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AULA 2 – PRINCIPAIS PERGUNTAS E RESPOSTAS DA AULA SOBRE

BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

1. AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA CESSOU NA


CONCESSÃO JUDICIAL, ENTRO COM RESTABELECIMENTO OU
NOVO PROCESSO ADMINISTRATIVO?

RESPOSTA: O Correto em primeiro lugar é verificar o motivo da cessação. Por


exemplo, cessou porque o Autor não pediu prorrogação, ou a prorrogação foi
indeferida?

Outra coisa, verifique se houve agendamento para reabilitação profissional e se


o Autor compareceu.

De toda sorte, se o benefício cessou porque o Autor não esteve atento ao pedido
de prorrogação, será necessário novo pedido administrativo. Se de alguma forma
houve indeferimento por parte do INSS você pode judicializar.

2. QUEM RECEBE O BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ CORRE O RISCO DE TER O BENEFÍCIO CORTADO? SE
FOR CORTADO COMO PROCEDER?

RESPOSTA: Segundo a Lei nº. 8.213/91, art. 101, §1º, I e II, o aposentado por
invalidez deve ser avaliado pela perícia médica do INSS a cada dois anos para
comprovar que permanece inválido. ATENÇÃO: Os segurados maiores de 60
anos e os maiores de 55 anos com mais de 15 anos em benefício por
incapacidade são isentos desta obrigação.

Se for cortado poderá judicializar.


3. COBRANÇA DE HONORÁRIOS EM BENEFÍCIOS POR
INCAPACIDADE.

RESPOSTA: Olha, em primeiro lugar há diferença de honorários quando o objeto


do Contrato é a concessão de um benefício de natureza temporário e quando se
trata de um benefício de natureza permanente (auxílio-doença e aposentadoria por
invalidez/auxílio-acidente.

Em outras palavras, os honorários de um contrato de aposentadoria são maiores.


E a dica para valores honorários em benefícios de natureza temporária é: veja a
duração do benefício por incapacidade temporária (6 meses, 1 ano?). Aplique
o princípio da razoabilidade, e jamais recebe além do ganho patrimonial final
do Autor.

4. RECEBE AUXÍLIO-DOENÇA DESDE 2016. CONVERSÃO PARA


INVALIDEZ PERMANENTE, ALGUMAS DICAS, PLEASE!

RESPOSTA: A primeira dica é: use esse tempo em auxílio por incapacidade


permanente a seu favor. “Ora, Juiz, o Autor se encontra em benefício por
incapacidade temporária desde 2016, ou seja, cerca de 5 anos, será que é razoável
permanecer entendendo que este benefício tem mesmo natureza temporária”?

Segundo, avalie se existem chances de reabilitação profissional, e também use


isto a seu favor, demonstrando que o Autor não conseguirá retornar à sua
atividade laboral habitual e nem qualquer outra.

5. AUXÍLIO-DOENÇA. ATESTADO MÉDICO DE 365 DIAS.


ANTECIPAÇÃO CONCEDIDA DE 30 DIAS. E O RESTANTE DO
ATESTADO?
RESPOSTA: Boa pergunta, “e o restante do atestado”? (rsrs). Olha, conforme a
Portaria Conjunta nº. 47 de agosto de 2020, os efeitos financeiros das antecipações
não poderão exceder o dia 31 de dezembro de 2020. Ou seja, realmente o INSS
não concede a antecipação pelo período “cheio” compreendido no atestado.

Contudo, a Portaria também ressalva a possibilidade de que o segurado apresente


pedido de revisão para fins de obtenção integral e definitiva do auxílio por
incapacidade temporária (§2º da Portaria). Sendo assim, minha sugestão é, já que
tens um atestado demonstrando uma incapacidade por tanto tempo, não é razoável
que você fique todo mês (ou o cliente) pedindo prorrogação por mais 30 dias,
desta forma, faz o agendamento para perícia presencial (caso tenha retornado já
no seu Município).

