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FARMACOLOGIA AULA TEÓRICA

SEMANA 1

Absorção :
Transferência do fármaco do local de administração para a corrente sanguínea
Há caracterísJcas que influenciam na absorção como o pH gastrointesJnal, a vascularização do
local de administração, doenças pre existentes(mudança de PH, insuficiência hepáJca ,
insuficiência renal
Peso molecular do farmaco, grau de ionização , lipossolubilidade
O fármaco pode ter um transporte aJvo ou passivo, sendo o passivo por difusão o mais comum
para passar pelas membranas biológicas (lipossolubilidade adequada)
PKa pequeno é acido fraco está ionizado, liga-se mais com a agua , se torna hidrossolúvel e é
menos absorvido
Biodisponibilidade-da dose administrada,quanto que vai realmente chegar na circulação ,é
dado em %
A via endovenosa vai ter uma biodisponibilidade de 100%
Via oral vai ter a primeira e a segunda passagem
Efeito de Primeira passagem:
Via oral-trato gastrointesJnal-intesJno(sofre absorção)-veia porta-_gado(metaboliza o
fármaco)

Métodos para desviar da metabolização do _gado: via subcutânea, via intravenosa,sublingual e


via transdérmica que administram já na circulação sanguínea

O mecanismo de primeira passagem pode ser uJlizado como bene_cio em que só quando
passa pelo _gado ele é aJvado , isso é chamado de profarmaco

DISTRIBUIÇÃO
Passagem do fármaco da circulação para os tecidos até aJngir um equilíbrio
Concentração no plasma igual a concentração no tecido
O que pode afetar a distribuição?
Fluxo sanguíneo
Permeabilidade endotelial (capilar confnuo, capilar fenestrado ou capilar sinusóide)
Lipossolubilidade
Grau de ionização
Ligação a proteínas plasmáJcas(albumina-se liga a substancia ácida e alfa glicoproteína-se liga
a substancia básica )

A ligação a proteínas plasmáJcas:

Existem fármacos livres e fármacos ligados a proteínas plasmáJcas

Pode haver casos em que haja hipoalbunemia ou hiperalbunemia, isso causa efeito na
compeJção com o fármaco e efeitos adversos ou a falta do efeito farmacológico. A saída para
essa situação é o ajuste de dose

Tecidos reservatórios são os que tem uma capacidade de ligação muito grande com o fármaco

Barreira hematoencefálica- ( em alguns casos, como em processos inflamatórios a barreira


hematoencefálica sofre mudança, como na meningite, que a penicilina consegue adentrar
apenas nas condições inflamatórias)
Barreira placentária-talidomida,roacutan,sulfonamidas são permeáveis

METABOLIZAÇÃO
Compostos Lipo_licos são metabolizados e são transformados em hidro_lico
Fase 1:(inaJvação)
Oxidação, redução e hidrólise
Enzimas metabolizadoras são CYP450(possuem grupamento heme), mono oxigenases
contendo Flavina e epóxi Hidrolases
Fase 2:
Conjugação

Não necessariamente passam pelas duas fases

O composto aJvo pode ser converJdo em composto inaJvo ou em um metabólito aJvo ou


metabólito tóxico

Uma substancia inaJva pode se tornar aJva: pro fármaco

No _gado tem as principais proteínas metabolizadoras

EXCREÇÃO

SEMANA 2

Dois Jpos de células


Parietal: possui a bomba de prótons que secreta h+, responsável pela produção do HCL
Célula epitelial superficial: produz muco e bicarbonato

Processo de secreção de H+ é dependente de três elementos :


-Gastrina (agonista, interage com receptor cck2 na célula parietal, esJmula vias de 2
mensageiros dependente de Ca que esJmula bomba de prótons e secreta H+), (nas células
cromafins esJmula liberação de histamina)
-Histamina (possui receptor de H2 na célula parietal, esJmula vias de 2 mensageiro
dependente de AMPc e esJmula bomba de prótons)
-AceJlcolina (vai no sistema nervoso entérica no receptor muscarínicos e esJmula a via do ca e
esJmula bomba de prótons ), a aceJlcolina libera tanto H+ quanto muco e bicarbonato

Prostaglandina:
São formadas a parJr do metabolismo de ácidos graxos
Tem receptores na célula parietal e epitelial
Tem efeito contrario da histamina para diminuir aJvidade da bomba de prótons (controle
negaJvo)
Bloqueia a ação da bomba de prótons e induzem produção de muco e bicarbonato
AINES inibem produção de prostaglandinas

*Fármacos:

Antagonista de receptor H2 e inibidor da bomba de prótons atuam reduzindo fatores


agressivos (HCl)
Sucralfato e Carbenoxolona aumentam fatores de proteção, não mexem na acidez

Antagonistas de receptor de H2 se ligam a proteína e bloqueiam o receptor de H2 (reduz fator


de agressão):
-Bloqueia receptor de h2 de histamina por compeJção (apenas histamina)
Não é tão eficaz, pq existem outros comandos para a bomba de prótons
Competem de forma reversível com a histamina
CimeJdina(primeiro fármaco), raniJdina
Biodisponibilidade de 50%
Eficácia: suprime até 70% da inibição da secreção gástrica em 24 horas
Possui meia vida curta, o paciente vai ter que usar várias vezes ao dia
Poucas pessoas tem efeitos adversos, os pacientes que apresentam geralmente são idosos ou
possuem insuficiência renal
Possíveis efeitos-diarréia, consJpação, cefaleia e delírios/confusão mental em pico plasmáJco
alto
CimeJdina tem efeito anJandrogênico, interfere na testosterona e provoca ginecomasJa,
inferJlidade e impotência. Além disso aumenta prolacJna e provoca galactorreia. A CimeJdina
é metabolizada pelo citocromo P450 e inibe ele, isso é perigoso em interações
medicamentosas que também são metabolizadas pelo citocromo p450 e o efeito do fármaco
sobe por falta de metabolização da substancia, porém tem fármacos que são aJvados no
_gado (profármacos) e como não tem o citocromo o seu efeito cai
Isso não acontece com a RaniJdina *
Os pacientes desenvolvem tolerância ao medicamento, as primeiras doses sao mais eficientes ,
o pH gástrico vai caindo com o tempo, o efeito é máximo no primeiro dia

AnJcolinérgicos:
-antagonistas muscarínicos anJcolinérgicos bloqueiam a bomba de prótons mas também
bloqueia a produção de muco (não é muito usado), além disso os receptores muscarínicos
estão em vários sistemas e poderia ter um efeito sistêmico

Inibidor da bomba de prótons:


(reduz fator de agresssao)
Vai direto na bomba, não importa quais comandos ela recebe para ser aJvada ,ela não vai
liberar H+(mais eficaz)
Vai ter efeito máximo
Não atua na luz estomacal,atua nos canaliculados das células parietais que tem as bombas de
prótons
Inibe secreção ácida de 80 a 95 %
Seu efeito melhora ao passar do tempo, pois vai inibindo mais bomba de prótons, o efeito não
é de tolerância , mas sim cumulaJvo ,não é máximo no primeiro dia
Administra 1 vez ao dia
Não depende da meia vida pois se liga permanentemente com as bombas de prótons (ligação
covalente), a bomba que se ligou nunca mais consegue atuar porem elas também tem um
tempo de vida e surgem outras novas e precisa de mais fármaco circulando
Possui meia vida curta
É um profármaco, só vira fármaco quando entra na célula parietal que está lotada de H+ e faz
uma reação química que aJva o fármaco
A enzima da bomba de prótons tem um grupo SH em que o enxofre interage com o H+ e o
grupo cisteína e faz uma ponte de sulfeto (covalente)
Problemas-geralmente por uso descontrolado , gera hipergastrinemia pois o organismo tem
mais esJmulo para produzir a gastrina por causa do bloqueio(é um hormônio que induz câncer
no trato gastrointesJnal), altera absorção de Ca, Fe e fator intrínseco
Além do mais, o ácido estomacal é uma barreira infecciosa e quando há o uso desses fármacos,
torna o organismo vulnerável
Hipergastrinemia é mais comum com inibidor de bomba de prótons
O omeprazol é um profármaco, logo é uma substância inaJva que se torna aJva quando
metabolizada no _gado
Quando metabolizada no _gado ela perde bastante seu efeito,por isso em alguns pacientes é
administrado por via parenteral , como quando não consegue degluJr, no entanto há perigo
maior de efeito rebote por efeito de supressão

Tentar erradicar a H.pylori:


Prescrever anJbióJcos com o fármaco que reduz a acidez

Sucralfato:
(Aumenta fator de proteção )
Polímero que tem açúcar, sulfato e alumínio
O Sucralfato se liga as proteínas que estão na luz do estômago por causa da lesão ulceraJva e
juntas fazem um filme que protege a ferida, o processo de cicatrização fica mais rápido

Carbenoxolona:
(aumenta fator de proteção)
Propriedades anJmicrobianas e EsJmula produção de prostaglandinas (aumenta muco e
bicarbonato)

Citotec ou Misoprostol:
Bloqueia a ação da bomba de H+
Análogo de prostaglandina, por isso esJmula contração uterina e está proibido para pessoa
_sica por ser aborJvo

Ordem de qualidade dos fármacos:


Inibidor de bomba de prótons
Antagonista de H2
Sucralfato
Carbenoxolona
AnJácidos

Biodisponibilidade :
É o que sobra depois de passar pelas barreiras e ser metabolizado pelo _gado

Paciente com insuficiência renal: A dose deve ser ajustada pois a filtração glomerular dele é
baixa e o pico plasmáJco sobe e a meia vida pode alargar e o paciente pode intoxicar

Meia vida: considera 5 meia vidas para o fármaco sair do organismo do paciente

Tolerância:efeito cai do medicamento a parJr da primeira dose


Profarmaco: precisa ser aJvado no organismo, a substancia que esta na capsula nao está
aJvada . Há reação química quando entra em contato com o H+ no canaliculo dentro da celula
parietal
O sulfenamido cíclico é o fármaco aJvado e a ligação

