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ORIENTAÇÕES DE LEITURA
O componente curricular GEOGRAFIA foi elaborado com alguns TÓPICOS e ITENS
especiais que precisam ser destacados para melhor compreensão de leitura e contextualização dos
conteúdos abordados.

TÓPICOS ESPECIAIS E ITENS DE ESTUDO

 O cursista encontrará na apostila alguns tópicos estruturados sem seções com finalidades
específicas chamados TÓPICOS ESPECIAIS.
 Além desses tópicos, o cursista também encontrará alguns ITENS DE ESTUDO que irão
proporcionar dinâmica a leitura e melhor compreensão dos assuntos abordados.

TÓPICOS ESPECIAIS

EXERCÍCIOS
Se trata de um tópico especial contendo aplicações teórico-práticas em formato de exercícios de
múltipla escolha elaborados para o estudante pensar, analisar e abstrair conceitos estudando exemplos
que relacionam a teoria com a prática em cada componente curricular.

BUSCANDO+
Se trata de um tópico especial contendo algumas indicações de estudo, por meio de sugestões de Links,
livros, sites, vídeos e outros meios que possam ser acessados pelo cursista, como forma de estudo
suplementar ou de aprofundamento dos conteúdos ministrados em cada componente curricular.

PÍLULA DO CONHECIMENTO
São pequenos componentes educacionais (textos, vídeos, áudios, animações) que disponibilizamos
com intuito de agregar conteúdo, contextualizar o aprendizado e fortalecer a retenção do conhecimento
de forma objetiva e orgânica, melhorando o desempenho de nossos estudantes e profissionais. Um
recurso educacional utilizado para suportar um processo de aprendizagem rápido, porém constante.

“A pílula do conhecimento poderá ser aplicada como complementação teórica e prática dos nossos
cursos, como ferramenta de memorização e revisão de conteúdo sobre os aspectos mais importantes
do curso e/ou como reforço das ações de aprendizagem presenciais”.
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GABARITO
Respostas dos exercícios propostos.

ITENS DE ESTUDO

CURIOSIDADES!
Item de estudo utilizado para expor acontecimentos, fatos e casos curiosos relacionados com algum
tema abordado.

“Momento de atiçar a curiosidade do estudante, propondo conceitos, fatos e situações curiosas


referente aos assuntos que estão sendo estudados”.

OBSERVAÇÕES:
Item de estudo utilizado para complementar e destacar ideias e informações importantes sobre os
conteúdos abordados.

“Momento de fazer o estudante refletir sobre algum tema específico que deve ser destacado,
lembrado ou anotado como uma observação importante”.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
ESPAÇO TERRESTRE 08
● História e Dinâmica do Planeta Terra 08
● As Grandes Paisagens Naturais e as Formas de Relevo – Brasil e Mundo 11
O HOMEM NO ESPAÇO TERRESTRE 14
● A Degradação Ambiental e as Mudanças Ecológicas Globais 14
GEOGRAFIA ASTRONÔMICA 18
 Astros 18
 Via Láctea 21
 Sistema Solar 23
FORMA E MOVIMENTOS DA TERRA 29
 A Forma do Planeta Terra 29
 Movimentos da Terra 30
 Estações do Ano 31
 As Fases da Lua 33
ORIENTAÇÕES GEOFRÁFICAS 33
 Pontos Cardeais 33
 Pontos Colaterais 33
 Pontos Subcolaterais 34
 Rosa-Dos-Ventos 34
 Bússola 35
 Coordenadas Geográficas 37
 Fusos Horários 39
REPRESENTAÇÃO DA TERRA 41
 Mapas 41
 Projeções Cartográficas 43
 Escalas 47
ERAS GEOLÓGICAS 51
 Arqueozoica
51
 Proterozoica 51

52
Paleozoica
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 Mesozoica 52
 Cenozoica 52
ATMOSFERA E HIDROSFERA 53
 Características da Hidrosfera 53
 Características da Atmosfera 54
 O que é Litosfera 
54
 Atividades na Atmosfera e Hidrosfera 
54
DEMOGRAFIA 56
CIDADES 56
 As Cidades e o Fenômeno da Urbanização 56
 As Relações entre Cidade e Campo 58
 As Cidades e A Indústria no Mundo 59
EXERCÍCIOS 61
BUSCANDO+ 62
PÍLULA DO CONHECIMENTO 62
GABARITO 62
REFERÊNCIAS 62
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INTRODUÇÃO

A Geografia pode ser definida como o estudo das relações entre os seres humanos e o espaço
onde vivem. Passou a ser considerada como ciência no século XIX, quando se tornou disciplina
universitária, impulsionada por estudos de geógrafos como o alemão Karl Ritter e Alexander Von
Humboldt.
O principal objeto da Geografia é o espaço geográfico que, para o geógrafo Milton Santos,
consiste na soma do tempo, da paisagem e da sociedade nele inserida e está, portanto, em constante
transformação. Esse permanente processo de mudança resulta em paisagens diferentes dependendo do
momento histórico, pois a paisagem é a síntese dos elementos naturais e culturais existentes em um
lugar e uma dada época.
A ciência estuda o planeta Terra e as relações do homem com esse espaço geográfico sendo,
portanto, esse o resultado da relação entre indivíduo com eles mesmos e a natureza englobando os
elementos naturais e os artificiais, ou seja, os já existentes e os criados pela interferência da mão do
homem. Para além, a Geografia estuda o solo, o clima, a vegetação, sociedade e distribuição de água.
Essa ciência surge com a necessidade do homem em conhecer o espaço em que vive e por objetivos
econômicos e políticos.
O Componente Curricular de GEOGRAFIA, está inserido na Área do Conhecimento de
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS. Neste material, veremos assuntos relacionados
ao MÓDULO I, equivalente a 1ª SÉRIE do ENSINO MÉDIO.

ESPAÇO TERRESTRE
História e Dinâmica do Planeta Terra

Figura 1: Tabela do tempo geológico.

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Há milhões de anos as paisagens do planeta Terra vem sofrendo modificações pela ação
contínua de diversos fenômenos naturais, como a ação das chuvas e dos ventos, as erupções vulcânicas
e os terremotos, a correnteza dos rios e o movimento das marés e correntes marítimas dos litorais, além
de outros agentes responsáveis pelas alterações fisiográficas do modelado terrestre.
Essa dinâmica da natureza também se revela por meio de mudanças sazonais, ou seja,
mudanças climáticas temporárias como as estações do ano que interferem nas características da
vegetação, no comportamento dos animais silvestres, no regime de cheias e vazamento dos rios, entre
outros fenômenos que corroboram para as transformações das paisagens no planeta.
As alterações das características fisiográficas das paisagens terrestres ocorre permanentemente
no decorrer dos anos. Entretanto, as transformações impostas pelos fenômenos da natureza podem
acontecer em um intervalo de tempo diferente daquele que utilizamos como referência em nosso
cotidiano.
Muito dos processos transformadores desencadeados pela natureza tem sua origem em épocas
longínquas, parte deles remonta aos primórdios da formação do planeta, fato que se deu a bilhões de
anos atrás. Esse é o caso do ciclo da água, da formação dos continentes e do aparecimento dos
primeiros seres vivos.
Para que fosse possível o estudo do tempo geológico especialistas estabeleceram uma escala
temporal que distingue os períodos de ocorrência dos eventos naturais. Essa escala sendo ordenada em
uma tabela aponta três grandes períodos geológicos, os éons, os quais podem ser divididos em fases
de tempo menores, as eras, os períodos e as épocas, que demonstram mudanças ocorridas nas paisagens
no decorrer do tempo geológico.
No entanto, essas mudanças não aconteceram simultaneamente, muitos dos elementos foram
gradativamente alterados ou substituídos, é por essa razão que ao observar uma paisagem pode-se
identificar antigos elementos que permaneceram em determinados ambientes. Os mais antigos surgem
como marcas que revelam o passado do lugar e ajudam a entender o processo de transformação
provocados por agentes físicos ou sociais.
A dinâmica transformadora da natureza muitas vezes é revelada por fenômenos que modificam
as paisagens tanto em lugares ocupados pelos seres humanos como naqueles em que os elementos
naturais permanecem praticamente intactos. Em algumas situações os fenômenos naturais provocam
mudanças nas paisagens de maneira rápida, esse é o caso das chuvas mais fortes cujas águas causam
deslizamentos.
Algumas alterações ocorrem lentamente apresentando-se de maneira sutil como é o caso da
formação das montanhas. As transformações causadas pelos fenômenos da natureza deixam vestígios
das épocas passadas, dessa forma pode-se dizer que as marcas, no conjunto dos elementos de uma

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paisagem, revelam com que velocidade o período ou era geológica os fenômenos da natureza
promoveram transformações em determinados locais da superfície terrestre.
Em um cânion, ou seja, vales profundos com encostas quase verticais, que podem se estender
por centenas de quilômetros e atingir até 5 mil metros de profundidade, a cada metro que desce é
possível recuar milhões de anos no tempo. Esse aprofundamento lento tem como principais
responsáveis por essas obras são os rios. Porém um rio não constrói um cânion sozinho. Nesse processo
também desempenha um papel importante os choques de deslocamento de placas no interior da crosta
terrestre que elevam gradualmente o relevo da região. Conforme o terreno sobe, os rios ganham
velocidade e aprofundam seus leitos aumentando a altura dos paredões.

Figura 2: Representação das camadas da história em um cânion.

As dinâmicas da natureza e da sociedade são estruturadas por diferentes áreas da ciência, alguns
dos profissionais que são especializados em analisar as marcas deixadas nas paisagens pela ação
humana ou por fenômenos naturais no decorrer do tempo ação são os paleontólogos e os geólogos, que
investigam as origens, a formação e a transformação dessas paisagens terrestres, sobretudo pelo estudo
de fósseis de animais e vegetais.
Por meio de indicadores como os fósseis, formações rochosas e depósitos de sedimentos, os
cientistas conseguem identificar as características das espécies e identificam também o tipo de clima,
relevo predominante e vegetação existente em determinados lugares em épocas remotas, podendo
assim reconstruir antigas paisagens do planeta.

OBSERVAÇÕES:

O ciclo da água é conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico que refere-se a troca
contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e
das plantas. A água se move por cada umas dessa regiões constituindo os processos de transferência
como a evaporação, precipitação e escoamento superficial.

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A partir do momento em que o homem entra no espaço ele o torna um espaço geográfico.
Tempo geológico é uma escala que representa a linha do tempo da terra desde a formação da Terra aos
dias atuais.

As Grandes Paisagens Naturais e as Formas de Relevo – Brasil e Mundo

As formas do modelo terrestre são constantemente criadas e recriadas pelos fenômenos


endógenos e exógenos que ocorrem no planeta. Assim, podemos dizer que as dinâmicas atmosféricas,
hidrológicas e a litosfera influenciam diretamente a caracterização das fontes de relevo.
De acordo com classificações atuais, encontram-se entre a paisagem terrestre quatro formas
principais de relevo, entre elas estão as cadeias montanhosas que são grupos de grandes elevações do
terreno, localizadas próximas umas das outras.
De maneira geral essas cadeias montanhosas originaram-se de dobramentos ou falhamentos da
crosta ou de intensa atividade vulcânica regional. Essas formas de relevo são intensamente erodidos
pela ação dos ventos, das chuvas e geleiras, sendo assim fornecem grandes quantidades de sedimento
para as regiões ao seu redor.

CURIOSIDADES!

