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Conceito:

O processo administrativo são as atividades da Administração Pública que tem como objetivo alcançar fins
específicos previstos em lei. Sem o processo administrativo, as ações do Estado não seriam regulares,
uniformes e baseados em princípios legais que as dão sustentação.

Para que serve o processo administrativo?

Sem o processo administrativo e a sua respectiva lei, as decisões


administrativas do Estado, que tem por objetivo final a validação das leis e a sua
aplicação direta, seria descoordenada, arbitrária e autocrática, fazendo com que
os administrados – a sociedade – não tivesse consciência de como o poder do
Estado opera. Assim, tendo uma lei específica que dita como devem funcionar
os procedimentos administrativos do Estado, de quem é a competência de cada
coisa e como cada instituição pública deve funcionar com a finalidade de
executar os fins necessários para a organização pública da nação, a
organização da mesma e sua previsibilidade são preservadas.

Legislação sobre o processo administrativo

As funções da Lei de Processo Administrativo, então, são as de criar uma carta


de identidade e princípios da Administração Pública, estipular um núcleo de
ordenamento jurídico dentro da administração do Estado e definir um estatuto
da cidadania administrativa. A Lei é segmentada em 18 capítulos que elucidam
como são realizados os procedimentos e processos administrativos, estipulando
competências, prazos e etapas, com o objetivo de proteger os direitos da
sociedade e a padronizar o cumprimento dos fins dos procedimentos.

Princípios

Devido processo legal


O princípio do devido processo legal afirma que ninguém deve ser privado de
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Numa situação onde o
processo administrativo lida com uma lide, uma disputa judicial entre um
administrado e a Administração Pública, por exemplo, o princípio do devido
processo legal tem como objetivo limitar o poder do Estado e assegurar que a
disputa não seja arbitrária, preservando o direito de ambas as partes.
Contraditório e ampla defesa:

Dentro de uma disputa judicial, o princípio do contraditório e da ampla defesa


garante às partes o direito de questionar tudo o que for alegado pela outra parte,
utilizando de todos os métodos legais cabíveis para manifestar defesa contra as
acusações.

Esse é mais um princípio que tem como objetivo preservar os direitos dos
administrados (a sociedade) e dos administradores, garantindo a ambos a
possibilidade de discordar de acusações e se defender, pelos métodos legais,
das mesmas.
Legalidade
A Administração Pública e, num todo, todo o aparato que legitima o poder do
Estado, precisa operar única e exclusivamente na legalidade.

Isso significa que todos os órgãos, entidades e autoridades públicas têm suas
funções, tarefas e atribuições limitadas à lei. As atividades administrativas
estão inclusas nisso.

Motivação
O princípio da motivação, na Administração Pública, tem como objetivo obrigar a
todos órgãos, entidades e autoridades que formam a Administração Pública a
tornar explícitos os fundamentos legais que os fazem tomar decisões.

Toda a Administração Pública é obrigada a explicar, para todas as partes


interessadas, quais são os fundamentos do Direito que baseiam as suas
decisões, atos e procedimentos.

Oficialidade
Esse princípio do Direito dá autonomia ao trabalho das partes da Administração
Pública.

É a oficialidade que permite que os membros administrativos do Estado ajam de


forma autônoma, sem a necessidade de que um administrado entre com um
requerimento para que os processos comecem para que se alcancem os efeitos
finais previstos em lei.

Gratuidade
Por último, o princípio da gratuidade, como o nome já diz, estipula que todas as
relações processuais da Administração Pública não podem ser cobradas dos
administrados.

Todas as relações administrativas do Estado com os administrados devem,


portanto ser gratuitas. As únicas cobranças processuais válidas são aquelas que
são previstas em lei específica.

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