Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Citologia
Clínica
Hemoglobinopatias
• Síndromes Talassêmicas
• Anemia Falciforme
DISTÚRBIOS HEMOLÍTICOS CONGÊNITOS
DEFEITOS HEREDITÁRIOS DA MEMBRANA ERITROCITÁRIA
Membranoeritropatias
MEMBRANOPATIAS
ESTRUTURA DA MEMBRANA ERITROCITÁRIA
• A estrutura da membrana eritrocitária permite que ela atravesse capilares
cujo diâmetro é menor que o seu como os capilares do baço.
• Precisa de plasticidade muito grande
MEMBRANOPATIAS
• A maioria da membranopatias são hereditária;
• São alterações genéticas nas proteínas que compõe a membrana eritrocitária;
• A membrana eritrocitária é composta de:
✓ Proteínas que faz parte do citoesqueleto
✓ Proteínas que atravessam a membrana eritrocitária
MEMBRANOPATIAS
• Se o defeito for nas proteína horizontais ocorre
por exemplo a eliptocitose hereditária
• Se o defeito for nas proteína que fazem parte da
estrutura na sua forma vertical nós temos a
esferocitose hereditária
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Considerações Gerais:
• É uma membranopatia – defeito das proteínas das forças verticais da
membrana eritrocitária.
• Defeito herdado em uma proteína que compõe o citoesqueleto eritrocitário,
essa proteína pode ser:
✓ Anquirina: mais comum
✓ Banda 3
✓ Espectrina
• O grau de alteração depende da herança
• Caráter autossômico dominante 80% (alguns casos recessivo 20%)
• Apresenta muitos esferócitos no sangue periférico
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Classificação Morfológica
• Anemia Normocrômica Normocítica
Classificação Fisiopatológica
• Anemia Hemolítica hereditária por membranopatia- Anemia
hiperprpliferativa
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Alterações da hemácia
• Perda da plasicidade da Hm
• Defeito na rede de Espectrina, anquirina, banda 3 e banda 4,2
• Instabilidade do colesterol e fosfolipídios em baixas concentrações de
glicose
• Aumento da permeabilidade ao Na+
• Aumento do Ca2+ intracelular
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
• Anemia leve
• Anemia moderada: mais comum
• Anemia grave
• Ou não apresentar anemia, apenas uma hemólise compensada
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Elementos Clínicos:
Elementos Clínicos:
Hm: baixa
Plaquetas: normais
Leucócitos: pouco elevado
Classificação morfológica:
VCM: normal
HCM: normal
CHCM: elevado
Anemia normocítica
hipercromica
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Hemograma Característico Hb: baixa = anemia
Classificação morfológica:
VCM: normal
HCM: normal
CHCM: elevado
Anemia normocítica
hipercromica
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Hemograma Característico O analista observou:
✓ Anisocitose (variação no
tamanho da Hm)
✓ Poiquilocitose: variação na forma
da Hm
✓ Esferócito: 3+ - muito elevado, as
situações que apresenta esse
valor alto são em duas situações:
esferocitose hereditária ou
anemias imunes causada por Ac
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Hemograma Característico
O analista observou:
✓ Presença de policromasia
indicando reticulócitos imaturos
✓ Reticulócitos: auto indicando
anemia hiperproliferativa
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Esferócitos
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Coloca as Hm de um indivíduo
que suspeita ter muitos
esferócitos em uma solução
crescente de hipotonicidade
MEMBRANOPATIAS
Esferocitose Hereditária
Testes genéticos
• Assintomático: maioria
• Herança dominante
• alguns pacientes com hemólise crônica leve não
acompanhada de anemia e esplenomeggalia
Características Laboratoriais
• Eliptócitos
• Sem anemia (ret 1 a 3%)
• História Familiar
CASO CLÍNICO
História: Paciente masculino, 1 ano, foi levado ao pronto socorro com febre,
prostração, dor abdominal, irritabilidade e icterícia. A mãe relata que a criança
vem apresentando estes sintomas desde o nascimento com intensificação do
quadro.
CASO CLÍNICO
Exames solicitados:
Hemograma com plaquetas, reticulócitos e VHS, bilirrubinas, coombs direto e
indireto, prova de falcização, Fragilidade Osmótica Eritrocitária.