SEMANA 3
DIARREIA

Potencialmente autolimitada
Maioria infecciosa
Dura em torno de 14 dias (aguda)
Volume e/ou frequencia das fezes aumentada

Diarreia aguda pode ser osmóJca ou secretória

Diarreia osmóJca:
Sensação de urgência
Mais aquosa
Perda de água e pequena perda sódio
Há concentração de uma substancia na luz intesJnal
Costuma causar lesão na parede do intesJno e as enzimas diminuem na borda em escova dos
enterócitos , as bactérias fazem então fermentação e é eliminada

Diarreia secretória:
A perda de sódio é grande,muito maior que na osmóJca
Perde mais nutriente
Componente inflamatório maior
Muda o funcionamento da parede do intesJno
Conteúdo mais pastoso
Agente agressor que libera toxina na parede do intesJno que liberam mediadores que
aceleram a liberação de secreção e mediadores de inflamação
Chiguela, escheriquia coli

Abordagens terapêuJcas a diarreia aguda:


Terapia de reidratação oral ou endovenosa

Reidratação oral:
Sais de reidratação oral e alimentação normal
Quando solicitar reidratação oral?
Desidratação leve e moderada
Todos possuem o mesmo patamar de eficácia, mas tem formulações e preços diferentes
Soro caseiro NaCl, KCl , glicose
Zinco-suplementação de zinco junto com a reidratação tem melhores resultados em crianças
desnutridas

Reidratação endovenosa via parenteral:


Soluções (soro fisiológico)
Soluções polieletrolíJcas (ex:lactato)
Quando usar?
Desidratação grave
A reidratação endovenosa é dividida em três fases:
-Fase rápida ou de expansão ou de reparação-restaurar o déficit de água e eletrólitos
Solução fisiológica de 30 minutos . 20 ml/kg de peso (eficaz e com baixo risco de
hipernatremia), se precisar repete o ciclo , em alguns casos faz soro polieletrolíJco
-Fase de manutenção - reparar perdas fisiológicas
Regra de hallidey:
Até 10 kg = 100 ml/kg em 24 h
De 10 a 20 kg = 1000 ml/kg + 50 ml/ kg/ dia
> 20 kg = 1500 ml/kg + 20 ml/ kg/ dia
-Fase de reposição - reparar perdas patológicas
Depende das perdas de pessoa para pessoa
Soro glicosado + soro fisiológico 1:1 50 ml/ Kg/ dia

Não precisa esperar terminar uma fase para começar a outra


Para alguns indivíduos é necessário adicionar Kcl, principalmente em recém-nascido

ProbióJcos:
Prevenção ou tratamento
São micro-organismos que selecionam outros micro-organismos patológicos
Tem que ter uso confnuo

PrebióJcos:
Fibras alimentares
Selecionam os micro-organismos comensais, servem de alimento para eles

SimbióJcos:
ProbióJcos + probióJcos

Fármacos anJdiarreicos :
Não são um pilar para tratar doenças diarreica aguda

Fármacos anJbacterianos:
AnJbióJcos
Normalmente não se usa
Usa quando tem desinteria com fezes sanguinolentas

Doença diarreica aguda:


A desidratação é a grande complicação
Desidratação é a contração do volume extracelular associado a perdas eletrolíJcas
Deve-se avaliar o grau da desidratação
Leve-perda de água em relação ao peso do indivíduo (até 5%) não há sinais clínicos
Moderado-5 a 10% há sinais clínicos
Grave-acima de 10% há sinais clínicos

Sinais:
(Tabela)

LOPERAMIDA
É um fármaco opioide
Possui efeito de consJpação
Inibe liberação de neurotransmissores , principalmente de aceJlcolina, reduz secreções e
moJlidade
Usar em dieta autolimitada não infecciosa ex: síndrome do intesJno irritável ,crohn
Não tem risco de vicio pois o metabolismo de primeira passagem é alto
Apesar de atravessar a barreira hematoencefálica tem uma glicoproteína que restringe o
acesso e joga para fora, porém em alta quanJdade ela atua como inibidor da glicoproteína e
consegue passar pela barreira e causa efeitos adversos

ELIXIR:
Morfina e codeína são opioides que atuam no sistema nervoso
Papaverina tem efeito anJespasmódico e melhora a dor

FÁRMACOS DE AÇÃO INTRALUMINAL:


Adsorventes
Parfculas que conectam com substancias aJvadas e eliminadas nas fezes
Pode usar com toxinas bacterianas
Problemas - As fezes ficam mais consistentes e por isso o individuo pode não fazer a terapia de
reidratação
Não deve abandonar a terapia de reidratação

SEMANA 4

Histamina:
Histamina é uma substância orgânica
Formada pela hisJdina e a enzima descarboxilase
Mastócitos e basófilos
A enzima está presente em todos os tecidos,em todas as as células
A histamina tem uma meia vida muito curta, por isso nao tem muitos efeitos sistêmicos , são
locais
Há aJvação sistêmica quando a liberação de histamina é massiva e o sistema de metabólitos
teciduais nao conseguem conter essa quanJdade de histamina ex: choque anafiláJco , reação
alérgica mais grave
Nesse caso a meia vida aumenta,a histamina viaja pela circulação e acessa outros tecidos e nao
consegue ser combaJda
A histamina é autacoide:efeitos localizados, auto-atuação ,efeitos de correção de alguma
correção no tecido ,age localizado
Alergias acontecem por processos que esJmulam a degranulacao de mastócitos e basófilo
Degranulacao de mastócitos e basófilo : acontece por sensibilização do sistema imune ,
esfmulos químicos e _sicos ,temperaturas extremas,substâncias químicas
agressivas,lesões,fármacos,mediadores endógenos
Os anJ-histamínicos não devem ser usados por muito tempo
Receptores de histamina são H1, H2 e H3 - Receptor H2(estômago e coração )
Ações da histamina com o receptor H1:
Histamina faz Broncoconstricao e aumento de muco nos pulmões
Vasodilatação dos capilares e vênulas ,causando eritema
Contração das células e separação entre elas, extravasamento de líquido intersJcial ,causa
edema
Sensibilização nos nervos periféricos, causando prurido
No SNC a histamina atua como neurotransmissor e aJva processo de vigília(cérebro aJvo a
parJr da interpretação de esfmulos e sinais). Isso acontece dentro do ciclo circadiano. O
núcleo supraquiasmáJco manda sinal para a pineal que libera histamina quando capta raios
solares

AnJ-histamínico de 1 geração:
Fármacos bloqueadores de H1
Possuem caracterísJcas originais
Altamente Lipofilicos, por isso atravessam a barreira hematoencefálica por difusão
Quando passam pelo _gado, o sistema enzimáJco a entende como uma substancia estranha e
quer metabolizá-la e transformá-la em hidro_licas e polares
Isso diminui a meia vida do medicamento pelo alto metabolismo
A duração do efeito é curta
Grau de ocupação de receptores alto por isso mais sedação
Em dose alta pode causar intoxicação, dose letal
Por serem inespecíficos, bloqueiam outros receptores que não são a histamina
Bloqueia receptor de serotonina, aumenta o apeJte
Bloqueia adrenalina, bloqueia receptores alfa adrenérgico em artéria de maior calibre e
provoca vasodilatação que se soma a vasodilatação da histamina e gera hipotensão
(prometazina)
Bloqueia canais de K no coração e aumenta Intervalo de QT que representa diástole, se for
prolongado pode alterar a sincronicidade cardíaca e provocar uma arritmia cardíaca
Efeito de vasodilatação do fármaco pode gerar uma taquicardia reflexa no indivíduo
Bloqueia aceJlcolina, gera boca seca,consJpação, visão turva(músculo circular não contrai),
retenção urinaria,taquicardia pelo bloqueio do parassimpáJco
O poder de sedação depende do fármaco
Diminui desempenho psicomotor (não pode operar maquinas)
Aplicações terapêuJcas de um anJ-histamínico(reposicionamento):
-Para dormir
-Tratamento da cinetose (doença do movimento)-conflito de informação visual ,vesJbular e
propiocepJva e aJva o centro do vômito (bloqueia receptor H1 e Muscarínicos)
-Aumentar o apeJte
Álcool:
O álcool é depressor do SNC assim como o fármaco de 1 geração , isso causa sinergia. Pode
causar depressão severa no SNC, pode causar depressão de centros vitais , como o centro
respiratório
Glaucoma:
entre a íris e a córnea tem um angulo aberto que propicia a drenagem do humor aquoso.
Quando a pupila dilata pelo uso do fármaco, diminui o angulo para a drenagem do humor
aquoso e a pressão intraocular sobe

Fármacos de 2 geração :
São menos lipo_licos quando comparados aos de 1 geração
Possuem dificuldade de atravessar a barreira hematoencefalica
Duração de efeito é maior, posologia mais cômoda , meia vida maior
Grau de ocupação de receptores baixo.
Não sedaJvos são Loratadina, fexofenadina e desloratadina
Efeitos adversos diminutos e depende da sensibilidade da pessoa ao fármaco
Não cura cinetose
Não causa sonolência
Não tem dose letal
A glicoproteína p é um transportador de efluxo
Se a glicoproteína P conseguir conectar com o farmaco (se forem substratos), a glicoproteína p
joga para fora novamente
Poucas moléculas conseguem passar pelas duas moléculas ,pois os fármacos foram sinteJzados
para serem substratos da glicoproteína p

SEMANA 5

Os medicamentos disponíveis são formados pela Insulina ou análogo da insulina

Insulina é uma proteína pequena de baixo peso molecular que tem 2 cadeias de aminoácidos
(A e B) conectadas por pontes de sulfeto(ligação covalente)
Cadeia A (1 a 21)
Cadeia B (1 a 30)

Pré pro insulina- produzida no refculo endoplasmáJco


Pro insulina-transportada para o complexo de golgi e internalizadas em vesículas e liberada no
sangue moléculas de insulina
Insulina

Quando a glicose entra na célula beta, é o sinal para a liberação de insulina


A insulina primeiro vai estar na forma de hexâmetros (o zinco mantem essa estrutura)
Quando são liberadas no sangue elas se quebram em monômeros

Classificação de insulina em 4 Jpos:


(Inicio e duração)

1.Longa: inicio da ação não é tão demorado, a diferença está na duração do efeito, há algumas
que conseguem cobrir por 24h. Não apresentam pico, não tem efeito máximo elevado, tem
suporte basal, não dão suporte para glicemia pós prandial (basal). Detemir, Glardina e
Degludeca
DETEMIR-não tem aminoácido 30 ,no 29 mantem a lisina e acrescenta o N-miristoil que é um
ácido graxo, serve para interagir a insulina com a outra e lenJficar a liberação dela
Por causa dos ácidos graxos as moléculas de hexâmetros ficam mais juntas por mais tempo e
não são desfeitas tão fáceis nem mesmo no tecido subcutâneo, inclusive há a facilidade de
formar dihexâmeros e isso precisa de muito tempo para desligar. Além disso, a albumina
interage com o ácido graxo e lenJfica ainda mais
GLARDINA-Troca na cadeia 1, na cadeia 21 troca aspargina por glicina, não troca aminoácidos
na B, adiciona na posição 31 e 32, tem 53 aminoácidos.
Protamina é cheia de aspargina , NPH e glardina tem mecanismos um pouco semelhantes
Aspargina é um aminoácido básico que quando coloca em pH neutro tende a precipitar
PH básico tende a dissolver
Na NPH tem suspensão no medicamento pois só foi adicionada a protamina na insulina regular
Na glargina o meio está acido e ela está em solução dissolvida,mas no tecido subcutâneo ela
precipita e forma um depósito subcutâneo e lenJfica a absorção (faz como um pâncreas
arJficial), a insulina está modificada,é análoga
Tecnologia de precipitação: os hexâmetros ficam normais no recipiente, mas precipitam
quando são injetados no tecido subcutâneo, forma mulJagregado de hexâmero sólido em
círculo
Primeiro tem que dissolver para depois desagregar os hexâmetros
DEGLUDECA- forma filamentos de hexâmetros ,possui acido graxo e zinco que ajuda nas
interações
Na cadeia B não tem o úlJmo aminoácido tem um link com o ácido glutâmico no local e o ácido
hexadecanoico (ácido graxo)
Tem melhor perfil de distribuição de insulina em 24 horas quando separa em 2
comparJmentos de 12 horas , padrões idênJcos nos dois períodos

2.Intermediária: NPH , é a regular, a diferença é que tem protamina (é um anJcoagulante que


quando adiciona a insulina favorece a autoagregacao das moléculas de insulina e conecta os
hexâmetros de insulina, o tempo de duração dessa agregação vai ser maior que nas outras no
tecido subcutâneo. Dura de 10 a 18 horas (suporte basal ou esJmulada)
REGULAR + PROTAMINA
Na NPH a protamina segura os hexâmetros e eles não se desintegram antes de entrar no tecido
subcutâneo, inclusive mesmo no tecido subcutâneo tem dificuldade e se desfazer

3.Rápida: É a regular,é a própria insulina humana, demora de 30 a 60 minutos para o inicio da


ação ,tem que administrar um pouco antes da refeição ,possui duração maior de 8h
(esJmulada)
REGULAR-Na posição 28 da cadeia B da insulina humana tem uma prolina e na 29 uma lisina
Na insulina humana regular os hexâmetros só modificam sua estrutura no tecido subcutâneo
com a temperatura corporal

4.Ultra-rápida: 5 a 15 minutos tem inicio da ação ,o pico acontece de 30 a 2 h após administrar


o efeito dura até 5 h, curta duração.São a aspart, lispro e glulisina, são análogas a insulina. Para
controlar insulina pós-prandial administra imediatamente antes da refeição (esJmulada). Efeito
acaba rápido pois o organismo metaboliza a insulina. Modifica composição química das
insulinas, por isso são análogas as moléculas de insulina humana
LISPRO-Troca as duas de lugar (inverte a insulina regular)
ASPART- Na posição 28 troca a prolina por um aspartato
GLULISINA-na posição 29, troca a lisina pelo ácido glutâmico . E na posição 3 troca o aspartato
por uma lisina
Moléculas de hexâmero interagem umas com as outras, e como os hexâmetros sao formados
pelos aminoácidos da cadeia A e B, quando há uma troca de lugar nesses aminoácidos a
interação muda
No caso da lispro, a interação fica mais frágil e se desintegra mais rápido ,a velocidade do
hexâmero em monômetro vai ser maior do que na insulina regular
A insulina só é absorvida quando á a desagregação do hexâmero em monômetro
Nas insulinas ultra-rápidas os hexâmetros já vão se desorganizando e virando monômeros já
dentro do frasco, não espera chegar no tecido subcutâneo para começar essa desagregação

As insulinas possuem variação da ação a depender do individuo e do local de aplicação

A insulina é produzida de forma basal ou esJmulada (pós prandial)


Insulina regular é o que espera de uma insulina normal

Associação de insulinas:
Basal+esJmulada
Vai requerer mais administrações no dia (mais furos)

-Pré misturas:
evitam os furos
Mistura uma rápida e uma lenta
A lenta nesse caso é a intermediaria
*Humulin 70/30
70% de insulina humana isófona (NPH)
30% de insulina humana (regular)
Vantagem é conseguir dois em um
Desvantagem é se precisar mudar a composição tem que comprar outro produto
NPH com regular, a regular começa a agir mais rápido, o tempo de ação começa a parJr da
regular
O pico é duplo, tem dois
A duração da açao é da mais lenta (NPH)

-Esquemas de administração:
*Esquema com uma insulina:
Intermediária (NPH) : administra ou antes do café da manha ou antes de dormir
Nesse caso o paciente tem diabetes Jpo 2, pois a cobertura não é 24h, a insulina está ajudando
Perfil do paciente que administra antes do café-hiperglicemia pós prandial, pois o pico dela só
vai estar no almoço e tem que administrar pela manhã
Perfil do paciente que administra antes de dormir-hiperglicemia quando acorda, em jejum, o
pico da insulina vai estar quando acordar

*Esquema Padrão :
Injeta pela manha uma curta(regular ou ultra-rápida) com uma intermediária (NPH)
Passa o dia e quando vai jantar administra uma curta e a NPH

A curta do café da manha vai dar suporte para o pós prandial do café
A NPH no café Serve para basal e o pico dela corresponde ao almoço

A curta na janta cobre a insulina da janta


A NPH na janta cobre a insulina da noite

Dá pra fazer dois furos apenas nesse caso se Jver uma pré mistura ou Pode puxar a regular e
NPH juntas, mas a regular tem que ser puxada primeiro do frasco para não contaminar com
protamina

Entre o jantar e o dormir tem mais risco de hipoglicemia caso o efeito da NPH durar mais
Para evitar isso coloca a NPH antes de dormir e não na hora de jantar junto com a de ação ultra
rápida

Para diabetes Jpo 1


Serve para diabetes Jpo 2 com insuficiência pancreáJca
Combina uma insulina intermediaria (NPH) que tem função basal + cobertura do almoço e
madrugada e a insulina rápida que cobre pós prandial o café e o jantar

*Esquema Intensivo
3 refeições com insulina curta e ao dormir um NPH
Ou
Longa não NPH para basal de 24h e nas refeições curta

O que corre mais risco de hipoglicemia é o intensivo pois tem mais picos por causa das ultra
rápidas

O padrão tem mais risco de complicações do diabetes, tem menos controle de insulina

SEMANA 6
FÁRMACOS ANTINEOPLÁSICOS

Os fármacos anJneoplásicos servem como aliados e complementares no tratamento, existem


outros tratamentos importantes como a cirurgias e radioterapias

Situações em que se usa fármacos anJneoplásicos:


Os fármacos anJneoplásicos servem para tumores que não tem uma localização muito boa,
não da para fazer cirurgia, quando tem metástase
Leucemia, linfoma não tem localização definida por exemplo
Ela pode somar a radioterapia ou cirurgia , dando um suporte ,não sendo o tratamento
principal
Pode ser usado para reduzir a massa tumoral antes do processo cirúrgico
Pode servir para manutenção e não cura , controla a remissão ,prolongando a vida do paciente
(paliaJvo)

Os fármacos são agressivos para o organismo pq seu mecanismo é destruição de células, e


pode haver células normais destruídas , pode gerar falência de órgãos

O fármaco deve ser administrado com períodos de descanso

No caso de quimioterapia paliaJva a taxa de crescimento tumoral em período de descanso é


maior do que a taxa de remissão quando administra a quimioterapia

Protocolos dos fármacos:


Protocolo curaJvos-elimina o tumor, atua como tratamento principal
Protocolo paliaJvos -Aliviar os sintomas,dar conforto,aumentar expectaJva de vida
Protocolo adjuvante-complementa o tratamento principal depois dele
Protocolo neoadjuvante-Usado antes do tratamento principal
São divididos em dois:
1-Quimioterápicos ou citotóxicos: matam a célula tumoral, induz morte celular, mecanismos
inespecíficos(atacam DNA e reprodução celular), atacam células tumorais e normais, é
agressivo
Células de defesa,sanguíneas , de revesJmento precisam de grande aJvidade de replicação
celular,por isso esse Jpo de anJneoplásico pode atuar também nessas células além dos
tumores
Possui uma amplitude maior,pode ser uJlizado em vários cânceres

2-Mecanismos específicos que interferem diretamente no alvo molecular. Os farmacos que


interferem em vias de sinalização ou fatores de crescimento. Cada Jpo de câncer vai ter o seu
fármaco, são pouco amplos
Abrangência menor