O Grand Canyon é um dos maiores cânions da Terra. Possui cerca de 440 km de extensão e
foi esculpido pela ação erosiva das chuvas e das águas do rio Colorado e de seus afluentes. Os paredões
íngremes e suas diversas camadas de rochas, de coloração e idade geológica diferentes, revelam a
ocorrência de ação pluvial e fluvial durante milhões de anos. Estima-se que as camadas de rochas mais
antigas tenham aproximadamente 250 milhões de anos.

Os planaltos são constituídos por grandes extensões de terra, geralmente com superfícies
ondulada, delimitadas por escarpas. As regiões serranas existentes no Brasil são, em sua maioria,
escarpas localizadas nas bordas de planaltos. Assim como as cadeias montanhosas, os planaltos
também passam por intensos processos erosivos, fornecendo grande quantidade de sedimentos para as
áreas ao redor, em geral depressões ou planícies.
As depressões são formas de relevo que apresentam altitudes mais baixas que as da região ao
seu redor. Sua superfície vai de ondulada a plana, o que revela o intenso desgaste erosivo sofrido por
essas regiões no passado. Quando se encontra abaixo do nível do mar, essa forma de relevo recebe o
nome de depressão absoluta. É o caso da região do mar Morto, entre Israel e Jordânia. Quando não
estão abaixo do nível do mar a depressão é considerada relativa.

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As planícies são áreas mais ou menos planas, que recebem grande quantidade de sedimentos
erodidos provenientes de áreas de maiores altitude e trazidos pela força das águas dos rios. Existem
também as planícies litorâneas localizadas na costa dos continentes que são áreas de depósito de
sedimentos transportados pelas correntes marítimas.
Não existem grandes cadeias montanhosas no Brasil, já que a maioria das áreas de
desdobramento, ou seja, as cadeias orogênicas, são muito antigas. A maior parte do território nacional
é composta por estruturas litológicas com idades geológicas que remontam do Paleozoico ao
Mesozoico, portanto desgastadas durante bilhões de anos. As exceções são as áreas das bacias
sedimentares que datam do Cenozoico e delimita-se como a porção mais a direção a foz da Bacia
Amazônica e do Pantanal mato grossense.
A partir de imagens obtidas pelo rastreamento da superfície do território nacional, se propõem
a existência de três macro unidades geomorfológicas no Brasil: onze planaltos compostos por terrenos
irregulares abrangendo serras e morros, onze depressões formadas por terrenos erodidos de inclinação
suave e mais planos que os planaltos e seis planícies que são os terrenos planos formados pelo acúmulo
de sedimentos geologicamente recentes.
O ser humano promoveu inúmeras transformações nas características naturais das esferas
terrestres, sobretudo na litosfera, substrato rochoso em qual vivemos. Ao criar elementos culturais, o
ser humano altera as formas de relevo e modifica a fisionomia das paisagens terrestres, além disso
retiram grande parte da vegetação natural das áreas que ocupa, tanto no campo quanto na cidade,
acelerando os processos erosivos causando o deslizamento de encostas ou formação de ravinas e
voçorocas.
O relevo pode influenciar a maneira como determinadas áreas são ocupadas pelos seres
humanos. É o caso das sociedades agrícolas que vivem em regiões montanhosas da América do Sul,
essas sociedades desenvolvem técnicas de cultivo especiais como o terraceamento que permitem
aproveitar as encostas íngremes do relevo.
A dinâmica transformadora da litosfera é composta de forças e origens distintas, essas forças e
todo o processo são responsáveis pela composição litológica atual da crosta terrestre marcada pela
existência dos vários tipos de rochas, solos, estruturas geológicas e as já citadas formas de relevo. De
modo geral a litosfera é uma das principais fontes de recursos naturais para a sociedade, os minérios
extraídos tornam-se imprescindíveis para a manutenção das atividades agrícolas, industriais e de
construção civil. Os minerais se apresentam na natureza de diferentes formas, como o basalto que é
uma rocha composta de diferentes minerais e no Brasil é muito utilizado para a pavimentação, o
mármore composto basicamente por calcita e dolomita e a argila rocha constituída de minerais como
a caulinita, ilita e os quartzos.

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Os solos exercem um papel fundamental na sobrevivência de diferentes sociedades em nosso


planeta, tanto para os camponeses como para quem mora nas cidades, os solos representam uma fonte
de vida. A camada superficial da crosta terrestre, o solo, compõe-se basicamente de aglomerados
minerais oriundos da decomposição das rochas e matérias orgânica vegetal e animal.
Dessa forma serve como fonte de nutrientes para as plantas viabilizando o cultivo agrícola e a
formação de pastagens. Um solo bem desenvolvido ou maduro encontramos diferentes camadas,
também chamadas de horizontes, com composições orgânicas e litológicas diferenciadas, enquanto um
solo pobre ou escasso pode trazer a miséria.

Figura 3: Esquema simplificado da formação dos solos.

OBSERVAÇÕES:

Os agentes internos ou endógenos de transformação do relevo são aqueles que surgem ou agem
de dentro da Terra, ou seja, abaixo da superfície. São os terremotos, o vulcanismo, e o tectonismo.
Exógeno diz respeito às interferências exteriores acima do relevo, ou seja, sobre a superfície.
Ravinas são os sulcos produzidos nos terrenos pelo trabalho erosivo das águas de escoamento,
em geral, ela apresenta dimensões menores que as voçorocas. As voçorocas são as grandes valas no
solo decorrente de erosão causada pela água das chuvas.

CURIOSIDADES!

Rochas ígneas ou magmáticas originam-se da solidificação do magma no interior da crosta ou


das lavas que que extravasam para a superfície terrestre através das erupções vulcânicas. Rochas
sedimentares são formadas por sedimentos desagregadores, isto é, partículas fragmentadas de outras
rochas ou de matéria orgânica, as quais, transportadas pelo vento ou pela água dispersam-se nas partes
mais baixas do relevo. Rochas metamórficas originam-se de outros tipos de rocha.

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CURIOSIDADES!

O documentário "Evolução Geológica do Planeta Terra" narra desde a origem do planeta que
sofreu inúmeras mudanças há 4,56 bilhões de anos, explicando o ciclo geológico e as mudanças lentas
assim como o que as ocasionam.

O HOMEM NO ESPAÇO TERRESTRE


A Degradação Ambiental e as Mudanças Ecológicas Globais

A atual sociedade capitalista de consumo colocou em evidência os limites da natureza e do


planeta, mostrando o quanto ela é sensível as interferências humanas. Os graves desequilíbrios
ocorridos nos ecossistemas terrestres são pela contaminação da água e dos solos por defensivos
agrícolas; pela emissão de gases e de fuligem na atmosfera pela deposição do lixo doméstico e
industrial em áreas impróprias e pelo desmatamento de formações vegetais naturais.

Figura 4: Gráfico dos países responsáveis pela emissão de CO2 na atmosfera em 2014.

Toda degradação imposta pelas atividades humanas vem interferindo diretamente na


biodiversidade do planeta, levando ao risco de extinção várias espécies de seres vivos extremamente
sensíveis aos desequilíbrios ecológicos. De acordo com levantamentos científicos recentes, em média,
dez espécies de seres vivos extinguem-se a cada ano. Esse processo poderá ter consequências
catastróficas para nossa sociedade, como a diminuição na produtividade agrícola, a proliferação de
doenças contagiosas e a alteração das características climáticas em nível local, regional e global.
O comportamento consumista é um dos principais responsáveis pela aceleração da degradação
do meio ambiente, pode-se afirmar que cerca de 20% da população mundial possui renda suficiente
para ter amplo acesso aos bens de serviços oferecidos pela sociedade de consumo. No outro extremo

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80% dos habitantes do planeta vivem nos países subdesenvolvidos e não tem acesso aos bens e serviços
básicos como alimentação adequada, roupas, habitação, água tratada, esgoto e educação. Com base
nos estudos de consumo mundial é possível afirmar que os países desenvolvidos são os maiores
consumidores de recursos naturais, necessários para abastecer seus parques industriais e as filiais de
multinacionais, eles também são responsáveis pela maior parte dos rejeitos industriais, dos lixos e
gases tóxicos lançados na atmosfera.
Ainda que os países desenvolvidos sejam grandes poluidores, os subdesenvolvidos e os com
economia em transição não estão isentos de responsabilidade pela degradação ambiental. A
transformação do espaço geográfico tem sido intensa nesses países havendo devastação de toda ordem
como derrubada e queimada de áreas florestais; erosão de solos e assoreamento de rios e lagos; uso
indiscriminado de defensivos agrícolas; instalações industriais com tecnologia, e portanto, altamente
poluidoras.
As políticas voltadas para a preservação da natureza nos países economicamente menos
desenvolvidos não são tomadas como questões prioritárias, ainda assim o nível de degradação em que
se encontra a degradação dos elementos naturais não se iguala as potências.
Com o declínio do mundo socialista, sobretudo após o fim da União Soviética, a maioria das
sociedades passaram a organizar-se de acordo com a lógica do sistema capitalista. Ao longo de
milhares de anos esses povos adquiriram um vasto conhecimento sobre o funcionamento da natureza,
desenvolvendo hábitos culturais que visavam um relacionamento sustentável e harmônico com os
recursos disponíveis no território em que habitavam. No entanto nas últimas décadas com a introdução
de formas de relação social capitalista, a cultura original vem sofrendo um rápido processo de
transformação. Tal processo coloca em risco a existência desses grupos e a preservação das reservas
ambientais.
Nos dias atuais esses biomas são agredidos por agentes econômicos alheios a essas
comunidades que exercem pressão sobre os governos nacionais para a liberação de parte das áreas
preservadas para a exploração comercial. Pode-se afirmar que, com exceção de alguns acordos e
tratados internacionais de preservação ambiental, até algumas décadas atrás não existiam preocupações
maiores por parte da sociedade com relação ao ambiente. A partir de meados do século XX grupos
sociais em diversos países alarmaram-se com a situação em que se encontrava o meio ambiente e
passaram a desenvolver amplos debates emergindo a ideia de que os problemas eram motivos de
preocupações em âmbito global.
A disseminação de ideias para promover a conscientização ecológica coletiva ocorre
lentamente. No âmbito internacional vem se destacando pelo papel da ONU (Organização das Nações
Unidas). A primeira grande conferência para a preservação e desenvolvimento sustentável foi a

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Conferência de Estocolmo realizada no ano de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Essa foi a primeira
conferência ambiental no mundo e reuniu líderes de 113 países e 250 organizações internacionais para
discutir os principais problemas enfrentados pelo meio ambiente. É considerada um marco histórico,
pois, a partir dela, surgiram políticas de gerenciamento ambiental envolvendo o engajamento dos
Estados na tentativa de diminuir os impactos ambientais negativos. Essa conferência significou uma
constatação, por parte dos Estados, da existência dos problemas ambientais e da extrema necessidade
de promover ações para contê-los. Um dos resultados da Conferência de Estocolmo foi a Declaração
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, também chamada de Declaração de Estocolmo. Esse
documento aborda sete questões principais e vinte e seis princípios referentes às responsabilidades dos
países com a preservação do meio ambiente.
Entre outras conferências que foram organizadas pelas Nações Unidas, a ECO-92 ou
Conferência das Nações Unidas realizou-se no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, e reuniu 172 países.
De acordo com a ONU, a conferência reuniu cerca de 1400 organizações não governamentais. A ECO-
92 ou Rio-92 retomou os pontos abordados na Declaração de Estocolmo e reconheceu que os
problemas que antes tinham abrangência local agora globais.
Um dos pontos abordados é o modelo de desenvolvimento vigente na sociedade, que visa à
exploração máxima dos recursos naturais para obtenção de lucro. Constatou-se que esse modelo não
conseguiria sustentar-se no século seguinte em decorrência da escassez de recursos naturais. Um dos
principais resultados da conferência foi a Agenda 21 um documento aprovado na Declaração do Rio
cujo objetivo é desenvolver uma proposta de ação que vise ao desenvolvimento sustentável. O
documento possui 40 capítulos que promovem alternativas para um novo modelo de desenvolvimento,
o sustentável.
A ECO-92 resultou na Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, que discutiu tendências
do aquecimento global. Essa convenção teve por objetivo propor metas para a redução da concentração
de gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis por acelerar a questão do aumento das
temperaturas globais. Para que isso fosse possível, foram definidos compromissos e metas para todos
os países, o que ficou conhecido como Conferência das Partes. Em 1995, ocorreu a Conferência das
Partes I em Berlim, realizada em Kyoto. O Protocolo de Kyoto representou um tratado complementar
à Convenção-Quadro. Esse acordo estabeleceu metas para que os países reduzissem a emissão de gases
de efeito estufa e foi uma das mais importantes determinações da conferência, pois definiu
compromissos rigorosos a respeito do aquecimento global.
A Rio+ 10, também conhecida como Cúpula de Joanesburgo ou Conferência Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, reuniu em 2002, dez anos após a ECO-92, 189 países, além de centenas
organizações não governamentais. Nessa conferência, realizada na cidade de Joanesburgo, na África

