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Curso Técnico de Enfermagem

Disciplina: SAÚDE DA MULHER,DA CRIANÇA E


DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
MÓDULO III

Professor : Enfermeiro Felipe Luiz de Araújo


SAÚDE DA MULHER,DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE E DO IDOSO
MÓDULO III
SAÚDE DA MULHER

❖ O mundo feminino é cheio de detalhes próprios, que


precisam ser analisados de maneira sensível.
❖ Muitas famílias hoje são chefiadas por mulheres, que
possuem uma dupla jornada de trabalho – pois, além de
trabalhar fora, dão conta de todas as tarefas domésticas.
❖ Entender que mulheres e homens são diferentes, não só
do ponto de vista físico e biológico, mas também na
forma como entendem o mundo, como apresentam suas
necessidades e como querem ser aceitos (as),
valorizados (as) e entendidos (as), significa analisar estas
questões sob a ótica do gênero.
SAÚDE DA MULHER

❖ Faz-se necessário, portanto, compreender, sob vários


aspectos, as questões que estão relacionadas com as
ações preconizadas para atender às demandas de
saúde da mulher.
❖ A maior parte dos adultos que procuram os serviços de
saúde são mulheres que apresentam diversas
necessidades, esperando que sejam atendidas.
❖ É importante ressaltar que o índice de abandono dos
tratamentos de saúde é significativo e relaciona-se com
a dificuldade em receber atendimento e a forma como
os profissionais atendem as pacientes, muitas vezes de
forma desinteressada e desrespeitosa

Ações preconizadas - São ações estabelecidas pelo governo nos diferentes programas, com o
objetivo de unificar o atendimento aos problemas apresentados por uma determinada
clientela.
SAÚDE DA MULHER

❖ Inúmeras são as causas que levam a mulher ao


adoecimento e à morte o que chamamos
morbimortalidade feminina.
❖ Estas causas estão diretamente relacionadas às
condições e hábitos de vida. Como exemplo, podemos
dizer que as mulheres, por terem adquirido o hábito de
fumar, associado ao estresse, ao longo dos anos foram
aumentando o número de casos de doenças do
coração, como infarto do miocárdio e outros problemas
ligados à circulação sanguínea, que eram mais
frequentes nos homens.
❖ Por isto, para compreendermos os seus problemas de
saúde é importante pensar como as mulheres vivem
atualmente e os novos hábitos que vêm adquirindo.
Morbimortalidade feminina – É a taxa de adoecimento e morte de mulheres.
Enfermagem e a Consulta Clínico-Ginecológica
Enfermagem e a Consulta
Clínico-Ginecológica

❖ Quando recebemos uma mulher na


Unidade de Saúde, é importante
valorizar suas queixas e perceber
com que urgência suas necessidades
precisam ser atendidas.
❖ A consulta clínico-ginecológica tem
por objetivo identificar o mais
precocemente possível distúrbios
que afetam especialmente os órgãos
reprodutores femininos e as mamas,
além de olhar para a saúde da
mulher de uma maneira geral.
Enfermagem e a Consulta
Clínico-Ginecológica

❖ Os principais sintomas
ginecológicos que levam as
mulheres a buscarem
atendimento são:
➢ A dor,
➢ As modificações dos ciclos
menstruais
➢ hemorragias
➢ Corrimento vaginal.
➢ Alterações psicoemocionais
(SPM/TPM).
Enfermagem e a ❖ A dor é um sintoma muito frequente em ginecologia, quase sempre
subjetiva e inconstante.
Consulta Clínico- ❖ É importante identificar a origem, o tipo, a intensidade e em que
Ginecológica momento ou situação ocorre.
Enfermagem e a Consulta
Clínico-Ginecológica