*CITOTÓXICOS

Alquilantes:
Alquilam o DNA, transfere um carbono no DNA,reaJvidade alta com as bases nitrogenadas,é
uma reação química, bastante agressivo ao material genéJco , retorce o DNA (a estrutura
helicoidal é desfeita)
Destrói o material genéJco e induz apoptose
O carbono tem capacidade de atuar na estrutura do DNA, desse jeito o DNA nao consegue
sofrer tradução, transcrição …
O problema é que isso não acontece só nas células tumorais, as células saudáveis também são
aJngidas
Agentes alquilantes tem várias subclasses diferenciadas por sua composição química ,mas
todos alquilam o DNA
Mostarda nitrogenada é a base da quimioterapia e veio do gás mostarda, é uma arma química
de guerra
O gás mostarda destrói o DNA, as células do sistema imune não são produzidas e os soldados
morriam por imunidade baixa por qualquer infecção
Efeitos das mostardas:
A mielossupressao é um efeito adverso colateral
Náuseas e vômitos -acontece por celulas que sao agredidas e nãos são repostas
Folículo piloso tem taxa alta de crescimento
Carcinogênico-por isso não pode usar conJnuamente
Teratogenico: afeta DNA do feto,causa má formação
*Ciclofosfamidas e Ifosfamidas: São farmacos convencionais que podem ser administrados via
oral -são profarmacos , oxidado no _gado, quando chega no citoplasma é metabolizada pelas
enzimas e gera várias substâncias químicas não naturais dentro da célula, sendo que só uma
substancia é terapêuJca e aJva - vai para o núcleo alquila o DNA e destrói o DNA . As outras
substancias não fazem bem , a acroleína sai da celula, e vai para o sangue e como é
hidrossolúvel tende a ser filtrada pelos rins e vai para a bexiga. Quando chega na bexiga, ela
ataca a parede da bexiga e as glicoproteínas (reação química) que gera lesão e sangramento e
inflamação e cisJte hemorrágica (cisJte hemorrágica). - efeito adverso
Acroleínas reage com enxofre ,e cisteína tem enxofre. As glicoproteína tem cisteína
Para evitar isso, administra Mesna que possui enxofre junto com a ciclofosfamida em grande
quanJdade que os dois vão reagir e formar um produto solúvel em água que sai na urina
AnJmetabólicos:
Atuam no metabolismo que geram moléculas para síntese e DNA, que compõem o material
geneJco das células tumorais antes de sua formação
Bases nitrogenadas (purinas e pirimidinas)
Diminui a síntese de componentes que fazem partes do DNA
Atuam na fase S da divisão celular
Inibe síntese de nucleofdeos
Inibem enzimas da via de síntese de purinas ou pirimidinas
A conversão do uridilato monofasto em Jmidilato monofosfato precisa da enzima
Dihidrofolatoredutase

AnJbióJcos citotoxicos:
Não grudam no DNA, interage, Intercalam no DNA
Aumenta afinidade da topoisomerase aumenta, fica ligada mais tempo,corta mais o DNA
Determinam como as topoisomerases se ligam ao DNA
AnJbióJco é contra vida,destorcem o DNA
Destroem material genéJco
São intercalantes, destorcem as bases nitrogenadas
Os agentes intercalantes aumentam a afinidade de topoisomerases, ficam por mais tempo
As topoisomerases tem função de cortar o DNA e nesse caso pode causar fragmentação do
DNA, gera mutação e desestrutura , causa apoptose
Não usa em infecção pq não atua só na bactéria ,atua nas células normais do individuo
também
Antraciclinas-o grande problema são os efeitos adversos, causa carditoxicidade. Interagem com
íons fé que forma radicais livres que destroem células do coração ,gera arritmias, insuficiência,
a manifestação pode ser aguda ou tardia
Para isso usa um quelante metálico para quelar os íons Fé e não desenvolver esses efeitos
Diversos-Efeitos adversos
Mielossupressores, apesar que bleomicina causa menos mielossupressao, mas tem toxicidade
pulmonar
Não usa para matar bactéria pelos efeitos nas células

Agentes anJ mitóJcos:


Impede mitose
Impede divisão celular
São substancias naturais, alcaloides da Vinca
Os microtúbulos sao formados por monômeros de tubulinas para formação do fuso mitóJco
Os agentes anJ mitóJcos se ligam aos microtúbulos ao interagir com os monômeros na
polimerização e são adulterados e a divisão celular é parada
Na despolimerizacao, esses fármacos fazem com que os monômeros se ligam mais fortemente
e a despolimerizacao fica mais lenta
Os fármacos são tóxicos então por causa desse impedimento na divisão celular
Afeta tecidos
Causa mielossupressao, sistema imune decai

*ESPECÍFICOS
Interferem em vias de sinalização :
Maioria são anJcorpos, mas pode atuar como antagonista do receptor
São específicos
AJngem vias especificas
Terapia-alvo
Janela terapeuJca é maior o individuo tolera mais, da para administrar em casa via oral,
consegue uJlizar por mais tempo
São mais caros
Efeitos adversos são mais brandos e raros
Não vai danificar o tecido piloso
O tumor se liga ao receptor de fator de crescimento e aJva via de segundos mensageiros
dentro da célula que manda mensagem para o núcleo,há tradução ,transcrição ,produção de
proteínas e o tumor cresce pq mandou mensagem já que o fator de crescimento foi ligado, no
caso do Transtuzmab, ele atua como antagonista e bloqueia o receptor e o tumor para de
crescer
Tem fármaco que vai na via especifico e bloqueia a via e bloqueia uma enzima

Terapia celular com células card:(está em análise)


Muito caro 1 milhão
Terapia com células card
Serve para tumores não sólidos
Leucemia,mieloma,linfoma
Separa as células T do individuo e culJva, pega um lenJvírus que transfere um gene para o
material genéJco da celula, o gene codifica receptores de anfgenos do tumor e volta para a
circulacao do paciente só que agora com receptores e as células imunes do indivíduo
conseguem destruir o tumor

SEMANA 7

CorJcoides:
Usados em várias áreas, possui amplitude muito grande
Usados principalmente por propriedades anJinflamatórias
Efeitos adversos limitam o uso dessas substâncias

GlicocorJcoides são substâncias endógenas,já são produzidos naturalmente


Os corJcoides exógenos amplificam a ação dos hormônios da adrenal

Córtex da adrenal produz 3 padrões de corJcoides e por isso possuem uma ancestralidade
comum, são derivados do colesterol (lipossolúvel) e possuem uma estrutura química parecida,
são eles:
1-MineralocorJcoides
2-Androgênios
3-GlicocorJcoides-principal exemplo é o corJsol(mais potente e abundante)

GlicocorJcoides- O corJsol é o mais produzido dessa classe, a quanJdade endógena é 20


mg/dia. O corJsol é um hormônio secretado em momento de estresse, é catabolizante e
energéJco (combusfvel metabólico). As alterações são ligadas entre os sistemas, alterações
emocionais ou imune pode secretar mais corJsol
Os glicocorJcoides possuem receptores (GR) no citoplasma das células em todos os tecidos e
células do corpo, porém os receptores ficam sempre inaJvos por causa das HSP (proteínas de
choque térmico)
Quando os corJcoides na célula aumentam, as moléculas deslocam as HSP e o glicocorJcoide
consegue fazer a ligação específica no seu receptor e há a dimerizacao e depois a translocacao
do complexo receptor + glicocorJcoide ligado para o núcleo celular, no núcleo tem DNA e
GRE(elementos de resposta aos glicocorJcoides) que tem afinidade pelo complexo e faz a
transcrição genica dos genes específicos
Isso modifica a expressão gênica da célula ,o perfil de resposta da célula, Jpo de ação profunda
Gera repercussões anJ inflamatórias:
1- Reduzindo permeabilidade vascular dos polimorfos nucleares alterando moléculas de
adesão no tecido vascular que se conectam aos polimorfos para acontecer a diapedese e a
migração dos polimorfos vai ser mais lenta e o processo inflamatório também mais lento ;
2- Nos lisossomos há enzimas digesJvas e os corJcoides lenJfica a membrana na liberação
dessas enzimas e assim não lesa o tecido ;
3- Inibe prostaglandinas indiretamente e reduz sinais da inflamação ;
4- Reduz produção de citocinas pró inflamatórias;
5- Silencia gene da produção de NO (é vasodilatador), os corJcoides então são vasoconstritores
e reduzem a circulação naquele local ;
6- Redução da produção de linfócitos T. Logo, o enfoque dos corJcoides é na supressão
imunológica Celular, mas não humoral

Esse sistema de inaJvação da HSP, funciona como trava de segurança biológica para que só
quando o corJcoide chegar que tem uma ação

O corJcoide é um anJ-inflamatório esteroidal


Tem ação bem mais ampliada que os não esteroidais que só suprimem as prostaglandinas

Cascata da inflamação:
Há um esfmulo que causa a lesão das membranas plasmáJcas das células, e elementos da
membrana são expostos. Ligado aos fosfolipídios tem o ácido aracdônico que não deveria estar
exposto, mas foi exposto por causa da lesão. Assim, a fosfolipase corta a ligação e libera o ácido
aracdônico, liberando a lipoxigenase e a ciclooxigenase. A lipooxigenase produz leucotrienos e
a ciclooxigenase produz prostaglandinas que criam os sinais da inflamação e sintomas

Leucotrienos-parte brônquica
Prostaglandinas-mais geral

Os AINES atuam na ciclooxigenase (bloqueiam)

O corJcoide atua indiretamente na fosfolipase (inibe ela) através da esJmulação da transcrição


das lipocorJnas

Problemas no uso excessivo de anJ-inflamatório:


Reparação dos tecidos fica incompleta ,há degeneração tecidual

Como mexe na transcrição gênica,há silenciamento e expressão genéJca de genes no


metabolismo

Ações dos corJcoides no metabolismo de carboidratos,proteínas e lipídios :


O corJcoide enxerga as macromoléculas como reservas de energia e cataboliza elas, ao
contrário da insulina que é anabolizante
Atua de forma a catabolizar

Nos carboidratos:
Quebra os carboidratos e faz elevação da glicemia a parJr da esJmulação dos genes que
parJcipam gliconeogênese no _gado
Tende a ter hiperglicemia e libera insulina pelas células beta do pâncreas, o corJcoide porém
bloqueia inaJva o gene da síntese de glut 4 que é o que transporta a glicose na célula,
provocando uma resistência a insulina)

Nas proteínas:
Os aminoácidos saem principalmente do músculo e são mobilizados para o _gado, (aumenta
proteínas hepáJcas e plasmáJcas), afina apele e causa estrias
Pode sair do osso e ir para o _gado