MEMBRANOPATIAS
Eliptocitose Hereditária
CASO CLÍNICO
Resultados:
He: 2,7 milhões/mm3; Hb: 7,8 g/dl (anemia); Ht: 20%; leucócitos totais:
11.200/mm3 (alto), plaquetas: 300.000/mm3 (normal); reticulócitos: 8,8% (alto);
VHS: 42 mm/h (alto – indica processo infeccioso); bilirrubina total:6,4; INDIRETA:
5,7 (alto); ; direta: 0.7; coombs direto: negativo, coombs indireto: negativo.
Prva de falcização: negativo; Fragilidade osmótica eritrocitária: fragilidade
osmótica aumentada
Os índices hamantimétricos não foram fornecidos mas podemos calcular
MEMBRANOPATIAS
Eliptocitose Hereditária
CASO CLÍNICO
• ERITROENZIMOPATIAS ou enzimopatias
https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6967/2/DJANE_ARAUJO_OLIVEIRA.pdf
ERITROENZIMOPATIAS
METABOLISMO ERITROCITÁRIO
• A Hm não tem mitocôndria, não tem organelas, não tem DNA
• Elas se mantem vivas graças a presença de enzimas – oram produzidas
quando ainda a célula tinha núcleo – eritroblasto na MO
• Função da enzima: degradar a glicose produzindo 4 substancias essenciais a
vida da Hm.
1- ATP – energia
2- NADH: mantém o Fe reduzido
3- 2,3- Difosfoglicerato - aumenta aporte de O2 aos tecidos periféricos
4- NADPH – Manutenção do GSH – sistema oxi-redutor
ERITROENZIMOPATIAS
METABOLISMO ERITROCITÁRIO
Função de manter:
Ciclo de Embden-Meyerhof
➢ Produção de ATP (90 a 95% da glicose consumida)
• Carregar cátions monovalentes e Ca+2
• Fosforilar várias proteínas
• Síntese de glutation
• Preservação de nucleotídeos, etc
➢ NADH
• manutenção do Fe reduzido
ERITROENZIMOPATIAS
METABOLISMO ERITROCITÁRIO
Função de manter:
Desvio de Rapaport-Luebering
➢ 2,3- Difosfoglicerato - aporte de O2 aos tecidos periféricos
METABOLISMO
Via glicolítica ERITROCITÁRIOGlicose
de Embden-Meyerhoff
NADP NADPH
Frutose 1,6-diP
Gliceraldeído NAD
NADH
1,3 difosfoglicerato
2,3 DIFOSGLICERATO
3-fosfoglicerato
Rapaport-Luebering ATP
Fosfoenol-piruvato
Piruvato cinase
ADP
ATP
Piruvato
Lactato
ERITROENZIMOPATIAS
DEFICIÊNCIA DE G-6PD
• É comum em todo mundo
• Afeta cerca de 200 milhões de pessoa no mundo
Fisiopatologia:
• Herança ligada ao sexo: cromossomo X: é mais frequente no sexo
masculino, pois o homem tem um X (XY) apenas e será o afetado.
• A mulher é XX, pode ter os dois X normais – pessoa normal, pode ter
um X normal e um doente – portadora, ou os 2X afetado – doente
(raro)
Ag. Oxidante
Hb Metahemoglobina Precipitação
Hemoglobina embrionária
Hemoglobina fetal
Hemoglobina no adulto
• HbA: α2 β2
✓ α2: 1 gene alfa do pai + 1 gene alfa da mãe
✓ β2: 1 gene beta do pai + 1 gene beta da mãe
Herança:
HOMOZIGOSE: HbSS (ausência de HbA) → ANEMIA FALCIFORME
HETEROZIGOSE : HbAS → Traço falciforme
• Prevalência da HbS
• 2,1 % na população brasileira
• 20 a 30% em algumas regiões africanas
HEMOGLOBIOPATIAS
HEMOGLOBINA S
AS
AA AS AS SS \\\\\\\
HEMOGLOBIOPATIAS
HEMOGLOBINA S
Anemia falciforme ou drepanocitose
Posição 6 cadeia beta globina
Paciente apresenta :
Úlcera na perna
HEMOGLOBIOPATIAS
Alterações morfológicas presentes no sangue de um paciente com anemia
falciforme
• Heterozigoto → HbAS
• Portadores → geralmente assintomáticos
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Eletroforeses de hemoglobinas
• pH alcalino
• pH ácido
HEMOGLOBIOPATIAS
Diagnóstico laboratorial
Heterozigotos (AS)
• Presença de 30 a 45% de HbS
• A presença de hemácias tendendo a falcização (no esfregaço)
é rara necessitando de outros fatores desencadeantes
Homozigotos (SS)
• Presença de 80 a 98% de HbS
• Pode ter a presenças de HbF
