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ROTINAS DE SAUDE OCUPACIONAL

1
Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

ROTINAS DE SAUDE OCUPACIONAL ............................................... 4


PORQUE INVESTIR EM PRÁTICAS DE SAÚDE OCUPACIONAL ..... 6
PREVENIR DOENÇAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES DE
TRABALHO ................................................................................................. 7

EVITAR MULTAS E IMPASSES TRABALHISTAS ........................... 9

COMO ADOTAR PRÁTICAS DE SAÚDE OCUPACIONAL EFETIVAS


...................................................................................................................... 10
ENTENDER OS RISCOS AOS QUAIS OS COLABORADORES
ESTÃO EXPOSTOS ................................................................................. 11

PROMOVER A CAPACITAÇÃO ADEQUADA PARA O EXERCÍCIO


DA FUNÇÃO DE FORMA SEGURA ......................................................... 12

ESTIMULAR UM BOM CLIMA ORGANIZACIONAL....................... 13

NORMAS REGULAMENTADORAS DA SAÚDE OCUPACIONAL .... 14


A IMPORTÂNCIA DO ESOCIAL ........................................................ 17
O QUE A CLT PREVÊ NA LEGISLAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
...................................................................................................................... 18
ARTIGO 157 ................................................................................... 18

ARTIGO 200 ................................................................................... 19

MUDANÇAS NAS NORMAS REGULAMENTADORAS ..................... 20


Modernização das NRs .................................................................. 21

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 22


REFERÊNCIAS ..................................................................................... 23

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A saúde ocupacional trata exatamente das formas de prevenção de doenças e


outros problemas relacionados à saúde do trabalhador. Por isso, a legislação
trabalhista precisa ser seguida ao pé da letra para que os estabelecimentos não
sejam multados ou processados.

Criada em 1943, a legislação trabalhista é composta por uma série de normas


que estabelecem como se dão as relações de trabalho, bem como as condições
do ambiente profissional. Em relação à saúde ocupacional, a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) é bem específica: é preciso garantir a saúde física,
mental e social dos trabalhadores.

Com base nos artigos que tratam dessas condições, o Ministério do Trabalho
(agora uma Secretaria de Trabalho dentro do Ministério da Economia) elencou
37 Normas Regulamentadoras (NRs), que devem ser seguidas tanto por
empresas privadas quanto por empresas públicas.

As NRs determinam como as atividades laborais devem acontecer e os


mecanismos que devem ser seguidos para que a legislação seja respeitada. Há,
também, NRs específicas para determinados segmentos de atividades. Elas
também enfatizam sobre a importância da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) e sobre o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCS).

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ROTINAS DE SAUDE OCUPACIONAL

Saúde Ocupacional nada mais é do que um setor específico dentro da grande


área da saúde, porém, que lida unicamente com a saúde voltada para o
trabalhador.

O principal intuito da saúde ocupacional é se voltar para a prevenção de doenças


e demais problemáticas que possam se originar no ambiente de trabalho. Seu
objetivo está focado na qualidade de vida do trabalhador, oferecendo para os
funcionários bem-estar tanto físico, quanto emocional, em um ambiente de
trabalho propício. Dessa forma, ela é o que previne contra riscos e demais
problemas que o trabalhador venha a enfrentar por conta do ambiente
físico/ambiental em que realiza suas atividades.

É por meio da saúde ocupacional que os indivíduos podem realizar as suas


atividades no ambiente de trabalho com muito mais tranquilidade, relaxamento
e garantia de bem-estar social.

Muitos são os indivíduos que só reconhecem a saúde ocupacional em uma


determinada empresa pelo fato de que é esse o setor que cuida dos exames
para admissão e demissão do funcionário. Porém, a verdade é que essa é
apenas uma de tantas atividades realizadas pelo mesmo.

Vale lembrar que a saúde ocupacional é caracterizada como um setor obrigatório


dentro de empresas de pequeno, médio e grande porte. O Ministério do
Trabalho é o órgão responsável por essa fiscalização e impõe também todas as
regras no que diz respeito à qualidade de vida do trabalhador.

