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CURSO DE REABILITAÇÃO

Traumatismo Crânio-
Encefálico

Estimulação sensorial
&
Reabilitação cognitiva

Enf.ro Victor Pereira

1 1

Cognição

Definição

A cognição constitui um conjunto de funções cognitivas


integradas que nos permitem comunicar através de símbolos,
representar mentalmente o mundo, apreender, processar, guardar e
transmitir vários tipos de informação.

Possibilita igualmente criar, tomar decisões e confere-nos uma


enorme variedade e flexibilidade de comportamentos.

Permite-nos ter consciência de nós próprios, falar e ensinar.

(Ferro e Pimentel, 2006)


2

Cognição

Definição

“é um tipo de Autoconhecimento com as seguintes características


específicas: disposições de reter e abandonar acções tendo em
conta o conhecimento da pessoa, processo intelectual que envolve
todos os aspectos da percepção, pensamento, raciocínio e
memória.”
(CIPE/ICN versão Beta 2, 2003)

3
Reabilitação Cognitiva da Pessoa com TCE

Justificação
• O fundamento científico da reabilitação cognitiva baseia-se na
plasticidade neuronal. Esta é uma capacidade do cérebro de
regeneração e adaptação da sua morfologia, compensando
algumas perdas teciduais. Significa que há um potencial de
recuperação no funcionamento cerebral e na recuperação
neurológica e cognitiva, que podemos elevar se intervirmos
deliberadamente de forma fundamentada e sistemática;

• O interesse pela disfunção cognitiva, confere à enfermagem


uma visão mais holística e integral da pessoa, não a
restringindo aos aspectos exclusivamente físicos.

4 4

Reabilitação Cognitiva da Pessoa com TCE

Justificação
 Considera-se que a reabilitação cognitiva tem um
(Nunes et al, 2007)
efeito positivo na redução de deficits, na medida em que:
 Estimula a formação de conexões sinápticas em redes neuronais
não afectadas pela lesão;
 Fomenta a recuperação da excitabilidade neuronal;
 Pelo recrutamento de neurónios que normalmente não estão
envolvidos nessa actividade

 Erikson et al (1998) estabeleceram que mesmo em humanos e


ao longo da vida adulta, existem células na formação
hipocampal que são capazes de produzir novos neurónios.
 Possibilidade de potenciar a recuperação natural e espontânea
5
das 5capacidades mnésicas.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇ
AVALIAÇ ÃO COGNITIVA
 MEEM (mini exame do estado mental) – Orientação, atenção, cálculo, memória, linguagem

 ESCALA COGNITIVA RANCHO LOS AMIGOS


 THE TYM TEST (Test Your Memory)

 CTD (Clock Draw Test)

 Mo CA (Avaliação Cognitiva Montreal) - foi desenvolvida como um


instrumento breve de rastreio para deficiência cognitiva leve . Avalia
diferentes domínios cognitivos: Atenção e concentração, funções
executivas, memória, linguagem, habilidades viso-construtivas,
conceituação, cálculo e orientação.

 LOTCA (Loewenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment)


composto por 26 subtestes que avaliam orientação, percepção visual e
6
espacial, práxis, organização visuomotora e operação de pensamento.
Estimulaç
Estimulação Sensorial

Utentes com níveis cognitivos mais baixos

Estimulação Sensorial
Definição

“Aplicação de estimulação multissensorial em que a


frequência e a intensidade do tratamento são baseadas no
limiar individual de cada paciente, com objectivos de
aumentar o estado de despertar e de consciência”
(White, 2005)

“Estimulação externa e intensa que ajuda o paciente a


aumentar o nível de alerta” (Sanz et al, 2004)

Estimulação Sensorial
Justificação

“Em pacientes comatosos, em que o problema é


principalmente encefálico, há uma condição de privação
de contacto com o meio ambiente, que pode conduzir a
uma maior deterioração dos processos intelectuais e de
percepção, acompanhados por diminuição da actividade
eléctrica.” (Lombardi et al, 2003)

“Um meio pobre em estímulos pode causar uma maior


depressão sensorial.” (Oh e Seo, 2003)

9
Estimulação Sensorial
Justificação

A plasticidade neuronal é uma capacidade do cérebro de


regeneração e adaptação da sua morfologia,
compensando algumas perdas teciduais.