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do Sul, foram debatidas questões a respeito da preservação do meio ambiente e foram discutidos
também problemas de cunho social, como a pobreza. A Rio +20, também conhecida como Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de
Janeiro, em 2012. Recebeu esse nome, porque foi realizada vinte anos após a Rio-92. Nessa
conferência, participaram 193 países-membros da ONU e teve uma das maiores coberturas midiáticas
da história.
Foram retomadas questões debatidas nas conferências anteriores e refletiu-se sobre ações
adotadas pelos países desde a Rio-92, identificando aquelas que pudessem orientar o desenvolvimento
sustentável para os próximos vinte anos. O principal objetivo da Rio +20 refere-se ao reforço do
compromisso dos Estados com a sustentabilidade. Em suma, o processo de desenvolvimento
sustentável exige a participação ativas dos diferentes segmentos da sociedade.

OBSERVAÇÕES:

Um país desenvolvido é aquele que possui um alto nível de industrialização e renda per capita,
esses apresentam um alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), nível de educação e qualidade
de vida. Um país subdesenvolvido é aquele pouco industrializado e tem uma baixa renda per capita.

OBSERVAÇÕES:

Os Estados Unidos é um dos países que mais poluem o meio ambiente, são responsáveis pela
emissão de milhares de toneladas de dióxido de carbono por ano na atmosfera.
Biossegurança área do conhecimento voltada para o controle e a minimização dos riscos
provenientes da aplicação de diferentes tecnologias ao meio ambiente, a fim de assegurar o
desenvolvimento científico e proteger a saúde humana e o equilíbrio dos ecossistemas.

CURIOSIDADES!

A série Aruanas narra a trajetória de três amigas líderes de uma ONG que investigam uma
quadrilha de crimes ambientais na Amazônia que envolvem uma grande mineradora. Na luta pela
preservação do meio ambiente, elas precisam desvendar uma teia de segredos que envolvem os donos
de grandes empresas.

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GEOGRAFIA ASTRONÔMICA

Astros

Na Astronomia, astro é o nome dado aos corpos celestes que orbitam no espaço. No entanto,
no que diz respeito à Astrologia, os astros possuem o mesmo significado que os planetas. São eles:
Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.

CURIOSIDADES!
Antigamente, a observação dos astros era uma prática comum entre diversas civilizações. Por
esse motivo, os estudos relacionados aos astros e à Astrologia confundiam-se. Embora ainda existam
pontos de interseção entre os dois estudos, hoje cada um tem um foco específico. Como ponto de
interseção entre a Astrologia e a Astronomia, destacamos o fato de que ambos os saberes se ocupam
da identificação precisa da posição de corpos celestes. A Astrologia se vale da aplicação da mecânica
celeste para calcular a exata posição em que um dado corpo celeste está no momento de um
nascimento.

Independente do contexto em que são analisados, tanto em um Mapa Astral quanto em


um trânsito astrológico, os astros possuem significados semelhantes. O que mudará é a interpretação.
Um exemplo é Marte, que, em um mapa, representa a forma de agir e o tipo de energia (Marte
em Peixes sugere uma atitude mais branda, até evitando tomar iniciativa). Em um trânsito astrológico,
o planeta sinaliza confrontos iminentes ou carga de energia e motivação.
Vejamos o que significa cada planeta, tanto em um mapa quanto em trânsito:
 Sol: a essência pessoal. Onde ele circula, no mapa, é onde pode haver chance de brilho e
destaque. Rege figuras masculinas, pai. Em trânsito, sugere que estes assuntos ganhem
evidência na vida da pessoa. O ego está envolvido, de maneira positiva ou negativa.
 Lua: a maneira de sentir e lidar com emoções e tudo aquilo que tem um viés emocional. Rege
figuras femininas, mãe. Em trânsito, indica que a sensibilidade está voltada para estes assuntos.
A emoção está envolvida, de maneira positiva ou negativa. 
 Mercúrio: a maneira de pensar e se comunicar. Rege irmãos, parentes, vizinhos. Quando em
trânsito, sugere que o plano mental está envolvido com estes assuntos – em uma harmonia
astrológica, a mente colabora. Em tensão, a mente atrapalha e há pequenos desgastes.

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 Vênus: o que é valorizado e apreciado, o que também uma pessoa acaba buscando nas suas
relações. Rege figuras femininas. Em trânsitos harmoniosos, indica mais sorte, prazer e
sociabilidade. Nos desafiadores, pode haver preguiça, prejuízos e dificuldades de relação.
 Marte: forma de agir, energia e libido, além do tipo de assertividade/agressividade. Rege
figuras masculinas. Em trânsitos harmoniosos, sugere ação, energia e iniciativas. Nos
desafiadores, força e iniciativa, mas chance de confrontos, desgaste e irritabilidade.
 Júpiter: a parte de um mapa que possui Júpiter simboliza onde uma pessoa é expansiva e mais
confiante. Rege tios, padrinhos, benfeitores, religiosos, juízes e sacerdotes. Em trânsitos
harmoniosos, inspira sorte, expansão e abertura. Em trânsitos negativos, excessos, gastos e
confiança excessiva na sorte.
 Saturno: em um Mapa Astral, indica onde uma pessoa tem inseguranças e cobranças, mas
também trabalha para melhorar. Rege os pais e figuras de autoridade. Em trânsitos favoráveis,
traz organização, bom senso e adequação à realidade. Nos desafiadores, sugere necessidade de
aprendizado, bem como restrição, dificuldades e desaceleração.
 Urano: no mapa, indica onde uma pessoa inovará, ser independente, criativa e rebelde, e onde
pode haver mais mudanças. Em trânsitos harmoniosos, sugere mudanças e surpresas positivas.
Nos desafiadores, pode trazer uma necessidade de mudanças, mas também imprevistos,
inconstância, estranhamentos e cortes.
 Netuno: aponta onde uma pessoa é sonhadora e idealista, e, por isto, pode cometer enganos.
Em trânsitos positivos, representa uma atitude sutil, empatia e sorte. Nos desafiadores,
possibilita confusão, dissolução, adiamentos e enganos. 
 Plutão: indica onde uma pessoa é mais profunda e tem potencial, mas precisa trabalhar
interiormente para poder utilizá-lo, e onde há transformações e acontecimentos importantes.
Em trânsitos positivos, sugere força e determinação. Nos desafiadores, temáticas mais
complexas e intensas, desafios, tensões e possibilidade de perdas ou finalizações.
Entre estes astros, há cinco chamados de “pessoais”, dois de “sociais” e três de “geracionais”
ou “transpessoais”. Sol, Lua, Mercúrio, Vênus e Marte são astros pessoais, pois seus trânsitos são
rápidos e sugerem tendências objetivas para uma pessoa específica. Além disso, seus significados são
pessoais, a saber: a forma de ser (Sol), sentir (Lua), comunicar (Mercúrio), se relacionar (Vênus) e agir
(Marte).
Os planetas sociais são Júpiter e Saturno. Enquanto Júpiter fica um ano em um signo, Saturno
fica dois. Eles não chegam a influenciar uma geração longa, mas uma “minigeração”, por isto são so-

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ciais. Além disso, representam também funções sociais. Ambos se relacionam com regras, normas e
leis, sejam as escritas ou aquilo que é valorizado socialmente.
Urano, Netuno e Plutão são os planetas geracionais ou transpessoais. Recebem esta
classificação porque ficam vários anos em um só signo, influenciando toda uma geração de pessoas.
Urano fica 7 anos, Netuno, 14, e Plutão, de 12 a 32 anos em um signo. A interpretação por signo,
portanto, refere-se a algo que toda uma geração vivenciará. Contudo, a interpretação por casa, e ligada
a planetas pessoais e sociais, mostra a ação individual daqueles planetas, segundo os significados
mencionados anteriormente.
Ao ler sobre o movimento dos astros e a relação entre eles e o Mapa Astral, é possível entender
os momentos pelos quais uma determinada pessoa passa no dia a dia. Para isso, é necessário
acompanhar o Horóscopo Personalizado, feito com base no Mapa Astral. Um mapa pode ser calculado
a partir da data, da cidade e do horário exato de nascimento de uma pessoa.
Na astrologia ocidental, há quem analise asteroides como Quíron e pontos como Lilith e outros.
Quíron é associado a um assunto em que a pessoa se volta para ajudar os outros, já que nesta área pode
ter feridas profundas, que tem dificuldade em curar sem fazer um movimento voltado para o outro.
Esse astro está ligado ao mito do “curador ferido”. Já Lilith, que também é chamada de “Lua negra”,
é um ponto associado à maior distância (apogeu) da Lua em relação à Terra. Associado ao mito do
feminino rebelde, é considerado um ponto de fascínio e insaciabilidade. Lilith em Escorpião na casa
três, por exemplo, marca uma pessoa que nunca se sente satisfeita ao estudar (casa três) os mistérios
(Escorpião).
Se um planeta deixa de existir, a simbologia relacionada a ele permanece intacta. Nesse caso,
é como se os astrólogos perdessem somente o ponteiro. Portanto é válido afirmar que astros, estrelas
e cometas podem ser analisados e também servir como ponteiros, desde que haja registros astrológicos
e simbologias suficientes relacionadas a eles ao longo dos anos.
Se um planeta deixa de existir, a simbologia relacionada a ele permanece intacta. Nesse caso,
é como se os astrólogos perdessem somente o ponteiro.
Plutão, por exemplo, deixou de ser considerado um planeta propriamente dito em 2006,
recebendo a denominação de planeta anão. No entanto, não houve impacto na Astrologia porque o
significado do astro é coerente com este acontecimento. Plutão rege o que é rejeitado e o que se quer
deixar na sombra, pois incomoda. Por isto, que ele tenha sido rebaixado de categoria tem a ver
exatamente com o que ele representa. Além disso, Plutão rege o plano do inconsciente, um vasto
mundo próprio.
Existem correntes astrológicas e astrólogos que acreditam na influência dos planetas na vida
das pessoas, enquanto outros adotam uma linha de pensamento baseada principalmente na ideia da

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sincronicidade. Para os sincronistas, planetas não “causam” efeitos psicológicos (ou nenhum outro tipo
de efeito) na vida terrestre. Não há relação de causa e efeito entre planetas e acontecimentos. Planetas
seriam indicadores, e nada mais.
Imagine que os astros são como os ponteiros de um relógio. Os ponteiros podem mostrar que
são oito horas da noite, mas não são eles que determinam o horário no mundo. Os ponteiros apenas
indicam que horas tem no momento. O mesmo acontece com a Astrologia: o estudo reflete os
acontecimentos aqui na Terra, mas não é por causa dele que determinadas situações ocorrem.
Os astros no céu agem como um espelho que reflete os acontecimentos no mundo. Nesse
sentido, os astros podem ser comparados aos ponteiros, indicadores através dos quais você avalia o
que pode ocorrer na sua vida em um dado momento. A relação entre a Astrologia e as pessoas não é
necessariamente determinista, em que o fato A gera o acontecimento B. Portanto, o que deve ser levado
em consideração são a simbologia e a analogia presentes nesse tipo de estudo.