Nos lipídios:
Há quebra de ácidos graxos para ir para o _gado e fornecer energia a parJr da lipase sensível
ao hormônio (LSH) . No tecido adiposo, o corJcoide quer quebrar a gordura e a insulina quer
deixar a gordura, assim elas brigam entre si e dependendo do tecido ou a insulina ou o
corJcoide tem mais receptor e um manifesta mais que o outro, por isso pode causar
distribuição anômala das gorduras, pois o corJcoide ganha em alguns tecidos e causa a Giba de
boi (insulina ganhou), afinamento dos braços e pernas (corJcoide ganhou) , aumento da
gordura centrípeta (insulina ganhou)
O corJcoide pode emagrecer, mas pode perder massa muscular, mas dependendo pode causar
fome e engordar

Problemas sistêmicos:
Geralmente acontecem por uso prolongado dos corJcoides, o organismo do indivíduo com
corJsol alto está há tempos em situação de estresse e vai afetando seriamente seu
funcionamento por estar em modo de sobrevivência
CorJsol alto Jra proteína do osso, mexe nos genes de osteoblastos e osteoclastos
CorJsol alto não libera GH ,que é reparador das paredes dos vasos, e a parede vascular fica
mais rígida e gera tensão (hipertensão)
Fatores de crescimento são silenciados
Imunidade celular é afetada
Hormônios da adrenal são parecidos e pode haver reação cruzada com o receptor e pode
mimeJzar a aldosterona e fazer a retenção de sódio nos rins (edema ), ou hipotensão
Proteínas decaem do tecido conjunJvo, afinam a pele, falta colágeno
Em mulheres grávidas, há Feedback negaJvo e insuficiência adrenal no bebê, pois ela estava
em um meio de muita oferta de corJcoide e o eixo hipotálamo hipófise não esJmulou a
produzir hormônio na adrenal. Por isso, tem que fazer o desmame em casos de uso de
medicamentos a longo prazo e alta dose e não reJrar de uma vez, pq quando usa corJcoide
exógeno, o endógeno não tem suporte energéJco, não consegue esJmular adrenal a produzir,
pois está inibido

CorJcoides sistêmicos exógenos se dividem em 3 grupos:


(Tem a ver com tempo de meia vida e duração da ação)

1-Curta duração : 1 a 12 h, efeito mineralocorJcoides e anJ-inflamatório se acompanham


2-Ação intermediaria: 12 a 36 h, efeito anJ-inflamatório 4 a 5 vezes maior com a mesma dose
mineralocorJcoide que o de curta duração (tem uma potencia maior e eficácia também)
3-Longa ação: 36 a 55h,aumenta muito a potencia anJ-inflamatória sem ter efeito
mineralocorJcoide muito importante

FludrocorJsona: Não será usada como corJcoide ou anJ-inflamatório, será uJlizado para efeito
mineralocorJcoide (para quem não sinteJza aldosterona )

SEMANA 8

*HIPOGLICEMIANTES (CLÁSSICOS)

SULFONILUREIAS:
Aumentam a quanJdade de insulina
São fármacos secretagogos(agem no pâncreas e esJmulam ele a liberar insulina)
Inibem canais de K nas células beta
EsJmula potencial de ação de célula beta e secreta insulina
Principal efeito adverso é hipoglicemia
Insulina é anabolizante por isso esJmula ganho ponderal e pode aumentar resistência à
insulina em pacientes já com peso elevado, por isso não são de primeira linha
São elas a nimeclamida,gliclazida,nibenclimida,glipizida,corboclamida…
Eficácia:é capacidade de redução da glicemia e hemoglobina glicada
Reduzem 60 a 70 pontos a glicemia de jejum
Reduzem 1,5 a 2% a hemoglobina glicada
Perfil de paciente desse medicamento:
Mecanismo de ação:
Quadrinho é a Célula beta-
A glicose tem acesso livre não depende de
Insulina para colocar glicose dentro da célula
Quanto maior a glicemia,mais glicose entra na célula beta e ela vai idenJficar e liberar a
insulina em uma quanJdade equivalente
Se aumenta glicemia,aumenta glicose na célula beta
Para a glicose ficar na célula beta,primeiro ela tem que ser fosforilada pela glicoquinase e ela
fica aprisionada, porém isso tem gasto de atp (coloca fosfato na glicose e ela fica mais polar)
Se não colocar o fosfato ela volta para o sangue
O atp quando é consumido na célula beta o canal de K fecha(o canal é dependente de atp)
O potássio que estava dentro da célula e estava mais concentrado dentro e tem carga posiJva
fica aprisionado e o potencial eleva e fica mais posiJvo
O canal de Ca voltagem dependente abre e o canal e o Ca entra
O cálcio vai esJmular via das quinases que esJmulam o processo de exocitose de vesículas de
insulina e liberação de insulina no sangue
-como as sulfonilureias agem?
Há um receptor no organismo chamado de receptor de sur em que a sulfonilireias se ligam a
esse receptor e que tá conectado ao canal de K que induz uma mudança conformacional que
fecha o canal de k que independente da quanJdade de ATP e da entrada de glicose
As sulfonilureias então são agonistas desses receptores e há liberação massiva de insulina não
associada aos níveis de glicemia,porém não há um mecanismo de parada e pode haver
hipoglicemia
Comparação entre as sulfonilureias:
Meia vida é variável curta,intermediário ou longa
Uma meia vida maior tem duração de ação maior e possui tendência maior de gerar
hipoglicemia,pois o canal fica bloqueado por um tempo maior,é recomendado o de 24h
Possuem alta ligação a proteínas plasmáJcas e por isso possuem fração farmacologicamente
aJva baixa, isso é bom pois a parte livre que vai para o sangue e pâncreas é pouca e causa
menos efeitos adversos ,qualquer condição que as proteínas plasmáJcas diminuem
Metabolismo hepáJco é forte,80% são metabolizaras por citocromo,sofrem com inferacoes
medicamentosas que inibem citocromo p450 ex:citoconazol
O citoconazol inibe o citocromo,não há metabolismo do hipoglicemiante,sua fração fica mais
disponível no plasma e causa hipoglicemia
Tem fármacos que aumentam a aJvidade do citocromo e as enzimas hepáJcas aumentam e o
controle da glicemia fica mais di_cil ex:anJconvulsivante
CorJcoide acelera o metabolismo da sulfonilureias e aumenta a glicemia , sua eficácia fica
diminuída
A eliminação renal é forte, pelo menos 50% nesses fármacos ,então qualquer insuficiência
renal ou hepáJca vai interferir na eliminação desses farmácos

GLINIDAS:
São duas: hepaglinida e nateglinida
São secretagogas - bloqueio de canais de k dependente de ATP na célula Beta
Local de ação é o mesmo das sulfonilureias
Porém,
Possuem tempo de meia vida mais curto que sulfonilureias (em torno de 1h) e duração de
efeito menor 4-5 h
Vai ser usada em pacientes que tem uma hiperglicemia di_cil de controlar pós- prandial,
administra antes da refeição
Possui eficácia menor por causa da meia vida curta, reduz de 20 a 30 pontos
São fármacos adjuvantes, potencializam um efeito
Nateglinida-tem uma secreção de insulina especial por ser mais casada com o pico glicêmico, é
proporcional, tem o menor risco de hipoglicemia entre os outros secretagogos

BIGUANIDAS:
Me„ormina
Não é secretagogo
É sensibilizador de insulina, diminui a resistência a insulina, não aumenta a quanJdade, mas
sim a performance dela
Meche nos mecanismo de segundos mensageiros que a insulina aJva quando se liga no seu
receptor
Quando a pessoa tem resistência a insulina, há problema nesse mecanismo de segundos
mensageiros, a insulina se liga ao receptor, mas não há aJvação adequada dos segundos
mensageiros que aJvam a expressão de transportadores na super_cie da célula que captam a
glicose
A Me„ormina esJmula aJvidade da AMPquinase que aJva cascata de quinases que aJvam a
expressão de transportadores
A capacidade de colocar glicose dentro da célula vai aumentar
Além disso,a AMPquinase possui ação no _gado, está envolvida na síntese de glicose hepáJca
(gliconeogênese) .Quanto mais aJvada a enzima está, menos há produção de glicose via
hepáJca e assim reduz a glicemia - esse aspecto é importante para o paciente que apresenta
glicemia de jejum
Outra ação da Me„ormina é que ela atua no trato gastrointesJnal e reduz absorção de glicose
dos alimentos
A Me„ormina tem uma ação ampla,eficaz e não causa hipoglicemia pq não produz mais
insulina, é tão eficaz quanto a sulfoniruleia
Outros bene_cios da Me„ormina são: diminuição de eventos cardiovasculares, prevenção de
diabetes em pacientes pré-diabéJcos, diminuição do perfil lipídico e diminuição de peso
Problemas:
1-Desconforto abdominal, flatulência e diarreia, principalmente no início do tratamento
2-Acidose láJca: como a gliconeogênese vai estar inibida pelo fármaco, componentes
metabólicos que antes eram usados na gliconeogênese podem se acumular, e um deles é o
ácido láJco. O ácido láJco vem da aJvidade metabólica dos músculos e seu acúmulo com o
uso do fármaco pode causar uma acidose metabólica. Isso não costuma ser um problema em
indivíduos com função renal normal, pois os rins possuem capacidade de ajustar sua filtração,
o problema é quando o paciente já possui qualquer fator de risco que aumente o acido láJco
ou impeça a eliminação dele do organismo, como quando ele já possui insuficiência renal,
hepáJca, cardíaca, pulmonar, ou acidose láJca prévia.
A Me„ormina é um normoglicemiante, pois não produz hipoglicemia(não produz insulina), ela
não é um hipoglicemiante conceitualmente falando
-Resumo das acoes da Me„ormina:
1-melhora performance da insulina
2-Reduz produção de glicose hepáJca(reduz gliconeogênese)
3-Reduz absorção de glicose intesJnal