• Moderada a acentuada anemia hemolítica crônica –
Reticulocitose (hiperproliferativa)
HEMOGLOBIOPATIAS
Diagnóstico laboratorial
Identificação da HbS
• Prova de falcização de hemácias
• Prova da solubilidade da HbS
Padrão AFSC, da
esquerda para direita
HEMOGLOBIOPATIAS
Eletroforese Hb
Eletroforese de Hb em pH alcalino
Comparando com o
padrão: primeira
banda é a banda A e a
banda S, banda A
mais forte
HEMOGLOBIOPATIAS
Eletroforese Hb
Eletroforese de Hb em pH alcalino
Indivíduo SS
Tem outras HB que
corre na mesma
posição da S tem que
fazer eletroforese ácida
para confirmar se é HbS
HEMOGLOBIOPATIAS
Dosagem de Hb Fetal: ffaz sempre quando na eletroforese tem banda no
local da HbF
Métodos:
• Singer: altas concentrações de Hb
• Betke: Hb inferior a 4%
Resultados Esperados na Anemia Falciforme:
✓ Nascimento : 80%
✓ 6 meses : 30%
✓ 18 meses : 20%
✓ 4 anos : 10 %
✓ 12 anos : 7 a 8%
HEMOGLOBIOPATIAS
Doenças Falciformes
HEMOGLOBIOPATIAS
Doenças Falciformes
Tratamento
• Paliativo
• Analgésicos para os sintomas dolorosos
• Transfusões de concentrado de hemácias
• Usar ácido fólico devido a intensa eritropoese
• Evitar frio e altitude
• Uso experimental de hidroxiuréia para aumentar os valores
de HbF
Sexo feminino, 11 anos. Suspeita clinica: Anemia falciforme ?
HEMOGRAMA
DADOS BIOQUÍMICOS
He 106/mL 2,4
Hb (g/dL) 7,2 Valor de
Referencia
Ht (%) 23,0
VCM (fL) 95,8 Ferro sérico (mg/dl) 85,9 75 – 135
• Drepanócitos.
• Eritroblasto ortocromático
• Células mais roxinhas devido a
presença de policromasia,
hipocromia e microcitose
Etiologia:
• HbC é menos solúvel do que a HbA
• Cristalização da HbC encurtamento da vida dos eritrócitos (30 a 55 dias)
• Diminuição da flexibilidade do eritrócito: devido aos cristais formados,
levando a hemólise – destruição precoce
Prevalência da HbC:
• 0,5% na população brasileira, mais comum na raça negra
• 15 a 30% em populações da África Ocidental
HEMOGLOBIOPATIAS
HBC
Homozigotos (CC)
• Leve a moderada anemia hemolítica
• Esplenomegalia
• Cansaço e fraqueza
• Icterícia
• Desconforto abdominal: devido a pedra na vesícula,
pelo aumento da bilirrubina
→ curso clínico mais favorável que a AF
HEMOGLOBIOPATIAS
HBC
AC
AC CC
HEMOGLOBIOPATIAS
HBC
Diagnóstico laboratorial
Heterozigotos (AC)
• Assintomáticos : não apresenta anemia
• Até 50% de hemácias em alvo
• Eletroforese de Hb em ph alcalino: 25 a
45% de HbC restante é A
• Para confirmar faz eletroforese de Hb
em ph ácido, o C corre para traz do
ponto de aplicação e corre sozinho
HEMOGLOBIOPATIAS
HBC
Diagnóstico laboratorial
Homozigotos (CC)
• Anemia leve a moderada (Hb de 8 a 11 g/dL) NN
• 50 a 100% de hemácias em alvo
• 100% de HbC e HbA2 – eletroforese em pH alcalino e ácido –
Não tem HbA
• Aumento do número de reticulócitos
• Presença de cristais intraeritrocitários em incubação com Na
Cl a 3%
HEMOGLOBIOPATIAS
HBC
precipitação → hemólise
HEMOGLOBIOPATIAS
α – Talassemia
Diferentes genótipos α-talassêmicos
→ Não confundir com corpos de Heinz que também é com esse corante
• Corpos de H
HEMOGLOBIOPATIAS
α – Talassemia
• Número de eritrócitos:
5,0 a 6,5 Milhões /mm3(mulheres)
5,5 a 7,0 Milhões /mm3 (homens)
OBS.: Numero de hemácias acima ou no limite superior da referência
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia menor
Beta menor- heterozigota ou traço talassêmico beta
Quando a cadeia beta está reduzida ou ausente na célula eritroide:
• VCM de moderado a intensamente diminuído de 55fL a 68 fL
• RDW geralmente normal
Anemia: como falta cadeia beta sobra cadeias alfa no