Significa que há um potencial de recuperação no


funcionamento cerebral e na recuperação neurológica e
cognitiva, que podemos elevar se intervirmos
deliberadamente de forma fundamentada e sistemática.

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Estimulação Sensorial
Objectivos
 Estimular o utente e despertá-lo de um estado de apatia,
coma
 Reforçar a plasticidade neuronal
 Reforçar o potencial de recuperação
 Facilitar a recuperação
 Evitar a privação sensorial a que estes utentes estão
sujeitos
 Aumentar a capacidade do utente captar estímulos
sensoriais
 Melhorar o nível de consciência
11

Estimulação Sensorial
Resultados / Discussão
 Resultados controversos – dificuldades:
 Comprovação científica da sua eficácia
 Estudos com amostras reduzidas, com falta de rigor
cientifico, falta de grupos de controlo
 Definição precisa de termos
 Critérios coerentes na definição dos utentes
 Tipo de lesão, tempo de lesão, etiologia das lesões
 Tipo de estimulação
 Tempo de duração da terapia
“A ausência de prova não é prova de ausência!” 12
Programa de Estimulação Sensorial
Resposta aos estímulos

 Alterações cardíacas e respiratórias

 Alterações na TA e Temp.

 Alterações na mímica facial

 Lágrima

 Movimentos da cabeça

 Movimentos dos olhos

 Movimento das extremidades


13

Programa de Estimulação Sensorial

 “Não podemos afirmar o quanto os utentes são


capazes de nos ouvir, mas devemos preocupar-nos
com o que falamos em redor deles.” (Puggina e Silva, 2009)

14

Programa de Estimulação Sensorial

A comunicação
Começar por

 Apresentar-se chamando o utente pelo seu nome

 Indicar a data fazendo referência a algum acontecimento próximo


(ex. estamos perto do Natal)

 Explicar ao utente onde está, dizendo-lhe de forma simples a


razão de estar hospitalizado

Importante

 Explicar todos os procedimentos antes de tocar

Todos os sentidos devem transmitir o mesmo sentimento.


15
Programa de Estimulação Sensorial

E. Auditiva

 A audição é o último sentido a ser perdido

 Os E. auditivos são os que mais frequentemente são


referidos pelos utentes pós-coma

 Deve ser o estímulo inicial

 Deve-se falar antes de te tocar


 Permite a orientação do utente sobre os procedimentos que
vêm a seguir

 É importante manter o ambiente com baixa intensidade de


ruídos
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Programa de Estimulação Sensorial

E. Auditiva

 Diferentes estímulos auditivos passíveis de utilização


 Sons – objectos, natureza
 Leitura de jornais, livros, mensagens…
 Vozes de familiares
 Mensagens gravadas
 Frases simples – orientação, comando
 Conversas (!)
 Música
 Improvisação musical
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Programa de Estimulação Sensorial

E. Táctil

 Inclui vários elementos tais como


 A temperatura, o tacto e a pressão
 Estímulos passíveis de utilização
 Toque
 Massagem
 Pressão em diferentes partes do corpo
 Contacto com objectos conhecidos
 Alternância de estímulos com diferentes temperaturas
 Alternância de estímulos com diferentes texturas
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Programa de Estimulação Sensorial

E. Olfactiva

 Percepção de outras pessoas


 Odores conhecidos – resgate de recordações da memória
 Utilização de odores sintéticos e irritantes
 Estímulos passíveis de utilização
 Perfume
 Cheiro comida, café…
 Álcool, éter…

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Programa de Estimulação Sensorial

E. Visual

 Começar por captar a atenção do utente

 Trabalhar no campo de visão do utente


 Estímulos passíveis de utilização
 Rosto de familiares…
 Fotografias
 Objectos conhecidos
 Seguir a trajectória de um objecto pessoal, uma fotografia

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Programa de Estimulação Sensorial

E. Gustativa

 Colocar pequenas quantidades em diferentes partes da


língua

 Utilizar preferencialmente sabores intensos

 Estímulos passíveis de utilização

 Sal, limão, açúcar

 Chocolate, café

 … de acordo com preferências pessoais

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Programa de Estimulação Sensorial

