cefalosporinas de 3a são menos ativas sobre Gram positivos do que as de 1 a geração.
Apresentam excelente atividade sobre Gram negativos, exceto Serratia., Acinetobacter e
Pseudomonas.
A ceftazidima e a cefoperazona apresentam boa atividade sobre Pseudomonas
4a Geração: Associa as vantagens da cefalosporinas de 1a e 3a geração. Boa atividade sobre Gram
positivos e negativos
Cefalosporinas
Farmacologia:
Distribuição: Todos os tecidos e fluidos, porém com pouca concentração no
SNC, com exceção de Cefuroxime e cefalosporinas de 3 geração.
Eliminação: Por excreção renal, algumas apresentam metabolização
hepática.
Cuidados:
Toxicidade renal pode ocorrer em pacientes com mais de 50 anos,
pacientes com disfunção renal e em pacientes que recebam outras
drogas nefrotóxicas.
Necessitam de correção na insuficiência renal.
Cefotaxima e Ceftriaxona devem ser administradas com cautela em
pacientes com disfunção hepática.
Cefalosporinas
Toxicidade - Interações com drogas
Risco de nefrotoxidade se associado com aminoglicosídeos e vancomicina

Reações adversas:
Hipersensibilidade pode ocorrer em 5% dos pacientes, incluindo urticária,
prurido, rash, febre e ocasionalmente anafilaxia
Teste de Coombs direto e indireto positivo em 3% dos pacientes.
Podem ocasionar neutropenia, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia.
Elevação da uréia e creatinina
Elevação da fosfatase alcalina e transaminases.
Cefalosporinas de 1 Geração: a

Oral:

Cefalexina ( Keflex, Cefalexina, Cefalexin)


Varia de 250 a 1 g VO de 6 em 6 horas, dose máxima diária 4 g.

Cefadroxil (Cefamox, Cefadoxil, Drocef)


Pode ser usada a cada 12 horas – 500 mg a 1 g
A cada 24 horas – 1 a 2 g
Dose máxima diária 2 g.
Cefalosporinas de 1 Geração: a

Parenteral:

Cefalotina: (Keflin neutro, Cefalotina)


0,5 a 1 g IV de 4/4 ou 6/6 horas. Dose máxima de 12 g/dia

Cefazolina: (Kefazol, Cefamezin)


0,5 a 1,5 g IV ou de 6/6 ou 8/8 . Dose máxima de 6 g/dia
Cefalosporinas de 2a Geração - Orais
Cefuroxima axetil (Zinnat)

Indicação:
Atividade sobre cocos gram-positivos, produtores de penicilinase ou não:
Atividade contra bactérias gram-negativas,
Não é ativa sobre Pseudomonas, Enterococos, Bacteroides fragilis e Staphylococcus
resistente a oxacilina
Padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 4 mg/l. Resistência: CIM > 32 mg/l

Administração e Dosagem:
Varia de 125-250 de 12 em 12 horas.
Não necessita correção em insuficiência renal
Cefalosporinas de 2a Geração -orais

Cefaclor (Ceclor)

Indicação:
Mesma atividade da cefalexina, porém com maior atividade sobre H.
influenzae

Administração e Dosagem:
Varia de 250 a 500 mg de 8 em 8 horas, dose máxima diária 4 g.
Em pacientes com insuficiência renal a administração será orientada pelo
clearence de creatinina
Cefalosporinas de 2a Geração -
parenterais
Cefoxitina (Mefoxin)
Indicação:
A cefoxitina além da atividade similar a cefuroxime, apresenta ótima
atividade sobre anaeróbios, inclusive Bacteróides fragilis.
Padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 8 mg/l. Resistência:
CIM > 32 mg/l

Administração e Dosagem:
1 a 2 g IV ou IM de 6/6 ou 8/8 h, com dose diária máxima de 12 g
Cefalosporinas de 2a Geração
Cefuroxime. (Zinacef)

Indicação:
É ativa in vitro sobre Streptococcus do grupo A e B, Streptococcus
pneumoniae e viridans. Tem boa atividade sobre os Staphylococcus
aureus penicilinase-resistente. Ativo sobre bacilos gram-negativos
incluindo Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella sp, Salmonella,
Shigella e Yersinia. Ativo sobre Haemophilus influenzae, Neisseria
meningitidis e gonorrhoeae

Administração e Dosagem:
0,5 a 1,5 g IV de 8/8 h, com dose diária máxima de 9g
Cefalosporinas de 3 geração - Orais
a

Cefetamet pivoxil (Globocef)

Indicação:
Boa atividade sobre Gram negativos
Atividade discreta sobre Gram positivos como os Streptococcus sp.
Não apresentam efetividade sobre Staphylococcus sp, Enterococcus sp,
Pseudomonas sp e anaeróbios

Administração e Dosagem:
500 mg VO de 12/12. Dose máxima diária de 1,0 g. Em uretrite gonocócica
pode ser usada dose única de 1,5 g
Cefalosporinas de 3 Geração - orais
Cefixima (Plenax)

Indicação:
Semelhante a Cefetamet pivoxil
Padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 1 mg/l. Resistência:
CIM > 4 mg/l

