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IDP

Aluno: Alexandre Costa Yamasaki


RA: 2321083

No capítulo 2 de seu livro "Direito e Justiça", Alf Ross explora o conceito de "direito
vigente", destacando que esse é o direito reconhecido e aplicado pelos tribunais e autoridades
públicas. Ao longo do capítulo, Ross aborda diversos tópicos relacionados à compreensão do
ordenamento jurídico e à sua vigência.

O ordenamento jurídico é delineado pelo conteúdo de suas normas de conduta e


normas de competência. As normas de conduta estabelecem regras de comportamento para os
indivíduos, enquanto as normas de competência determinam quem tem o poder de criar tais
normas e aplicar sanções. A vigência do ordenamento jurídico, por sua vez, é a aceitação e
aplicação prática dessas normas pelos tribunais e autoridades públicas, sendo uma questão de
fato que pode ser observada empiricamente.

A verificação de proposições jurídicas concernentes a normas de conduta envolve


determinar se uma norma específica faz parte do ordenamento jurídico vigente, o que pode ser
realizado por meio da análise das fontes do direito. Da mesma forma, a verificação de
proposições jurídicas relacionadas a normas de competência consiste em determinar se uma
autoridade pública específica possui o poder de criar normas ou aplicar sanções, sendo esta
verificação conduzida através da análise da Constituição e de outras leis atributivas de poder.

Ross aborda a relação entre direito, força e validade, rejeitando a tese de que o direito
é baseado na força. Ele argumenta que o direito é válido independentemente do respaldo pela
força, embora esta possa ser utilizada para assegurar o cumprimento do direito, não sendo um
elemento constitutivo do mesmo.

Além disso, Ross distingue o direito de outros fenômenos normativos, como a moral e
as normas sociais. Enquanto a moral refere-se a um conjunto de regras consideradas justas por
um grupo social, as normas sociais são regras de comportamento seguidas por um grupo, sem
necessariamente serem impostas por uma autoridade.
Na discussão sobre idealismo e realismo na teoria jurídica, Ross explora as correntes
do idealismo, que considera o direito como um conjunto de normas abstratas, e do realismo,
que o concebe como normas concretas criadas e aplicadas por autoridades públicas. A
conclusão do autor é de que o direito é, de fato, um conjunto de normas criadas e aplicadas
pelos tribunais e autoridades públicas, adotando assim uma visão realista do direito.

Além disso, Ross discute as correntes do realismo jurídico, incluindo o realismo


psicológico, que considera o direito como reflexo das crenças e atitudes das pessoas, o
realismo comportamentalista, que o concebe como normas aplicadas no comportamento das
pessoas, e a síntese dessas correntes, que argumenta que o direito é um conjunto de normas
criadas, aplicadas e interpretadas pelas pessoas.

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