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Documento Científico

Departamento Científico de
Endocrinologia (gestão 2022-2024)

Nº 90, 14 de Agosto de 2023

Hipotireoidismo Subclínico

Departamento Científico de Endocrinologia (gestão 2022-2024)


Presidente: Crésio de Aragão Dantas Alves
Secretária: Kassie Regina Neves Cargnin
Conselho Científico: Cristiane Kochi, Ivani Novato Silva, Julienne Angela Ramires de Carvalho,
Marilza Leal Nascimento, Maristela Estevão Barbosa, Renata Andion Arruti,
Renata Villas Boas Andrade Lima

de encaminhamento para um endocrinologista


Introdução
pediátrico3.

A apresentação clínica é variável e pode cur-


O hipotireoidismo subclínico (HSC) é defini-
sar com nenhuma manifestação clínica ou com
do por uma concentração sérica de TSH acima
sinais e/ou sintomas de hipotireoidismo. Em al-
do limite superior do valor de referência, com
guns casos, dependendo da idade e do grau de
uma concentração de tiroxina total (T4) ou livre
acometimento, pode trazer prejuízos ao desen-
(T4L) dentro do intervalo de normalidade. Esta
volvimento da criança.2,4,5
condição também é conhecida como hipotireoi-
dismo compensado ou hipertireotropinemia Tendo em vista a importância desse tema, o
isolada1,2. A prevalência na população adulta Departamento Científico de Endocrinologia da
varia de 1% a 10%. Na população pediátrica, Sociedade Brasileira de Pediatria, redigiu esse
é relatada como sendo inferior a 3%. Apesar Documento para orientar os pediatras na investi-
disso, é uma causa de preocupação para os pais gação e conduta do HSC desde o período neona-
e pediatras e representa uma causa frequente tal até a adolescência.

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Hipotireoidismo Subclínico

recém-nascidos prematuros, pequenos para


Como classificar o a idade gestacional, com síndrome de Down,
hipotireoidismo subclínico?
entre outros. O ponto de corte de TSH mais
baixo na triagem neonatal resultou no aumen-
O HSC pode ser classificado em1,2,5,6: to progressivo da incidência de formas leves
– Grau 1: quando os níveis de TSH estão entre e transitórias de hipotireoidismo. A maioria
4,5 e 10 mU/L. dos casos com TSH levemente aumentado na
– Grau 2: quando os níveis de TSH são acima de triagem neonatal apresenta normalização da
10 mU/L. função tireoidiana.7,8
–
Tireoidite autoimune (TA) ou tireoidite de
Hashimoto: é a causa mais comum de HSC,
especialmente entre crianças e adolescentes
Quais são as causas do (8 a 18 anos). O risco de progressão para hipo-
hipotireoidismo subclínico? tireoidismo franco parece aumentar em crian-
ças com HSC devido à TA. Portanto, sugere-se
que pacientes com concentração elevada de
Na faixa etária pediátrica, diversos grupos
anticorpos antitireoidianos (AAT) tenham mo-
apresentam um risco maior do desenvolvimento
nitorização mais frequente da função tireoi-
de HSC, como as crianças que sofreram irradia-
diana (a cada 6-12 meses).3,4,9
ção, crianças com obesidade, e com síndromes
(p. ex., Turner, Down). O Quadro 1 demonstra as –
HSC idiopático: caracterizado por elevações
causas mais frequentes de HSC.5,6 leves das concentrações de TSH (≤10μUI/mL)
com T4L normal, ausência de autoimunidade ou
outras condições que possam ser responsáveis
Quadro 1. Causas mais comuns
pelo aumento do TSH e sem sinais clínicos ou
de hipotireoidismo subclínico.
sintomas de hipotireoidismo. Cursa com baixa
Hipertireotropinemia neonatal persistente taxa de progressão para hipotireoidismo fran-
co, sendo recomendada monitorização anual.3,4
Autoimune: tireoidite de Hashimoto
– Mutações: mutações inativadoras no gene que
Não autoimune: idiopático codifica o receptor de TSH (TSHR) e mutações
Mutações: TSHR, DUOX2
no gene que codifica a dual oxidase 2 (DUOX2),
associadas a defeitos na organificação do iodo,
Síndromes genéticas: Down, Turner, Williams, também são relatadas como causadoras de HSC.2
pseudo-hipoparatireoidismo
– Síndromes genéticas: a tireoidite autoimune é
Obesidade comumente associada às síndromes de Turner
Deficiência ou excesso de iodo nutricional
e Down, havendo recomendação de seguimen-
to periódico. Na síndrome de Down a ocorrên-
Medicamentos cia de HSC é cerca de 10 vezes maior em com-
paração com a população geral.4,10
Exposição a radiações ionizantes
– Obesidade: crianças com obesidade têm pre-
Interferências laboratoriais/macro-TSH
idiopático
valência maior de HSC (10% a 23%), mas não
há evidências de que o HSC tenha influência
no desenvolvimento da obesidade. A elevação
–
Hipertireotropinemia neonatal persistente: de TSH parece ser mediada pelos altos níveis
com o aprimoramento dos testes de triagem de leptina e por ativação do sistema nervoso
neonatal foi demonstrado que, nos últimos simpático e tende a normalizar gradativamen-
anos, houve um aumento nos níveis de TSH em te com a perda ponderal. Há baixo risco de pro-