É claro que a saúde ocupacional se torna também vantajosa para a própria


instituição. Assim que ela oferece um ambiente realmente sadio e qualificado
para a atuação de seus funcionários, é certo de que a realização das atividades
trabalhistas no mesmo será muito melhor. Por isso, a empresa ganha um
profissional muito mais motivado para a realização de seus trabalhos, e não há

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nenhuma influência de caráter ambiental que venha a atrapalhar o trabalho e a
produtividade do mesmo.

Todos os empregadores devem observar atentamente o ambiente físico de suas


instalações, tomando sempre medidas necessárias para colocar seus
empregados o mais distante possível de riscos físicos, químicos, biológicos e
ergonômicos.

Para saber realmente quais são esses riscos, deve-se realizar uma vistoria com
profissionais especializados em Segurança do Trabalho, esses profissionais
levantarão quais os riscos existentes em todos os ambientes de sua empresa, e
indicarão ações a serem tomadas para evitar a ocorrência de acidentes, estas
ações vão desde mudança de layout da empresa até utilização de Equipamentos
de Proteção Individual – EPI, conforme as regras da saúde ocupacional.

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PORQUE INVESTIR EM PRÁTICAS DE SAÚDE OCUPACIONAL

A empresa tem total responsabilidade pela saúde e segurança dos


colaboradores. Segundo o relatório Safety and Health at The Heart of The Future
of Work, todos os dias ocorrem cerca de 6,5 mil mortes no mundo em decorrência
de doenças do trabalho, além de 1 mil por acidentes ocupacionais.

O Brasil passou a ter resultados positivos depois que a Secretaria do Trabalho


instituiu políticas públicas e ações de fiscalização. Ao comparar os dados entre
2009 a 2017, houve uma queda de 36,5% no número de acidentes de trabalho.

Ainda há muito o que fazer dentro das empresas, pois de acordo com esses
mesmos dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2018 foram
registrados 466 mil acidentes de trabalho e 8 mil doenças ocupacionais.

( Fonte : https://www.manutencaoemfoco.com.br/pcmso-saude-ocupacional/ )

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PREVENIR DOENÇAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES DE TRABALHO

O principal objetivo da saúde ocupacional é reduzir as doenças e acidentes de


trabalho. Ao instituir programas nesse sentido, as empresas proporcionam um
ambiente mais seguro e confortável, favorecendo o desempenho dos
colaboradores e evitando as ausências e afastamentos.

De acordo com a médica e diretora da Associação Nacional de Medicina do


Trabalho, Dra. Márcia Bandini, as doenças ocupacionais que mais incapacitam
os trabalhadores brasileiros são as de causa externa (cerca de 30%), os
distúrbios osteomusculares (cerca de 25%) e os transtornos mentais (cerca de
10%).

Também segundo a médica, é preciso considerar que esses dados são


baseados no registro de afastamentos da Previdência Social, isto é, não se
aplica aos trabalhadores informais. Em função disso, os números podem ser
ainda maiores.

Outros exemplos de doenças ocupacionais comuns são:

 Lesão por Esforço Repetitivo (LER);


 Perda da visão provenientes de exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos;
 Perda da sensibilidade auditiva;
 Doenças respiratórias, como asma e acúmulo de sílica nos pulmões,
devido à inalação de elementos alergênicos ou irritantes.

Além do impacto direto aos trabalhadores, as doenças e acidentes também


trazem danos financeiros à empresa. Quanto maior for o número de acidentes
de trabalho, maior é o fator acidentário previdenciário da empresa, aumentando
a alíquota do INSS — que impacta no montante final dos gastos da folha de
pagamento.

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( Fonte : https://www.saudeevida.com.br/voce-sabe-o-que-e-saude-ocupacional/ )

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EVITAR MULTAS E IMPASSES TRABALHISTAS

Como já explicamos, as práticas de saúde ocupacional são obrigatórias por lei.


Com a instituição do eSocial, ficou ainda mais difícil o descumprimento das
obrigações de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), pois os prazos e
fiscalizações ficaram mais rigorosos.

Nesse sentido, as principais multas aplicadas às empresas estão relacionadas


aos seguintes fatores:

Descumprimento das NRs – Normas Regulamentadoras:

Omissão do envio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT);

Atrasos ou não realização de exames médicos, conforme discriminado no


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);

Não fornecimento de EPIs e EPCs;

Não instituição da CIPA;

Irregularidades no pagamento de insalubridades e periculosidades;

Problemas relacionados ao PPP e ao Laudo Técnico das Condições do


Ambiente de Trabalho (LTCAT).