Administração e Dosagem:
400 mg/dia em dose única ou 200 mg de 12/12 h.
Em pacientes com insuficiência renal a administração será orientada pelo
clearence de creatinina
Cefalosporinas de 3 Geração -
Parenterais
Cefotaxima (Claforan)
Indicação:
Ativa sobre a maioria dos Gram positivos, exceto Enterococcus sp,
Staphylococcus aureus resistente a oxacilina e Listeria sp
Excelente atividade sobre Gram negativos.
Sem atividade sobre Pseudomonas aeruginosa, Bacteroides fragilis e
Clostridium difficile
Administração e Dosagem:
Infeções moderadas: 1 a 2 g IV ou de 6/6 ou de 8/8 h,
Infeções graves: 2 g IV de 4/4 h
Dose máxima diária 12g
Cefalosporinas de 3 Geração
Ceftriaxona ( Rocefin, Traixin)
Indicação:
As mesma da cefotaxima

Administração e Dosagem:
Infeções moderadas: 500 a 1 g IV ou IM de 12/12 ou de 24/24 horas
Infeções graves: 2 g IV de 12/12
Dose máxima diária 4g
Não é necessária correção na insuficiência renal. Caso exista insuficiência
hepática associada a renal a dose diária não deve exceder a 2 g
Cefalosporinas de 3 Geração
Ceftazidima ( Fortaz. Kefadin)
Indicação:
Ativa sobre a maioria dos Gram positivos, exceto Enterococcus sp,
Staphylococcus aureus resistente a oxacilina e Listeria sp
Excelente atividade sobre Gram negativos
Excelente atuação sobre Pseudomonas aeruginosa,
Inativa sobre Bacteroides fragilis e Clostridium difficile
Administração e Dosagem:
Infeções moderadas: 500 mg a 2 g IV ou IM de 8/8 h, ou de 12/12h
Infeções graves por Pseudomonas: A infusão contínua pode ser usada nas
infeções que não estão respondendo adequadamente
Dose máxima diária 6 g
Cefalosporinas de 3 Geração
Cefoperazona (Cefobid)
Indicação:
Menor atividade que as outras cefalosporinas de 3a geração sobre gram
negativos.
Ativa sobre a maioria dos Gram positivos
Ativa sobre Pseudomonas aeruginosa
Não ativa sobre Bacteroides fragilis e Clostridium difficile
Administração e Dosagem:
Infeções moderadas: 1 a 4 g IV 8/8 h,
Infeções graves: 3 g IV de 6/6 h
Dose máxima diária 12 g
Cefalosporinas de 3a Geração
Cefodizina (Timecef)

Indicação:
Ativa sobre a maioria dos Gram positivos, exceto enterococcus sp,
Staphylococcus aureus resistente a oxacilina e Listeria sp
Excelente atividade sobre Gram negativos
Sem atuação sobre Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter sp, Bacteroides
fragilis e Clostridium difficile

Administração e Dosagem:
1 a 2 g IV ou IM em dose única diária ou de 12/12 horas.
Dose máxima diária 4 g
Cefalosporinas de 4 Geração
Cefepime ( Maxcef)
Indicação:
Excelente atividade sobre Gram negativos
Boa atividade sobre os Gram positivos,
Ativa sobre grande maioria das cepas de Pseudomonas aeruginosa.
Sem efetividade sobre Staphylococcus aureus resistente a oxacilina,
Enterococcus sp, e Listerias sp.
Baixa atuação sobre anaeróbios

Administração e Dosagem:
Infeções moderadas: 1 a 2 g IV ou IM de 12/12 horas
Infeções graves: 2 g IV de 8/8 h
Dose máxima diária 6 g
Cefalosporinas de 4a Geração
Cefpirome (Cefrom)

Indicação:
Semelhante a cefepime
Padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 8 mg/l. Resistência:
CIM > 32 mg/l

Administração e Dosagem:
1 a 2 g IV de 12/12 horas
Dose máxima diária 4 g
Em pacientes com insuficiência renal a administração será orientada pelo
clearence de creatinina
Lincosaminas
Clindamicina (Dalacin C)
Farmacologia:
Distribuição: Não atinge níveis terapêuticos nos SNC.
Eliminação: A Clindamicina tem metabolização hepática e eliminação do metabólitos
pela urina, bile e fezes
Indicação:
É efetivo sobre Staphylococcus aureus (exceto os oxacilina resistente) e Streptococcus do
grupo A.
Não apresenta atuação sobre gram-negativos aeróbicos.
Tem boa atividade em anaeróbios gram-positivos e negativos, incluindo Clostridium
perfringens e Bacteróides fragilis, sendo que neste último considerada droga de
escolha.
Enterococcus sp, Clostridum difficile, Clostridum ramosum e Mycoplasma pneumoniae
apresentam resistência
Lincosaminas
Clindamicina

Administração e dosagem:
Via oral: 150 a 450 mg V0 de 6/6
Em infeções graves 1.800 a 2.700 mg/dia IV ou IM dividido a cada 6 ou 8 horas
Não administrar dose IM única superior a 600 mg
Em pacientes de insuficiência renal não e necessário redução da dose

Uso em crianças:
Via oral: 8-12 mg/kg/dia com dose máxima de 25 mg/kg/dia, de 6/6
Parenteral: 10 a 25 mg/kg/dia IV ou IM de 6/6 h ou de 8/8 h, Em infeções graves pode ser
usado até 45 mg/kg/dia
Pode ser usado a superfície corporal para dose: infeções moderadas 350 mg/m 2/dia e em
infeções graves 450 mg/m2/dia
Lincomicinas
Clindamicina
Toxicidade e Interação com drogas:
Pode aumentar a ação dos agentes bloqueadores neuromusculares.
Não pode ser administrado simultaneamente na mesma linha intravenosa clindamicina e
aminoglicosídeos

