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Execução e acompanhamento de projetos

de baixa complexidade

Apresentação
A execução de um projeto é a parte final de seu desenvolvimento. Nessa etapa, tudo aquilo que se
pensou e documentou é trazido para a realidade. O arquiteto pode não só acompanhar a execução
do projeto como pode executá-lo. É necessário, porém, esclarecer quais as expectativas das partes
quanto ao envolvimento e à extensão das responsabilidades do arquiteto ao longo do processo. Por
se tratar de algo novo, a materialização de um projeto é cheia de riscos, que, com planejamento e
uso de ferramentas adequadas, podem ser minimizados.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer ferramentas de gestão de projeto e aprender a
avaliar os riscos envolvidos na execução. Além disso, aprenderá a identificar controles para a
execução e o acompanhamento de projetos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar controles para a execução e o acompanhamento de projetos para materiais e


equipamentos, serviços, canteiro de obras e controle de produção.
• Avaliar os riscos envolvidos nos projetos.
• Utilizar ferramentas de gestão de projetos.
Infográfico
Supervisão, direção, gerenciamento, acompanhamento e fiscalização são serviços que podem ser
realizados durante a execução de uma obra e que, não raras vezes, são confundidos ou mal
interpretados.

O Infográfico a seguir analisa as diferenças entre esses serviços, apresentando suas finalidades e o
grau de envolvimento do arquiteto em cada categoria.
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Conteúdo do livro
A realização de um projeto é a materialização de um planejamento que reúne as expectativas e as
necessidades dos clientes. A habilitação em Arquitetura permite ao profissional, além de conceber e
documentar um projeto, executá-lo.

No Capítulo Execução e acompanhamento de projetos de baixa complexidade, da obra Custos e


planejamentos, você irá se familiarizar com os diferentes tipos de gestão que o arquiteto pode
exercer. Serão apresentados os riscos mais relevantes associados à execução de uma obra de baixa
complexidade e as ferramentas que poderão auxiliar no planejamento e na gestão da execução.

Boa leitura.
CUSTOS E
PLANEJAMENTOS

Gabriel Lima Giambastiani


Execução e
acompanhamento
de projetos de baixa
complexidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar controles para execução e acompanhamento de projetos


para materiais e equipamentos, serviços, canteiro de obras e controle
de produção.
 Avaliar os riscos envolvidos nos projetos.
 Utilizar ferramentas de gestão de projetos.

Introdução
O trabalho do profissional de arquitetura e urbanismo em geral é associado
ao desenvolvimento do projeto. No entanto, suas atribuições podem
ir além da concepção e da documentação da edificação. Arquitetos e
urbanistas são capacitados tanto para acompanhar a execução de uma
obra quanto para executá-la de forma direta.
Neste capítulo, você irá conhecer as modalidades de gestão associadas
ao fazer arquitetônico, irá avaliar os principais riscos associados à execução
de obras de baixa complexidade e, ao final, estudar a utilização de ferra-
mentas que irão ajudá-lo na materialização de um projeto arquitetônico.

Controles para execução


A Resolução n° 21, de 5 de abril de 2012, do Conselho de Arquitetura e Urba-
nismo (CAU) (2012) dispõe sobre as atividades e atribuições profissionais do
arquiteto e do urbanista. No item 2, que trata da execução, deixa claro que a
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execução de obras de arquitetura faz parte das competências desse profissional.


No item 3, que trata da gestão, é apresentada a seguinte lista:

 coordenação e compatibilização de projetos;


 supervisão de obra ou serviço técnico;
 direção ou condução de obra ou de serviço técnico;
 gerenciamento de obra ou de serviço técnico;
 acompanhamento de obra ou de serviço técnico;
 fiscalização de obra ou de serviço técnico;
 desempenho de cargo ou de função técnica.

Os termos “supervisão”, “direção”, “gerenciamento”, “acompanhamento” e


“fiscalização” são utilizados, com frequência, de maneira imprecisa ou como
se fossem intercambiáveis. É muito importante delimitar e esclarecer o que se
espera do profissional antes do início do serviço para evitar frustrações e mal
entendidos no desenvolvimento do projeto. O Quadro 1, a seguir, explicita as
diferenças e semelhanças entre cada categoria.

