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TDAH

Atentar – é um comportamento de ordem com uma classe comportamental de ordem superior,


ou seja, é uma classe comportamental que inclui várias classes ou sub comportamentos. –
classe de ordem superior que envolve o direcionamento dos canais sensoriais para a captação
de determinado estímulo, para ter uma qualidade maior na captação daqueles estímulos de
acordo com um contexto, minhas necessidades ou meus estressores (operações
estabelecedoras) que também controlam o meu atentar.
Geralmente no TDAH há um déficit em pré-correntes (raciocínios, pensamentos que temos
previamente a ação motora), a criança não modelou ou não desenvolveu o raciocino para onde
atentar para se instruir, que tipo de operação precisa fazer antes de agir, e geralmente vai
repodando no impulso, o que vai levando-a a errar.
Indicação de série da Netflix que trabalha a mindfulness (Headspace)
Habilidades psicológicas a desenvolver:
1. Autoregulação emocional: para regular suas carências e privações, estressores e
sentimentos diversos que podem estar concorrendo com o atentar. Saber identificar e
administrar.
2. Autocontrole: para estabelecer objetivos gradualmente, planejar e organizar esse
processo de evolução e crescimento de produtividade em micropassos, respeitando seu
ritmo para alcançar cada etapa que estabelecer. (foco, persistência e disciplina)
3. Hedonismo responsável: a pessoa pode estar buscando prazer demasiadamente de
uma forma que se comprometa, mas toda busca de prazer, recreação precisa ser
responsável, sem danos colaterais.
4. Sociabilidade: para ele conseguir expressar o que precisa (vontades e sentimentos),
tendo mais fluência interpessoal.
O estado de Flow da psicologia positiva, que diz respeito à quando o indivíduo se funde á
circunstancia, a atividade que ele tem naquele momento, uma situação que gera uma
automotivação e um autoengajamento com a atividade que perdemos a noção de tempo.
O mindfulness trabalha o relaxamento, concentração e a atenção.
A hipnose trabalha o relaxamento, concentração e a imaginação.
O flow trabalha o relaxamento, concentração e o desempenho/produtividade.
Para entramos em flow é necessário ter uma mentalidade que contemple o resultado, pois
eleva a motivação; precisamos ter competência ou potencial em fazer “aquilo”; amor ao
processo que consiste ao perceber que o processo está evoluindo, além da utilização de
técnicas de concentração:
TÉCNICAS PARA INTERVENÇÃO
1 – Técnica do papel em branco: ao iniciar uma atividade, coloque uma folha de papel em
branco ao seu lado e qualquer pensamento intrusivo e aleatório que vier a sua mente, você vai
anotar (descarregar da sua mente e direcionar para o papel – gerando assim uma dissociação),
em seguida avalia se é algo urgente, caso não seja, pode estipular um prazo para realiza-lo.
2 - Técnica da imagética de pintar os pensamentos de preto: feche os olhos e se concentre nos
pensamentos, imagens que passem por sua mente e você imagina que possa reuni-los atras dos
seus olhos, que existe um imã que vai puxando todos os pensamentos e imagens e que ficam
ali reunidos. E agora, imagine que você tem uma tinta preta e você vai pintando todos esses
pensamentos e imagens de preto e tudo fica preto e isso vai esvaziando a sua mente, você vai
se sentindo mais leve e relaxado. Agora, pode abrir os seus olhos.
3 – Treino de alta instrução com esvanecimento (inserção e retirada gradual de dicas) –
Primeira etapa - o terapeuta vai falando em voz alta, descrevendo as etapas e o contexto e
instruído em como realizar e a criança vai observar (etapa de modelação cognitiva) “Eu estou
aqui, estou sentado, eu vou fazer isso primeiro, depois vou fazer aquilo e etc”.
Segunda etapa – a criança realizará a atividade com a instrução aberta pelo terapeuta, é
quando o terapeuta vai guiando a criança em voz alta. “Você está aí, está sentado, você vai
fazer isso e depois aquilo e etc”
Terceira etapa – a criança vai repetir o processo, agora ela vai falar em voz alta o mesmo
passo a passo das etapas anteriores, sem suporte do terapeuta.
Quarta etapa – a criança vai realizar a mesma atividade, agora, sussurrando as instruções.
Quinta etapa – a criança vai realizar a atividade, em silencio, apenas pensando em cada etapa
e o terapeuta vai observando esse movimento público.
4 - Técnica da estátua para tratar criança com TDAH
Orientações:
1. A criança deve permanecer sentada na cadeira, poltrona ou sofá do consultório durante
2 ou 3 minutos, respondendo a questões simples, que podem ser respondidas com uma
única palavra;
2. Quando ela terminar esse período, reforce essa etapa verbalmente “é isso ai campeão”,
“você foi muito bem”, ou pode reforçar através do princípio de Premack (mostra que
se você tem uma atividade reforçadora que é iniciada logo após uma atividade que não
era tão reforçadora, essa anterior acaba assumindo também propriedades
