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19/11/23, 18:10 Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa
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Judiciária;
- Fotogramas de fls. 4, 5 e 13 a 15, relativos ao local da ocorrência e à
autocaravana;
- Auto de notícia de fls. 6-7 elaborado pelos agentes da PSP que
prestaram depoimento
na audiência de julgamento;
- Auto de apreensão de fls. 8, relativa às acendalhas e ao isqueiro;
- Autos de exame e avaliação de fls. 9 e 10 dos objectos apreendidos;
- Pesquisas de fls. 19 relativa ao registo de propriedade da
autocaravana;
- Certificado de registo criminal do arguido constante de fls.116.
Finalmente, restaria proceder a uma análise das declarações do
arguido, prestadas em sede de primeiro interrogatório judicial, ao
abrigo do disposto no art. 141º, n.º 4, alínea b) do C.P.Penal; no
entanto como o mesmo não pretendeu prestar declarações (mesmo
sobre as condições pessoais), tal operação não é possível. Igualmente
não foi possível conhecer das condições socioprofissionais da vida do
arguido, uma vez que não obstante as convocatórias enviadas pela
DGRS, o mesmo não compareceu às entrevistas e como também não
compareceu às sessões de audiência de julgamento, não foi possível
conhecer de tais circunstâncias.
Quanto aos factos não provados, os mesmos assim resultaram da
insuficiência de prova produzida, pois que a prova produzida não
permitiu ao tribunal concluir se o arguido conhecia ou desconhecia
se alguém se encontrava no interior da autocaravana e se igualmente
tinha ou não conhecimento da propriedade desta, contrariando a
versão dos factos constantes do libelo acusatório. Refira-se ainda que
apesar do forcing judicial no sentido de apurar o móbil da actuação
do arguido, nada foi apurado que iluminasse o porquê dos factos sub
iudice.
*
***
*
Está apenas em causa saber se a matéria de facto apurada nos
autos permite a aplicação da taxa diária aplicada à pena de multa
que foi determinada, pena e taxa que se mostram excessivas e
desproporcionais, ou se ao invés o tribunal a quo teria que aplicar o
mínimo legalmente previsto para a referida taxa.
O arguido foi julgado na sua ausência como se verifica da acta de
fls. 117 e 133.
Não se encontra na motivação da decisão de primeira instância
qualquer referência a Relatório Social, que não foi realizado pois o
arguido não compareceu às convocatórias da DGRSP para o efeito,
sobre as condições de vida do arguido.
O tribunal determinou a pena em causa e fixou a respetiva
baseando-se apenas nas circunstâncias da prática do facto e na
ausência de antecedentes criminais do arguido como se verifica da
decisão recorrida que se transcreve nessa parte: “Demonstrado que
está o preenchimento do tipo legal de crime de incêndio, previsto e
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punido nos art. 272º, n.º 1, alínea a) e 22º do Código Penal, resta
determinar a sanção a aplicar. Mas como foi supra decidido, face à
não produção do resultado típico, verifica-se uma situação especial de
determinação da pena concreta, conforme resulta do art. 23º, 72º e
73º todos do Código Penal.
Na forma consumada tal ilícito é punido com uma moldura penal de
prisão entre 3 a 10 anos.
Assim, e em conformidade com tal caso especial de determinação da
pena, há que considerar os limites previstos no art. 73º, de modo que
em relação à pena de prisão o limite máximo é de 6 anos e 8 meses
(redução de um terço, que se traduz em 40 meses), sendo o limite
mínimo de 7 meses, cfr. art. 73º, n.º 1 alínea b) e 41º, n.º 1, ambos do
C.Penal.
Dentro desta moldura, há agora que proceder às operações de
determinação da pena, nos termos gerais, cfr. art. 71º do C.Penal.
O Tribunal reger-se-á, desde logo, pelo artigo 40º do Código Penal,
nos termos do qual se preceitua que a aplicação das penas visa a
protecção de bens jurídicos e a reintegração do agente na sociedade
(n.º 1), não podendo, em caso algum, a pena ultrapassar a medida da
culpa (n.º 2).
A pena concreta é limitada no seu máximo inultrapassável pela
medida da culpa, delimitada por uma moldura de prevenção geral,
cujo limite superior é oferecido pelo ponto óptimo de tutela dos bens
jurídicos e cujo limite inferior é constituído pelas exigências mínimas
de defesa do ordenamento jurídico. Dentro desta moldura de
prevenção, a medida da pena é encontrada em função de exigências
de prevenção especial, positiva, visando a reforma interior do
delinquente, ou negativa, enquanto intimidação individual. Desta
foram se concretiza o imperativo legal contido no art. 71º do Código
Penal.
No acaso em apreço, não consta do certificado de registo criminal do
arguido a prática de outros crimes, além de que não houve quaisquer
danos derivados da sua actuação delituosa, que revestiu forma
bastante simples e rudimentar. Assim afigura-se justa, adequada e
proporcional a pena de nove meses de prisão, quantum muito
próximo do limite mínimo.
No entanto, cumpre ainda ponderar da pertinência da realização de
uma outra operação na determinação da pena, atendendo ao disposto
no artigo 45.º do C.Penal:
“Substituição da prisão por multa
1 - A pena de prisão aplicada em medida não superior a um ano é
substituída por pena de multa ou por outra pena não privativa da
liberdade aplicável, excepto se a execução da prisão for exigida pela
necessidade de prevenir o cometimento de futuros crimes. É
correspondentemente aplicável o disposto no artigo 47.º
2 - Se a multa não for paga, o condenado cumpre a pena de prisão
aplicada na sentença. É correspondentemente aplicável o disposto no
n.º 3 do artigo 49.º.”
Ora, apesar de se desconhecer a situação profissional, social e
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