Quadro 1. Diferentes atribuições do profissional de arquitetura e urbanismo quanto à


gestão

Acompanha-
Supervisão Fiscalização Direção Gerenciamento
mento

Verificação da Verificação da Inspeção e Consiste em Controle dos


implantação implantação controle técnico determinar, aspectos técnicos
do projeto na do projeto na sistemático comandar e, e econômicos do
obra ou no obra, buscando de obra ou de essencialmente, desenvolvimento
serviço téc- assegurar que serviço técnico, decidir com de uma obra ou
nico, buscando sua execução tendo por fina- vistas à conse- de um serviço téc-
assegurar que obedeça lidade verificar cução de obra nico, envolvendo
sua execução fielmente as se a execução ou de serviço, a administração
obedeça definições e obedece às di- definindo uma dos contratos
fielmente as especificações retrizes, especifi- orientação ou e incluindo um
definições e as técnicas. cações e prazos diretriz a ser rigoroso controle
especificações estabelecidos. seguida. do cronograma
técnicas. físico-financeiro.

Fonte: CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMOS DO BRASIL (2012; 2013, documento on-line).


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A partir das definições apresentadas pelo CAU, é possível concluir que


supervisão e acompanhamento são o mesmo serviço, apenas a supervisão faz
menção a "serviço técnico". No entanto, não parece razoável tratá-los como
serviços distintos apenas por essa menção, uma vez que também é possível
vislumbrar o acompanhamento de algum serviço técnico relacionado à arqui-
tetura e urbanismo, como o acompanhamento de levantamento ou medição de
pré-existência, por exemplo. A fiscalização guarda relação com as categorias
anteriores. O que parece distingui-la é que, enquanto as primeiras têm como
foco a construção do objeto, a fiscalização está relacionada ao seu processo de
construção, ou seja, é o acompanhamento/supervisão do processo construtivo.
Direção e gerenciamento são categorias em que o arquiteto está diretamente
envolvido na execução do projeto, sendo a segunda mais abrangente, uma vez
que envolve, além dos aspectos construtivos, responsabilidades atinentes a
outras áreas, como jurídica (gestão de contratos) e econômica (controle do
cronograma físico-financeiro).
Imagine a situação em que o profissional calcula os seus honorários le-
vando em consideração o acompanhamento do projeto e o cliente espera
o seu gerenciamento. Além da frustração, a extensão do segundo serviço
justifica que seu valor seja maior do que o primeiro. Logo, antes do início
dos trabalhos, é necessário esclarecer e alinhar expectativas dos envolvidos
na execução do projeto. Nesta unidade, o foco será a execução e o acompa-
nhamento (verificação da implantação do projeto na obra, visando assegurar
que sua execução obedeça fielmente às definições e especificações técnicas)
de projetos de baixa complexidade.
O profissional que está envolvido na execução da obra, como conse-
quência se envolve na gestão de materiais, de mão de obra e de serviços
necessários para a execução do projeto. Mesmo assim, é preciso esclarecer
a extensão dessa responsabilidade. Quanto ao material, por exemplo, o
profissional é responsável pelo fornecimento ou apenas pelo recebimento?
Essa diferença tem consequência na responsabilização do responsável pela
execução da obra uma vez que a obrigação de fornecer materiais não se
presume, resultado da lei ou da vontade das partes (Código Civil, art. 610
§1º) (Quadro 2).
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Quadro 2. Diferenças na responsabilidade pelos riscos de perecimento dos materiais de


acordo com o contrato de empreitada

Empreitada com fornecimento Empreitada sem fornecimento


de materiais de materiais

CC Art. 611. Quando o empreiteiro CC Art. 612. Se o empreiteiro só forne-


fornece os materiais, correm por sua ceu mão de obra, todos os riscos em
conta os riscos até o momento da que não tiver culpa correrão por conta
entrega da obra, a contento de quem do dono.
a encomendou, se este não estiver em
mora de receber. Mas se estiver, por
sua conta correrão os riscos.

Fonte: BRASIL (2002, documento on-line).

A partir da análise das definições apresentadas pelo CAU e pela legisla-


ção nacional, é evidente a importância da identificação dos controles e dos
parâmetros relacionados à responsabilidade dos profissionais de arquitetura e
urbanismo referentes ao acompanhamento do projeto, à compra de materiais,
à contratação de mão de obra, aos equipamentos, aos serviços e ao controle
de produção do projeto.