CURIOSIDADES!
Astrologia e Astronomia são estudos totalmente diferentes. A Astronomia é uma ciência, no
sentido contemporâneo dado a esta palavra. A Astrologia, por sua vez, não é mais considerada uma
ciência (no sentido oficial), mas sim um conhecimento tradicional da humanidade. Enquanto a
Astronomia se ocupa da física dos corpos celestes, a Astrologia se ocupa da atribuição de sentidos
simbólicos ao posicionamento destes corpos. Para um astrônomo, o fato de a Lua transitar pelo signo
de Câncer não significa nada além de um fato físico. Já para o astrólogo, este mesmo fato físico possui
um simbolismo.
Além disso, vale destacar que o conceito de “signo” para a Astronomia é algo totalmente
diferente do conceito de “signo” para a Astrologia. Por exemplo: o signo de Escorpião, para a
Astronomia, é o nome dado a uma constelação. Os signos astrológicos não são constelações, e sim
projeções virtuais, geométricas e imutáveis, que partem da Terra para o céu. As constelações, ao
contrário, movem-se no céu, de forma vagarosa. Se os signos da Astrologia fossem constelações, eles
mudariam com o passar do tempo. Mas os signos astrológicos, sendo projeções geométricas perfeitas,
não podem mudar.

Via Láctea

A Via Láctea é a galáxia em que se encontra o Sistema Solar e, consequentemente, o planeta


Terra. Ela recebeu esse nome (Via Láctea ou estrada do leite) em virtude do seu aspecto esbranquiçado,
de aparência leitosa, que pode ser visto em noites de inverno em locais sem nuvens ou poluição.

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CURIOSIDADES!
Acredita-se que a Via Láctea tenha surgido há milhões de anos, logo após o Big Bang,
formando-se a partir de uma única nuvem composta por hidrogênio, hélio e poeira cósmica. Com o
passar do tempo, em virtude da variação da gravidade em seu interior, essa nuvem teria se fragmentado
e formado várias nuvens, que passaram a se desenvolver de forma independente, originando, assim,
as galáxias, gigantescos sistemas compostos por poeira, gases, bilhões de estrelas e astros
menores (como planetas, cometas, meteoros etc.).

A Via Láctea possui um modelo espiral e é constituída por três elementos principais: o disco,
o bojo e o halo. O disco da galáxia é o elemento que define o seu modelo espiral, visto que ele é
constituído por vários braços compostos por bilhões de estrelas, poeira e gases. O bojo é a área central
da galáxia, possui um formato circular e é formado, principalmente, por estrelas mais velhas de
coloração avermelhada. O halo, por sua vez, é uma estrutura circular constituída por estrelas dispersas
e aglomerados de estrelas bastante antigas que envolvem toda a galáxia.
O estudo da nossa galáxia não é uma tarefa fácil. Isso porque, como estamos em seu interior e
a tecnologia que possuímos hoje não nos permite explorá-la, o seu estudo ainda é muito impreciso.
Para se ter uma ideia, até 2013, nenhuma sonda não tripulada e muito menos nave espacial tinham
conseguido sair do nosso Sistema Solar, que é apenas uma fração minúscula da galáxia em que nos
encontramos.
O desenvolvimento de teorias sobre a Via Láctea ocorre a partir da observação de seus astros
e da comparação com outras galáxias semelhantes à nossa e que são visíveis aqui da Terra. Embora
ainda não tenhamos tecnologia suficiente para percorrer a galáxia, os atuais equipamentos utilizados
na observação espacial (telescópio, satélites e outros) conseguem registrar imagens de excelente
qualidade, o que pode ampliar o nosso conhecimento a respeito desse gigantesco sistema. Com um
formato espiral, nossa galáxia é constituída por estrelas, astros menores, gás, poeira e matéria escura.

Figura 5: Galáxia.

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OBSERVAÇÕES:
A Via Láctea é a galáxia em que está localizado o Sistema Solar. Ela é composta por estrelas,
astros menores, gás, poeira e matéria escura.

Sistema Solar

O Sistema Solar é um conjunto de corpos celestes que gravitam na órbita de um sol (uma
estrela). O nosso sistema solar é formado por oito planetas, dezenas de satélites naturais, milhares de
asteroides, meteoros, meteoroides e cometas que giram em torno do Sol.
Inicialmente, é preciso saber que o Sol é uma estrela. Essa estrela possui 99,8% de toda a massa do
sistema solar e, segundo a lei da gravitação universal de Newton, massa atrai massa. Assim, o Sol atrai
tudo o que existe a sua volta e aprisiona uma série de astros e corpos celestes em sua órbita, formando
o que chamamos de Sistema Solar.
Algumas hipóteses tentam explicar a origem do Sistema Solar sendo uma delas a hipótese
nebular. Segundo ela, no início as estrelas teriam sido nebulosas. Ou seja, grandes nuvens de poeira e
gás que se compactaram girando cada vez mais rápido devido a sua força gravitacional. Sua porção
central teria formado uma estrela, e a matéria exterior teria se contraído, dando origem aos planetas.
O Sol e todo o nosso Sistema Solar faz parte de uma galáxia, que se chama Via Láctea.

Figura 6: Representação do Sistema Solar.

Os planetas são astros sem luz nem calor próprio. No nosso sistema solar são conhecidos oito
planetas que de acordo com a proximidade do Sol são:
Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o mais próximo do Sol. É também o
planeta mais rápido, um ano de Mercúrio (giro completo ao redor do Sol) é equivalente a 88 dias
terrestres. Em compensação, um dia solar do planeta dura 2 anos (176 dias terrestres). Formado
basicamente por ferro, pode ser visto da Terra a olho nu no início da manhã ou no fim da tarde pela
sua proximidade com o Sol. A temperatura no planeta supera os 400 °C.

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Figura 7: Imagem de Mercúrio feita pela sonda Messenger.

Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol. Além do Sol e da Lua é o corpo celeste mais
brilhante no céu. Por isso, é chamado também de Estrela D’Alva, Estrela Matutina ou Vespertina,
aparente no céu antes do amanhece e logo depois do entardecer.
A distância entre Vênus e a Terra é a menor distância entre planetas do Sistema Solar.
Entretanto, Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar, sua temperatura média é de cerca de
460º C, impossibilitando a visita de seres humanos no planeta.
O ano venusiano tem uma duração menor que o dia. O giro ao redor do Sol dura 224 dias
terrestres, enquanto o giro em torno do próprio eixo leva 243 dias para se completar.
Outra curiosidade sobre Vênus é que é o único planeta do sistema solar que faz sua rotação
no sentido horário, assim, ao contrário da Terra, o Sol nasce no Oeste e se põe no Leste.

Figura 8: Vênus é coberto por nuvens de poeira que refletem a luz solar.

A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, o único que apresenta água em estado líquido e
oxigênio em sua atmosfera, o que possibilita a vida no planeta. O movimento de rotação da Terra dura
23 horas, 56 minutos e 04 segundos e o ano terrestre é de aproximadamente 365 dias e 6 horas. A
temperatura média da Terra é de 14º C.

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Figura 9: Planeta Terra visto do espaço.

Marte é o segundo menor planeta do sistema solar. É conhecido como “planeta vermelho” pela
coloração de sua superfície. Marte possui duas luas em sua órbita chamadas de Fobos e Deimos. O ano
em Marte dura 687 dias terrestres e o dia marciano é muito parecido com o da Terra, 24 horas e 35
minutos. Sua temperatura média é de -63ºC.

Figura 10: Marte, apelidado de “planeta vermelho”.

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, a área da superfície é mais de 120 vezes maior
que a Terra. Formado principalmente pelos gases hidrogênio, hélio e metano e, ainda, um pequeno
núcleo sólido no interior. A temperatura média do planeta é de -108ºC. O ano de Júpiter dura 11,86
anos terrestres e o dia tem a duração de 9 horas e 50 minutos. Júpiter possui 79 luas, a maior delas,
Ganimedes, possui um diâmetro superior ao planeta Mercúrio.

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Figura 11: Júpiter, o gigante gasoso.

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar. É conhecido pelos anéis formados
principalmente por gelo e poeira cósmica. O diâmetro do planeta é de cerca de 100 000 km e nos anéis
chega a 270 000 km, com apenas 150 metros de espessura. É composto, basicamente, de Hidrogênio
(96%) e Hélio (3%). Sua temperatura média é de -139ºC. O Ano de Saturno dura 29,5 anos terrestres
e o dia cerca de 10 horas e 35 minutos.

Figura 12: Saturno circundado por seus anéis.

Urano é um planeta gasoso e sua atmosfera é constituída, principalmente, de hidrogênio, hélio


e metano, com muita formação de gelo. É o planeta com a superfície mais fria do Sistema Solar,
sua temperatura média é de -220ºC. Uma particularidade de Urano é a inclinação de seu eixo,
praticamente horizontal (97º), faz com que o planeta gire de lado em relação aos outros astros. A
duração do ano de Urano é de 84 anos terrestres e o dia possui 17 horas e 14 minutos. Por conta de sua
posição em relação ao Sol, seus polos passam 42 anos (terrestres) iluminados seguidos de 42 anos de
escuridão.

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Figura 13: Urano, gigante de gelo.

Netuno é o planeta mais distante do Sol. Um gigante gasoso, tal como Júpiter, Saturno e Urano.
O planeta possui uma intensa atividade em sua superfície com os ventos mais fortes do Sistema
Solar, chegando a 2000 km/h. O dia de Netuno dura cerca de 17 horas terrestres e o ano 164,79 anos
na Terra. Sua temperatura média é de -201ºC.

Figura 14: Planeta Netuno, o último do Sistema Solar.

Distâncias dos planetas ao Sol

Acompanhe no infográfico a seguir (figura 15) as distâncias dos planetas ao Sol e as principais
características do Sol:

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Figura 15: Infográfico - Distância entre o Sol e os planetas.

CURIOSIDADES!

Lua
Diversos satélites orbitam em torno dos planetas. De acordo com a cosmologia, a Lua, o satélite
natural da Terra, deve ter se formado ao mesmo tempo que a Terra e os outros astros do Sistema Solar.
A principal hipótese é de que a Lua tenha sua origem numa colisão entre a Terra e outro astro do
Sistema Solar. Os fragmentos resultantes dessa colisão formaram a Lua, a qual foi atraída pela

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gravidade da Terra e gira ao seu redor. A Lua é o astro mais próximo da Terra. A distância exata entre
os dois astros é calculada em quilômetros e não em ano-luz.

Figura 16: Lua Cheia fotografada da Terra.