citoplasma dos eritroblastos → as cadeias alfas livres
são completamente insolúveis e ppt no citoplasma da
célula e seu efeito toxico culmina na destruição dos
erotroblastos na MO, um processo chamado
eritropoiese ineficaz
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia menor
Morfologia eritrocitária:
✓ Microcitose e hipocromia
✓ Célula em alvo
✓ Policromasia
✓ Ponteado basófilo
✓ Índice de Mntzer = VCM / E <13
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia menor
Hemograma ponteado basófilo
He 106/mL 6,24
Hb (g/dL) 12,3
Ht (%) 38,2
VCM (fL) 61,11
HCM (pg) 19,7 microcíticas e
CHCM (%) 32,3 hipocromia
Reticulócitos 138.500)
Eritroblastos (mm3)-1
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia menor
Diagnóstico
• Teste de resistência osmótica em NaCl a 0,36% =
caracteristicamente +
• A2 = elevada → 4,0 a 9,0%
• Fetal → normal a 5%
• Predomina hemoglobina A
• Perfil do ferro normal
• Analise de pelo menos um dos pais característico de
talassemia
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
Mãe Pai Mãe Pai
o o + +
o/o o/+ + / +
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
Manifestações clínicas
• Talassemia leve geralmente não causa nenhum sintoma.
• Doença moderada ou grave pode causar sintomas como:
✓anemia,
✓fraqueza
✓falta de ar
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
Manifestações clínicas
β -Talassemia menor
• Anemia hemolítica grave
• Palidez e fraqueza
• Alterações fisionômicas e estruturais – aumento da tábua óssea e
osteoporose: devido a eritropoiese intensa devido o adelgaçamento ósseo
• Problemas cardíacos devido ao depósito de ferro no músculo cardíaco
(morte súbita) → pelas diversas transfusões
• Hepatoesplenomegalia
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
Manifestações clínicas
• HbA = diminuída
• HbF aumentada exageradamente
• Anemia hipocromica (+++) e microcítica
• Causa da destruição das Hm seria a cadeia alfa livre
• Aumento da bilirrubina indireta – hiper hemólise
• Esplenomegalia
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
Diagnóstico da β talassemia
• Ausência de HbA
• HbF aumentada exageradamente
• Anemia hipocromica (++++) e microcítica
• Causa da destruição das Hm seria a cadeia alfa livre – tanto na
MO quanto no sangue perifético
• Aumento da bilirrubina indireta – hiper hemólise
• Esplenomegalia
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
Diagnóstico laboratorial
• Distensão do sangue:
✓Anemia hipocrômica microcítica ,
✓aumento de reticulócitos,
✓células em alvo
✓pontilhado basófilo
• Eletroforese de Hb mostra ausência de Hb A, presença de Hb F.
• Avaliação do ferro no organismo – aumento da ferritina sérica.
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Maior
o/o + / +
Hb A2 = 0-8% Hb A = 1-2%
Hb F = 90 - 95% Hb A2 = 0-8%
Hb F = 90 %
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Classificação das β talassemias
Tal. Intermédia
Tal menor
+ / + 0/ +/ 0 Tal maior
+/
Pontedo basófilo
Microcitose e Microcitose e hipocromia
Alterações hipocromia Howell Jolly e
Pontedo basófilo
morfológicas eritroblastos
Pontedo basófilo Howell Jolly e raros eritroblastos
frequentes
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia
Eritroblastos 17 em 100
(mm3)-1 leucócitos
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia Sexo masculino, 8 anos
• Hipocromia
• Plicromasia, Hm bastante
coradas
• Eritroblastos no sg
periférico
HEMOGLOBIOPATIAS
β – Talassemia
Mobilidades eletroforéticas em pH
alcalino e ácido