Riscos do projeto
"Um projeto é uma empreitada temporá ria levada a cabo para criar um
produto, serviço ou resultado exclusivo" (LARSON; GRAY, 2016, p. 575).
Por se tratar da criação de algo novo, riscos são inerentes tanto à atividade
projetual quanto à sua execução. Riscos podem ser defi nidos como "chance[s]
de que um evento de projeto indesejável aconteça e as consequências de
todos os seus possíveis resultados" (LARSON; GRAY, 2016, p. 576). Essa
defi nição abrangente classifica como risco tudo aquilo que não é espe-
rado que aconteça e as suas consequências. São inúmeros os eventos que
se enquadram nessa defi nição: chuvas, variação de preços dos insumos
construtivos, acidentes de trabalho, atraso de fornecedores, etc.. Por isso,
é bastante difícil o desenvolvimento e a execução de um projeto sem que
ocorra algum contratempo. Sabendo disso, seria ingenuidade do profissional
não tomar algumas garantias para minimizar o impacto desses eventos
durante a execução do seu trabalho.
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Na execução de projetos de baixa complexidade, uma reforma de um


apartamento, por exemplo, os maiores riscos estão relacionados à disponi-
bilidade do material (falta, atrasos, desperdício) e à mão de obra (precisão,
assiduidade, treinamento).

Riscos relacionados aos materiais


Assim como mármore e bronze são a matéria prima da construção de esculturas;
cimento, tijolo e madeira são a matéria prima da construção da arquitetura. A
qualidade dos materiais escolhidos refletirá na qualidade do trabalho executado.
Isso não significa que um projeto bem-sucedido requeira materiais nobres.
A qualidade de insumos que não são vistos, como fiação e tubulações, tem
impacto na qualidade da construção. Portanto, levando em consideração os
riscos decorrentes da degradação e o decaimento dos materiais, é necessário
selecionar aqueles que sejam resistentes à ação do tempo e cuja qualidade
contribua para a solidez da obra. Algumas maneiras de minimizar riscos
envolvendo materiais de construção são as precauções normais de compra
de qualquer bem:

 dar preferência para marcas cuja reputação esteja associada à qualidade,


 desconfiar de preços discrepantes ou fora dos padrões de mercado,
 pesquisar opiniões de outros compradores,
 pesquisar preferências de outros profissionais e empresas do setor.

Um caso emblemático da construção civil brasileira foi a queda do edifício Palace II,
no Rio de Janeiro, em 1998. Uma das causas da queda foi o emprego de materiais de
construção de baixa qualidade, como areia da praia, na composição das estruturas de
concreto. Saiba mais no seguinte link.

https://qrgo.page.link/FFLr5

Além das características inerentes dos materiais de construção existem


aquelas referentes ao seu acondicionamento. Materiais como cimento, por
exemplo, devem ser posicionados em locais longe de umidade, de preferência
afastados do chão. A organização do canteiro de obras é fundamental para
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o andamento ágil da obra, previne acidentes e o desperdício de materiais, e,


como consequência, de recursos. O uso racional, organizado e otimizado de
recursos é uma das maneiras de se fazer uma arquitetura sustentável, ainda
que atuemos em uma escala muito restrita, como uma reforma ou um projeto
de pequeno porte.

Riscos relacionados à mão de obra


Se o projetista é o responsável pela idealização do projeto, a mão de obra é
responsável pela realização daquela ideia. Visto que o que se objetiva com um
projeto é a sua materialização, a valorização e a preparação da mão de obra
é um componente fundamental na indústria da construção.
Ao executar ou acompanhar a execução de uma obra, o arquiteto deve
observar tanto a correspondência entre aquilo que foi projetado e aquilo
que efetivamente está sendo executado quanto para a segurança das pessoas
envolvidas na execução.

Aprenda com a mão de obra


Como disse Ralph Waldo Emerson, toda pessoa é superior a outra em alguma coisa
e, sendo assim, é possível aprender algo novo com qualquer pessoa. Profissionais da
construção civil lidam diariamente com situações que projetistas veem apenas como
abstrações nas telas de seus computadores. Tenha a mente aberta para aprender
com técnicas e soluções apresentadas pelas pessoas envolvidas na construção, não
importando seu nível de instrução.

Independentemente da complexidade da obra, uma execução de excelên-


cia requer uma mão de obra capacitada. Seja na leitura e na interpretação
do projeto ou no domínio da técnica construtiva, é responsabilidade do
profissional buscar parceiros e prestadores de serviço capazes de executar
aquilo que foi projetado. O profissional de arquitetura, por sua vez, deve
trazer para si a responsabilidade de adequar a comunicação e a representação
de seus projetos de maneira a tornar claras e precisas as informações ali
contidas. minimizando erros de interpretação e de execução do projeto de
arquitetura.
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No que se refere à segurança dos trabalhadores, além da organização


do espaço da obra, que já foi comentada, é preciso zelar pela segurança dos
profissionais garantindo que eles disponham dos insumos necessários para
a realização do seu trabalho, assim como os equipamentos de proteção
individuais (EPIs).