O descumprimento das exigências listadas acima pode trazer sérios impasses


para a empresa. Se for comprovado que um funcionário sofreu um acidente de
trabalho ou desenvolveu algumas doenças ocupacionais, por exemplo, a
empresa pode responder nas esferas civil e criminal.

De acordo com os artigos 121, 129 e 132 do Código Penal Brasileiro, o


empregador tem responsabilidade penal pela vida dos trabalhadores, o que pode
caracterizar conduta dolosa ou culposa. Ele também pode responder por crimes
de homicídio, perigo comum e de lesões corporais.

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COMO ADOTAR PRÁTICAS DE SAÚDE OCUPACIONAL
EFETIVAS

Para o Dr. Eduardo Costa Sá, médico do trabalho e perito médico Previdenciário
do INSS,

“é obrigação da empresa adotar e fazer cumprir medidas de proteção à saúde e


segurança do trabalhador”.

Para tal, é preciso desenvolver um programa com ações efetivas, que façam
sentido não só para a empresa, mas principalmente para os colaboradores. Ele
defende que a maior ferramenta que as organizações têm é a educação,
adotando medidas preventivas e de conscientização.

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ENTENDER OS RISCOS AOS QUAIS OS COLABORADORES ESTÃO EXPOSTOS

O primeiro passo na criação de um programa efetivo é a realização do


diagnóstico. Assim, é possível identificar os riscos e conhecer a natureza dos
eventos e suas consequências para a saúde e segurança do colaborador – um
ativo valioso para a gestão de SST.

Algumas ferramentas estratégicas nesse sentido são a Análise Ergonômica do


Trabalho (AET), o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional) e o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais).

Com essas informações em mãos, é possível desenvolver ações efetivas para


minimizar ou mitigar esses riscos.

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PROMOVER A CAPACITAÇÃO ADEQUADA PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE FORMA
SEGURA

Outro ponto essencial é a capacitação dos colaboradores sobre as práticas de


saúde e segurança adotadas. Não adianta em nada a empresa implementar
medidas de segurança se o colaborador não compreender sua importância e
estiver inapto a realizá-las.

Por isso, o treinamento e a reciclagem periódica são fundamentais para garantir


uma proteção contínua e correta. Confira alguns exemplos de capacitações que
devem ser realizadas para prevenção dos riscos:

Uso adequado dos EPCs e EPIs – além do fornecimento dos equipamentos;

Posturas corretas para execução das atividades laborais;

Pausas e alongamentos periódicos durante a rotina de trabalho.

Dessa maneira, os próprios trabalhadores se conscientizam da importância


dessas práticas e contribuem na disseminação de ações educativas e
preventivas no ambiente de trabalho – ao estimularem os colegas a fazerem o
mesmo.

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ESTIMULAR UM BOM CLIMA ORGANIZACIONAL

Frederick Herzberg, um dos precursores da Teoria Comportamental, defendia


que o comportamento dos colaboradores está relacionado às condições de
trabalho em que eles estão inseridos e a maneira como se sentem em relação à
empresa e ao cargo que ocupam.

Assim, as práticas ocupacionais também podem ser vistas como fatores


motivacionais, uma vez que fazem os colaboradores se sentirem cuidados e
protegidos pela empresa. Por consequência, tendem a desenvolverem melhor
suas funções, o que impacta positivamente também na produtividade.

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NORMAS REGULAMENTADORAS DA SAÚDE OCUPACIONAL

Norma Regulamentadora 07: trata do Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional (PCMSO). De acordo com a norma, todas as empresas que atuam
por meio da CLT devem adotar o PCMSO, que define regras para monitorar
possíveis dados à saúde do empregado. É esse programa que regulamenta
também os exames admissionais e demissionais, exames periódicos, de
mudança de função e de retorno ao trabalho após afastamento. Após os testes,
cada funcionário tem o seu atestado de saúde ocupacional emitido.