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gressão para hipotireoidismo franco, podendo de AAT, valores mais elevados de TSH ou aumen-
seu seguimento ser menos frequente.5,6,11 to progressivo dos valores dos níveis séricos de
– Deficiência ou excesso de iodo nutricional: a TSH e dos AAT no acompanhamento3.
baixa ingestão de iodo por um período prolon-
gado pode resultar em HSC leve a grave, bem
como bócio e hipotireoidismo evidente. Além
disso, estudos populacionais indicam que Quais são as manifestações clínicas
também pode ocorrer em indivíduos com alta e os desfechos adversos do
ingestão de iodo6. hipotireoidismo subclínico?
– Medicamentos: amiodarona, interferon-α, an-
tirretrovirais e drogas antiepilépticas (p. ex., As manifestações clínicas do HSC podem va-
ácido valproico, fenitoína, carbamazepina e riar de nenhuma manifestação, na maioria das
fenobarbital) são exemplos de medicamentos crianças, até a presença de sintomas de hipoti-
que podem causar HSC.6 reoidismo. Essas alterações variam a depender
–
Exposição a radiações ionizantes: crianças, da idade, sensibilidade ao hormônio tireoidiano,
particularmente aquelas menores de 10 anos gravidade e duração do HSC.4,11 As anormalida-
de idade, são especialmente suscetíveis ao des mais frequentemente associadas na popula-
desenvolvimento de disfunção tireoidiana e ção pediátrica são bócio, ganho de peso, sono-
câncer de tireoide após radiação ionizante, lência, fraqueza, anemia e aumento dos níveis de
seja após irradiação terapêutica (p. ex., câncer colesterol. Embora não haja evidências claras de
infantil) ou após exposição ambiental (p. ex., o que o HSC na faixa etária pediátrica possa cau-
acidente de Chernobyl), sendo o HSC o desfe- sar consequências no desenvolvimento físico ou
cho mais comum4. neurocognitivo, anormalidades cardiovasculares
sutis foram documentadas.
–
Interferências laboratoriais: níveis elevados
de TSH com T4L normal, podem resultar de in- Estudos sugerem que crianças com HSC têm
terferência laboratorial nos testes de função maior risco de anormalidades pró-aterogênicas
tireoidiana. Por exemplo: macro-TSH, anticor- sutis no perfil lipídico, como aumento de coleste-
pos antiestreptavidina, anticorpos anti-rutê- rol total e LDL colesterol e aumento da espessura
nio, autoanticorpos anti-T3 e T4 e anticorpos média-intimal da artéria carótida, o que leva ao au-
heterofílicos. O macro-TSH é caracterizado por mento do risco de doenças cardiovasculares.13-17
complexos de alto peso molecular de TSH com
Os estudos sobre função cognitiva têm resulta-
baixa bioatividade que se acumula na circula-
dos conflitantes, com alguns relatando performan-
ção por causa da depuração lenta e pode ser
ce cognitiva normal e outros evidenciando efeito
reconhecido nos imunoensaios disponíveis
negativo no nível de atenção, piores escores de
como hipertireotropinemia12.
memória e recordação verbal.4,5,18,19 A maioria dos
autores não relata alteração no crescimento linear
e na densidade mineral óssea no HSC leve.4,5,18,20