FORMA E MOVIMENTOS DA TERRA


A Forma do Planeta Terra

A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, tendo como referência o Sol. Somente nela é
possível encontrar água no estado líquido, sendo que mais de 70% de sua superfície é coberta por essa
substância. Outra característica peculiar da Terra é que, até o momento, é o único planeta que abriga
seres vivos.
Durante muitos anos, a forma da Terra foi motivo de debates e elaboração de teorias. Na
Antiguidade, alguns estudiosos acreditavam que esse planeta era plano, no entanto, muitos sábios já
afirmavam que a Terra apresentava formato “arredondado”. O aprimoramento das técnicas
cartográficas e o desenvolvimento tecnológico foram de fundamental importância para esclarecer tal
fato.
Com a utilização de instrumentos altamente avançados, como, por exemplo, os satélites
artificiais e as sondas espaciais, foi possível estabelecer que a Terra possui cerca de 510 milhões de
quilômetros quadrados. Outra importante confirmação se refere à sua forma: um geoide, com leve
achatamento nos polos.
De acordo com a União Astronômica Internacional (UAI) e a União de Geodésia e Geofísica
Internacional (UGGI), esse achatamento é pequeno, visto que o diâmetro da Terra no sentido da linha
do Equador é de 12.756 quilômetros, enquanto entre os polos Norte e Sul é de 12.714 quilômetros, ou
seja, uma diferença de apenas 42 quilômetros.
A superfície terrestre é irregular, característica que impossibilita a sua representação no plano
(papel) sem que haja deformações. Seu formato está em constante modificação, consequência das

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ações erosivas, dos vulcões, do movimento das placas tectônicas, dos ventos, das chuvas, do homem,
etc.
A Terra continua sendo alvo de muita curiosidade do ser humano, que busca desenvolver novos
métodos para aperfeiçoar sua caracterização. Nesse sentido, altos investimentos são direcionados com
o intuito de reduzir as distorções durante a representação desse planeta.

Figura 17: A forma do Planeta Terra é geoide.

Movimentos da Terra

A Terra apresenta cerca de quatorze movimentos diferentes no espaço, cujos principais são os
de rotação e os de translação. Quando falamos em principais é devido à importância desses dois
movimentos para a vida na Terra, pois atuam efetivamente em nosso cotidiano, refletindo no tempo,
no clima e em tudo que envolve diretamente a manutenção da vida.

Rotação

É o movimento realizado em torno do seu próprio eixo, com sentido de oeste para leste; dura
aproximadamente 23 horas e 56 minutos e apresenta uma velocidade média de aproximadamente
1.669,33 km/h na altura do Equador e nula nos polos. Sua consequência principal é a sucessão dos dias
e das noites. Tal movimento executado em torno do eixo rotacional, apresenta uma inclinação de
23°27’, que chamamos de obliquidade eclíptica ou obliquidade da eclíptica.

Figura 18: Movimento de rotação.

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Translação

É o movimento que a Terra descreve em torno do Sol. Seu sentido também é de leste para oeste,
com duração aproximada de 365 dias e 6 horas e velocidade de 104.000 km/h. Esse excedente de horas
(6 horas) produzido anualmente gera o chamado “ano bissexto”, que ocorre de quatro em quatro anos.
Suas duas principais consequências são: a duração do ano e, combinado com a obliquidade eclíptica,
as estações do ano.

Estações do Ano

Considerando o movimento de translação, com a inclinação da Terra, podemos perceber que


em determinadas épocas do ano algumas regiões do globo terrestre recebem raios solares com maior
intensidade que em outras regiões.

Figura 19: Movimento de translação da Terra e os Raios solares.

Nota-se que em dado momento do ano, o Norte do globo está recebendo uma maior quantidade
de raios solares do que o Sul. Em outro período do ano será o contrário, o Sul receberá uma maior
quantidade de raios solares. A este fenômeno nomeamos Estações do ano.
São elas:
 Primavera;
 Verão;
 Outono;
 Inverno.
No dia 21 de junho, o ponto da Terra voltado frontalmente para o Sol é o Trópico de Câncer,
fazendo com que a face Norte da Terra seja muito mais iluminada que a face Sul, marcando, portanto,
o início do verão no Hemisfério Norte e do Inverno no Hemisfério Sul. Seguindo seu caminho no
plano translacional, no dia 23 de setembro o Sol se encontra sobre a linha do Equador. Como ela divide
ao meio os dois hemisférios, eles ficam igualmente iluminados. Nesse dia tem-se o início do outono
no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.

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Passados três meses, no dia 21 de dezembro o Sol incide frontalmente no ponto mais distante
da linha do Equador no Hemisfério Sul, o Trópico de Capricórnio, marcando o início do verão no
Hemisfério Sul e o inverno no Hemisfério Norte.
A partir disso, o Sol vai iniciar um progressivo caminho de volta até o Trópico de Câncer,
passando novamente pelo Equador no dia 21 de março. Nesse dia, temos outono no Hemisfério Sul e
primavera no Hemisfério Norte.
Deste caminho que a Terra faz ao redor do Sol em um ano, extraímos dois conceitos: solstícios
e equinócios.
 Solstícios: momento em que os raios solares incidem perpendicularmente sobre um dos
trópicos, evidenciando as maiores diferenças de duração de dias e de noites nos hemisférios,
bem como o ápice da desigualdade de aquecimento.
Os solstícios acontecem duas vezes por ano: em dezembro e em junho.
Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente,
quando ocorre no inverno significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
 Equinócios: Há épocas do ano em que os raios solares incidem perpendicularmente sobre a
linha do Equador. Nesses dias os hemisférios ficam igualmente iluminados e os dias e as noites
têm exatamente a mesma duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e de setembro e definem as mudanças de estação.
No Hemisfério Norte, a primavera começa em março e o outono em setembro. No Hemisfério Sul é
o contrário, a primavera começa em setembro e o outono em março.
A memorização da tabela a seguir (figura 20) ajudará a resolver de forma mais simples as
questões referentes a essa temática.

Data Posição do Sol Hemisfério Sul Hemisfério Norte


Equinócio de
21/03 Equador Equinócio de Outono
Primavera
21/06 Trópico de Câncer Solstício de Inverno Solstício de Verão
Equinócio de
23/09 Equador Equinócio de Outono
Primavera
Trópico de
21/12 Solstício de Verão Solstício de Inverno
Capricórnio

Figura 20: Tabela explicativa sobre as relações entre a posição do sol e os Hemisférios Norte e Sul.

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As Fases da Lua

Sabemos que a Lua gira em torno do nosso planeta. À medida que a Lua viaja ao redor da Terra,
ela passa por um ciclo de fases, ou seja, por sucessivas fases. O ciclo de fases da Lua dura cerca de 29
dias e meio. A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol.
Vejamos como as fases da Lua acontecem:
 Lua Nova: acontece quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois os dois astros
estão na mesma direção. Nessa fase a Lua está praticamente entre o Sol e a Terra.
 Lua Quarto Crescente: nessa fase metade da Lua está iluminada e metade escura. Lua e Sol
vistos da Terra estão separados por aproximadamente 90°. A Lua tem a forma de um
semicírculo.
 Lua Cheia: a Lua está na direção oposta à do Sol, em relação à Terra. A Lua está no céu
durante toda a noite; ela nasce quando o Sol se põe e se põe no nascer do Sol.
 Lua Quarto Minguante: A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe
aproximadamente ao meio-dia. Nessa fase o disco lunar parece de novo cortado ao meio.

ORIENTAÇÕES GEOGRÁFICAS
Você já deve ter observado que o Sol nasce todos os dias na mesma direção. Esta direção se
chama nascente, denominada posteriormente de Leste. O ponto oposto à nascente, isto é, onde o Sol
se põe, chama-se poente ou Oeste.

Pontos Cardeais

A partir desta observação e do surgimento destes pontos, foram definidos os pontos cardeais,
que são:

 Norte - (N), setentrional ou boreal;


 Sul - (S), meridional ou austral;
 Leste - (E) / (L), oriental ou East;
 Oeste - (W) / (O), ocidental ou West.

Pontos Colaterais

Entre os pontos cardeais, existem os pontos colaterais:

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 Nordeste (NE) – entre o norte e o Leste;


 Noroeste (NO) – entre o norte e o Oeste;
 Sudeste (SE) – entre o sul e o Leste;
 Sudoeste (SO) – entre o sul e o Oeste.

Pontos Subcolaterais

Nas posições intermediárias aos pontos cardeais e colaterais, existem os pontos subcolaterais:
 NNE – Norte-Nordeste: localizado entre o Norte e o Nordeste;
 ENE – Leste-Nordeste: localizado entre o Leste e o Nordeste;
 ESE – Leste-Sudeste: localizado entre o Leste e o Sudeste;
 SSE – Sul-Sudeste: localizado entre o Sul e o Sudeste;
 SSO – Sul-Sudoeste: localizado entre o Sul e o Sudoeste;
 OSO – Oeste-Sudoeste: localizado entre o Oeste e o Sudoeste;
 ONO – Oeste-Noroeste: localizado entre o Oeste e o Noroeste;
 NNO – Norte-Noroeste: localizado entre o Norte e o Noroeste.

OBSERVAÇÕES:

Dica
Para ajudar a identificar qual o nome do ponto subcolateral que se quer descobrir, basta colocar
a sigla do ponto cardeal seguida pela sigla do ponto colateral, surgindo assim o ponto subcolateral.
Exemplo:
ENE => E (Leste) + NE (Nordeste) = ENE (Leste-Nordeste)

Rosa-dos-ventos

Reunidos os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais, surge a Rosa-dos-ventos como


instrumento de orientação.
Vejamos (figura 21):

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Figura 21: Rosa-dos-ventos.

Mais tarde, o mais eficiente instrumento de orientação foi criado pelo homem: a bússola.
Bússola

A bússola é um instrumento parecido com o relógio, constituído por uma agulha com
propriedades magnéticas e o limbo. A agulha é um ponteiro que gira sobre um eixo que mostrará,
através do limbo, onde está o Norte, referente à sua posição na Terra.
Funciona da seguinte maneira: o núcleo da Terra é composto por ferro e níquel que funcionam
como um grande ímã, partindo linhas de campo magnético para os polos Norte e Sul. A agulha da
bússola aponta sempre para o polo Norte magnético, que fica situado na metade norte da Terra.
Sabendo que a agulha sempre indicará o Norte, você deve girar o aparelho até que o norte da
Rosa-dos-Ventos, situada no limbo, coincida com a direção da agulha. Deste modo, é possível saber a
direção dos outros pontos cardeais.

Figura 22: Exemplo de bússola.

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A tecnologia trouxe grandes inovações no sistema de orientação. Na última década, o GPS


(Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global) se difundiu por todo o mundo.
Assim como muitas invenções e bens de consumo do mundo pós-moderno, o GPS corresponde a um
poderoso e eficaz sistema de posicionamento geográfico criado pelo Departamento de Defesa dos
Estados Unidos.
Ele fornece o posicionamento geográfico de qualquer local do globo terrestre por meio de
satélites artificiais que orbitam ao redor da Terra, além de fornecer outros dados como altitude,
velocidade do deslocamento e coordenadas referentes ao sistema Universal Transverso de Mercator
(UTM), com a distância exata em quilômetros que um ponto qualquer se encontra da linha do Equador
e do Meridiano de Greenwich. O GPS pode mostrar até onde estão situados alguns fiscalizadores de
velocidade, evitando que o motorista seja penalizado por ultrapassar a velocidade máxima permitida
na via.

CURIOSIDADES!

Como fazer uma bússola


Material:
 Uma agulha;
 Uma tampa de garrafa pet;
 Um ímã;
 Uma faca;
 Uma vasilha com água.
Procedimento:
 Magnetize a agulha esfregando uma de suas extremidades no ímã (esfregue sempre na
mesma direção);
 Faça um corte raso na tampa da garrafa para que você possa encaixar a agulha nesse corte;
 Encaixe a agulha nesse corte;
 Encha a vasilha com água e coloque a tampa com o ímã, imerso na água;
 A ponta da agulha que você imantou com o ímã estará sempre apontando para o norte.

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Figura 23: Exemplo de bússola.