Norma Regulamentadora 09: esta norma trata do Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais (PPRA) e, como o próprio nome sugere, considera as
medidas a serem adotadas para diminuir riscos físicos, biológicos e químicos
presentes nas atividades e nos ambientes laborais. Por isso, o PPRA serve para
garantir a integridade dos trabalhadores.

Norma Regulamentadora 17: O chamado risco ergonômico pode ser a origem


de inúmeras doenças ocupacionais graves, que vão de LERs até as DORTs.

Sendo assim, um ambiente de trabalho que falhe em oferecer adequação


ergonômica colabora para o adoecimento dos trabalhadores. Para tratar desta
questão, foi elaborada a NR 17.

Esta norma regulamentadora é a diretriz por trás das boas práticas de


ergonomia. Lembremos que o conceito trata da ciência que promove adaptações
de ambientes, equipamentos e objetos para determinado contexto. Sua função
primordial é melhorar a qualidade de vida e a atividade praticada.

Com isto, proporciona melhor rendimento dos colaboradores, ao passo em que


são prevenidas patologias de repetição e má postura. E elas não são as únicas.
É por isto que para cada função haverá normas específicas de boas práticas.

O importante é a adaptação do trabalho às necessidades psicofisiológicas dos


profissionais da empresa. Vamos conferir, então, o que diz a Norma Regulatória
17 sobre este assunto.

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De modo resumido, a NR 17 regulamenta a ergonomia no trabalho pautando-se
em três objetivos principais. São eles: conforto, redução de lesões e aumento da
produtividade. Ela se aplica, assim, àquelas atividades que envolvem
movimentos repetitivos, longos períodos de pé ou sentado e levantamento de
cargas.

Além disto, a norma apresenta dois anexos que tratam dos requisitos de trabalho
para operadores de checkouts e telemarketing. No item 17.6, ela orienta a
respeito das condições do ambiente laboral. É onde se registra a necessidade
de adequação do local à atividade e características dos trabalhadores.

Deste modo, são consideradas normas produtivas, tempo exigido, modo


operatório, ritmo de trabalho e conteúdo do serviço realizado. Existem ainda
tópicos que ajudam a regulamentar a jornada de trabalho. NBR ISO 11226:2013
é um exemplo e aborda as posturas estáticas de trabalho e outros assuntos. Já
a NBR ISO 11228-3:2014 traz informações sobre a movimentação repetitiva de
cargas leves.

O primeiro ponto a salientar é que uma empresa que apresenta problemas


ergonômicos sofre com diminuição da qualidade produtiva. Ela pode acabar
apresentando inclusive taxas maiores de absenteísmo por parte dos
colaboradores.

Estes, por sua vez, acabam expostos a riscos que prejudicam a sua integridade
física e mental. Para se ter uma ideia, lesões por esforço repetitivo (LER) podem
apresentar suficiente gravidade para levar à aposentadoria por invalidez. Já os
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs) são fonte de
dores crônicas, bursite, mialgias, tendinites e outros males. Por isto, a NR 17 é
tão importante.

A partir dela, a organização pode elaborar um programa de ergonomia funcional.


E, para realizar esta ação, deve partir do levantamento de riscos ergonômicos.
Além de implantar medidas que melhorem o trabalho no ambiente, é fundamental
conscientizar os funcionários. As palestras e treinamentos ajudam neste sentido.

Para encerrar, cabe lembrar que o descumprimento da Norma Regulatória 17


pode trazer consequências para empresa e funcionários.

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No caso do empregador, ele será notificado se forem identificadas
irregularidades durante a fiscalização. Ele receberá então o prazo de um a 60
dias para correção. Se persistir o problema, a organização receberá multa e
poderá ter de responder processo na justiça.

Quando a transgressão ocorre por parte do funcionário, considera-se que houve


ato faltoso. E isto pode gerar até mesmo uma demissão por justa causa.
Respeitar a NR 17, portanto, também evita problemas trabalhistas.

Há, ainda, outros programas criados para garantir a saúde ocupacional dos
trabalhadores que atuam na construção. É o caso do Programa de Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), que tem a
incumbência de prever possíveis riscos na área da construção civil.