Efeitos adversos:
Gastrointestinal: Náusea, Vômitos, diarréia, dor abdominal e colite pseudo-membranosa.
Hipersensibilidade: Rash, reação anafilática e raramente eritema multiforme e síndrome de
Steven-Johnson.
Efeitos locais: Eritema e tromboflebite
Outros efeitos: Elevação da bilirrubina, fosfatase alcalina, TGO e TGP, leucopenia,
neutropenia, eosinofilia e trombocitopenia.
Licomicinas
Lincomicina ( Fradermicina, Linco-plus, Lincomicina, Macrlin)
Indicação:
É efetivo sobre Staphylococcus aureus inclusive produtores de penicilinase e
Streptococcus do grupo A.
Apresenta boa efetividade sobre anaeróbios
Não atua sobre Gram-.negativos, Enterococcus faecalis, leveduras, Neisseria gonorhoeae,
Haemophilus influenzae
Administração e dosagem:
Via oral: 500 mg V0 de 6/6 oe de 8/8 h
Em infeções leves a moderadas: 600 m/dia IM
Infeções graves: 600 IV a cada 8 ou 12 horas
Macrolídeos

Farmacologia:
Mecanismo de ação: Ligam-se à porção 50S do ribossoma e
inibem a síntese protéica. Podem atuar como bacteriostáticos
e bacterícidas, de acordo com sua concentração,densidade
populacional bacteriana e a fase de crescimento. Costumam
apresentar maior atividade em pH alcalino

Representantes: Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina,


Espiramicina, Miocamicina e Roxitromicina
Macrolídeos
Eritromicina (Pantomicina, Ilosone, Eritrex, Eritromicina, Eribiotic, Ilotrex, Ilocin,
Lisotrex)
Indicação:
efetivo sobre Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chamydia trachomatis,
Campylobacter jejuni, Corynebacterium dipththeriae
Èfetivo sobre Gram positivos
Atua sobre Clostridium perfringens.
Não tem atividade sobre a maioria dos bacilos Gram negativos aeróbicos
Ativa sobre micobactérias atípicas

Administração e dosagem:
Via oral 250 mg a 1 g V0 de 6/6
Embora descrito para uso intravenoso a apresentação não é comercializada no Brasil
Macrolídeos
Azitromicina (Zitromax, Azitromin)

Indicação:
Efetivo contra Moxarella catarrhalis, Chlamydia trachomatis, Chlamydia
pneumoniae, Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae e
Neisseria gonorrhoeae
Boa atividade sobre Toxoplasma gondii

Administração e dosagem:
Dose inicial de 500 mg no 1o dia, seguido de 250 mg/dia por mais 4 dias.
Em micobactérias atípicas 500 mg por 20 a 30 dias
No tratamento da uretrite e cervicite é usada em dose única de 1g
Não é realizado ajuste na insuficiência renal
Macrolídeos -
Claritromicina (Klaricid)
Indicação:
É efetivo contra Moxarella catarrhalis, Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae,
Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae
Melhor atividade que a eritrocimina sobre Streptococcus e staphylococcus
Usada principalmete em infeções respiratórias, pele e tecidos moles, sinusite.
Bons resultados nas infeções ocasionadas por micobactérias em paciente com HIV
Administração e dosagem:
Via oral 250-500 mg de 12/12 horas por sete dias
Nas infeções por micobactérias em pacientes com HIV utilizar 100 mg VO a cada 12
horas por 3 a 6 semanas
Macrolídeos -
Roxitromicina (Rulid, Rotram)

Indicação:
Efetivo sobre Gram-positivos
É efetivo contra Moxarella catarrhalis, Chlamydia sp, Legionella
pneumophila, Mycoplasma pneumoniae e Ureaplasma urealyticum
Boa atividade sobre anaeróbios, exceto Bacteroides fragilis
Usada em infeções respiratórias altas e pneumonias, infeções de pele e
tecidos moles, uretrites não gonocócicas, legionelose.

Administração e dosagem:
Via oral 150 mg VO a cada 12 horas ou 300 mg em dose única noturna
Metronidazol

Indicação:
Efeito antibacteriano para bactérias anaeróbias, incluindo
Bacteroídes fragilis, outras espécies de Bacteroides,
Clostridium, Peptococcus e Peptoestreptococcus. Não atua
sobre bactérias aeróbicas.
Atua sobre o Helicobacter pylori e Gardnerella vaginalis

Administração e dosagem:
Dose: 500 mg em 1 hora a cada 8 horas
Penicilinas
Farmacologia:
Distribuição: Todos os tecidos, porém só atingem concentrações adequadas
no SNC se ocorrer inflamação das meninges.
Eliminação: Aproximadamente 15 a 30% é metabolizada no fígado em
ácido peniciloico, 4 a 5 % é excretada pela bile. A Penicilina G e seus
metabolitos são excretados pelos rins por secreção tubular.