❖As modificações ou
perturbações dos ciclos
menstruais podem se
caracterizar em diferentes ❑ Uma quantidade comum de perda de
formas:
fluido menstrual por menstruação
➢ Alterações no volume: varia entre 5 a 80 ml
hipermenorréia (aumento do ❑ Diferentes tipos de métodos
volume sangüíneo) ou contraceptivos podem afetar a
hipomenorréia (diminuição intensidade da menstruação
do volume sangüíneo).
❑ A perda de mais de 80 ml de fluido
menstrual por menstruação é
considerada sangramento menstrual
intenso
Enfermagem e a
Consulta Clínico-
Ginecológica
Enfermagem e a • A menorragia representa o aumento quantitativo dos
Asangramentos menstruais,
menorragia representa com alongamento
o aumento quantitativo dos
Consulta Clínico- frequente menstruais,
sangramentos da duração com
das menstruações.
alongamento freqüente da
Ginecológica • Asdas
duração menstruações.
menorragias
são sangramentos
metrorragias,
As menorragias
se diferenciam
que aparecem
que são sangramentos
se diferenciam
da metrorragias,
fora dos fora
que aparecem
queda
ciclosdos ciclos
menstruais.
menstruais. d) A dismenorréia ou menstruação dolorosa pode
surgir• antes, no desencadeamento
A dismenorréia ou durante
ou menstruação o ciclo
dolorosa menstrual.
pode surgir
Em seuantes, no desencadeamento
mecanismo ou durante espasmódicos,
estão presentes fenômenos o ciclo
menstrual.
vasculares, Em seu
congestivos mecanismo
e, com estão
freqüência, presentes
também psicológicos.
fenômenos espasmódicos, vasculares, congestivos e,
com frequência, também psicológicos.
Enfermagem e a
Consulta Clínico-
Ginecológica
❖ As Hemorragias genitais podem ser
provenientes de qualquer ponto do aparelho
genital, mas geralmente procedem do útero
e de seus anexos e através do canal vaginal
exteriorizam-se na vulva.
❖ Têm valor diagnóstico muito grande. Por
isso, deve-se especificá-las considerando
principalmente as características abaixo
relacionadas:
➢ Cor vermelho vivo ou escurecido, com ou
sem coágulos;
➢ Volume;
➢ Associação com outros sintomas, :dores,
leucorréias e menstruação;
➢ Tempo de aparecimento, duração e
periodicidade;
➢ Associação com outras doenças;
➢ Existência de outros elementos, como as
secreções purulentas, urina (no caso de
fistulas vesico-uterinas) e/ou tecido
necrótico ou embrionário
Enfermagem e a Consulta
Clínico-Ginecológica

❖ O corrimento vaginal, chamado


leucorréia, é representado pela
saída de secreção de coloração e
abundância variável. A leucorréia
fisiológica é uma secreção
normalmente produzida pelas
mucosas vulvares, endocervical,
ectocervical e sobretudo vaginal
que pode ocasionar corrimento
sem dar motivo para inquietação
e/ ou tratamento.
❖ As leucorréias patológicas estão
ligadas a inflamações
vulvovaginais, e pela sua
relevância e frequência devem ser
diagnosticadas e tratadas
Enfermagem e a Consulta
Clínico-Ginecológica