TIAZOTINIDEZIONAS ou GLICAZONAS
Só tem um fármaco: pioglicazona
Eficácia boa, mas possui muitos efeitos adversos
É um agonista do receptor PPAR-gama
O receptor quando aJvado possui um mecanismo muito parecido com os corJcoides
(elemento vai para o núcleo celular e regula expressão de genes específicos)-resposta
amplificada
Regula genes de metabolismo de glicose e lipídios
Há um efeito sensibilizante de insulina,porém mais potente que a insulina, pois aqui o fármaco
não tem outra função além dessa
Expressa segundos mensageiros da ação da insulina, e favorece transporte de transportadores
de glicose e lipídio na super_cie da célula
Há aumento da captação de glicose pela insulina de 30 a 50% nos tecidos, principalmente no Tc
muscular
No _gado e tecido adiposo também capta glicose e lipídio
Não causa hipoglicemia e melhora perfil lipídico
Problemas:
Causa retenção hídrica, que é perigosa em insuficiência cardíaca classe 3 e 4 (sintomáJcas)
Pode induzir ganho ponderal,aumenta tecido adiposo por causa da captação de lipídio
,engorda
Atua nos ossos modificando funcionamento de osteoblasto e osteoclastos, causa
enfraquecimento ósseo e fratura
Perigoso em idosos
Pode induzir agressão ao _gado e insuficiência hepáJca

ACARBOSE
Não tem ação sistêmica
Atuação local no intesJno
Bloqueia glicosidades - são enzimas importantes para digestão e absorção de carboidratos
(açúcar)
Bloqueia acesso de açúcar da dieta
Eficácia é limitada, pois não meche no metabolismo, só na dieta
Pode associar com outros fármacos, é adjuvante
Problemas:dor abdominal,flatulência,diarreia (o incômodo pode melhorar, porém não resolver)

*HIPOGLICEMIANTES (MAIS NOVOS)

ANÁLOGO DE GLP1 E INIBIDORES DE DIPEPTIDIL-DIPEPTIDASE 4


GLP1 é um Jpo de increJna
IncreJnas: esJmulam liberação de insulina e inibem liberação de glucagon de forma
proporcional a glicemia (mecanismo de regulação).São pepfdeos com meia vida muito curta
A enzima dipepJdil-dipepJdase 4 (DPP4) que inaJva a increJna
Efeitos adversos são brandos:faringite,náusea, cefaleia, alterações no trato gastrointesJnal.
Porém o fármaco é novo, não se sabe muito sobre seus efeitos adversos a longo prazo e o custo
é muito alto
1-Inibidor de dipepJdil-dipepJdase 4
GlipJnas
São fármacos que inibem a DPP4 e aumentam o tempo de ação da GLP1 (administra por via
oral)
Reduz glicemia de jejum em 20 pontos e hb glicada de 0.6 a 0.8 (eficácia limitada)
Porém a secreção é dependente da glicemia, não são secretagogos e não causa hipoglicemia
2-Análogo de GLP1
ExcenaJda, NiragluJda
São fármacos que parecem increJnas endógenas (são análogos de GLP1), mas com meia vida
longa que simula a ação das increJnas (são administradas por via subcutânea, pois são
pepfdeos ). Podem ser usados em pacientes obesos sem diabetes , reduzem glicemia de 30 a
60 pontos.

INIBIDORES DO COTRANSPORTADOR DE Na E GLICOSE


O cotransporte de Na e glicose acontece em vários tecidos, mas principalmente no túbulo renal
nas regiões proximais
Nas regiões proximais do néfron, possuem muitos cotransportadores SGLT2 (cotransportador
de Na e glicose) que fazem o transporte dos eletrólitos para a célula de revesJmento, depois o
Na (que está no filtrado) volta para o sangue através da bomba de Na e K e a glicose volta para
o sangue através de transportador GLUT2 -(isso tudo acontece na reabsorção do filtrado)
No diabetes a glicemia está tão alta que satura o transportador de glicose e ela se acumula na
urina
Há fármacos que são capazes de inibir o cotranspote e a glicose não é reabsorvida, logo vai ser
eliminada na urina , com isso, nao vai haver também a recaptacao de Na
Por isso, eles possuem efeitos natriuréJcos, são diuréJcos e reduzem pressão arterial
Além disso, como a glicose é jogada fora, o paciente tende a perder peso
O paciente que tem HAS e diabetes pode ser contemplado por esse fármaco
São as glifosinas
Ex:
Dapaglifosina…
Problema: infecção urinária por causa da glicose na urina (proliferação bacteriana), poliúiria ,
hipotensão em pacientes que não tem HAS

Resumo:
Me„ormina tem eficácia alta não tem hipoglicemia, ajuda a perder um pouco de peso, via oral
várias vezes a.d, pode haver deficiência de B12 por não liberar fator intrínseco, barato

Inibidor de cotransporte de Na e Glicose : eficácia media, sem hipoglicemia, joga glicose em


excesso fora , ajuda a perder peso, via oral, custo maior, causa infecção urinária

IncreJnomiméJcas: Custo muito alta, eficácia boa , não tem hipoglicemia , classe que mais
emagrece, injetável

Inibidor da DDP4: eficácia media ,ajuda a perder peso, via oral,custo medio

Glicazona: induz ganho de peso , barato, muitos efeitos adversos, via oral , não causa
hipoglicemia

Sulfonilureias: causa hipoglicemia e ganho de peso, boa eficácia ,via oral, barato

Insulinas: eficácia boa, causa hipoglicemia, ganho de peso, injetável, possui pelo sus

SEMANA 9

Inibidores de Na e glicose:
Agem no sistema renal
Inibe reabsorção de Na atrelado a glicose
O objeJvo é eliminar glicose na urina
A proteína que faz o transporte deles faz dos dois juntos
Isso causa hipotensão
E são diuréJcos apesar de não serem fármacos diuréJcos

Fármacos diuréJcos:
Atuam no néfron (nos túbulos renais)
Ocorre a filtração glomerular
Arteríola aferente - 15 a 30% do que vai passar por ela vai ser o filtrado e passar pelos túbulos
renais
Arteríola eferente o que vai passar por ela é o restante que não vai ser filtrado
O filtrado tem a composição igual a do sangue, só algumas proteínas plasmáJcas muito
grandes que não vão estar presentes
O filtrado vai passando por fenômenos biológicos que garantem a homeostase final e isso é
afetado por dois Jpos de transporte:
A) Processo de reabsorção (componentes do filtrado vão ser transportados para o sangue
através de proteínas acopladas a membrana das células que fazem o transporte reverso de
moléculas específicas ex: cotransportador de Na e glicose. A glicose geralmente não aparece na
urina, ela é reabsorvida e vai para o sangue
B) Processo de secreção: transportadores na parede do vaso que captam moléculas que estão
passando no sangue(arteríola) e transportam elas para o néfron (túbulos renais)
Os dois transportes alteram a composição do filtrado até formar a urina
Obs: os mecanismos vão ser diferentes entre os indivíduos e por isso a composição final
Os diuréJcos de boa qualidade nao usam apenas os mecanismos de filtracao, eles usam
tambem os mecanismos de secrecao a parJr de substratos transportadores que captam as
moléculas e concentram no filtrado, isso ajuda a concentrar a acão nos rins, sem ter efeito
adverso extrarrenal
Só a filtracao glomerular não é suficiente para fazer o equilíbrio eletrolíJco e ácido-base
Sao 4 Jpos de fármacos diuréJcos que se diferem sobretudo por seu local de atuacão:
TCP (túbulo contorcido proximal)- Inibidores da anidrase carbônica
AH (alca de henle)- DiuréJcos de alca
TCD (túbulo contorcido distal)- Tiazídicos e TipoJazídicos
DC (ducto coletor)- DiuréJcos poupadores de K+

Túbulo Contorcido Proximal (TCP):


Os seguimentos mais próximas tem mais proteínas de transporte que captam moléculas do
filtrado e levam elas para o sangue. 60 a 65% de todo o Na reJrado do filtrado acontece no
TCP. Esses seguimentos são chamados de diluidores
os fármacos que atuam nas regiões mais proximais possuem uma ação mais eficaz e potência
de ação maior pela maior aJvidade de reabsorção dessa região. O efeito naJuréJco vai ser
mais intenso
-FÁRMACO (TCP): Inibidores da anidrase carbônica
Nome: Acetazolamida
Transportador faz anJporte do Na do filtrado para dentro da célula e pega o H+ e joga no
filtrado
Esse transporte prescisa de aporte de H+ que pode vir do metabolismo ou do
Bicarbonato(H3CO-)
Reação na célula de revesJmento do túbulo renal:
Bicarbonato + (H+ )= ácido carbônico + anidrase carbônica 4 = CO2 e H20
Bicarbonato não passa pela membrana, por isso ele é quebrado e o CO2 entra na célula por
difusão e o H20 por porinas
Dentro da célula tem anidrase carbônica Jpo 2 que faz a reacao oposta e pega CO2 e H20 e
forma ácido carbônico
Como não está ácido, o ácido carbônico dissocia em H+ e Bicarbonato
Bicarbonato junto com o sódio vão para o sangue e o H+ volta para fora para buscar mais
bicarbonato para manter o ciclo
Se afeta um dos elementos do ciclo, reabsorve menos Na
Cetazolamida: Inibe anidrase carbônica e não forma CO2 e H20 e afeta o ciclo
Na e bicarbonato vão ter reabsorcão diminuida
A urina vai ter mais Na e mais bicarbonato, por isso vai estar alcalinizada e o sangue pode ficar
ácido (acidose metabólica)
Pode ser usado para diminuir volume do humor aquoso em casos de glaucoma; Em casos em
que a pessoa vai passar por situacoes extremas Ex:viagem para altas alJtudes
Elimina Na na urina, porém não é uma quanJdfade muito grande por o fármaco atuar em só
um Jpo de transportador
Elimina K pois elimina Na na urina que deveria ser reabsorvido e por isso o organismo joga K
direto
O Na quando abaixa na circulacão , aJva aldosterona , a aldosterona(sistema renina
angiotensina) atua na porcão final do néfron e aJva reabsorcão de Na, porém ao reabsorver
Na, joga K e H+ fora
A concentracão plasmáJca do K é muito baixa, por isso causa muito efeito quando é jogado
fora
O bicarbonato também é jogado fora,pois tambem deveria ter sido reabsorvido ,mas nao foi
Como o Na não foi reabsorvido , a H2O também não é reabsorvida
Problema: tolerância muito rápida