Cuidados:
Hipersensibilidade a penicilina contra-indica o uso de Penicilinas. 10 a
15% dos pacientes alérgicos penicilina tem reação cruzada com
cefalosporinas.
Altas doses de penicilina pode ocasionar neutropenia, leucopenia e
trombocitopenia.
Penicilinas
Reações adversas:
Alérgicas: urticária, dermatite esfoliativa, ocasionalmente anafilaxia
Hematológicas: anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia,
eosinofilia, agranulocitose.
Neurológicas: hiperreflexia, convulsões e coma.
Digestivas: Náuseas e diarréia, elevação das transaminases, hepatite e
colestase intra-hepática.
Em pacientes com comprometimento da função renal pode ocorrer
convulsões mioclônicas.
Renal: Nefrite intersticial que pode se manifestar com febre, rash,
eosinofilia, hematúria microscópica, azotemia e oligúria.
Local de administração: flebite.
Penicilinas Naturais
Penicilina G cristalina (Megapem, Penicilina G potássica cristalina)
Indicação:
São ativas em cocos aeróbicos Gram-positivos.
Atua em alguns Gram-negativos, com Neisseria meningitidis, Neisseria gonorrhoeae e
Pasteurella multocida.
Tem boa atação sobre Clostridium sp, porém não atua sobre Bacteroides fragilis.
Efetivo sobre Actinomyces israelli, Treponema pallidum e Borrelia burgdorferi
É utilizado no tratamento de faringite estreptocócica, erisipela, pneumonia, sífilis,
meningite, otite média, endocardite bacteriana, e em algumas situações de sepse
Administração e dosagem:
Dose pode variar 6 a 20 milhões de UI/dia por via intravenosa, diluído em soluto
fisiológico a cada 4 ou 6 horas
Cada 1.000.000 de penicilina G potássica possui 1,7 mEq de potássio. (No paciente que utiliza 20 milhões de unidades
está sendo ofertado 34 mEq de potássio, o equivalente a 01 âmpola e meia de potássio a 19,1%)
Penicilinas Naturais

Penicilina G procaína (Benapem, Penicilina G procaína, Wycillin-R)

Indicação:
São ativas em cocos aeróbicos Gram-positivos.
Atua Neisseria gonorrhoeae não produtora de beta-lactamase.
Efetivo sobre Treponema pallidum
Utilizado no tratamento da gonorréia, pneumonia pneumocócica, sífilis, amigdalite e
celulite

Administração e dosagem:
Tratamento da gonorréia: 2,4 milhões em cada nádega associada com 1 g de probenecide
oral
Para pneumonia: 300.000 U IM de 12 em 12 horas.
Penicilinas Naturais
Penicilina V –Fenoximetilpenicilina potássica – (Pen-ve-Oral, Meracilina,
Oracilin e Penicilina V)

Indicação:
São ativas em cocos aeróbicos Gram-positivos
É utilizado no tratamento de amigdalite, erisipela. Profilaxia de
endocardite infecciosa e febre reumática

Administração e dosagem:
Dose pode variar 500.000 a 1.000.000 Via ora a cada 4 ou 6 horas
Penicilinas - Aminopenicilinas
Ampicilina (Binotal, Ampicilina, Amplacilina, Amplicrom, Ampifar, Ampispectrim, Ampitotal,
Amplitor, Bacterion, Binopen, Cilipen, Gramcilina, Makrocilin)

Indicação:
Excelente ação sobre Enterococcus sp, Listeria monocytogenes e Haemophilus influenzae
não produtores de beta-lactamase
Boa atividade sobre Escherichia coli, Proteus mirabili, Salmonella tiphy e espécies de
Shigella
Efetivo sobre Streptococcus pneumoniae, Enterococcus faecalis, Neisseria gonorrhoeae e
meningiditidis

Dosagem e Administração:
Via oral: 1 a 4 g/dia divido de 6.6 horas
Via intravenosa: 4 a 12 g/dia divido a cada 4 ou 6 horas dependendo da gravidade da
infeção.
Penicilinas - Aminopenicilinas
Amoxacilina + ácido clavulânico (Clavulin, Novamox, Clavoxil)

Indicação:
Ativo sobre Gram-positivos.
Atua em Gram-negativos
Ativa sobre Bacteroides fragilis
Não é efetivo sobre Pseudomonas aeruginosa, Serratia sp, Enterobacter sp, Citrobacter
sp e Staphylococcus resistente a oxacilina

Dosagem e Administração:
Via oral: 250-500 mg de em 8 horas
Via intravenosa: 1 g de 4/4 ou 8/8 h, na dependência da gravidade da infeção,
Penicilinas – Resistente a Penicilinase

Oxacilina (Staficilin-N, Oxacilina)

Indicação:
Está indicado nas infeções por Staphylococcus aureus penicilinase-
resistente.
Tem atividade sobre Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus
pyogenes e Streptococcus viridans,
Não tem efeitos sobre bactérias Gram-negativas.

Dosagem e Administração:
Infeções moderadas - 6 g/dia, dividido a cada 4 horas
Infeções graves - 9 a 12 g/dia dividido a cada 4 horas
Penicilinas de Amplo Espectro

Carbenecilina (Carbenecilina)

Indicações:
atualmente pouco utilizada no tratamento da Pseudomonas aeruginosa, em
virtude do surgimento de outras penicilinas anti-pseudomonas

Dosagem e administração:
30 a 40 g/dia, com dose administradas a cada 4 horas
Penicilinas de Amplo Espectro

Ticarcilina/clavulanato (Timentin)

Indicações:
Apresenta atividade sobre as bactéria produtoras da beta-lactamase, como
Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella sp, Proteus sp, Shigella sp,
Haemophylus influenzae.
Boa atividade sobre Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter sp, Acinoobacter sp e
Xanthomonas maltophilia. Ação potencializada por aminoglicosídeos.
Atua ainda em várias espécies de anaeróbios, inclusive o Bacteroides fragilis.