Outros documentos importantes da saúde ocupacional são o Laudo Técnico das


Condições Ambientais do Trabalho, que avalia periculosidade e insalubridade no
ambiente; bem como o Perfil Profissiográfico Previdenciário, que é mantido pelo
INSS e que contém um histórico das atividades que o trabalhador desempenhou.
Este último é um documento que serve de comprovação sobre as condições de
trabalho.

São nas NRs que as clínicas precisam estar mais atentas para adequar as
entregas aos clientes. Por exemplo: se ocorrer uma alteração na NR 7 – PCMSO,
que impacte no modelo de documento dos exames periódicos, é dever da clínica
estar atualizada e atenta na alteração.

Para isso, existem softwares baseados no conceito de cloud computing, que são
atualizados tão logo da publicação oficial das alterações, quando, na prática,
passam a valer. Ou seja, a gestão ficará facilitada, uma vez que com o software
na nuvem, as adequações são realizadas automaticamente, sem ação do
cliente.

Outra ferramenta que pode trazer benefícios às clínicas é a programação


automática dos exames, a cada seis ou 12 meses, conforme a necessidade.
Assim a legislação em saúde ocupacional prevê algumas periodicidades de
exames e outros são definidos pelo médico coordenador do PCMSO. Há no

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mercado softwares que realizam esse controle, gerando uma preocupação a
menos.

A IMPORTÂNCIA DO ESOCIAL

Apesar do nome complicado, trata-se da unificação do envio de informações pelo


empregador em relação aos seus empregados. Um dos objetivos é racionalizar
e uniformizar as obrigações relativas à contratação e utilização de mão de obra
onerosa, com ou sem vínculo empregatício e também de outras obrigações
previdenciárias e fiscais.

Neste caso, para o funcionamento do eSocial, é necessário que as clínicas de


saúde ocupacional informem os dados corretos para a ferramenta. Por exemplo:
no leiaute do eSocial, a alteração será adequada no software assim que o cliente
tiver as informações corretas e que serão disponibilizadas no sistema e à
disposição dos órgãos de controle.

É importante destacar, também, que os resultados do PCMSO e do PPRA devem


ser encaminhados ao Governo Federal, por meio do Sistema de Escrituração
Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
Nada mais é que a unificação das informações. Por isso, as clínicas que atuam
na área de saúde ocupacional devem estar atentas às mudanças e informar os
dados dos trabalhadores da forma mais precisa possível.

Se as informações não forem repassadas, a empresa poderá sofrer sanções.


Nesse aspecto, é importante contar com uma parceria, como é o caso do SOC:
um software integrado de gestão ocupacional, 100% online, e que possui a maior
Rede Credenciada de Serviços Ocupacionais Integrados Online do Brasil.

Entretanto, o eSocial ainda está sofrendo modificações nas regras e os softwares


de gestão de clínicas de saúde ocupacional estão acompanhando as exigências
e atualizando as suas versões. Isso porque o software fará a geração de
arquivos referentes aos eventos citados anteriormente.

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O QUE A CLT PREVÊ NA LEGISLAÇÃO EM SAÚDE
OCUPACIONAL

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regulamenta as relações quando


envolve o trabalho, tanto nas atividades urbanas ou rurais, ou nas relações
individuais ou coletivas. E a CLT prevê um capítulo especial sobre a legislação
em saúde ocupacional, enfatizando a busca por zelar pela saúde e bem-estar
físico, mental e social dos trabalhadores.

Os dispositivos sobre o tema foram organizados em 70 artigos (do 154 ao 223)


e percebe-se que a intenção das regras é melhorar a proteção da saúde e da
integridade física e psicológica dos trabalhadores.

ARTIGO 157

Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a


tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais;

Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Na sequência da CLT que especifica as regras sobre saúde e segurança do


trabalhador, aparecem as normas que tratam da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), suas atribuições, implementação e composição. Além
disso, há determinações sobre a obrigatoriedade de uso e os demais temas
relacionados às EPIs.

Já as medidas preventivas da medicina do trabalho, no que se refere ao exame


médico admissional, demissional e periódico, bem como à notificação das
doenças profissionais e ocupacionais, percorrem os artigos 168 e 169.

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ARTIGO 200

Segundo o artigo 200 [11] da CLT, o Ministério do Trabalho tem como função
criar algumas normas exclusivas relacionadas à segurança, saúde, higiene e
medicina no trabalho. Essas normas são chamadas de Normas
Regulamentadoras e elas podem ser encontradas na Portaria n. 3.217/77.