Alça de Henle (AH):


Ainda capta bastante moléculas, capta 20% de todo o Na.
-FÁRMACO (AH): DiuréJcos de Alça
Nomes: Furosemida, Torzemida
Ramo ascendente espesso da AH
Espoliadores de K
Capta bastante Na ainda, pelo transportador NKCC2 que faz o simporte neutro de Na+, K+ e
dois Cl-
Na+, K+ e Cl- entram na célula
Ao entrarem, os canais de Cl, K e bomba de Na e K geram o remanejo de cargas
Cargas posiJvas ficam no lúmem da célula e negaJvas na membrana basolateral, gerando uma
diferenca de potencial e portanto um equilíbrio
Esse equilíbrio é feito ao pegar cargas posiJvas da urina e transportar para o sangue, através de
canais ionicos no espaco intercelular
O diuréJco de alca atua bloqueando o NKCC2
Nessa situacao, joga Na e Cl fora
Como vai liberar aldosterona pela perda do Na, vai perder K no ducto coletor
Sao os diuréJcos mais potentes e eficazes que existem por causa da reabsorcao alta de Na
nesse local(20% de todo o Na reabsorvido )
Joga Ca+ e Mg fora pq nao tem mais a diferenca de potencial
Volume da urina aumenta bastante
Efeitos adversos: hipocalemia,hipomagnesemia,hipocalcemia,hipotensão
Os diuréJcos que possuem o sistema de transporte de ácido podem causar hiperuricemia:
Os mecanismos que fazem o transporte de ácidos também fazem o de ácido úrico. Assim,
diuréJcos competem com ácido úrico para ser transportado para o túbulo renal e deixa de
eliminar o ácido úrico. É um problema em indivíduos que já possuem gota
Pode causar ototoxicidade por alterar a composicão da endolinfa protetora, causando lesões
Pode acontecer aumento da glicemia: Todo fármaco que abaixa K+ tem tendência de abaixar a
insulina e aumentar glicemia, logo haver menor controle dela. Geralmente só é um problema
em pacientes diabéJcos. Além disso, quando a insulina age no receptor, os mecanismos
secundários envolvem transporte de K também e aumenta resistência a insulina.
Interacão medicamentosa que pode acontecer: DiuréJco e hipoglicemiante
Pode causar alcalose metabólica:
Ao inibir reabsorcao de Na ele é jogado na urina
Na é recuperado na porcao final pela aldosterona, nesse momento é jogado fora K+ e H+ na
urina e por isso o sangue pode ficar mais básico (alcalose metabólica)

Túbulo Contorcido Distal (TCD): Ainda conJnua captando, mas em um volume bem menor,
porém não capta mais H20
Fármacos que agem em porções finais vão ter intensidade de efeito menor por causa da menor
recaptação de Na. O efeito naJuréJco vai ser menor
FÁRMACO (TCD): Tiazídicos e JpoJazídicos
Nome: HidrocloroJazida, mortalidona ,Indapamida
Espoliadores de K
Agem no TCD, por isso possui menor reabsorcao de Na e efeito mais brando dos fármacos
Há simporte de NaCl
Bloqueiam o transportados de NaCl
Na e Cl são eliminados na urina
K vai ser eliminado depois por causa da acao da aldosterona em resposta na eliminacao de Na
Quando deixa de reabsorver Na, a expressao de canais de Ca aumenta e aumenta captacão de
Ca
Ca vai ser conservado
Pode acontecer: hipocalemia, hiponatremia, hipertensão, hipercalcemia, hiperuricemia,
aumento da glicemia
Pode gerar alcalose metabólica

Ducto Coletor (DC): Na porção final do ducto é o local de ação da aldosterona, ela afeta a
expressão de transportadores nas células de revesJmento (ação indireta). Nesse local quase
não reabsorve Na, só reabsorve sob ação da aldosterona através da aJvação do sistema
Renina-Angiotensina-Aldosterona. Esse equilíbrio é importante para manter a pressão arterial.
Porém, para liberar cargas + no sangue, tem que subir cargas + também na urina. E o Na+ tem
carga posiJva e quando a aldosterona age há maior reabsorção dele e traz mais carga posiJva
para o sangue que pode gerar um fluxo reverso de cargas, então para haver esse equilíbrio de
cargas, H+ (ácido ) e K+ do sangue serão excretados na urina. Essa ação altera o equilíbrio ácido
base e de sódio e potássio
Há fármacos diuréJcos que causam acidose ou alcaloide metabólica a parJr desse mecanismo
FÁRMACO (DC): DiuréJcos poupadores de potássio
Nome: Amilorida, Triantereno, Espirunolactona
Porção final do Ducto Coletor
Poupadores de K
Não reabsorve Na, apenas com acao do sistema R-A-A
Aldosterona possui a funcao de aJvar expressao de genes que codificam canais de Na, K e
bomba de Na e K
O canal de Na reabsorve o sódio para o sangue
O canal de K joga K na urina
A bomba de joga Na no sangue
Transporte de H+ tambem pode ser feito
Joga Na fora, porém pouco pela localizacao da acao do fármaco (porcao final)
Volume da urina vai ser pouco afetado
Pode gerar acidose metabólica, pois o Na+ não é reabsorvido pelo bloqueio da entrada dele , o
H+ e o K+ não são jogados fora e o sangue fica mais ácido
A)Espirunolactona:
Entra dentro da célula para agir
Parece a aldosterona
Antagonista da aldosterona(parece a aldosterona)
Acão que bloqueia o hormônio (esteroidal)
Expressao do canal de Na vai ser bloqueado e nao vai ser reabsorvido e vai para a urina
O K deixa de ser jogado fora na urina pq o Na já vai ser jogado
Pode gerar:
GinecomasJa
Irregularidades menstruais (reacao cruzada no receptor de testosterona)
B)Amilorida e Triantereno:
Bloqueia canal de Na
SEMANA 10
Fármacos anJ-hipertensivos
Servem para o controle da pressão arterial:
A pressão deve ser alta o suficiente para garanJr perfusão sanguínea e baixa o suficiente para
não lesionar o endotélio
Deve ter uma faixa óJma

O que controla é :
1-Sistema simpáJco
2-Fluxo sanfuineo renal(filtracao glomerular)

1-Sistema simpáJco: mediado por neurônios barorreceptores, localizados no seio carofdeo e


arco aórJco, sensíveis a pressao do líquido na parede do vaso que mandam impulso ao centro
cardiovascular (localizado na medula espinhal) que aJva uma resposta reflexa que é o aumento
da aJvidade simpáJca com liberação de adrenalina que age nos receptores Beta 1 (no coracao)
aumentando o débito cardíaco e que auxilia no aumento da pressao arterial
A adrenalina também atua nos resceptores alfa 1 que aJvam músculos lisos dos vasos
sanguíneos que gera vasoconstrição, aumenta a resistencia periférica e há maior retorno
venoso e então aumenta pressão arterial

2-Fluxo sanguíneo renal: O sistema renina angiotensina aldosterona pode ser aJvado quando o
fluxo renal cai ou na aJvação de receptores beta 1 nos rins que sao aJvados durante aJvidade
simpáJca. A angiotensina II faz vasoconstricão direta e libera aldostestorena (tem função de
aumentar expressão de canais de Na e K) retém Na e joga K fora e aumenta a pressão arterial

Classes de anJ-hipertensivo:
-DiuréJcos(DIU)
-Inibidores adrenérgicos (porém são pouco específicos e têm efeitos sistêmicos )
-Fármacos de ação central: Agonista alfa 2 central (diminui liberação de noradrenalina,pois
fazem feedback negaJvo) ex:meJldopa,clonidina
-Betabloqueadores (bloqueiam receptores Beta 1 adrenérgicos, possuem foco no coração)
-Alfabloqueadores (bloqueiam receptores Alfa 1 nos vasos sanguíneos, são vasodilatadores e
diminuem pressão arterial) ex:prazozina
-Vasodilatadores diretos (nao tem um mecanismo direto)
-Bloqueadores de Canais de Cálcio (BCC)
-Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA)
-Bloqueadores de Receptores de Angiotensina (BRA)
-Inibidor direto de renina

Grau de recomendacão e nível de evidência


-Grau de recomendação:
Graus de 1 a 3
1 É óJmo,bene_cio claro e consensual,mais alto nível,primeira linha
2 Evidências fortes, mas não é consensual, há linhas a favor e linhas contra
2A Maior parte dos estudos mostra bene_cio
2B Não consegue afirmar que a maior parte dos estudos é benéfico
3 Comprovada que a substância é contraindicada

O grau de recomendação é construído a parJr do nível de evidencia


O nível de evidência é o Jpo de estudo
-Nível de evidência:
Nível A Os estudos são óJmos ex:estudos randomizados duplo cegos
Nível B Os estudos são bons, mas n ão são os melhores ex:coorte transversal,
Nível C Os estudos não são claros, há só experiência de especialistas

*Fármacos de Primeira linha:


DiuréJcos( Tiazida e Poupadores de potássio )
Betabloqueador
Bloqueador de canal de cálcio
IECA
BRA
Os fármacos de primeira linha vão ser os fármacos principaris do tratamento, as demais classes
são adjuvantes