Dosagem e administração:
3,1 gramas a cada 4 horas, em pacientes com função renal normal.
Penicilinas de Amplo Espectro
Piperacilina/tazobactan (Tazocin)
Indicações:
Apresenta atividade contra cocos Gram-positivos, com Neisseria, H. influenzae,
microorganismo anaéróbios.
A associação com o tazobactan amplia o espectro contra muitas bactérias produtoras de
betalactamases plasmídicas
Apresenta pouca atividade sobre Serratia, Enterobacter e Citrobacter
Atividade sobre cepas de Acinetobacter
Pode ser utilizado em infeções intra-abdominais, pélvicas, urinárias, respiratória, pele e
tecidos moles, osteomielite

Dosagem e administração:
2 a 4 gramas de piperacilina com 250 a 500 mg de tazobactan a cada 6 ou 8 horas
Sulfonamidas
Sulfadiazina (Sulfadiazina)
Indicações:
Ativa sobre Escherichia coli, Streptococcus pyogenes, Streptococcus
pneumoniae, Haemophylus influenzae, Haemophylus ducreyi, Nocardia
sp, Actinomyces sp, Chlamydia trachomatis..
Em associação com a pimimetamida é o tratamento de escolha da
toxoplasmose

Dosagem e administração:
Via oral: 2 a 4 g por dia com doses a cada 4 ou 8 horas
No tratamento da toxoplasmose é usado 1 g de 12/12 h
Sulfonamidas
Sulfametoxazol + trimetroprim [Cotrimoxazol] - (Bactrin, Bactrin F,
Infectrin, Infectrin F, Assepium, Bacfar, Bacteracin, Bactrex, Bactricin, Bactroprim, Baxapril, Benectrim,
Duoctrim, Ectrim, Espectrin, Imuneprim, Infecteracin, Leotrim, Lupectrin, Metorpin, Neotrin, Quiftrin,
Roytrin, Septiolan, Silpin, Sulfametoxazol + trimetroprim, Teutrin, Trimexazol) -

Indicações:
Ativa sobre maioria dos cocos Gram-positivos e Gram-negativos
Não atua sobre Treponema pallidum, Mycobacterium tuberculosis, Mycoplasma sp e
maioria dos anaeróbios
Não tem atividade sobre Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus sp.

Dosagem e administração:
Dose para infeções, exceto pneumocistose: 800 mg de sulfametoxazol + 160 mg de
trimetroprin de 12 em 12 horas
No Pneumocystis carinii: 75-100 mg/kg/dia de sulfametoxazol + 15-20 mg/kg/dia de
trimetroprin coma administração a cada 6 horas por via intravenosa
Duração da Antibioticoterapia
Local de Infecção Diagnóstico Duração
Articulação Artrite séptica não gonocócica 14 a 21 dias
Lactente/crianças igual a osteomielite
Artrite gonocócica/gonococcia
Bacteremia Bacteremia foco removível 10-14 dias
Coração Pericardite Purulenta 28 dias
Endocardite Estreptococcus viridans 14 a 28 dias
infecciosa válvula Enterococos 28 a 48 dias
nativa Estafilococos aureus 14 a 28 dias
Faringe Estreptococos Grupo A 10 dias
Diftéria membranosa 7 a 14 dias
Portador 7 dias
Duração da Antibioticoterapia
Local de Infecção Diagnóstico Duração
Gastrointestinal Disenteria bacilar, diarréia do viajante 3 dias
Febre tifoide
Ceftriaxona 5 dias
Fluorquinolona 3 a 5 dias
Clranfenicol 14 dias
Helicobacter pylorii 7 a 14 dias
Enterocolite pseudomembranosa 10 dias
Genital Uretrite não gonocócica ou uretrite 7 dias doxaciclina ou
mucopurulenta dose única azitromic
Doença inflamatória pélvica 14 dias
Músculo Gangrena gasosa 10 dias
Duração da Antibioticoterapia

Local de Infecção Diagnóstico Duração


Pulmão Pneumonia Afebril por 3-5 dias
Pneumococos (mínimo de 5 dias)
Enterobactérias/ Pseudomonas 21 a 42 dias
Estafilococos 21 a 28 dias

Pneumocystis carinii em AIDS 21 dias


Outros imunocomprometimentos 14 dias
Legionella, Mycoplasma,, Chamydia 14 a 21 dias
Abscesso pulmonar 28 a 42 dias
Rim Cistite 3 dias
Pielonefrite 14 dia
Recorrente 42 dias
Duração da Antibioticoterapia

Local de Infeçào Diagnóstico Duração


Osso Adultos:
Osteomielite aguda 42 dias
Osteomilelite crônica ate VSH nornal >3
Crianças
Osteomilelite aguda estafilo e 21 dias
enterobactérias 14 dias
Osteomielite aguda estepto
Seios da face Sinusite aguda 10 a 14 dias
Uso de Antibioticos em Gestantes
A – Estudos controlados mostrando não haver risco: nenhum antibiótico
B – Não há evidência risco em humanos
Ácido nalidíxico Ampicilina Anfotericina B
Carbenecilina Cefaclor Cefalexina
Cefalotina Cefamandol Cefazolina
Cefoperazona Cefoxitina Cefuroxima
Clindamicina Dicloxacilina Eritromicina
Etambutol Lincomicina Meticilina
Metronidazol Nistatina Nitrofurantoina
Oxacilina P. G cristalina P. G procaina
P. benzatina Penicilina V Sulfonamidas
Ticarcilina
Uso de Antibioticos em Gestantes

C- Riscos não podem ser descartados


Aciclor Amantidina Aztreonan
Ceftriaxona Ciprofloxacina Cloranfenicol
Cloroquina Flucitosina Furazolidona
Gentamicina Imipenen Isoniazida
Moxalactan Neomicina Norfloxacina
Ofloxacina Perfloxacina Quinolonas
Rifampicina Teicoplanina Trimetropin
Vancomicina
Uso de Antibioticos em Gestantes