❖ A síndrome pré-menstrual (SPM), também


conhecida como tensão pré-menstrual (TPM)
se caracteriza pelo conjunto de sensações
que ocorrem cerca de 10 dias antes do início
do ciclo menstrual. Segundo dados do
Ministério da Saúde, a TPM atinge mais de
70% das mulheres brasileiras.
❖ A principal causa da TPM é a alteração
hormonal durante o período menstrual, que
interfere no sistema nervoso central. Parece
existir uma conexão entre os hormônios
sexuais femininos, as endorfinas (substâncias
naturais ligadas à sensação de prazer) e os
neurotransmissores, tais como a serotonina.
❖ A TPM geralmente é caracterizada por
alterações do humor, aumento da
sensibilidade e, às vezes, da agressividade.
Além disso, costumam ocorrer alguns
sintomas físicos como dor de cabeça intensa,
aumento doloroso da mama, sensação de
corpo inchado, insônia, entre outros
Afecções Ginecológicas
Definição:
Afecções São alterações patológicas que acometem a saúde da
mulher , tendo origem e ou acometendo o aparelho
Ginecológicas reprodutor ou sexual femininos.
❖ Vulvovaginites
Considera-se como vulvovaginites todas as manifestações
Afecções Ginecológicas inflamatórias e/ou infecciosas, de caráter agudo ou crônico que
podem acometer a vulva, vagina ou o colo uterino, podendo atingir
também a bexiga, ureter, ânus e face interna das coxas.
As vulvovaginites manifestam-se por meio de leucorréias de
aspectos e consistências distintas, segundo as características do
agente infeccioso, do grau de infestação e das condições clínicas do
hospedeiro (mulher).
O corrimento pode se apresentar associado a um ou mais dos
seguintes sintomas: prurido contínuo no canal vaginal e vulva, dor ou
ardor local e/ou ao urinar e sensação de desconforto pélvico; os
pequenos lábios, o clitóris e o intróito vaginal podem apresentar
edema e hiperemia, como também escoriações devido ao prurido.
❖ Dentre as vulvovaginites mais comuns, temos:
➢ Vaginoses bacterianas
Afecções Ginecológicas caracterizadas por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido
a um aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias
(Gardnerella vaginalis), adquiridas através da relação sexual ou
hábitos precários de higiene (limpeza inadequada da genitália, não
lavagem das mãos antes e após as eliminações, não troca frequente
da roupa íntima, uso de roupa íntima de outra pessoa).
O diagnóstico é feito através da anamnese, que identifica a queixa
de prurido vulvar acompanhado de corrimento amarelado e odor
fétido. A confirmação do diagnóstico ocorre através da leitura de
uma lâmina de esfregaço vaginal.
O tratamento deverá ser do casal na forma sistêmica e poderá estar
associado a um bactericida (antobiótico) tópico.
➢ Candidíase vulvovaginal
infecção da vulva e canal vaginal causada por um fungo que habita
Afecções Ginecológicas a mucosa vaginal, a Candida albicans.
A relação sexual é considerada a principal forma de transmissão;
outros fatores, como gravidez, diabetes melitus, obesidade,
antibióticos, corticóides, uso de anticoncepcional hormonal também
são fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal.
A sintomatologia dependerá do grau de infecção e da localização do
tecido inflamado, podendo apresentar-se como prurido
vulvovaginal, ardor ou dor à micção, corrimento branco, grumoso,
inodoro e com aspecto caseoso (leite coalhado), hiperemia, edema,
fissuras e maceração da vulva, dispareunia (dor à relação sexual).
O diagnóstico é confirmado pelo exame laboratorial do conteúdo
vaginal em que se visualiza a presença do fungo.
O tratamento é tópico, com o uso de creme antimicótico, podendo
também ser prescrito terapêutica sistêmica nos casos de recidivas.