E. Auditiva
E. Olfactiva
E. Táctil
E. Visual E. Proprioceptiva
E. Gustativa
E. Vestibular

 A estimulação de cada área não deve exceder 10 minutos

 Dentro de cada área deve-se variar no estímulo utilizado

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Programa de Estimulação Sensorial

A família
A família tem um papel imprescindível e
insubstituível na estimulação cognitiva do utente

 Requerer à família objectos significativos para o utente,


particularmente aqueles que possam ser usados como
estímulo sensorial

 Fotografias

 Perfume / desodorizante (que o utente utilizava)

 Músicas (Leitor de CD)

 Outros objectos pessoais de particular interesse


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Programa de Estimulação Sensorial

A família
A família tem um papel imprescindível e
insubstituível na estimulação cognitiva do utente

 Ensino sobre

 Comunicação verbal e não-verbal

 Estimulação cognitiva

 Instruída e treinada sobre

 Intervenções para estimulação sensorial

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Programa de Estimulação Sensorial

A família
A comunicação
Começar por

 Apresentar-se chamando o utente pelo seu nome

 Indicar a data fazendo referência a algum acontecimento próximo


(ex. estamos perto do Natal)

 Explicar ao utente onde está, dizendo-lhe de forma simples a razão


de estar hospitalizado

Continuar a conversa…

 Falando sobre pessoas, acontecimentos, hábitos, preferências e


memórias significativas e positivas da vida do utente. 25

Programa de Estimulação Sensorial

A família
A comunicação
É importante

 Abordar o utente pelo lado em que é mais fácil para este manter
o contacto

 Manter o rosto no campo de visão do utente

 Transmitir optimismo, confiança e segurança

Deve evitar

 Manifestações de ansiedade, tristeza, culpa…


26

 Chorar

“Estes doentes são até ao fim, pessoas humanas


que aguardam ansiosamente os gestos de
comunicação mais profunda: o afago com que
exprimimos os nossos afectos, o toque, o sorriso,
o som e a palavra de que eles estão privados. Que
saibam disso todos os que trabalham com doentes
críticos, mesmo que estejam em coma, para que a
humanização dos cuidados de saúde se transfira
da nossa retórica para os nossos actos.”
(Pio Abreu, 2005)

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Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

São funções cerebrais de ordem superior


São os processos mentais que nos permitem raciocinar, pensar, resolver
problemas… 28

Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

Capacidade de auto-compreensão e de relação do self com o


ambiente: pessoa, lugar e tempo
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Reabilitação cognitiva
Orientação

 Apresentação
 Explicar ao utente onde está
(temporal e espacialmente);
 Explicar ao utente o porquê de
estar hospitalizado;
 Uso de relógio, calendário,
agenda; diário
 Uso de quadro com o programa
diário

 Orientar… reorientar…
reorientar…

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Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

Processo complexo de colocação de informação em bancos de


memória, mantendo-a aí e produzindo-a quando necessário.
Processo pelo qual experiências anteriores levam à alteração do
comportamento (Helene e Xavier, 2003). 31

M. curta / longa duração, de trabalho, episódica, semântica…

Memoria de
Consolidação longo prazo

Permite a integração e articulação das


novas memorias com as memorias antigas

Memória explícita
Memória implícita
(declarativa)
capacidade de processo de memorização
apreender sem intenção, intencional podendo ser
ou seja, sem estar a episódica ou semântica.
realizar um esforço Estes são os tipos de
consciente. memória que recorremos
Aprendizagem de para lembrar conhecimentos
habilidade manuais ou ou recordar acontecimentos
corporais. ex.: andar de de vida
bicicleta, dançar. 32

Memoria Explícita (Declarativa)

 Memoria episódica (ou autobiográfica) – memoria de


acontecimentos pessoais, com contexto de local e
tempo.

 Memoria semântica – é a enciclopédia do cérebro,


acumulando os conhecimentos adquiridos ao longo da
vida.