D – Evidência positiva de risco


Canamicina Clortetraciclina Estreptomicina
Oxitetraciclina Tetraciclina
Uso de Antibióticos em Lactação

SEGURO
Amicacina Amoxacilina Ampicilina
Canamicina Carbenecilina Cefaclor
Cefadroxil Cefalexina Cefalotina
Cefazolina Cefotaxima Cefoxitina
Ceftazidima Ceftriaxona Cloxacilina
Dicloxacilina Eritromicina Estreptomicina
Gentamicina Oxacilina Penicilina
Piperazina Trimetropim Vancomicina
Uso de Antibióticos em Lactação

PROVAVELMENTE SEGURO
Aciclor Clindamicina Cloroquina
Doxiclina Isoniazida Minociclina
Pirimetamida Rifampicina Tetraciclinas
Ticarcilina
Uso de Antibióticos em Lactação

EVITAR
Ciprofloxacina Cloranfenicol Etambutol
Mebendazol Metronidazol norfloxacina
Sulfametoxazol
Uso de Antibióticos em Lactação

SEGURO SE NÃO EXISTIR DEFICIÊNCIA DE G-6-PD

Canamicina Nitrofurantoina

POUCA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL

Cefuroxima
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia
Se existe a probabilidade de infecção não deve ser administrado nenhum
antibiótico profilático e sim curativo.
O uso do antibiótico está condicionado ao conhecimento da provável flora
bacteriana que existe na área ou órgão em que será realizado a
cirurgia..
O antibiótico empregado deverá atuar na maioria dos patógenos
prováveis.
O antibiótico profilático deve ser administrado em uma dose que forneça
concentração efetiva no local em poderá ocorrer a contaminação
bacteriana.
A administração deverá ocorrer indução anestésica.
A profilaxia antibiótica deverá ser suspensa com o término da cirurgia
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia
Para a dose efetiva deve ser considerado o peso do paciente. Nos pacientes
com peso acima de 70 Kg todas as cefalosporinas deverão ser
administradas no dobro da dose.
Em procedimentos que durem menos de 3 horas uma única dose é
suficiente. Procedimentos com duração superior a 3 horas exigem, dose
adicional.
O período de utilização deve ser 1,5 a 2 vezes a meia-vida da droga
selecionada
O antibiótico profilático não faz profilaxia da infeção urinária e/ou
respiratória, nos pacientes que permanecem com sonda vesical ou tubo
orotraqueal.
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia
Esquemas
Cefazolina 1 g ou 2 g IV na indução anestésica, repetindo a cada
3 horas até término da cirurgia
Cefazolina 1 g ou 2 g IV + Metronidazol 500 mg IV na indução
anestésica, repetindo a cada 3 horas até término da cirurgia
Cefoxitina 1 g ou 2 g IV na indução anestésica, repetindo a cada
3 horas até término da cirurgia
Oxacilina 2 g + Gentamicina 80 mg IV na indução anestésica,
repetindo a cada 4 horas ante término da cirurgia
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia

Cirurgia de cabeça e pescoço


a. Cirurgias limpas (excisão de pelo e dissecção de pescoço)
Antibióticos: Cefazolina ou amoxacilina/clavunato
Administração/Dosagem/tempo: 1 a 2 gramas de gramas (peso
paciente superior um 70 Kg) de cefazolina ou
amoxacilina/clavulanato IV no momento da indução
anestésica, repetindo-se a dose se a cirurgia demorar mais de
3 horas.
Agente causal: Cobertura contra flora staphylococcica.
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia

Laringectomia e outras cirurgias de cabeça e pescoço


para câncer
Antibióticos: Cefazolina.
Administração/Dosagem/tempo: 1 a 2 gramas (se
paciente com peso superior um 70 Kg) de cefazolina IV
no momento da indução anestésica, repetindo-se a dose
se a cirurgia demorar mais de 3 horas
Agente causal: Cobertura para staphylococcus
provenientes da pele e para bactérias anaeróbicas orais.
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia

Fraturas de mandíbula
Antibióticos: Penicilina.
Administração/Dosagem/tempo: 2 penicilina do MU (60 uso do
kg 4 MU) no momento da indução anestésica; segunda dose se
procedimento > 3 horas.
Agente causal: Cobertura para flora oral.
Antibioticoterapia Profilática em Cirurgia