Coordenadas Geográficas

Sobre o globo terrestre, é possível traçar um conjunto de linhas que formam as coordenadas
geográficas e, com elas, você poderá localizar com precisão qualquer ponto na superfície terrestre.
Essas coordenadas são chamadas de paralelos e meridianos, que representam 1 grau dos 360 graus em
que são divididos o globo terrestre.
 Meridiano: linha norte-sul entre o Polo Norte e o Polo Sul.
 Paralelo: círculo menor perpendicular ao eixo terrestre e, portanto, paralelo ao Equador.
O paralelo 0° (zero grau) é uma linha que divide a Terra ao meio, em dois hemisférios, ou seja,
duas metades iguais, Norte e Sul. Esse paralelo foi denominado Equador.

Figura 24: Linha do Equador: divide a Terra nos hemisférios Norte e Sul.

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O meridiano 0º (zero grau) foi convencionado através dos tempos, sendo escolhido o que passa
pelo observatório astronômico de Greenwich, que se localiza em Londres, capital da Inglaterra. O
Meridiano de Greenwich divide a Terra em dois hemisférios, ocidental e oriental (oeste e leste,
respectivamente).

Figura 25: Meridiano de Greenwich: divide a Terra nos hemisférios ocidental e oriental.

Agora que você já sabe o que são paralelos e meridianos, fica fácil localizar um ponto qualquer
na superfície terrestre. Basta ter uma rede de coordenadas onde os paralelos e meridianos apareçam
com uma indicação numérica.
Observe o exemplo a seguir (figura 26):

Figura 26: Exemplo de localização de um ponto na superfície terrestre


usando coordenadas geográficas (paralelos e meridianos).

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O ponto marcado está situado no paralelo 10° Sul e 40° Oeste, percebemos que esta coordenada
está localizada no Nordeste do Brasil.
Tais coordenadas são chamadas de latitude e de longitude desse lugar.
 Latitude é a distância do ponto ao Equador, medida em graus ao longo do Meridiano de
Greenwich. Ela vai de 0° a 90° e pode ser Norte ou Sul.
 Longitude é a distância do ponto ao Meridiano de Greenwich, medida em graus ao longo do
Equador. Vai de 0° a 180° e pode ser Leste ou Oeste.
Além do Equador, existem outras linhas imaginárias de suma importância que recebem nomes
próprios:
 Trópico de Câncer: a 23°27’ de latitude Norte;
 Trópico de Capricórnio: a 23°27’ de latitude Sul;
 Círculo Polar Ártico: a 55°33’ de latitude Norte;
 Círculo Polar Antártico: 66°33’ de latitude Sul.
Esses trópicos e círculos são importantes porque neles ocorre uma mudança no grau de
incidência dos raios solares na superfície da Terra, havendo uma considerável mudança climática de
uma zona para outra. Com base nesses dados, são definidas as Zonas da Terra.
São elas:
 Zona tropical: Localiza-se nas baixas latitudes. Caracteriza-se por receber maior quantidade
de luz, pois nela os raios do Sol incidem verticalmente, ficando “a pino” ao meio dia (12 horas),
pelo menos em um dia do ano. Esta é em média a zona mais quente do globo.
 Zonas temperadas: Localizam-se entre os trópicos e os círculos, no hemisfério Norte e no
Hemisfério Sul, nas médias latitudes. Por serem mais afastadas do Equador, os raios solares
incidem de forma mais inclinada nessas áreas, fazendo com que elas recebam menor
quantidade de luz e de calor.
 Zonas polares: Localizam-se nas altas latitudes, depois dos círculos polares, no hemisfério
Norte e no Hemisfério Sul, onde os raios solares são muito inclinados e fracos. Por isso, essas
zonas são muito frias.

Fusos Horários

A Terra gasta um dia (24 horas) para realizar seu movimento de rotação (movimento giratório
da Terra em torno de seu próprio eixo). Os fusos horários são cada uma dessas 24 áreas em que a Terra
é dividida. Para localizar um acontecimento em determinado local em um dia, utilizamos as horas.

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Cada hora é dividida em 60 minutos e cada minuto é dividido em 60 segundos. Sendo assim, a hora
local é dada pelos fusos horários.
Nos diferentes locais da superfície terrestre, cada hora corresponde a uma determinada posição
do Sol. Por exemplo: quando em um local é meio dia e o Sol está em sua posição mais alta no céu, a
180° de distância é meia-noite em outra localidade. Isso acontece porque essas localidades estão
situadas exatamente do outro lado da Terra uma em relação à outra.
Sabemos que o Sol nasce a Leste, isto quer dizer que os lugares a Leste têm seus horários
adiantados em relação aos lugares a Oeste.
Para facilitar a comunicação entre os diferentes locais do planeta, foi instituída a hora legal. A
Terra foi dividida em 24 faixas longitudinais iguais, cada uma com sua hora oficial. Cada faixa
equivale a 15° e a soma dessas faixas totaliza os 360° da circunferência do planeta. Cada uma dessas
faixas corresponde a um Fuso Horário. Sendo assim, nosso planeta está dividido em 24 fusos horários.
Os relógios devem estar com a mesma hora dentro de um determinado fuso horário. O horário
oficial utilizado como base para todo o território brasileiro é o de Brasília, que se mantém atrasado três
horas em relação ao meridiano de Greenwich.

Figura 27: Mapa Mundi: Fusos Horários.

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REPRESENTAÇÃO DA TERRA
Mapas

A Cartografia

A Geografia possui um princípio básico, que é o de localização. O homem tem a necessidade


de saber se orientar na superfície terrestre, utilizando várias formas de representações como palavras,
desenhos, fotografias e, claro, os mapas. A cartografia é uma ciência voltada para a elaboração de
mapas, unindo conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.

O que são os mapas?

Os mapas são imagens reduzidas de determinadas superfícies. Eles representam os aspectos


físicos, naturais, artificiais ou abstratos da superfície terrestre, desenhados ou impressos em uma
superfície plana.

Figura 28: Mapa-múndi dos continentes.

Para que servem os mapas?

Os mapas são a linguagem da geografia e servem como um meio de comunicação e uma fonte
de conhecimento sobre determinada realidade. Possuem um princípio básico: servem como
instrumento de reconhecimento, domínio e controle de um território.

Tipos de mapas

Os mapas podem ser classificados de acordo com o objetivo para o qual foram elaborados.
Abaixo, eles estão classificados em mapas gerais, mapas especiais e mapas temáticos.
 Mapas gerais: são aqueles que não possuem informações detalhadas e apresentam escalas
reduzidas, ou seja, o local, na realidade, é bem maior do que sua representação.

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Figura 29: Mapa geral do Brasil.

CURIOSIDADES!
Os mapas gerais são os mais utilizados em salas de aula.

 Mapas especiais: São direcionados a estudos específicos e técnicos e geralmente não têm
utilidade para pessoas não especializadas. Apresentam escala menos reduzida do que os mapas
gerais.

Figura 30: Mapa especial do Rio Grande do Sul.

 Mapas temáticos: são especializados em um determinado tema (por exemplo: clima, relevo e
outros) e apresentam fundo básico, como topográfico, hidrográfico ou político. Pode apresentar
qualquer tamanho de escala.

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Figura 31: Mapa temático do Brasil.

Projeções Cartográficas

A representação da Terra nos globos terrestres possui um problema geométrico: a forma do


planeta é esférica ou elipsoidal. Esses tipos de superfícies não permitem uma representação no plano
sem dobras ou rasgaduras, portanto todo mapa sempre terá deformações.

Como não há possibilidade de uma representação exata, o homem procurou soluções


cartográficas aproximadas, que são denominadas projeções cartográficas.
Como foi dito, qualquer sistema de projeção representará a superfície da Terra com
deformações, mas existem sistemas desenvolvidos que conseguem conservar a forma da área, outros
mantêm os comprimentos, outros, a grandeza, porém não é possível conservar todas as características
em um mesmo mapa. Esta constatação deu origem ao que chamamos de propriedades das projeções
cartográficas.
São elas:
 Conformidade: Quando a forma dos elementos desenhados é mantida idêntica ao da superfície
terrestre. Porém, para conseguir manter essa similaridade de formas, as áreas são alteradas.
 Equivalência: Conserva a relação entre as áreas da superfície terrestre, alterando assim, a
forma das regiões representadas no mapa.
 Equidistância: Mantêm-se as direções e as distâncias a partir do centro de projeção,
distorcendo as áreas e as formas.

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Tipos de Projeções Cartográficas

Projeção Cilíndrica

É uma forma de projeção cartográfica que é desenhada sobre um plano que pode ser comparado
a um cilindro envolvendo o globo terrestre. Por este motivo, deforma as áreas de grande latitude e
conserva as áreas próximas ao Equador.

Figura 32: Projeção cilíndrica.

Projeção cilíndrica de Mercator

A mais famosa das projeções cilíndricas, a projeção de Mercator, foi apresentada em 1569, pelo
cartógrafo Gerhard Kremer. Os meridianos e paralelos são representados por segmentos de reta
perpendiculares entre si. Os meridianos estão todos a uma mesma distância, resultando em uma
superfície terrestre deformada na direção Leste-Oeste, se agravando nas maiores latitudes.

Figura 33: Projeção cilíndrica de Mercator.

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Projeção cilíndrica de Peters

Criada em 1973 por Arno Peters, possui base cilíndrica equivalente; determina uma distribuição
dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os polos. Resulta numa reprodução fiel
das áreas dos continentes e uma maior deformação no formato dos mesmos. Ao partir do princípio da
equivalência, dá destaque aos países subdesenvolvidos da América Latina e África, pois valoriza as
áreas destes quando comparada à projeção de Mercartor. Em virtude disso, é considerada uma projeção
terceiro-mundista, que Peters batizou de “mapa para um mundo mais solidário”.

Figura 34: Projeção cilíndrica de Peters.

Projeção Cônica

Nesta projeção, a superfície terrestre é representada num cone envolvendo o globo. Os


meridianos são retos e convergem para os pólos, e os paralelos são arcos que têm o mesmo centro em
comum, situados a uma distância igual uns dos outros. São recomendados para representar as médias
latitudes, pois deformam tanto as altas quanto as baixas latitudes.

Figura 35: Projeção cônica.

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Projeção Azimutal ou Projeção Plana

Nesta projeção, os paralelos formam círculos que têm o mesmo centro em comum e os
meridianos são retos e convergentes para o polo de projeção. Os meridianos também podem ser
considerados divergentes, pois partem do centro da projeção para todas as direções do mapa; ou seja,
divergem, se afastam. A projeção azimutal atua em grandes latitudes, tanto que também recebe o nome
de polar, e os polos se encontram nas extremidades do globo, próximo à latitude de 90 graus; sendo
assim, essa projeção dá ênfase aos polos.

Figura 36: Projeção Azimutal.

Projeção de Mollweide

A Projeção de Mollweide foi elaborada em 1805, pelo cartógrafo alemão Karl Mollweide. Os
paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. As áreas centrais possuem grande exatidão,
porém as extremidades são muito distorcidas.

Figura 37: Projeção Mollweide.

CURIOSIDADES!

Podemos dizer que a cartografia surgiu na Antiguidade, pois encontramos representações de


mapas na Grécia Antiga, Império Romano, Mesopotâmia, entre outros povos da antiguidade. Os mapas
antigos eram repletos de imperfeições, mesmo assim, serviam de referência para viajantes e
comerciantes da época, que necessitavam muito destas informações para planejarem suas viagens.

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Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI), os


cartógrafos foram extremamente importantes. Cada expedição levava um especialista em mapas, pois
era importante que as embarcações não se perdessem nos vastos oceanos. Foi no século XVI que os
primeiros mapas do continente americano e também do Brasil foram elaborados.