Existem fatores preditores da


evolução do hipotireoidismo
subclínico? Quais são os exames complementares
necessários para o diagnóstico?
Os fatores considerados de risco para a pro-
gressão para o hipotireoidismo franco são: sexo O diagnóstico é laboratorial, com dosagens
feminino, doença celíaca, bócio, níveis elevados de TSH e T4L. O limite superior da faixa nor-

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Hipotireoidismo Subclínico

mal para TSH situa-se geralmente entre 4,0 e Caso o TSH continue aumentado a conduta vai
5,0 mU/L, dependendo do método laboratorial depender da idade da criança.
utilizado, mas há diferenças consideráveis na
– Crianças menores de 3 anos: nos casos de hi-
infância entre as faixas etárias e testes labora-
pertireotropinemia neonatal persistente em
toriais. É aconselhável diagnosticar HSC após no
crianças maiores de um mês com HSC leve nas
mínimo duas dosagens de TSH. As dosagens de
quais os níveis de TSH não normalizam é reco-
anticorpos antitireoglobulina (ATG) e anti-tireo-
mendado o tratamento com reavaliação após
peroxidase (anti-TPO) devem ser realizadas para
os três anos. Os HT são essenciais para o de-
confirmar ou excluir o diagnóstico de tireoidite
senvolvimento do cérebro durante a fase fetal
autoimune. A ultrassonografia da tireoide com-
e pós-natal, mas ainda não é claro na literatura
plementa a investigação ao demonstrar textura
se pacientes com elevações discretas do TSH
heterogênea, com áreas hipoecoicas da glândula
estão sob risco de alterações da função cogni-
na vigência de TA.2,22,23
tiva. Portanto, a maior parte dos autores reco-
menda que, até que haja evidência de que não
há risco de deficiência intelectual sem o uso de
levotiroxina, o tratamento deve ser indicado3.
Quando tratar o Se a conduta for observação, novos exames
hipotireoidismo subclínico? devem ser realizados a cada uma a duas sema-
nas e o tratamento é recomendado se o nível
de TSH estiver aumentando e/ou T4L abaixo do
Em crianças e adolescentes, o HSC tem re- limite inferior e se TSH persiste >10mU/L por
solução espontânea ou persiste sem progressão mais de quatro semanas.3,4,6,23
para hipotireoidismo evidente na maioria dos
casos. A necessidade de suplementação com – Crianças maiores de 3 anos: não existem evidên-
levotiroxina permanece controversa, particu- cias consistentes de benefícios do tratamento
larmente no HSC grau 1, por falta de evidências destas formas leves. Na população em geral,
robustas de desfecho a longo prazo. Entretanto, o TSH normaliza em mais de 70% das crian-
devido ao baixo risco da terapia de reposição, ças e adolescentes e persiste sem progressão
considera-se razoável iniciar o tratamento em na maioria dos pacientes remanescentes nos
casos selecionados para evitar qualquer possí- cinco anos subsequentes, mas raramente pio-
vel impacto negativo no crescimento e no de- ra.3,4,6,23 Quando os níveis de TSH persistem
senvolvimento.3,4,21,23 elevados, podemos considerar tratamento
nos seguintes casos: AAT positivos, aumento
A decisão de iniciar o tratamento depen- progressivo do TSH, dislipidemia, sintomas
de de vários fatores, como: idade do pacien- de hipotireoidismo, bócio, sinais de tireoidite
te, grau do HSC, etiologia, duração da disfun- na ultrassonografia, doenças autoimunes
ção tireoidiana, tendência dos valores de TSH, (p. ex., diabetes melito tipo 1, doença celíaca) e
presença de síndromes e/ou outras patologias cromossomopatias21.
(Figura 1).3,4,23
HSC grau 2 (TSH acima de10 mUI/L): há con-
HSC grau 1 (TSH entre 4,5 e 10 mUI/L): re- senso para iniciar o tratamento, independente
petir as dosagens de TSH e T4L em 1 a 3 meses. da etiologia.3,4,6,23