33
Perturbações da memória

AMNÉSIA

É a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar


informações.
Qualquer processo que prejudique a formação de uma
memória a curto prazo ou a sua fixação em memória a
longo prazo pode resultar em amnésia

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Perturbações da memória

Amnésia retrógrada

 Perda de memoria para acontecimentos anteriores ao


trauma (relacionada com lesões a nível do
diencéfalo)

 AR de longo prazo é pouco comum

 As memórias recentes são mais afectadas que as


dos anos anteriores

35

Perturbações da memória

Amnésia anterógrada

 Dificuldade na aquisição de novas informações e na


recordação de acontecimentos posteriores ao trauma
(essencialmente relacionada com lesões a nível do
hipocampo)

36
Perturbações da memória

Amnésia pós-traumática

 É um tipo particular de amnésia anterógrada durante a


qual o indivíduo não se lembra de eventos momento a
momento.
 Inabilidade de armazenar ou recordar informação no
dia-a-dia ou mesmo minuto a minuto

37

Reabilitação cognitiva
Memória
ALGUNS EXERCÍCIOS
 Que idade tinha quando…
 Descrever o dia do casamento…
 O que estava a fazer no dia 11 de Setembro de 2001…
 Completar…
 localidades de Portugal
 Expressões e ditados
 Títulos de canções
 Perguntas
 Cultura geral
 Verdadeiro /falso
 Associações
 Memorizar palavras
 Memorizar formas
 Palavras em falta
 Reparar nos detalhes
 Palavras cruzadas
38

Reabilitação cognitiva
Memória

1- Abordagens restaurativas/generalizadas

Treino da memória prospectiva

 Consiste em dar ao utente informações sobre uma tarefa-


alvo e posteriormente, de forma sistemática, pedir ao
utente para lembrar e realizar a tarefa assinalada. (Ex. a
todas as horas vai entregar um objecto, dizer bom dia, carimbar um cartão,
avisar quando começa um programa, etc)
 Variáveis:
 Comando motor com uma etapa // tarefa funcional com
várias etapas
 Aumento do tempo (entre a “administração” e a execução)
 Tarefa distractiva
39
 Estímulos associados para iniciar a tarefa
Reabilitação cognitiva
Memória

1- Abordagens restaurativas/generalizadas

Treino da metamemória

 Alguns utentes beneficiam com o aumento do


conhecimento e da consciência sobre a natureza e
efeitos dos seus problemas de memória
 Abordagem educacional
 Experimentar os efeitos da memória preservada e
danificada – comparar as previsões com o
desempenho (realizar tarefas… responder a um texto, etc) 40

Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área

Tempo expandido de ensaio

 Método da recordação espaçada


 O utente pratica a recuperação bem sucedida da
informação através de intervalos de tempo
gradativamente mais longos
 1ª a informação alvo é dita ao utente. (ex. meu nome)
 Imediatamente faz-se a pergunta para recuperar a informação
 Nas tentativas subsequentes, é pedido ao utente que recupere
a informação após intervalos de tempo crescentes
41
 Nos intervalos – conversação ou outras actividades

Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área

Tempo expandido de ensaio

 A aprendizagem deve ser sem esforço – se o


processo é muito pesado para o paciente, este não é
um método apropriado
 A informação ou procedimento ensinado deve ser
concreto
 Os erros devem ser eliminados
 Resposta errada – retorno ao início
42
Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área

Uso de priming preservado

 Método dos sinais que desaparecem


 1º é fornecida ao utente informação suficiente para
dar uma resposta correcta
 Depois… partes da informação são gradualmente
retiradas
 Aprendizagens de pequenas informações. Pode ser
utilizada em utentes com graves perturbações da
memória 43

Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área

Uso de priming preservado


143 R/C Elísio de Moura
10 segundos sem resposta
1_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _____
O objectivo é que
10 segundos sem resposta o utente recorde a
14 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _____ informação com a
10 segundos sem resposta menor quantidade
143 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _____ de sinais
10 segundos sem resposta
143 R _ _ _ _ _ _ _ _ _ _____

O número de letras é sempre menor que o número que o utente precisou para fornecer a
informação correctamente na tentativa anterior 44

Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área


Uso de priming preservado

 Utentes com graves problemas de memória


apresentam efeitos normais de priming de repetição.
 Têm a mesma probabilidade de recuperar uma informação
previamente fornecida, dados os sinais parciais, que os
indivíduos sem deficits de memória.
 Eles falham na recuperação do evento propriamente dito
durante o qual eles enfrentaram a informação primeiro
 Aplica-se a utentes com graves deficiências de
memória, que precisam de aprender uma discreta
45
informação
Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área