Figura 38: Exemplo de mapas na Antiguidade.

Escalas

Escala é uma representação gráfica de uma proporção matemática que relaciona as dimensões
reais com as dimensões gráficas do mapa. Todo mapa é feito de acordo com uma escala. As escalas
são expressas na forma de proporção de uma fração, em que o numerador indica a distância
representada no mapa e o denominador indica a distância real. Por exemplo, 1:1000 ou 1/1000 (lê-se:
escala um por mil), significa que cada centímetro no mapa corresponde e 1000 centímetros na distância
real.

Figura 39: Mapa do Rio de Janeiro com escala numérica e gráfica.

Tipos de escala

A escala pode ser indicada de duas maneiras: com números (escala numérica) ou com gráficos
(escala gráfica).

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Escala numérica

A escala numérica é uma fração e seu denominador (o segundo número, depois dos dois pontos)
indica quantas vezes a realidade foi reduzida. O numerador (o primeiro número, antes dos dois pontos)
será sempre 1. Por exemplo, em uma escala numérica de 1:30.000.000, o numerador 1 corresponde a
1 cm medido no mapa, enquanto o denominador 30.000.000 indica que, naquele mapa, a medida real
foi reduzida em 30.000.000 vezes. Ou seja, nesse exemplo, cada centímetro no mapa equivale a
30.00.00 centímetros na realidade, ou 300 km.

OBSERVAÇÕES:

Quanto maior o denominador, menor a escala e menor a quantidade de detalhes.

Escala gráfica

A escala gráfica apresenta segmentos de reta divididos em pedacinhos de 1 cm com seus


respectivos valores na distância real.

No exemplo de escala gráfica acima, cada centímetro corresponde a 50 km na superfície real.

Tamanho da escala

Escala grande

Usada quando queremos representar uma área que não foi muito reduzida no mapa e se aproxima
da realidade. Essa escala é compreendida entre 1:1.000 a 1:50.000. Estes mapas representam uma
pequena porção do território, mas com riqueza de detalhes.

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Figura 40: Mapa de uma parte da cidade de Goiânia-GO, em escala grande.

Escala pequena

Quando é preciso representar uma grande área reduzindo a realidade e sem evidenciar detalhes,
é utilizada a escala pequena. Estes mapas servem para termos uma visão de conjunto acerca dos
fenômenos que se passam em nível mundial, como é o caso da distribuição mundial dos climas. Essas
escalas são maiores que 1:2.000.000.

Figura 41: Mapa de todos os países e continentes em escala pequena.

CURIOSIDADES!

Além das escalas, para auxiliar na compreensão dos mapas, os cartógrafos utilizam uma
variedade de símbolos para representar os elementos do espaço. Esses símbolos são colocados em uma
legenda em um canto do mapa e são chamados de convenções cartográficas. A legenda é uma espécie
de código e, para decifrar a linguagem do mapa, é necessário consultá-la.

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Figura 42: Mapa de Portugal com convenções cartográficas.

Calculando distâncias

Para calcular a distância real entre duas cidades, por exemplo, utilizando a escala, é necessários
uma régua e um mapa que representa a distância entre as duas cidades.
Exemplo:
Em um mapa de escala 1:10.000.000, como calcular a distância real entre Florianópolis e Lajes
se a distância delas no mapa, em linha reta, é de 1,7 cm?

Figura 43: Imagem utilizada para calcular a distância rea


l entre as cidades de Florianópolis e Lajes.

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Se a escala é 1:10.000.000, significa que 1 cm no mapa representa 10.000.000 cm na realidade,


ou seja, 100 km. Podemos calcular a distância real entre as duas cidades fazendo uma regra de três
simples, observe:

Portanto, a distância entre Florianópolis e Lajes é de 170 km.

ERAS GEOLÓGICAS
Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha
aproximadamente 4 bilhões de anos, durante todo esse período ela passou por grandes transformações,
processo classificado como eras geológicas. As diferentes eras geológicas correspondem a grandes
intervalos de tempo, divididos em períodos.
A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta
terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas:
 Arqueozoica;
 Proterozoica;
 Paleozoica;
 Mesozoica;
 Cenozoica.

Arqueozoica

A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram
os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de
relevo. Esse período teve início em, aproximadamente, 4 bilhões de anos atrás.

Proterozoica

Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e se findou há
550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o
deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de

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minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Na era geológica do Proterozoico
ocorreu grande acúmulo de oxigênio na atmosfera. Também ficou caracterizada pelo surgimento das
primeiras formas de vida unicelulares avançadas.

Paleozoica

A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície
terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos
como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracteriza pela ocorrência de
rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos
primeiros insetos e répteis.

Figura 44: Os dinossauros surgiram na era Mesozoica.


Mesozoica

A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso
vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada
pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas
hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da
Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais
mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.

Cenozoica

Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos
atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
 Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os
dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes

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(América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves,
várias espécies de mamíferos, além de primatas.
 Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias
atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos
continentes e oceanos; surgimento do homem.

OBSERVAÇÕES:

Há cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e


Cenozoica.

ATMOSFERA E HIDROSFERA

De modo geral, tanto a atmosfera quanto a hidrosfera são camadas da estrutura terrestre.
O planeta Terra é formado por várias estratificações, tanto internas quanto externas. Para compreender
isso de forma mais lúdica, pense em uma cebola, que vai sendo descascada e revelando novas estruturas
interiormente.
A atmosfera é a camada que reveste a Terra externamente. Ela é composta por
inúmeros gases que fornecem proteção ao nosso planeta.
Já a hidrosfera, como o próprio nome já diz, é uma cada mais interna que abrange a água e
outras partes líquidas dispersas pelo globo.

Características da Hidrosfera
Vejamos algumas das principais características da hidrosfera:
 É composta por mares, oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos, aquíferos, água solidificada
nas geleiras, umidade presente no ar etc.;
 Compõe cerca de 70% da superfície terrestre;
 97% da hidrosfera são preenchidos por água do tipo salgada;
 Atua como importante reguladora térmica;
 É fundamental para a manutenção da vida.

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Características da Atmosfera

Agora, vejamos as principais características da atmosfera:


 Confere proteção contra radiações, choques mecânicos de corpos celestes, regula a
temperatura e muito mais;
 Tem uma espessura de cerca de 10 mil quilômetros;
 É composta por várias camadas: exosfera (a mais distante da Terra), ionosfera, termosfera,
mesosfera, estratosfera e troposfera (a mais próxima do planeta).
Na troposfera, a mais próxima de nós, é onde ocorrem a maioria dos fenômenos
meteorológicos que conhecemos. Já na estratosfera, ocorre a absorção de radiação pela camada de
ozônio, sobre a qual falaremos mais à frente.

O que é Litosfera

Para entendermos o que é a litosfera, precisamos antes discutir as camadas da Terra sob uma
nova óptica, pensando nela ainda como a cebola mencionada antes, mas a nível mais estrutural e
geológico.
A Terra é formada pelas seguintes camadas, pensando de fora para dentro:
 Crosta (camada sólida);
 Manto (camada pastosa);
 Núcleo externo (camada sólida);
 Núcleo interno (camada pastosa).
A litosfera é uma parte que une porções da crosta e do manto superior. Nela, ocorrem
fenômenos importantes e que se relacionam muito com a atmosfera e a hidrosfera, como é o caso
da tectônica das placas, terremotos, vulcanismo e muitos outros. Além disso, é nela que vivemos.

Atividades na atmosfera e hidrosfera

Agora, vamos conversar sobre alguns dos fenômenos que ocorrem na atmosfera e na hidrosfera
(muitas vezes com participação da litosfera) e que influenciam em toda a homeostase (equilíbrio)
da biosfera terrestre.

Formação de nuvens

As nuvens são formadas por conta da condensação de vapor d’água em grandes altitudes.
Isso acontece porque, lá, tanto a temperatura quanto a pressão são muito diferentes do que mais
próximo ao solo. Assim, a água tende a mudar de estado ao passar por camadas mais distantes de nós.

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Chuva
Também chamada de precipitação, a chuva é uma parte fundamental do ciclo da água. Elas
ocorrem quando as gotas de água presentes nas nuvens tornam se mais densas do que o ar e voltam
ao estado líquido, precipitando (caindo) ao chão. A frequência da formação de chuvas está diretamente
relacionada ao clima e ao bioma de uma região.

Ventos
Os ventos nada mais são do que a movimentação do ar. Ele pode ser gerado por uma série de
fatores, como os movimentos do planeta Terra. Sua presença é fundamental para a geração de energia e
para a vida num todo, especialmente na polinização de plantas e dispersão de sementes.

Ciclo da água

O ciclo da água é um dos mais importantes para a vida.


Ele é composto pelas seguintes etapas:
 Evaporação das águas (dos oceanos, por exemplo) e transpiração dos seres vivos;
 Condensação e formação de nuvens;
 Precipitação (chuvas)
 Infiltração da água no solo, retornando aos rios e lençóis freáticos.

Ciclo do nitrogênio

Para que esse ciclo esteja completo, tanto a atmosfera quanto a litosfera, além de elementos
biológicos, precisam estar em harmonia. Aqui, ocorre a transformação da molécula gasosa em
substâncias que podem ser utilizadas pelos seres vivos para a execução de suas funções vitais. Após
um longo processo, o nitrogênio retorna para a atmosfera e tudo começa novamente.

Camada de ozônio

Essa camada é uma espécie de “película” que recobre o planeta, evitando que os raios mais
fortes do sol atinjam os seres que habitam a Terra. Com a emissão de muitos gases, formaram-se
pequenos poros nessa estrutura. Hoje em dia, no entanto, com a adoção de medidas como a proibição
dos CFC’s, ela está se recuperando.

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DEMOGRAFIA
Demografia é a ciência que estuda a dinâmica populacional humana por meio de estatísticas
que utilizam como critérios e religião, educação, etnia e outros critérios que são influenciados por
fatores como taxa de natalidade, fecundidade e migrações. Um dos ramos das ciências sociais, a
demografia é bastante recente se comparada com outros ramos como a economia.
O termo “demografia” foi usado pela primeira vez em 1855 por Achille Guillard no livro
intitulado “Élements de statistique humaine ou demographie comparée”. Seu objetivo é estudar a
estrutura da população, seu arranjo espacial ou forma como a população está distribuída no meio físico
(urbano, rural) e sua composição, que pode ser estudado levando-se em consideração a faixa etária, o
sexo, ou outras características da população.
O chamado “movimento da população” também constitui objeto de estudo da demografia.
Através de cálculos e estatísticas são estudados os fenômenos da mortalidade, natalidade e movimentos
migratórios, todos estes influenciados por diversos fatores como educação, saneamento, e etc.
A importância do estudo da demografia consiste no fato da população ser um elemento político
essencial que caracteriza uma sociedade e que, consequentemente, tornam-se necessários compreender
a fim de tornar possível o planejamento econômico, social, cultural ou político.
A demografia possui quatro abordagens diferentes que variam de acordo com o foco de estudo:
1) A abordagem histórica que tem por objetivo estudar a evolução dos acontecimentos
demográficos ao longo do tempo pesquisando suas causas e tentando prever as consequências.
2) A abordagem doutrinária que se ocupa da análise da teoria através dos estudos das ideias e
obras de filósofos, pensadores e pregadores no tocante à população.
3) A abordagem analítica, que por sua precisão matemática é a mais importante tecnicamente,
pelo fato de fornecer dados indispensáveis sobre determinados acontecimentos.
4) E, por fim, abordagem política, que apoiada em todas as outras abordagens, tenta formular
políticas demográficas adequadas ao bem-estar da sociedade.