imagem da parede vaginal visualizada a partir do exame de


Papanicolau. Os pontos esbranquiçados representam a infecção .
➢ Tricomoníase genital
é uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis,
Afecções Ginecológicas tendo como via de transmissão a sexual.
Pode permanecer assintomática no homem e na mulher,
principalmente após a menopausa.
Na mulher pode acometer a vulva, o canal vaginal e a cérvice
uterina.
Os sinais e sintomas principais são: corrimento abundante amarelo
ou amarelo esverdeado, com presença de bolhas e odor fétido
semelhante a “peixe podre”, prurido e/ou irritação vulvar, dor
pélvica, disúria, polaciúria e hiperemia da mucosa vaginal com
placas avermelhadas.
O tratamento sempre é sistêmico, podendo ser associada
terapêutica tópica vaginal. ( Metronidazol/ Tinidazol)
➢ Bartholinite
A bartholinite é uma infecção estritamente vulvar da glândula de
Afecções Ginecológicas Bartholin.
A Glândula de Bartholin é uma glândula par, situada à direita e a
esquerda na metade posterior dos grandes lábios. É responsável
pela umidificação vaginal facilitando o ato sexual.
Sua infecção é às vezes crônica e sob a forma de cisto, sendo mais
frequente a forma aguda, que caracteriza-se pela presença de rubor,
calor, dor e com edema significativo, por vezes deformando a vulva.
O tratamento da bartolinite é feito por meio do uso de
medicamentos, como antibióticos, por exemplo.
Nos casos em que há formação de cistos, a bartolinite é tratada
também por meio da drenagem desse cisto.
❖ Leiomiomatose uterina
Leiomiomatose uterina, também conhecida por miomatose uterina, é um
tumor benigno sólido que com frequência acomete as mulheres e se aloja
Afecções Ginecológicas preferencialmente no corpo do útero.
A causa da formação do mioma é desconhecida. É ligeiramente mais comum em
mulheres nuligestas e nas de raça negra. Está relacionado com a produção
hormonal, não apresentando crescimento com a menopausa
Em mulheres não grávidas, os miomas podem ou não trazer problemas.
Cerca de 25%, entretanto, causam sangramento uterino anormal.
Algumas mulheres queixam-se de plenitude ou sensação de peso pélvico.
Podem ainda causar dismenorréia, leucorréia, hipermenorréia ou menorragia.
Pode ocorrer um quadro de anemia e ou de infecção.
O tratamento inicial sempre é conservador, com o uso de terapêutica hormonal,
mas na ausência de resposta e tratamento poderá tornar-se cirúrgico.
Em mulheres grávidas, os miomas podem causar os seguintes riscos adicionais:
aborto, falta de encaixamento, trabalho de parto prematuro, dor, distocia,
trabalho de parto prolongado e hemorragia pós-parto.
❖Síndrome dos ovários policísticos

➢ é um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela presença de cistos – pequenas


bolsas que contêm material líquido ou semissólido – que pode causar problemas simples,
como irregularidade menstrual e acne, até outros mais graves, como obesidade e
Afecções Ginecológicas infertilidade.
➢ A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e na quantidade de
cistos.
➢ Ainda não se conhece a causa específica da síndrome do ovário policístico, mas sabe-se
que metade das mulheres com essa síndrome têm problemas hormonais, como excesso de
produção de insulina pelo pâncreas e o restante apresenta problemas nas glândulas
hipotálamo, hipófise e adrenais, produzindo maior quantidade de hormônios masculinos.
Ocorre principalmente em mulheres com idade entre 30 e 40 anos.
➢ Sintomas: alterações menstruais: em geral, as menstruações são espaçadas, a mulher
menstrua apenas poucas vezes por ano, mas também pode haver menstruação intensa ou
ausência de menstruação; hirsutismo: aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen;
obesidade: tendência à obesidade, sendo que o ganho de peso piora a síndrome; acne:
provocado pela maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas; infertilidade;
também pode haver queda de cabelo e depressão.
➢ O diagnóstico da doença é feito pelo exame de ultrassom transvaginal, exames de sangue
para dosagem de hormônios e pela avaliação dos sintomas que a paciente apresenta.
➢ Como se trata de uma doença crônica, o tratamento da síndrome objetiva a melhora dos
sintomas. Mulheres de 15 ou 16 anos, obesas, com pelos no rosto e no corpo e acne
precisam emagrecer. Às vezes, só a perda de peso ajuda a reverter o quadro. Se não forem
obesas, a atenção se volta para o controle da produção de hormônios masculinos, o que se
consegue por meio de medicamentos que atuam, também, na regulação da menstruação,
na redução da produção de sebo pelas glândulas sebáceas e na diminuição do crescimento
de pelos. Como há tendência ao ganho de peso, o tratamento pode incluir medicamentos
para prevenir o diabetes e outros para evitar o colesterol elevado. Os casos de infertilidade
também respondem bem ao tratamento com medicamentos.
❖ Câncer de colo do ÚTERO