Criação da história pessoal

 Utentes com amnésia retrógrada


 Reaprender aspectos da vida anterior à lesão
 Criar uma autobiografia:
 Ensaio fotográfico (envolvimento da família)
 História escrita
 Vídeo composto pelas pessoas significativas
 Formato de acordo com habilidades do utente
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Reabilitação cognitiva
Memória

2- Abordagens específicas da área

Criação da história pessoal

 Mesmo com intervenção/treino, poderão não


experimentar qualquer “sensação de lembrança” e
continuarão a distinguir entre os eventos que
recordam e aqueles que foram ensinados
 Para ensinar factos concretos da história pessoal
podemos utilizar também: recordação espaçada e
priming
 Memória não declarativa
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Reabilitação cognitiva
Memória

ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS
Internas
 Mnemónica
 Acrónimos  Temporalmente exactas
 Activas
Externas  Especificar o que fazer
 Listas, blocos de notas
 Rotular gavetas…
 Agendas
 Post-it
 Alarmes
 Lembretes no telemóvel
 Calendários
 Livro da memória com várias secções
 Determinação de um “local da memória” – óculos, chaves…

48
Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

É a focalização consciente e específica sobre alguns aspectos ou


algumas partes da realidade. Sobre um estímulo específico (uma
sensação, uma percepção, representação, afecto ou desejo) a fim de elaborar os
conceitos e o raciocínio;
Inclui: vigília, esforço ou manutenção, concentração e persistência, 49

selecção

Reabilitação cognitiva
Atenção / Concentração

Você consegue encontrar 2 letras B abaixo?


RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

50

Reabilitação cognitiva
Atenção

Encontre o 1:
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIII1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

51
Reabilitação cognitiva
Atenção

Encontre o "6":
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999699999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999

52

Reabilitação cognitiva
Atenção

Encontre o "N":
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMNMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM

53

Reabilitação cognitiva
Atenção

54
Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

Capacidade para determinar quais as consequências de uma


determinada acção e a capacidade para agir de uma forma segura e
adequada
Juízo - Qualquer tipo de afirmação ou negação entre duas ideias ou dois conceitos.
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coordenar dois ou mais juízos 55
antecedentes, em busca de um juízo novo, denominado conclusão ou inferência.

Reabilitação cognitiva
Juízo / Raciocínio

EX:
 Jogos (cartas, damas, xadrez…)
 Puzzles
 Analisar opções… preferências
 Ler o jornal / ver televisão
 Comentar
 Fazer um resumo

56

Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas  Motivação

Capacidade para definir e analisar um problema, escolher e executar


uma estratégia e de avaliar os resultados. É uma forma de pensar
capacidades
57
Reabilitação cognitiva
Resolução de problemas

EX:

 Buscar informação às páginas amarelas

 Consultar dicionário

 Problemas matemáticos

 Opções sobre o seu futuro

58

Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de
funcionamento intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

Engloba a memória, o planeamento, a previsão, o julgamento, a


abstracção e a capacidade de transferir informação de uma situação
para a outra.
59

Reabilitação cognitiva
Capacidades de funcionamento intelectual
EX:
 Planta da casa…
 Fotografias do domicilio… de objectos do domicilio
 Falar sobre o esposo (a)
 Datas, cronologicamente, opções / decisões
 Viagens
 Presentes
 Dizer em vós alta de forma inversa
 Dias da semana
 Meses do ano
 Compras no supermercado
 Lista de produtos 60

 Tarefas a cumprir
Reabilitação cognitiva
Capacidades de funcionamento intelectual

EX:
 Organizar um álbum
 Explorar a mala de uma mulher…
 Uso de novas tecnologias
 Softwares educativos e jogos

61

Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

É a capacidade para estabelecer relações consistentes entre


objectos, acontecimentos ou características

62

Reabilitação cognitiva
Organização

EX:

 Material necessário para…

 Fazer um bolo de…

 Mudar um pneu…

 Montar e desmontar objectos

 Dizer nomes de produtos alimentares que pode


encontrar no supermercado

 Dizer nomes de animais… que se iniciam por uma


determinada letra
63

 Planificar as tarefas do dia


Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

Capacidade para iniciar acções de uma forma independente e


contínua, prosseguindo-as até à sua conclusão

64

Reabilitação cognitiva
Iniciativa

EX:

 Ordenar determinada tarefa estabelecendo horário


para terminar

 Planificar actividades para o dia… cumprir

 Incentivar participação nos auto-cuidados

65

Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio

 Resolução de problemas  Sequência


 Motivação

Capacidade de realizar os diferentes passos de uma tarefa desde o


início até ao fim

66
Reabilitação cognitiva
Sequência
EX:
 Planificar os autocuidados
 Utilização de várias fotografias
 Sequências lógicas

67

Reabilitação cognitiva
Sequência

 Sequências de acção

Para acender uma lareira


Pôr lenha seca

Atear fogo à acendalha

Acender um fósforo

Pôr a acendalha por baixo da lenha

68

Reabilitação cognitiva
Sequência

 Sequências de acção

Para se vestir
Calçar os sapatos

Vestir o casaco

Escolher a roupa

Vestir as calças e a camisola

Vestir a roupa interior


69
Reabilitação cognitiva
Sequência

 Sequências de acção

Para ver televisão


Seleccionar o canal

Ligar a televisão

Ver o programa

Pegar no comando

70

Reabilitação cognitiva
Sequência

 Sequências de acção

Para telefonar
Falar ao telefone

Procurar o número de telefone

Pegar no auscultador

Marcar o número de telefone

71

Cognição
Funções Cognitivas

 Orientação  Capacidades de funcionamento


intelectual
 Memória
 Organização
 Atenção
 Iniciativa
 Juízo/raciocínio
 Sequência
 Resolução de problemas
 Motivação

Refere-se às forças interiores que regulam o comportamento, de


forma a satisfazer necessidades e atingir objectivos

72
Reabilitação cognitiva
Considerações…

 As intervenções cognitivas não devem estar isoladas de outras


terapias essenciais para a reabilitação funcional
 Treino organizado segundo uma hierarquia de dificuldade
crescente
 Competências repetidamente treinadas
 Ambiente estruturado e controlado… com elementos
relacionados com o contexto real e quotidiano do utente
 Construir aprendizagens a partir das competências residuais e
rotinas cognitivas já aprendidas ao longo da vida
 As capacidades treinadas e readquiridas devem ter interesse
para a vida prática do utente (e não meramente no contexto de
treino laboratorial)
73

Reabilitação cognitiva
Considerações…

 As intervenções devem ter como objectivos:


 Aumento da destreza ou conhecimento
 Mudança de comportamento
 Uso de estratégias compensatórias que aumentarão
ou acrescentarão independência funcional

74

Recuperaç
Recuperação do TCE

Teorias explicativas

75
TCE - Recuperação

 O processo de recuperação tem lugar nas primeiras


horas, dias, meses ou mesmos anos após o
traumatismo

 Grande variabilidade individual – impossível prever


em cada caso o grau de recuperação

 O processo de recuperação envolve múltiplos


mecanismos que interagem entre si:
 Gravidade da lesão
 Localização da lesão
 Estimulação do meio envolvente
 Variações individuais:
- Idade - Inteligência - Motivação
76

TCE - Recuperação

Teorias explicativas: (Santos 2002)

 1- Restituição das áreas lesadas


 Resolução das alterações fisiológicas
 Alterações funcionais relacionadas com o edema e ↑
PIC
 Não explica as recuperações tardias…

Apesar de haver regeneração axonal com arborização colateral, o


resultado do crescimento dos axónios, do ponto de vista funcional, não é
claro, e não se sabe se este processo conduz à recuperação ou é fruto
desta

77

TCE - Recuperação

Teorias explicativas: (Santos 2002)

 2- Substituição ou reorganização das estruturas e funções


neuronais
 A) reorganização anatómica
 Consideram que determinadas zonas intactas dos sistemas
neuronais lesados, podem de forma adequada, mediar as
funções previamente desempenhadas pelo sistema como um
todo
 B) Mecanismos de compensação ou de adaptação
funcional
 Referem que outras zonas não lesadas assumirão as funções
das áreas lesadas
 Princípio da plasticidade cerebral

PLASTICIDADE – Corresponde à capacidade suplectiva do sistema 78


nervoso que ficou intacto e que assume a função perdida. (Castro-Caldas, 2000)

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