reforçadoras), ou seja, a criança com TDAH tinha dificuldade de ficar sentada, o
professor pode ter falado ao terapeuta que ela ficava levantando muito na sala de aula,
mas ali no consultório quando ela fica sentada durante os 2 ou 3 minutos envolvida
com as perguntas simples, e logo após esse tempo o que era um comportamento
improvável de ocorrer espontaneamente você vai permitir que durante 15 segundos a 1
minutos, ela faça algo que ela queira no consultório.
3. Pode também utilizar o sistema de economia de fichas (moedinhas, estrelinhas...),
onde combina-se previamente com a criança reforçadores que ela gostaria de acessar e
acumulando uma quantidade x de fichas ela pode trocar por esses reforçadores
5 – Técnica do “chefinho mandou”
Orientações:
1. A criança deve olhar para o terapeuta e imitar os comportamentos motores que ele
estiver realizando durante 2 ou 3 minutos e o terapeuta vai oferecendo instruções
como: “olha o que eu vou fazer, dê um passo para a direita, agora para esquerda, dê
um pulinho...em seguida o terapeuta oferece 3 reforçadores (verbal, Premack e
economia de fichas) – pois está em modelação o atentar para a figura de autoridade,
líder da situação e seguir as instruções dele.
6 – Técnica da “marcha soldado”
Orientações:
1. O terapeuta vai ficar em pé junto com a criança, lado a lado, e ela tem que marchar no
seu ritmo (variar ritmo durante a atividade) durante 2 ou 3 minutos e em seguida os
reforçadores. Para observar o ritmo do outro.
7 – Técnica da “maratona”
Orientações:
1. Combinar um percurso com a criança pelo consultório e/ou prédio (algo que não
coloque-a em risco) para se atentar ao local de partida e chegada, reconhecendo o
percurso.
8 – Técnica da rã – mindfulness
Orientações:
1. Vão imaginar serem uma rã, pulando pelo consultório de acordo com a capacidade
motora da criança;
2. Irão observar as alterações fisiológicas (taquicardia, hiperventilação, sudorese) para o
desenvolvimento da consciência corporal dessas alterações provocadas pelas
atividades.
9 – Técnica do “sino”
Orientações:
1. Solicita a(s) criança(s) para fecharem os olhos para trabalhar a atenção auditiva;
2. O terapeuta toca o sino e após perceberem que o barulho acabou, levantem a mão, sem
abrir os olhos.
3. Em seguida, solicita para que observe quais outros sons ambientes existem;
4. Solicita para abrirem os olhos e relatarem quais sons perceberam.
10 - Técnica da “’tartaruga”
Orientações:
1. Quando o terapeuta falar o nome – tartaruga, a criança vai se encolher, como se fosse
uma tartaruga, relaxando os músculos. Para evitar os comportamento agressivos a
tensão muscular.
11 – respiração diafragmática para crianças – ativando o sistema parassimpático para
relaxamento
Orientações:
1. Solicita que a criança deite;
2. Coloca-se um bichinho de pelúcia em cima da sua barriga;
3. Solicita que respire de modo que levante o bichinho de pelúcia.
12 – Técnica “soprano pétalas” – treino de respiração
Orientações:
1. Solicitar que a criança imagine que está segurando uma florzinha, que tem as pétalas
bem soltinhas e quando mais ela sopra as pétalas vão voando
13 – Técnica de “refeição de outro planeta” – mindfulness eating
Orientações:
1. Propor a criança que irão comer um lanche vindo de outro planeta e a medida que
visualiza a comida, vai acrescentando uma história de onde veio aquele alimento e
características daquela experiencia.
14 – Técnica da “meteorologia emocional”
Orientações:
1. Solicita que a criança feche os olhos e ela vai se imaginar como um repórter do tempo;
2. Ela vai observar as reações que está havendo em seu corpo e que as descreva em
termos de tempo – “se esta chuvoso”, “se está muito quente”, “se está nublado”...
15 – Técnica da “recordação de elementos ou objetos” – atenção ampliada em um ciruito
Orientações:
1. Realizar um passeio por algum ambiente com a criança e solicitar que a mesma
observe tudo a sua volta;
2. Em seguida realizar perguntas sobre o que ela viu;
3. 5 coisas que chamara a sua atenção ou sobre algo especifico e pedir para que descreva
onde viu, como era...
16 – Técnica “veja você”
Orientações:
1. Fique de frente para a criança durante um tempo, fiquem se olhando, olhos nos olhos
sem perder o contato e sem distrações.
2. Fique de frente para a criança durante um tempo, peça para que ela te olhe como um
todo, de cima a baixo. Posteriormente solicite que ela vire de costas e duas ou três
alterações, retire algo ou mude de posição e solicite que ela identifique a mudança.
17 – Técnica da tranquilização sensorial
Orientações:
Auditiva - Solicita que feche os olhos e você separa vários barulhos e ao tocar, pede para ela
descrever o som (agudo, alto, baixo, alto);
Olfativa - Solicita que feche os olhos e você separa vários cheiros, pede para ela descrever as
sensações daquele cheiro
Tátil- Solicita que feche os olhos e você separa objetos de texturas diferentes, pede para tatear
e descrever aqueles objetos

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