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Figura 1. Fluxograma para abordagem diagnóstica e terapêutica de crianças encaminhadas


por HSC6

TSH # História Repetir TSH, T4L


– História familiar - doenças da
T4L Normal
tireoide ou autoimunes
após 4-12 semanas
– Hipertirotropinemia neonatal
– Doenças autoimunes/genéticas
– Medicamentos/radiação
– Deficiência/excesso de iodo TSH # TSH e T4L # TSH
– Sintomas de hipotireoidismo T4L Normal normais $ T4L
Exame Físico
– Bócio
– Obesidade/características
sindromicas Ac. negativos Hipotireoidismo
AC. antitireoidianos
– Sinais de hipotireoidismo
US tireoide
US tireoide N franco

HSC Transitório

HSC autoimune HSC não autoimune

TSH TSH Obesidade Deficiente Irradiação Medicamentos Genéticas/


de Iodo pescoço Neonatal Idiopático
4,5-10mU/L > 10mU/L

Perda Sal
Sem bócio Bócio de peso iodado
Sem sinais/ Sinais/ TSH TSH TSH TSH
sintomas sintomas 4,5-10mU/L > 10mU/L 4,5-10mU/L > 10mU/L
Reavaliar Reavaliar TSH e T4L
a cada
TSH e T4L Considerar L-T4 6 meses
a cada Sem bócio Bócio
6 meses Sem sinais/ Sinais/
sintomas sintomas
Individualizar TSH e T4L Considerar
tratamento a cada L-T4
com L-T4 6 meses TS4 e T4L Considerar
a cada L-T4
6 meses

Considerações finais entanto, a abordagem para as formas leves ainda


é incerta e não há consenso para tratamento.

Em crianças e adolescentes o HSC tem baixo Nas crianças menores de três anos com HSC
risco de evolução para hipotireoidismo franco, grau 1, nas quais os níveis de TSH não normalizam,
exceto quando a etiologia é autoimune. A pre- é recomendado o tratamento com reavaliação após
sença de bócio, o grau de hipotireoidismo, AAT os três anos. Nas crianças maiores de três anos não
elevados e aumento progressivo dos valores de há evidências suficientes para recomendar o trata-
TSH e dos AAT preveem a progressão para hipoti- mento na maioria dos casos, assim a conduta deve
reoidismo franco. O tratamento do HSC depende ser individualizada. Na ausência de intervenção
da idade da criança, da etiologia e do grau de ele- terapêutica, a avaliação clínica e os testes de fun-
vação do TSH, devendo ser adaptado individual- ção tireoidiana devem ser realizados regularmen-
mente. Os benefícios da terapia com levotiroxi- te para garantir a identificação precoce das crian-
na são claros para as formas graves de HSC; no ças que podem se beneficiar do tratamento.

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Hipotireoidismo Subclínico

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Diretoria Plena
Triênio 2022/2024