➢ O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do


papilomavírus humano (HPV), principalmente por seus subtipos chamados
Afecções Ginecológicas de oncogênicos. Além disso, outros fatores de risco associados são: início
precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, histórico de verrugas
genitais, tabagismo e pacientes com doenças imunossupressoras.
➢ O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas
mulheres – atrás apenas do de mama e do colorretal – e a quarta causa de
morte por câncer entre a população feminina no Brasil.
➢ A vacinação, o uso de preservativos em todas as relações sexuais e a
realização periódica do exame preventivo são as medidas indicadas para
prevenção do câncer de colo de útero.
➢ Os sintomas são corrimento vaginal amarelado com odor desagradável,
sangramentos menstruais irregulares e sangramento após a relação
sexual, além de dores na região do baixo ventre.Nos estágios mais
avançados, a paciente pode apresentar dores pélvicas de forte
intensidade, anemia, dores em região lombar, alterações miccionais e no
hábito intestinal.
➢ as opções de tratamento são procedimentos cirúrgicos, radioterapia,
quimioterapia, braquiterapia (tipo de radioterapia interna, na qual o
material radioativo é inserido dentro ou na região próxima ao órgão a ser
tratado) ou a combinação dessas estratégias.
❖ Câncer de mama
➢ É o tipo de câncer mais freqüente na mulher brasileira. Nesta
doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da
Afecções Ginecológicas mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um
tumor maligno.
➢ O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela
mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A
pela da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja;
também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço
➢ Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha
teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem
mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer
em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade,
também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter
o câncer de mama devem tomar cuidados especiais.
➢ O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a
doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode
incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e
terapia biológica (terapia alvo). Quando a doença é
diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial
curativo.
❖ Câncer de endométrio
O câncer de endométrio ou do corpo uterino é uma neoplasia
maligna menos frequente que a do colo uterino. Geralmente
Afecções Ginecológicas acomete mulheres após os 50 anos, após a menopausa.
Os sinais de alerta são: as metrorragias mínimas, espontâneas e
sem frequência definida; as secreções rosadas semelhantes a
“água de carne” (às vezes fétidas), as dores irregulares de curta
duração, repetidas várias vezes durante o dia. Entretanto, o
câncer uterino é por muito tempo assintomático ou só se
apresenta como perda sanguínea isolada, da qual não se encontra
o motivo, a não ser após anamneses minuciosas.
Os métodos de diagnóstico são a histeroscopia e biópsia de
endométrio, que poderão ser realizados no ambulatório ou no
centro cirúrgico.
O tratamento sempre é cirúrgico, com a retirada total do útero e
seus anexos, também chamada de cirurgia de histerectomia total
abdominal com anexectomia bilateral.
❖ Câncer vaginal
➢ O câncer da vagina, um câncer raro, geralmente se desenvolve nas
células de revestimento da vagina, geralmente em mulheres com
mais de 60 anos.
Afecções Ginecológicas ➢ O câncer de vagina pode ser causado pelo vírus do papiloma
humano (HPV), o mesmo vírus que causa verrugas genitais e
câncer do colo do útero. Tanto a infecção pelo HPV quanto o
câncer do colo do útero ou câncer de vulva aumentam o risco de
desenvolver câncer de vagina.
➢ O sintoma mais comum do câncer de vagina é o sangramento
anômalo da vagina, que pode ocorrer durante ou após a relação
sexual, entre as menstruações ou após a menopausa. Feridas
podem surgir no revestimento da vagina. Às vezes, elas sangram e
ficam infeccionadas. Algumas mulheres também têm uma
secreção líquida. Algumas mulheres não apresentam sintomas.A
bexiga também pode ser afetada por tumores grandes, causando
uma necessidade frequente de urinar e dor durante a micção.
Ligações anômalas (fístulas) podem se formar entre a vagina e a
bexiga ou o reto no câncer avançado.
➢ O tratamento do câncer da vagina também do depende do estágio
em que ele se encontra. No caso do câncer de vagina em estágio
inicial, cirurgia para remover a vagina, o útero e os linfonodos
adjacentes e, às vezes, radioterapia. A radioterapia para a maioria
dos outros tipos de câncer de vagina.
Exame PAPANICOLAU
❖ Exame Papanicolau
➢ É um teste realizado para detectar alterações nas células do
Exame Papanicolau colo do útero. Este exame também pode ser chamado de
esfregaço cervicovaginal e colpocitologia oncótica cervical. O
nome “Papanicolaou” é uma homenagem ao patologista grego
Georges Papanicolaou, que criou o método no início do século.
Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões
precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem no início,
antes que a mulher tenha sintomas.
➢ Pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública
que tenham profissionais capacitados.
➢ É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que
é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização
periódica permite que o diagnóstico seja feito cedo e reduza a
mortalidade por câncer do colo do útero.
➢ O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no
máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a
mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa
técnica e de forma delicada.
❖ Exame Papanicolau
➢O processo de instalação do câncer de colo
Exame Papanicolau demora muitos anos (10 a 20 anos) e as
alterações celulares são facilmente
detectadas através do exame citológico.
➢ Por isso, as possibilidades de cura são de
100% se a mulher fizer o exame periódico e
seguir o tratamento adequado.
❖ Exame Papanicolau