Acesse o link a seguir e conheça os EPIs mais usados na construção civil.

https://qrgo.page.link/HCZrC

Como as construções mais frequentes são aquelas de baixa complexidade,


como reparos, reformas e obras de pequeno porte, os riscos associados a essas
atividades são os mais comuns. Portanto, para que sejam minimizados basta o
conhecimento e a atenção às adversidades mais corriqueiras como problemas
relacionados aos materiais de construção e atenção ao trabalho e segurança da
equipe de obra. Pesquisa prévia e atenção na hora da execução são grandes
aliados para transformar a experiência de execução e de supervisão em tarefas
previsíveis e controláveis.

Uma empresa pode contratar outra empresa para executar determinado serviço; essa
prática tem o nome de terceirização. Na construção civil, isso ocorre, por exemplo,
quando uma empresa construtora contrata uma empresa de prestação de serviços
de limpeza para que ela faça a faxina da obra. Quando a terceirização é bem feita, a
responsabilidade da empresa tomadora do serviço é subsidiária, ou seja, responde
pelos débitos trabalhistas apenas quando a empresa que presta serviço não o fizer.
No artigo a seguir, a advogada Maria Lucia Benhame explica os principais aspectos
da terceirização de trabalho na construção civil.

https://qrgo.page.link/yc55F
8 Execução e acompanhamento de projetos de baixa complexidade

Ferramentas de gestão
As atividades necessárias à execução de uma obra devem ser geridas contem-
plando o envolvimento de três variáveis:

 tempo;
 orçamento;
 recursos humanos.

Um projeto é "um esforço temporário empreendido para criar um produto,


serviço ou resultado exclusivo" (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE,
2012) e existem ferramentas próprias para a gestão de projetos. A execução
de uma obra, portanto, é um projeto.
O gráfico de Gantt é um dos instrumentos mais interessantes para a gestão
de projetos, pois é por meio dele que é possível representar, de forma gráfica,
as atividades distribuídas ao longo do tempo, com seus devidos recursos
humanos e financeiros atrelados (Figura 1).

Figura 1. Gráfico de Gantt.


Fonte: Kemal Taner/Shutterstock.com.
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Por meio do gráfico de Gantt é possível visualizar as atividades que acontecem


ao mesmo tempo e as atividades que necessitam do término de outra para iniciar.
Existem softwares específicos para a gestão e que possibilitam a elaboração de
gráficos muito completos, como é o caso do MS Project e do Project Libre. Para
que essas ferramentas digitais sejam utilizadas, no entanto, é necessário fornecer
informações e dados que servem de base para o funcionamento do programa.
Para que seja construído um gráfico de Gantt é preciso que o projetista
tenha conhecimento de, no mínimo:

 atividades que deverão ser executadas;


 duração das atividades;
 interdependência das atividades, ou seja, se alguma depende do término
de outra para que possa iniciar (nesse caso, denomina-se a atividade
anterior como predecessora).

Dessa forma, as atividades são dispostas ao longo de um calendário e


inseridas em uma sequência lógica. Quanto mais precisas forem essas infor-
mações, melhor será a gestão das atividades. As durações das atividades e
as dependências entre elas não podem ser dados aleatórios. O arquiteto ou
responsável pela gestão deve contar com o auxílio dos profissionais envolvidos
para a montagem do cronograma. O tempo das atividades pode ter pouca
flexibilidade, como o tempo de cura de uma laje de concreto, por exemplo.
Já outros serviços podem apresentar maiores variações na duração, como a
pintura de um ambiente, que pode ser executada por um funcionário apenas
ou por três pintores ao mesmo tempo (Quadros 3 e 4).