PRESIDENTE: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Anamaria Cavalcante e Silva (CE) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETOR: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Camila dos Santos Salomão
1º VICE-PRESIDENTE: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA ADJUNTA: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Ana Luiza Velloso da Paz Matos
2º VICE-PRESIDENTE: Sidnei Ferreira (RJ) Claudio Hoineff (RJ) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Anamaria Cavalcante e Silva
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL
SECRETÁRIO GERAL: MEMBROS: Donizetti Dimer Giambernardino (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Gilberto Pascolat (PR) Renata Belém Pessoa de Melo Seixas
1º SECRETÁRIO: Paulo Tadeu Falanghe (SP) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) À DISTÂNCIA Carolina Strauss Estevez Gadelha
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
2º SECRETÁRIO:
Anenisia Coelho de Andrade (PI) Edson Ferreira Liberal (RJ) Valéria Granieri de Oliveira Araújo
Rodrigo Aboudib Ferreira (ES)
Isabel Rey Madeira (RJ) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
3º SECRETÁRIO: Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) DO MARANHÃO
Fábio Ancona Lopez (SP)
Claudio Hoineff (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Marynea Silva do Vale
DIRETORIA FINANCEIRA: Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO: Márcia Gomes Penido Machado
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Renato Soibelmann Procianoy (RS) MS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO DO SUL
DIRETORIA CIENTÍFICA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) MEMBROS: Carmen Lúcia de Almeida Santos
DIRETOR: Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Dirceu Solé (SP) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino (PR) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
DIRETORIA CIENTÍFICA - ADJUNTA João Guilherme Bezerra Alves (PE)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Luciana Rodrigues Silva (BA) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS: Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA
Dirceu Solé (SP) Maria do Socorro Ferreira Martins
COORDENADORES REGIONAIS Dirceu Solé (SP)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
NORTE: Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO
GRUPOS DE TRABALHO Alexsandra Ferreira da Costa Coelho
Adelma Alves de Figueiredo (RR) EDITORES REVISTA
Dirceu Solé (SP)
NORDESTE: Residência Pediátrica PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Marynea Silva do Vale (MA) Ramon Nunes Santos
MÍDIAS EDUCACIONAIS EDITORES CIENTÍFICOS:
SUDESTE: PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA
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SUL: Rosana Alves (ES) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EDITORA ADJUNTA: Cláudio Hoineff
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RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO-OESTE: PROGRAMAS NACIONAIS DE ATUALIZAÇÃO CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
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COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Danilo Blank (RS)
TITULARES: Tulio Konstantyner (SP) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
Claudia Bezerra Almeida (SP) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Mareny Damasceno Pereira
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Renata Dejtiar Waksman (SP)
Marisa Lages Ribeiro (MG) NEONATOLOGIA - PRORN RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL
Renato Soibelmann Procianoy (RS) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Sérgio Luis Amantéa
Marynea Silva do Vale (MA) Angelica Maria Bicudo (SP)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Clea Rodrigues Leone (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
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Werther Bronow de Carvalho (SP) Cláudio Leone (SP) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
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Silvio da Rocha Carvalho (RJ) EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA - PROEMPED MEMBROS: TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA
Sulim Abramovici (SP) Hany Simon Júnior (SP) Rosana Alves (ES) Ana Mackartney de Souza Marinho
Gilberto Pascolat (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Lucia Ferreira (RJ)
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Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Alergia
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COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
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TRATADO DE PEDIATRIA
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MEMBROS: Claudio Barssanti (SP) • Neurologia
DIRETORA:
Clovis Francisco Constantino (SP) - Licenciado Marynea Silva do Vale (MA) • Nutrologia
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Liana de Paula Medeiros de A. Cavalcante (PE) • Oncologia
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) MEMBROS: • Otorrinolaringologia
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES • Pediatria Ambulatorial
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Paulo César Guimarães (RJ) COORDENADOR: • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
Sidnei Ferreira (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) Lelia Cardamone Gouveia (SP) • Pneumologia
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Paulo Tadeu de Mattos Prereira Poggiali (MG) • Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas
MUSEU DA PEDIATRIA na Infância e Adolescência
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA OBTENÇÃO DO COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL (MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA)
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) • Reumatologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO COORDENAÇÃO: • Saúde Escolar
SERIADA Ruth Guinsburg (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Sono
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO MEMBROS: • Suporte Nutricional
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Mario Santoro Junior (SP) • Toxicologia e Saúde Ambiental
Luciana Cordeiro Souza (PE) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Sidnei Ferreira (RJ) GRUPOS DE TRABALHO
MEMBROS: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Jeferson Pedro Piva (RS) • Atividade física
João Carlos Batista Santana (RS)
COORDENAÇÃO GERAL: • Cirurgia pediátrica
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Criança, adolescente e natureza
Ricardo Mendes Pereira (SP) COORDENAÇÃO: • Doença inflamatória intestinal
Mara Morelo Rocha Felix (RJ) COORDENAÇÃO OPERACIONAL:
Nilza Maria Medeiros Perin (SC) Claudio Barsanti (SP) • Doenças raras
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Drogas e violência na adolescência
Renata Dejtiar Waksman (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Educação é Saúde
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS MEMBROS: Paulo Tadeu Falanghe (SP) • Imunobiológicos em pediatria
Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Sergio Augusto Cabral (RJ) • Metodologia científica
Marcia de Freitas (SP) AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA • Oftalmologia pediátrica
Nelson Grisard (SC) Ana Isabel Coelho Montero
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA • Ortopedia pediátrica
Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA
Ricardo do Rego Barros (RJ) • Pediatria e humanidades
PORTAL SBP Marcos Reis Gonçalves • Políticas públicas para neonatologia
INTERCÂMBIO COM OS PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA Clovis Francisco Constantino (SP) AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA • Saúde mental
Marcela Damasio Ribeiro de Castro (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Adriana Távora de Albuquerque Taveira • Saúde digital

www.sbp.com.br
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