Exame Papanicolau

➢ Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se


ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm
entre 25 e 59 anos.
➢ Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente.
➢ Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano)
apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser
feito a cada três anos.
❖ Exame Papanicolau

Exame Papanicolau

➢ Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter


relações sexuais (mesmo com camisinha) nos dois dias
anteriores ao exame, evitar também o uso de duchas,
medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas
anteriores à realização do exame.
➢ É importante também que não esteja menstruada, porque a
presença de sangue pode alterar o resultado.
❖ Exame Papanicolau
Para o exame é necessário o preparo do ambiente para que
a cliente não se sinta constrangida e favoreça a colheita
Exame Papanicolau adequada.
O ambiente deverá propiciar privacidade e especialmente
segurança.
Os materias para a realização do exame são:
• espéculos vaginais (descartáveis ou não) de tamanhos
adequados com relação à idade e à paridade (número de
filhos) da cliente;
• campo estéril,
• espátula de madeira (tipo ayre ou similar), escovinha,
• swab de cabo longo (para colheita em mulheres virgens),
• lâmina,
• frasco,
• fixador,
• foco de luz
• biombo.
❖ Exame Papanicolau
➢ Ao proceder o preparo da cliente na unidade de saúde,
Exame Papanicolau devemos orientá-la a urinar, pois o esvaziamento vesical
permite um maior relaxamento. Devemos oferecer uma
camisola com a abertura voltada para a frente e um local para
que a cliente retire toda a roupa com total privacidade.
➢ Ao colocar a cliente na mesa em posição ginecológica, as
nádegas devem estar na borda da mesa e os pés no local
próprio para apoio. Atentar para que apenas a área que será
examinada deva permanecer exposta. Durante o exame,
visando proporcionar relaxamento à cliente, é importante
orientá-la sobre o procedimento, mostrando que todo o
material a ser utilizado é descartável e/ou esterilizado e
estimulá-la a inspirar e expirar profundamente
❖ Exame Papanicolau
➢Para a coleta do material, é introduzido um
Exame Papanicolau instrumento chamado espéculo na vagina
(conhecido popularmente como “bico de
pato”, devido ao seu formato);
➢O profissional (Enfermeiro ou médico) faz a
inspeção visual do interior da vagina e do colo
do útero;
➢A seguir, o profissional provoca uma pequena
escamação da superfície externa e interna do
colo do útero com uma espátula de madeira (
tipo ayre) e uma escovinha;
➢As células colhidas são colocadas numa lâmina
para análise em laboratório especializado em
citopatologia.
❖ Exame Papanicolau
➢Faz parte do exame ginecológico a
Exame Papanicolau inspeção da vulva, do canal vaginal e do
colo uterino.
➢Durante o exame, deve-se atentar para
sinais de inflamação (dor, calor e rubor),
sangramento ou alterações locais da pele e
mucosa, como a presença de lesões e
parasitas.
➢No canal vaginal e no colo uterino, deve-se
observar a coloração da mucosa, a
presença de secreções, lesões e corpo
estranho.
Ações preventivas e de detecção precoce do
câncer de mama.
❖ Ações preventivas e de detecção precoce
Ações preventivas e de do câncer de mama
detecção precoce do câncer As ações de controle do câncer de mama
de mama.
são: o conhecimento da mulher do seu
próprio corpo, exame clínico das mamas e
exames complementares.
Estas ações têm como principal objetivo a
detecção precoce de alterações que podem
sugerir ou constituir uma neoplasia.
❖ Ações preventivas e de detecção precoce
Ações preventivas e de do câncer de mama
detecção precoce do câncer O câncer de mama geralmente apresenta-se