Uma outra opção ainda seria a judicialização, fundado no princípio legal de que o
INSS deve conceder o melhor benefício a que o Segurado tenha direito.

6. SOBRE A DEMORA DE RESPOSTA DE UMA PERÍCIA PRESENCIAL,


LIGA NO 135 DIZ QUE SÓ O TITULAR PODE SABER.

RESPOSTA: Olha, em relação a qualquer inércia do INSS em resposta


administrativa, ou andamento processual, seja deferindo, indeferindo ou abrindo
exigência, eu costumo esperar o prazo razoável de 45 dias.

O Supremo Tribunal Federal, ao se pronunciar sobre a matéria que manteve o


status de repercussão geral, decidiu do RE 631240, que “nos casos em que o
pedido for negado, total ou parcialmente ou que não houver resposta no
prazo legal de 45 dias, fica caracterizada ameaça de direito”.

Desta forma, eu costumo judicializar ou impetrar Mandado de Segurança. As


reclamações na ouvidoria não estão funcionando muito durante este período.
7. ONDE SE CADASTRA OU ANEXA PROCURAÇÃO NO MEU INSS?

RESPOSTA: No sistema do MEU INSS, em agendamentos/solicitações, você


digita “cadastrar/renovar procuração, e segue os passos seguintes, atualizando
dados e depois juntando os anexos. Não esquecer de juntar também o termo de
responsabilidade assinado pelo advogado e cliente.

8. QUANDO O PERITO CONSIGNA A DATA DA PERÍCIA COMO DATA


DO INÍCIO DA INCAPACIDADE, O QUE FAZER?

RESPOSTA: Eu tenho algumas dicas sobre isso. A primeira seria elaborar


quesitos para o perito, questionando o por que ele discorda dos laudos médicos
que apontam a incapacidade anterior à data da perícia, e o que o leva a determinar
que a incapacidade iniciou no dia da perícia.

Importante levar esse mesmo questionamento ao Juiz, no sentido de que os


exames, laudos, todos apontam a incapacidade anterior, então qual a
fundamentação para tal determinação divergente.

9. É POSSÍVEL JUDICIALIZAR AUXÍLIO-DOENÇA QUE FOI CESSADO?


OU APENAS INDFERIDO?

RESPOSTA: DEPENDE! Vou dar dois exemplos. No primeiro um beneficiário


que não fez o pedido de prorrogação do benefício, é mais difícil que o judiciário
aceite, pois o fato dele não ter feito o pedido de prorrogação se entende que ele
estaria apto ao retorno laboral, então dessa forma teria de realizar o pré-
requerimento administrativo.
A outra situação seria um segurado que estava em gozo de benefício, tinha data
de cessação, fez o pedido de prorrogação, mas a perícia entendeu que a
prorrogação seria devida por apenas mais alguns dias, ou mais um mês. Neste
sentido entendo como indeferimento tácito, pois a Autarquia prorrogou mas
entendeu que ele com poucos dias já estaria apto ao exercício laboral, sendo assim,
após essa cessação, eu já judicializaria.

10. COMO MANTER O PLANO DE SAÚDE DO SEGURADO EM CASO DE


APOSENTADORIA?

RESPOSTA: Os requisitos para que o aposentado mantenha o plano de saúde


oferecido estão previstas no art. 31 da Lei 9.656/1998 (plano de seguros privados
de assistência à saúde):

Se o aposentado tem 10 (dez) anos, ou mais, de contribuição ao plano de saúde,


poderá manter o benefício por tempo indeterminado, desde que arque
integralmente com o pagamento integral das mensalidades. Já se tiver menos de
10 anos de contribuição ao plano de saúde, poderá manter o benefício, mas não
por tempo indeterminado, mas na mesma proporção dos anos em que contribuiu
como empregado, desde que também assuma o pagamento integral das
mensalidades. Exemplo: se contribuiu ao plano de saúde por 7 anos, manterá
como segurado do plano por mais 7 anos.

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ATÉ A PRÓXIMA AULA, PREV!!!

“Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha” – Confúcio.

Prof. Yago Calado

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