Paciente imunocomprometido
Antibióticos: Ceftriaxona + metronidazol
Administração/Dosagem/tempo1 a 2 gramas (se paciente com
peso superior um 70 Kg) de Ceftriaxona IV + 500 mg de
Metronidazol IV no momento da indução anestésica, dose
única
Agente causal: Flora variável, principalmente gram negativos e
anaeróbios.
Antibioticoterapia Profilática em
Situações Clínicas
Prevenção de doença memingocócica
Indicação:contaminantes domiciliares e outros contatos íntimos e prolongados(
maior que 4 horas durante o período de 5 a 7 dias antes do inícios da doença)
Início: preferencialmente nas primeiras 24 horas do estabelecimento do
diagnóstico, até no máximo de 10 dias.
Droga e Dose: Rifampicina duas vezes ao dia
Adultos: 600 mg;
crianças de 1 mês até 12 anos 10mg/Kg
Duração: dois dias.
Antibioticoterapia Profilática em
Situações Clínicas
Prevenção de infeção pneumocócica em pacientes esplenectomizados
Indicação: esplenectomia anatômica ou funcional (anemia falciforme), em
pacientes esplenectomizados recomenda-se vacinação antipneumocócica a
cada 6 anos
Início: após a esplenectomia.
Droga e Dose: Fenoximetilpenicilina, duas vezes ao dia.
Adultos jovens e crianças com idade superior a 5 anos: 250 mg.
Crianças menores de 5 anos: 125mg
Pode ser usado como Amoxacilina ou Cotrimoxazol
Duração: dois a três anos.
Antibioticoterapia Profilática em
Situações Clínicas
Prevenção de Pneumocystis carinii em pacientes com infecção pelo HIV
Indição: Adultos com infecção prévia para P. carinii (profilaxia secundária) ou
sem infecção prévia e CD4 < 200 (profilaxia primária)
Droga e Dose:
Sulfametoxazol + trimetropin – 800mg + 160 mg VO a cada 24 horas, três
vezes por semana em dias contínuos ou alternados
Dapsona – 100 mg VO duas vezes por semana
Antibioticoterapia Profilática em
Situações Clínicas
Crianças: Toda criança sintomática deve receber profilaxia, crianças
assintomáticas deverão receber a profilaxia dependendo da contagem de
CD4
Dose: Sulfametoxazol + trimetropin – (40-50/8-10 mg/kg) VO a cada 12 horas,
três vezes por semana em dias contínuos ou alternados

Idade Contagem de CD4


1 a 11 meses < 1.500
12 a 23 meses < 750
2 a 5 anos < 500
> 6 anos < 200
Profilaxia da Endocardite Infecciosa

A base teórica da profilaxia da endocardite


infecciosa está fundamentada no:
Identificação dos pacientes com risco de
desenvolvimento de endocardite infecciosa
Conhecimento dos procedimentos indutores de
bacteremia e que necessitam profilaxia
Seleção do agente antimicrobiano mais apropriado.
Profilaxia da Endocardite Infecciosa

Risco elevado:

Próteses valvares Endocardite prévia


Doenças congênitas cianóticas Ductus arteriosus
Regurgitação aórtica Estenose aórtica
Regurgitação mitral Dupla lesão mitral
CIV Coartação da aorta
Lesões intracardícas operadas com
anormalidades hemodinâmicas
Profilaxia da Endocardite Infecciosa

Risco Moderado:

Prolapso mitral com regurgitação Estenose mitral pura

Valvulopatia tricúspide Estenose pulmonar

Hipertrofia septal assimétrica Enfermidade valvular degenerativa

Válvula aórtica bicúspide ou esclerose Lesões intracardíacas operadas sem ou


aórtica calcificada com anormalidade com anormalidades hemodâmicas
hemodinâmica mínima mínimas residuais
Profilaxia da Endocardite Infecciosa

Risco baixo:

Prolapso mitral sem regurgitação CIA isolada

Placas de aterosclerose Coronariopatias

Marcapasso cardíaco
Procedimentos que necessitam profilaxia
para endocardite infecciosa:
Procedimentos odontólogicos Cirurgia biliar
acompanhado de sangramento de Citoscopia
mucosa ou gengiva
Dilatação uretral
Amigdalectomia e/ou adenoidectomia
Sondagem vesical na presença de infecção
Cirurgias sobre mucosa respiratória ou urinária
digestiva
Cirurgia urológica na presença de infecção
Broncoscopia com broncoscópio rígido urinária
Esclerose de varizes de esôfago Cirurgia de próstata
Dilatação esofágica Incisão e drenagem de abscessos ou tecidos
Colangiografia retrógada endoscópica com infectados
obstrução biliar Histerectomia vaginal
Parto vaginal na presença de infecção
Profilaxia da Endocardite Infecciosa
Procedimentos cirúrgicos orais e vias aéreas superiores(Adultos):
Amoxacilina 2 g, via oral 1 hora antes do procedimento cirúrgco

Pacientes com alergia a penicilina:


Clindamicina 600 mg, via oral 1 hora antes do procedimento ou
Cefalexina 2g, via oral 1 hora antes do procedimento ou
Azitromicina ou Claritromicina 500mg, via oral 1 hora antes do
procedimento
Profilaxia da Endocardite Infecciosa
Procedimentos cirúrgicos orais e vias aéreas superiores (Crianças):
Amoxacilina 50mg/Kg (a dose não pode exceder a dose do adulto), via oral
1 hora antes do procedimento
Pacientes com alergia a penicilina:
Clindamicina 20mg/Kg, via oral 1 hora antes do procedimento ou
Cefalexina 50mg/Kg, via oral 1 hora antes do procedimento ou
Azitromicina ou Claritromicina 15mg/Kg, via oral 1 hora antes do
procedimento
Profilaxia da Endocardite Infecciosa

Procedimentos cirúrgicos orais e vias aéreas superiores (Crianças):


Amoxacilina 50mg/Kg (a dose não pode exceder a dose do adulto), via oral
1 hora antes do procedimento

Pacientes com alergia a penicilina:


Clindamicina 20mg/Kg, via oral 1 hora antes do procedimento ou
Cefalexina 50mg/Kg, via oral 1 hora antes do procedimento ou
Azitromicina ou Claritromicina 15mg/Kg, via oral 1 hora antes do
procedimento
Resistência Bacteriana
Resistência: é a capacidade de crescimento bacteriano in vitro na presença
de concentração que o antibiótico atinge no sangue
Resistência Natural: é uma característica da bacteria, que apresenta genes
que produzem estruturas ou mecanismos que impedem o antibiótico de
agir em seu receptor, ou determinam recpetores inadequados
Resistência adquirida: é a que surge em uma bactéria primitivamente
sensível ao antibiótico. Tem origem genética
Resistência cruzada: é quando o mecanismo bioquímico de resistência a
uma droga é o mesmo para outras, ocorre mais frequentemente entre
antibióticos de uma mesma família
Resistência Bacteriana
Os antibióticos não parecem ser agentes mutagênicos, não sendo a causa
direta do surgimento da resistência bacteriana
Os antibióticos não transformam bactérias sensíveis em resistentes
Os antibióticos selecionam germes previamente resistentes existentes em
população bacteriana.
Com a destruição dos germes sensíveis pode ocorrer um desenvolvimento
dos germes previamente resistentes, ocupando o lugar dos primeiros
Embora não sejam agentes mutagênicos podem ser indutores de resitência
em determinadas bactérias, pela desrepressão de genes pré-existentes na
bactéria
Resistência Bacteriana
Tolerância:
Relaciona-se com a resistência. O antibiótico determina bacteriostase
entretanto não ocorre a destruição da bactéria (bacteriolise)
Persistência: sobrevivência da bactéria nos tecidos ou fluídos corporais
apesar da sensibilidade ao agente utilizado
Inativação do antibiótico por enzimas produzidas por outros germes
Quantidade insuficiente do antibiótico
Sobrevivência de bactérias como forma de esferoplasto ou protoplasto
ou formas L
Mecanismos de Resistência

Resistência mediada por intercâmbio genético


A informação genética que controla a resistência bacteriana aos
antibióticos está codificada no DNA cromossomal e no DNA
extracromossomal (plasmídio)
A capacidade de resistência se transmite por transferência dos genes
mediante:
Transformaçào
Transdução
Conjugação
Trnsposição
Mecanismos de Resistência

A forma mais eficaz de propagação da informação genética é através dos


plasmídeos (plasmídeos R e Fatores R)
Os Fatores R são plasmídeos conjugativos que conferem aos
microorganismos resistência frente aos antibióticos. Estão constituídos
por dois componentes: o fator de transferência de resistência (FTR), que
controla o processo de conjugação, e o determinante r, que está formado
por um ou mais genes e que confere a resistência a drogas específicas.
Existem plasmídeos que geram resistência e não apresentam FTR, sendo
transferidos por transdução ou por plasmídeos conjugativos
corresidentes
Mecanismos de Resistência

Resistência devido a mutações Genéticas:


Este tipo de resistência é ocasionado por mutações nos
genes, alterando as estruturas ou mecanismos sobre
qual atuam os antibióticos, modificando a
suceptibilidade do microorganismo ao
medicamentos
Pode ocorrer de maneira súbita ou progressiva,
oasionando uma resistência imediata ou perda
progressiva da sensibilidade
Alerta Vermelho em Resistência bacteriana

Staphylococcus coagulase negativo - resistência a análogos da meticilina


Staphylococcus aureus - resistência a análogos da meticilina
Enterobacter sp - resistência à ceftazidime
Pseudomonas aeruginosa - resistência à ceftazidime
Pseudomonas auruginosa - resistência ao imipenem
Enterococcus - resistência à vancomicina
Escherichia coli -resistência ao ciprofloxacin
Escherichia coli - resistência à ceftazidime
Klebsiella pneumoniae - resistência a betalactâmicos
Resistência bacteriana
O controle da resistência bacteriana requer uma abordagem
multidisciplinar visando:
impedir o aparecimento de microorganismos resistentes
disseminação desta resistência
As estratégias para controle de resistência são:
Protocolos de prescrição de antibióticos
Uso restrito de antibióticos
Sistemas auxiliares de prescrição informatizados
Educação continuada
Associações antibióticas
Rotação de uso
Antibioticoterapia em Germes
multiresistentes
Staphylococcus aureus
Resistente a oxacilina
Vancomicina
Alternativas: teicoplanina, cotrimoxazol, rifampicina

Resistente a vancomicina
Altas doses de vancomicina
Cotrimoxazol + rifampicina
Antibioticoterapia em Germes
multiresistentes
S. epidermidis
Resistente a oxacilina
Vancomicina
Em endocardite de válvula protética associar rifampicina e
gentamicina

Resistente a oxacilina e glicopeptídeos


Novas fluorquinolonas
Risco potencial de resistência
Antibioticoterapia em Germes
multiresistentes
Streptococcus pneumoniae
Resistente a penicilina G (MIC > 0,1 e , 1,01)
Ceftriaxona, cefotaxima ou penicilina em altas doses
Imipenem; cefepime; cefuroxima.
Resistente a penicilina G (MIC > 2))
Vancomicina + rifampicina, cefotaxima, ceftriaxona, imipenem, meropenem,
penicilina ou ampicilina em altas doses
Em meningite cefotaxima em doses 300mg/kgdia máximo de 24g/dia)
Resistente penicilina, eritromicina, cloranfenicol e TMP/SMX
Vancomicina + rifampicina
A clindamicina é efetiva em 60 a 80% das cepas
Antibioticoterapia em Germes
multiresistentes
Pseudomonas aeruginosa resistente a imipenem e
meropenem
Ciprofloxacina ou penicilina antipseudomonas

Klebsiella pneumoniae resistente ceftazidima,


aztreonam
Imipenem, meropenem ou fluorquinolonas
É possivel prevenir a infecção
hospitalar ?

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