de mama.
como um nódulo.
Leva aproximadamente de seis a oito anos
para atingir um centímetro de diâmetro.
Esta lenta evolução possibilita a descoberta
ainda cedo destas lesões, se as mamas são
periodicamente examinadas.
As primeiras metástases comumente
aparecem nos gânglios linfáticos das axilas.
❖ Ações preventivas e de detecção precoce
Ações preventivas e de do câncer de mama
detecção precoce do câncer A doença é descoberta entre os 40 e os 60 anos de idade e os
de mama. fatores de risco envolvidos são: menarca antes dos 11 anos;
primeiro parto após os 30 anos; nuliparidade; menopausa após os
55anos; história pessoal ou familiar de câncer de mama.
Existem fatores de risco que podem ser controlados, pela própria
mulher desde que orientada a não ingerir dieta rica em gordura e
pobre em fibras e vitaminas; evitar exposição a radiações.
O que se sabe hoje sobre o câncer de mama ainda não é o
suficiente para a utilização de medidas que evitem o
aparecimento da doença (prevenção primária).
Os esforços para o controle são direcionados para a detecção
precoce (descoberta de pequenos tumores).
❖ Ações preventivas e de detecção precoce do câncer de
mama
Ações preventivas e de O técnico de enfermagem deve orientar as clientes a se
detecção precoce do câncer tocar e reconhecer próprio corpo, durante a pré consulta,
em reuniões educativas e nas oportunidades que surgirem.
de mama.
Atualmente não se recomenda o autoexame das mamas
como técnica a ser ensinada às mulheres para
rastreamento do câncer de mama. Grandes estudos sobre
o tema demonstraram baixa efetividade e possíveis danos
associados a essa prática. Entretanto, a postura atenta das
mulheres no conhecimento do seu corpo e no
reconhecimento de alterações suspeitas para procura de
um serviço de saúde o mais cedo possível – estratégia de
conscientização – permanece sendo importante para o
diagnóstico precoce do câncer de mama.
A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal
em suas mamas e a perceber alterações suspeitas de
câncer, por meio da observação e palpação ocasionais de
suas mamas, em situações do cotidiano, sem periodicidade
e técnica padronizadas como acontecia com o método de
autoexame.
❖ Ações preventivas e de detecção precoce
Ações preventivas e de do câncer de mama
detecção precoce do câncer Aproximadamente, 80% dos tumores são
de mama.
descobertos pela própria mulher, tocando
sua mama incidentalmente.
Portanto, é muito importante que a
mulheres conheça as características normais
das suas mamas e havendo alterações
procure um serviço profissional de saúde o
mais precocemente possível.
❖ Ações preventivas e de detecção precoce do câncer de
mama
Ações preventivas e de A Mamografia é um exame de imagens das mamas, que são
detecção precoce do câncer obtidas por meio de radiografia.
de mama. Ele serve para identificar lesões, nódulos, assimetrias e
diagnosticar precocemente o câncer de mamas.
A mamografia de rastreamento – exame de rotina em
mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é
recomendada pelo MS na faixa etária de 50 a 69 anos, a
cada dois anos preconiza ainda que fora dessa faixa etária e
dessa periodicidade, os riscos aumentam e existe maior
incerteza sobre benefícios.

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o


exame seja feito dos 40 aos 74, Mulheres com parentes que
tiveram câncer de mama, especialmente antes dos 45 anos,
são consideradas de alto risco para a doença e a SBM
orienta que comecem a realizar a mamografia anualmente
a partir de 30 anos. Já a mamografia diagnóstica, quando
há alguma suspeita clínica sobre um problema, deve ser
realizada em qualquer idade.

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