As normas regulamentadoras foram elaboradas para atender todos os tipos de


trabalhos e tentar prevenir os riscos causados por um acidente de trabalho.
Dessa forma, vamos analisar algumas normas que são exigidas pelo Ministério
do Trabalho.

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MUDANÇAS NAS NORMAS REGULAMENTADORAS

Todas as mudanças efetivadas na NR 7 foram feitas para adequar as exigências


ao objetivo principal da norma, que é a saúde ocupacional dos trabalhadores.
Uma das alterações, por exemplo, diz respeito aos exames médicos que não
necessariamente têm relação com o trabalho do empregado. A partir da
mudança, devem ser exigidos apenas exames que avaliem questões de saúde
relacionadas ao trabalho exercido pelo empregado na empresa, o que reduzirá
custos.

Outra medida importante diz respeito à prevenção. Estão sendo elaborados


anexos com protocolos de medidas que devem ser adotadas pelos
empregadores para o caso de riscos ocupacionais, como exposição à poeira, a
substâncias químicas cancerígenas, radiações ionizantes e trabalho em
condições hiperbáricas, como de atividades de mergulho. Estes protocolos criam
padrões de procedimentos que garantem a segurança dos trabalhadores e dão
mais clareza aos empregadores para que eles saibam exatamente como agir em
situações de risco ocupacional.

NR 9

Com a inclusão do Programa de Gerenciamento de Riscos na NR 1, o PPRA


descrito na NR 9 deixa de existir. Por causa disso, a nova norma passa a tratar
especificamente da metodologia para a avaliação da exposição aos agentes
ambientais químicos, físicos e biológicos, como poeira, ruído, calor e radiação,
por exemplo.

O texto explica sobre como identificar os agentes e quais os métodos a ser


adotados para fazer a avaliação e o controle de cada um deles. Os parâmetros
que devem ser usados para medir as quantidades aceitáveis e nocivas aos
trabalhadores estão sendo especificados nos anexos da norma. Dois deles já
passaram por revisão – são os casos dos anexos de calor e de vibração. Os

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demais estão passando por revisão, trabalho que deve ser concluído até o final
deste ano.

Modernização das NRs

Desde fevereiro de 2019, quando o trabalho de modernização foi iniciado, além


das NRs 1, 7 e 9, já foram totalmente revisadas também a NR 3, sobre embargo
e interdição; NR 12, de segurança do trabalho em máquinas e equipamentos;
NR 18, que trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção.; NR 20, sobre inflamáveis e combustíveis; NR 24, que trata das
condições de higiene e conforto nos locais de trabalho; e NR 28, de fiscalização
e penalidades.

A NR 2, sobre inspeção prévia, foi revogada. Houve ainda revisão do anexo


sobre calor da NR 15 e do item sobre periculosidade do combustível para
consumo próprio da NR 16.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A legislação em saúde ocupacional é bastante ampla e contempla inúmeras


obrigações, que devem ser seguidas por empregadores e empregados. Tudo
com o propósito de manter um ambiente de trabalho saudável, com a garantia
de todos os direitos adquiridos nos últimos anos. Entretanto, existem serviços
capazes de acompanhar e introduzir as alterações na legislação, para que a
clínica fique atualizada, em dia com a lei e sem dor de cabeça.

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REFERÊNCIAS

https://ww2.soc.com.br/2019/05/legislacao-aplicada-saude-ocupacional/#

https://www.madusaude.com.br/blog/legislacao-em-saude-ocupacional-
conheca-mais-sobre-o-cumprimento-e-a-atualizacao-das-leis

https://www.saudeevida.com.br/voce-sabe-o-que-e-saude-ocupacional/

https://www.saudeocupacional.org/2020/03/novas-nr-7-e-nr-9-foram-assinadas-
hoje-e-devem-ser-publicadas-essa-semana.html

https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/o-que-a-legislacao-diz-
sobre-a-saude-e-seguranca-no-trabalho

https://ww2.soc.com.br/2019/07/nr-17-ergonomia-no-trabalho/#

https://beecorp.com.br/blog/saude-ocupacional-nas-empresas/

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