CIDADES
As Cidades e o Fenômeno da Urbanização

As primeiras cidades surgiram há cerca de cinco milhões de anos, sobretudo no Oriente e na


Índia. A partir de então elas multiplicaram-se e estabeleceram-se como aglomerados humanos

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complexos, que desenvolveram ao longo de gerações diversas atividades econômicas destinadas a


prover a necessidade de consumo dos habitantes da área urbana e das comunidades gerais.
A condição principal para o estabelecimento das cidades foi o processo de sedentarização pelo
qual passaram determinados povos que, com a prática de agricultura, puderam produzir mais alimentos
do que consumiam.
A partir da segunda metade do século XVIII uma mudança radical na forma de produção de
bens de materiais ocorreu primeiramente na Inglaterra e depois em outros países europeus, tratava-se
do estabelecimento da indústria moderna. Atividade econômica por meio do qual foi possível
transformar em grande escala os recursos naturais e os produtos manufaturados essa mudança no
processo produtivo ficou conhecido como Revolução Industrial. Nesse momento as cidades
representaram o ambiente ideal para o florescimento da indústria, pois nelas viviam donos dos meios
de produção que possuíam o capital necessário para investir no desenvolvimento de novas tecnologias.
A ida de trabalhadores de pequenas aldeias e das áreas agrícolas para as cidades acarretou um
vertiginoso crescimento da população urbana dos países em processo de industrialização. Em poucas
décadas o número de habitantes das cidades era maior que do meio rural. A expansão da atividade
industrial para os outros continentes desencadeou um imenso processo de urbanização. Novos postos
de trabalhos foram criados no setor industrial e em outros setores da economia, além disso houve uma
modernização das atividades agrícolas com a expansão das lavouras de monocultura e a introdução de
máquinas que passaram a substituir a mão de obra camponesa. Um grande contingente populacional
passou a migrar para as áreas urbanas, sobretudo para as cidades onde se localizavam as indústrias
fazendo o ritmo da urbanização crescesse na mesma proporção.

CURIOSIDADES!

Em razão do rápido crescimento urbano e da explosão populacional de Londres durante o


século XIX, muitas obras de infraestrutura foram realizadas, como a ampliação das redes de
abastecimento de água e coleta de esgoto, abertura de avenidas e a criação de sistema de transporte
mais eficientes como o metrô.
Hierarquia urbana é o nível de importância de cada cidade no interior de uma rede de cidades
ou rede urbana, levando-se em consideração sua população absoluta, a diversificação de suas
atividades econômicas e o grau de influência que exercem sobre uma região.

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Recentemente um expressivo processo de urbanização, alimentado pelo êxodo rural, tem


ocorrido em países subdesenvolvidos com baixo nível de industrialização. São motivados pela miséria
em que vivem os trabalhadores camponeses, a concentração de terras nas mãos dos latifundiários e
conflitos entre grupos étnicos.
Cerca de 49% da população mundial vive nas cidades e o percentual pode aumentar nas
próximas décadas. Boa parte da população que migrou para áreas urbanas fixou-se em cidades que
tinham algum poder de atração como atividades industriais, atividades comerciais ou sede de
instituições públicas governamentais. Esses centros urbanos passaram a oferecer melhor infraestrutura
e mais oportunidades de emprego. Essas cidades denominadas metrópoles abrigam cerca de um milhão
de pessoas e estão no topo da hierarquia urbana.

OBSERVAÇÕES:

Monocultura é a produção ou cultura agrícola de apenas um único produto. A substituição da


cobertura vegetal original, geralmente com várias espécies de plantas, por uma única cultura, é uma
prática danosa ao solo.
Êxodo rural é a saída do campo para a cidade por vários motivos como a falta de emprego,
educação, saneamento básico entre outras razões. Enquanto urbanização é o crescimento da cidade
como pessoas e espaço.
Latifúndio é a propriedade agrícola de grande extensão pertencente a uma única pessoa que se
caracteriza pela exploração extensiva de seus recursos.

As Relações entre Cidade e Campo

Apesar de serem comumente tratados como sinônimos, os conceitos de rural e campo, urbano
e cidade, possuem diferenças em suas conceituações. Enquanto cidade e campo são formas concretas,
materialização de um modo de vida, urbano e rural são representações sociais.
A cidade é o centro da organização social e econômica, portanto, nela estão concentrados os
principais serviços e produtos que são consumidos tanto pela população da própria cidade, quanto pela
população do campo, a qual não consegue produzir tudo aquilo de que necessita. A cidade não apenas
controla e comercializa a produção do campo, mas também passa a transformá-la e lhe agregar valor,
expandindo sua esfera de dominação. O campo que até então era praticamente autossuficiente, se vê
dependente da cidade, em alguns casos, até para compra de produtos básicos de vida, como alimentos.

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Durante décadas a crescente industrialização fez com que muitas pessoas deixassem o campo
e migrassem para as cidades. Este fenômeno é conhecido como êxodo rural produz profundas
consequências na organização urbana. No Brasil, teve sua maior relevância entre os anos de 1960-
1980 quando muitas pessoas deixaram o campo deslocando-se para as cidades em busca de empregos
nas fábricas. Com o avanço no meio técnico, a mão de obra no campo foi substituída pelos
maquinários, expulsando as pessoas da terra, causando um inchaço urbano. A cidade moderna
movimenta a vida dos homens como se fossem máquinas, e todas as ações são regidas pelo tempo
rápido, mas o campo cada vez mais modernizado, também já aderiu às práticas ritmadas da
globalização.
A configuração do espaço brasileiro passou por profundas transformações a partir da segunda
metade do século XX, o que culminou tanto em pontos positivos, quanto em profundos problemas.
Dentre os pontos positivos nota-se a qualidade de vida nas metrópoles. Há também diversos desafios
impostos ao urbano, como a dependência das pessoas em relação a cidade. As pessoas que antes
obtinham seu sustento com base nas atividades do campo, agora são forçadas a se submeterem às
atividades industriais. Antes consumiam o produto do seu trabalho, agora o dinheiro intermedia a
compra dos produtos necessários. Além disso, a questão fundiária é um grande problema do urbano,
já que existe uma inadequada distribuição das populações no território brasileiro.
Um outro problema bastante conhecido é o fenômeno que ficou conhecido como favelização,
quando há a valorização de algumas áreas, as pessoas expulsas de suas casas são forçadas aos espaços
inadequados e até ilegais para moradia, para além as questões ambientais são problemas que afetam
igualmente o urbano.

As Cidades e a Indústria no Mundo

A Revolução Industrial foi um processo de grande importância na história da humanidade


porque deu origem a um novo segmento econômico. Criou uma nova função para as cidades e o espaço
urbano deixou de ser apenas um lugar de produção de bens industriais e de serviços.

Figura 45: Classificação dos tipos de indústrias e seus segmentos.

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A partir do estabelecimento da indústria como novo ramo de atividade econômica, níveis


diferenciados de tecnologia foram empregados no processo fabril. De acordo com o nível tecnológico
podemos classificar a atividade industrial em:
 Indústrias tradicionais que são pouco automatizadas, utilizam de máquinas pesadas e ainda
empregam muitos funcionários;
 Indústrias modernas que se caracterizam pela utilização de recursos tecnológicos avançados e
por nível de automação maior que possuem uma quantidade reduzida de funcionários;
 Indústrias tecnológicas de ponta que produzem recursos tecnológicos altamente sofisticados
resultantes da aplicação imediata das descobertas científicas no processo de produção.
Também é possível classificar as indústrias levando em consideração a função de cada
segmento fabril como as indústrias de bens de produção, indústria de bens intermediário e indústria de
bens de consumo. As concentrações das indústrias mais importantes se localizam no hemisfério Norte,
justamente nos países que teve início a Revolução Industrial. No interior das grandes concentrações
industriais encontram-se importantes centros urbanos e nessas grandes metrópoles vivem milhões de
habitantes.
Durante a Primeira Revolução Industrial grandes concentrações de indústrias surgiram em
áreas vizinhas de jazidas de ferro. Esse fato demonstra que existiam determinados fatores que
interferiam no estabelecimento e no desenvolvimento de regiões industriais.
Destacam-se de modo geral cinco fatores, sendo eles:
 A disponibilidade de mão de obra;
 Proximidade do mercado consumidor;
 Proximidade das fontes de matérias primas;
 Disponibilidade de energia e existência de uma rede de transporte bem estruturada.
No entanto, vem ocorrendo um processo em vários países denominado “desconcentração
industrial” que se caracteriza pela diminuição do ritmo de crescimento industrial nos grandes centros
urbanos transferindo suas unidades para cidades de médio porte, devido ao fato que o crescimento
exacerbado vem ocasionando sérios problemas urbanos. Atualmente a proximidade das fontes de
matérias primas ou do mercado consumidor já não constitui um fator preponderante da localização das
atividades industriais e no espaço geográfico mundializado trata-se da flexibilização da produção
processo característico da Terceira Revolução Industrial.

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OBSERVAÇÕES:

O desenvolvimento da indústria em todos os setores proporcionou a criação de diferentes


especialidades profissionais, voltadas em grande parte para a diminuição de gastos na produção e o
aumento da qualidade dos produtos.

EXERCÍCIOS

1. Ao longo da história, os mapas sempre fizeram parte dos instrumentos de planejamento


de conflitos armados, sendo utilizados como forma de orientação para identificar terrenos
e direções de ataques e defesa de tropas. Isso significa dizer que uma das funções mais
antigas da geografia e da cartografia é:
a) A poluição atmosférica.
b) Elaborar estratégias militares.
c) Alterar os cursos hídricos.
d) Provocar a explosão demográfica em países subdesenvolvidos.
e) Provocar mudanças climáticas.

2. Na escala gráfica abaixo, há quatro intervalos, ou seja, quatro segmentos ou


“pedacinhos” de reta. Sabendo que cada intervalo corresponde a 1 cm no mapa e cada
centímetro no mapa corresponde a 300 km na realidade, qual seria a distância real entre
dois lugares que em um mapa se encontram separados por 6 cm?

a) 1.800 km.
b) 300 km.
c) 11.800 km.
d) 3.000 km.
e) 180 km.

3. Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que NÃO é uma das Eras Geológicas:
a) Cenozoica.
b) Arqueozoica.

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c) Litozoica.
d) Proterozoica.
e) Paleozoica.

BUSCANDO+

Vídeos:

 VIAJANDO PELO SISTEMA SOLAR


https://youtu.be/zLFvrurSef8

 ABC da Astronomia | Fases da Lua


https://youtu.be/N2wTtaJEtNY

 Geografia: Tipos de mapas


https://youtu.be/BVrGEFQv3uY

PÍLULA DO CONHECIMENTO

Esse item se trata de uma metodologia disponibilizada em nossa plataforma, a qual você poderá acessar
e aprender sobre conceitos importantes referentes aos conteúdos abordados nesta apostila. Acesse
nossa plataforma e veja a PÍLULA DO CONHECIMENTO sobre GEOGRAFIA do MÓDULO I!

GABARITO

QUESTÃO ALTERNATIVA
1 B
2 A
3 C

REFERÊNCIAS
ALVES, Andressa. BOLIGIAN, Levon. Espaço e Vivência. São Paulo: Editora Copyright, 2011.

AZEVEDO, Júlio Cesar Lopes. Bem Lembrado. São Paulo: Editora FTD, 2014.

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MOREIRA, João Carlos. SENE, Eustáquio. Espaço geográfico e globalização. São Paulo: Editora
Scipione, 2012.

CASTROGIOVANNI, A.C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano.


Porto Alegre: Mediação, 2000.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e Práticas de Ensino. Goiânia: Alternativa,

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