1. BLOQUEADORES DE CANAIS DE CA+


Bloqueiam os canais de Ca+ do Jpo L regulado por voltagem que está presente no músculo liso
vascular, especialmente nas arteríolas
Bloqueia canal de Ca e o influxo de Ca+ diminui
Em condicoes normais, Ca+ se liga a calmodulina e aJva a MLCK(quinase de cadeia leve de
miosina) que fosforila a cadeia leve de miosina (CL) e a acJna consegue interagir com miosina e
deslizar
Sem o cálcio a via não é aJvada, a contração é acomeJda
Na arteríola, há vasodilatação e diminuição da pressão arterial
O Ca faz o contrário do NO
O NO(óxido nítrico) quando entra na célula aJva a guanilato ciclase que converte o GTP em
GMP cíclico que aJva a fosfatase da cadeia leve de miosina que corta fosfato da cadeia leve de
miosina e provoca relaxamento (vasodilatacão) pela interacao entre acJna e miosina . A
pressao arterial diminui. Alguns fármacos sao doadores de NO ex:nitroglicerina . Eles são
usados para hipertensão, a pressao arterial diminui, geralmente sao sublinguias, e usados em
situacao de emergência , geralmente acontece a taquifilaxia (parece tolerância, a dose vai
perdendo efeito só que muito rápido que na tolerância)
Bloqueador de canal de Ca pode ser usado para hipertensão, arritmia e angina
Na Angina, o ventrículo esquerdo faz muito esforco, contrai bastante e gera dor, há
desequilíbrio na demanda de O2 e oferta para o músculo cardíacao e como ele está
trabalhando no limite, a demanda dele está muito alta. Aém disso, as vezes há um
entupimento na artéria coronária e o suporte de O2 não é suficiente e piora essa dor(angina).
Quando usa o fármaco bloqueador de Canal de Ca+, que é vasodilatador das arteríolas, há um
relaxamento delas, melhora o fluxo e no coracao diminui a tensao sob a parede do ventrículo e
ele trabalha em um nível mais reduzido e a demanda por O2 cai, assim a coronária que está
entupida também relaxa e chega mais O2, a oferta de O2 aumenta e a necessidade por ele cai
e melhora a angina
São dois grupos de Bloqueadores de Canais de Ca:
Possuem diferenca no foco de acao
Todos sofrem com metabolismo de primeira passagem, nao têm biodisponibilidade de 100%
Meia vida sao curtas ou intermediárias, exceto Anlodipino que tem meia vida longa
Dois grupos:
1. Dihidropiridinas: possuem a terminação "dipino" no nome - Agem mais nas
arteríolas
2. Agentes Mistos: DiJazem e Verapamil - Agem mais no coração

Dihidropiridinas Vs Agentes mistos


Efeito no bloqueio de Canal de Ca (vasodilatacao de arteríolas): Dihidropiridinas sao mais
eficazes, porém o bloqueio no musculo cardíaco é baixo
O que disJngue os dois grupos é o sistema de marca-passo(nó SA e nó AV) - ao bloquear o
cálcio nesses nós, diminui a automaJcidade da corrente e fica mais lento para gerar potencial
de acao. Os Agentes mistos causam mais essa depressao da automaJcidade da corrente
elétrica e por isso, sao mais uJlizados como anJarriJmicos
As Dihidropiridinas vao ser usadas mais para hipertensao

Principais diferencas entre as Dihidropiridinas:


Nifedipino Vs Anlodipino
As principais diferencas entre elas estao relacionadas ao tempo de meia vida
Nifedipino possui meia vida curta, usa 3x ao dia, possui problema de tolerância , metabolismo
de primeira passagem é maior. Biodisponibilidae de 45 a 60. Possui mais risco de causar
taquicardia reflexa.
Anlodipino possui meia vida longa Biodisponibilidade de 65 a 90 estabilidade metabólica
melhor. Possui menos risco de causar taquicardia reflexa
-Taquicardia reflexa:
A vasodilatação tem aJvação simpáJca dos barorreceptores para tentar reverter a situacao e
por isso causa taquicardia reflexa, isso pode ser um problema sério em pacientes com
coronária entupida ou em risco de infarto. O músculo bate mais rápido e demanda mais O2
O Anlodipino geralmente não causa a taquicardia reflexa pq possui meia vida longa
O Nifedipino causa a taquicardia reflexa pq causa uma maior flutuação brusca por causa da
meia vida curta e precisa de várias administrações ao dia

2. BETABLOQUEADORES

Bloqueiam receptores Beta

-Bloqueador de B2

-Bloqueador de B1
Situado no coração
Quando aJvado, aumenta débito cardíaco e possui efeito cronotrópico e ionotrópico posiJvo
Quando bloqueia esses receptores:
Diminui o débito cardíaco e diminui renina, pois possui receptor B1 nos rins, assim secreta
menos angiotensina e aldosterona e gera vasodilatacoa e diminui volume sanguineo e retencao
de Na e H20, reduzindo pressao arterial
UJlizado quando há aJvação excessiva do simpáJco em situacoes de extresse, sendo associado
nao só ao aumento da pressao arterial como a arritmia cardíaca (sistema de luta ou fuga)
Não é ansiolíJco, mas ameniza as manifestações da ansiedade anJvadas pelo simpáJco ex: ao
fazer uma prova
Alguns betabloqueadores não são seleJvos e bloqueiam também receptores Beta 2 localizados
na árvore brônquica e causam broncoconstriccão, pois os receptores Beta 2 causam bronco
dilatacão e podem ser perigosos em casos de asma ou DPOC ex: Propranolol e Nadolol.
O Propanolol age igualmente no receptor Beta 1 e no Beta 2

CardioseleJvo é o fármaco não seleJvo de beta 1 e que age também no beta 2, porém em um
nível bem menor no beta 2 ex: Atenolol. Deve ser usado em pacientes que possuem asma ou
DPOC, o risco é menor porém nao isento
Propranolol nao é cardioseleJvo
Atenolol é cardioseleJvo

Cardioexclusivo é o fármaco que age somente no Beta 1

Carvedilol:
Causa vasodilatacao mais imponente por diversos moJvos
Age nos receptores Beta 1 e Beta 2 (nao cardioseleJvo)
Bloqueia receptor Alfa 1 no vaso sanguíneo, bloqueia adrenalina e causa vasodilatação
(vasodilatador alfa adrenérgico)
Carvedilol é uma mistura de propranolol e prazozina
Usado para Insuficiência cardíaca

Nervibolol:
Gera vasodilatacao
É um doador de NO

Pindolol:
Gera pouca reducao da frequencia cardíaca, pois bloqueia B1 e tem aJvidade simpatomiméJca
, é um agonista parcial, nao é um bloqueador pleno
Seu efeito fica no meio do caminho

*Efeitos adversos dos Betabloqueadores:


Bradicardia e hipotensao, fadiga e letargia
Insônia
Diminui libido e disfuncao eréJl (aJvidade simpáJca)
Reduz HDL
Efeito rebote (quando inibe adrenalina, o organismo tende a produzir mais adrenalin, mas o
receptor está ocupado. Quando Jra o que está ocupando o receptor, toda a adrenalina em
excesso vai se ligar a esse receptor e culminar no efeito rebote pela aJvidade simpáJca que
pode ser letal)

SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA


Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I, e a parJr da ECA vai ser converJda em
angiotensina II que aumenta producao de aldosterona que gera vasoconstricao nos vasos
sangúineos aumentando resistencia periférica e a reabsorcao de água, aumentando a pressão
sanguínea

3. INIBIDORES DE RENINA

Nome: Alisquireno
Nao é de primeira linha

4. INIBIDORES DA ECA

Nome:
Primeira linha
Diminui conversao de Angiotensina I em Angiotensina II

Via do sininogênio:
Gera bradicinina que é vasodilatadora
A bradicinina é inaJvada pela sininase 2 no pulmao
Sininase 2 é a ECA
Ao bloquear a ECA, aumenta a meia vida da bradicinina que é o vasodilatador. Porém, quando
a bradicinina se acumula no pulmao ela gera tosse seca

Pode causar hipotensão


Hipercalemia por causa da diminuicao da aldosterona mantém potassio e o Na vai embora
mais a água
Hiperpotassemia
Edema (todo fármaco que causa vasodilatacao, causa edema)
Erupcao cutânea (acumula fármaco na pele)

Ramipril é o que mais reduz mortes por acao cardiovascular


Inalapril é o que reduz mais a pressao arterial, é o que. Causa mais tosse

O bom anJ-hipertensivo não é só aquele que causa mais reducão da pressão arterial, mas sim
que agem em outros sistemas melhorando parametros e reduzindo a mortalidade associada a
pressao

5. BRA(Bloqueador do Receptor de Angiotensina)

Nome: Losartana, Valsartana


Antagonistas do receptor AT1 da Angiotensina II

Fármaco com perfil farmacoterapeuJco adequado


Possuem efeitos paralelos benéficos
Reduzem agregacao plaquetária e efeitos trombóJcos
Reduzem níveis séricos de Ácido úrico (pode ser associado com diurérJco)
Diminui fibrilacão atrial
Diminui glicemia
Pode causar Hiperpotassemia
-ESCOLHA DOS FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS (Algoritmo)
Avalia o nível da pressão e risco cardiovascular

A)Estágio de pré-hipertensão
Pressao arterial sistólica: 130-139
Pressao arterial diastólica: 85-89
Ou
Hipertensao em nível 1 + Risco cardivascular baixo, sem fator de risco
Ou
Paciente idoso, frágil...
-Monoterapia
Escolhe primeira linha (sendo que o betabloqueador vai ser usado em pacientes com angina,
insuficiencia cardíaca, pós infarto , mulheres grávidas, pois nao devem ser usados em qualquer
paciente por causa dos efeitos adversos )
Se a meta nao for alcancada só com monoterapia, vai para combinacao:
IECA ou BRA + BCC ou DiuréJco Jazídico
Se a meta nao for alcancada:
Coloca as alternaJvas da opcao anterior
Se a meta nao for alcancada:
Coloca espirunolactona
Se a meta nao for alcancada:
Coloca adjuvantes

B)Estágio 1 de hipertensao + Risco cardiovascular Moderado(2 fatores de risco) a Alto (DRC,


Diabetes, Ins Renal ,lesao em orgao alvo, doenca coronariana)
-Combinacao (pelo menos 2 fármacos)

C)Estágio 2 e 3 de hipertensao
-Combinacao

D)Risco Cardiovascular Alto


-Combinacao

Há combinacoes que reduzem mortalidade, e combinacoes que ainda nao se tem certeza de
suas reacoes, por isso a combinacao deve seguir um protocolo
Associacao de inibidor da ECA com BRA agem na mesma via e competem entre si, por isso nao
podem ser usados juntos

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