Quadro 3. Exemplo de quadro com as atividades, a duração e as predecessoras de um


pequeno projeto de mobiliário

Atividade Duração Predecessora

A Instalação de marcenaria 2 dias —

B Medição dos tampos de granito 1 dia Marcenaria

C Instalação dos tampos 1 dia Medição

D Instalação do cooktop 1 dia Tampos


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Quadro 4. Exemplo de gráfico de Gantt simplificado para a execução de um mobiliário

ATIVIDADE Duração (dias) 1 2 3 4 5

A Instalação de marcenaria 2

B Medição de tampos 1

C Instalação de tampos 1

D Instalação de cooktop 1

Tão importante quanto desenvolver esse cronograma é acompanhá-lo. Não


se deve esquecer que, no fim da cadeia, uma obra será executada por pessoas
e a gestão de pessoas pode ser muito complicada. Um funcionário que não
compareça à obra por um turno sequer pode comprometer o andamento de
diversas atividades, inclusive das que não se relacionam diretamente a ele.
Por isso, o processo de planejar, executar, controlar e agir é fundamental
no exercício da gestão. O planejamento e o gráfico elaborados inicialmente
devem ser acompanhados e atualizados de forma diária. Assim, quando alguma
atividade atrasa ou não pode ser executada por algum motivo, é possível reor-
ganizar o cronograma e redistribuir as atividades da melhor forma possível.
A ideia é que todo processo tenha um controle permanente e que permita
a aferição do desempenho dos meios empregados e promova uma alteração de
procedimentos de modo que seja fácil alcançar as metas necessárias (MAT-
TOS, 2010, p. 39).

PDCA é um acrônimo da língua inglesa que remete a um ciclo de melhoria constante


de processos desenvolvido na década de 1920, por Walter Shewart; e popularizado na
década de 1950, por Edwards Deming. Por essas razões, também pode ser encontrado
como ciclo de Deming ou ciclo de Shewhart. Cada letra corresponde a uma fase do
ciclo: "plan" (planejar); "do" (fazer); "check" (controlar); "act" (agir). O ciclo PDCA é uma
ferramenta que evidencia a necessidade de trabalhar a melhoria contínua dos processos,
evoluindo a cada interação; é, portanto, uma ferramenta que se sustenta na repetição.
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BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.


gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 14 maio 2019.
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMOS DO BRASIL. Resolução n° 21, de 5 de
abril de 2012. Brasília: CAU/BR, 2012. Disponível em: https://transparencia.caubr.gov.
br/arquivos/resolucao21.pdf. Acesso em: 14 maio 2019.
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMOS DO BRASIL. Resolução n° 51, de 12 de
julho de 2013. Brasília: CAU/BR, 2013. Disponível em: https://transparencia.caubr.gov.
br/arquivos/resolucao51.pdf. Acesso em: 14 maio 2019.
LARSON, E. W.; GRAY, C. F. Gerenciamento de projetos: o processo gerencial. 6. Ed. Porto
Alegre: Bookman, 2016.
MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Pini, 2010.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em gerenciamento de
projetos: (guia PMBOK®). 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Dica do professor
Um dos objetivos do serviço de fiscalização e acompanhamento de uma obra é garantir que o
projeto seja executado da maneira mais adequada e que o resultado seja o mais fidedigno possível.
É comum que, ao longo da execução, surjam situações inesperadas, que poderão ser identificadas
pelo profissional responsável e contornadas rapidamente.

Na Dica do Professor, você vai conhecer algumas boas práticas que auxiliam na organização da
execução de uma obra.

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Na prática
Gerenciar a execução de um projeto de arquitetura é assumir comprometimento com o resultado.
Quando se trata de projetos comerciais, o tempo de execução é um fator fundamental, pois os
clientes estão submetidos a pressões externas, como aluguel e atendimento aos clientes.

Neste Na Prática, você irá acompanhar o caso da arquiteta Ana Cristina na execução da reforma de
um bar, que aconteceu em três dias, durante um feriadão.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Administração de obras ou fiscalização de obras? Tem


diferença?
Administração, gerenciamento, fiscalização e acompanhamento de obra são expressões com
frequência utilizadas como sinônimos. Neste vídeo, o engenheiro Filipe Boito explica as principais
diferenças entre elas.

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O que é um diário de obra e como preencher, passo a passo!


O diário de obras (DO ou RDO) é uma ferramenta usada para registrar as atividades desenvolvidas
na obra durante o dia em cada frente de serviço. Neste artigo, o engenheiro Fabrício Rossi
conceitua e explica como melhor utilizar esse instrumento de gestão.

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5 motivos para utilizar o BIM em planejamento de obras


O uso de ferramentas de projeto BIM (Building Information Modeling) já é uma realidade no mercado
nacional. Com frequência são apresentadas as vantagens do uso desses programas durante a fase
de projeto. Neste artigo, são listadas algumas razões para considerar o uso de softwares BIM
levando em conta o planejamento e o acompanhamento da execução do projeto.
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