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em Centro Cirúrgico
Autora: Profa. Laura Dumbra
Colaboradoras: Profa. Renata Guzzo
Profa. Raquel Machado Coutinho
Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano
Professora conteudista: Laura Dumbra
Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia São José – Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo. Mestre em Enfermagem em Saúde do Adulto, com ênfase em Saúde Ambiental, pela
Universidade Guarulhos. Especialista em Administração Hospitalar pela Faculdade de Administração Hospitalar.
Docente de cursos de graduação e pós‑graduação de Enfermagem em Saúde do Adulto, Saúde Ambiental, Centro
Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de Material e Esterilização, Saúde do Adulto e do Idoso, Prevenção e
Controle de Infecção Relacionada a Assistência de Saúde e Biossegurança em universidades da Grande São Paulo.
Sua carreira profissional iniciou‑se na Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, como enfermeira do Departamento
de Vigilância Sanitária. Atuou como enfermeira supervisora de unidades de internação, enfermeira assistencial no
cuidado ao adulto, e em educação continuada/permanente. Foi enfermeira assistencial, chefe e coordenadora de bloco
cirúrgico (unidades de centro cirúrgico, recuperação anestésica e central de material e esterilização) em hospitais
particulares no estado de São Paulo.
CDU 616-083
U507.30 – 20
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Talita Lo Ré
Ricardo Duarte
Sumário
Enfermagem em Centro Cirúrgico
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................9
Unidade I
1 UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO: ESTRUTURA FÍSICO‑FUNCIONAL,
ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA....................................................................................................... 11
1.1 Definições e objetivos do centro cirúrgico................................................................................. 11
1.2 Localização e estrutura física........................................................................................................... 12
1.2.1 Estrutura física.......................................................................................................................................... 12
1.3 Classificação das áreas e do fluxo da instituição hospitalar e da unidade
de centro cirúrgico....................................................................................................................................... 13
1.4 Recomendações para arquitetura e área física......................................................................... 14
1.5 Equipamentos......................................................................................................................................... 16
2 RECURSOS HUMANOS E O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO....................... 23
3 DETERMINANTES CLASSIFICATÓRIOS E OPERACIONALIZAÇÃO DA UNIDADE........................ 29
3.1 Classificação das fases cirúrgicas................................................................................................... 29
3.1.1 Fase pré‑operatória mediata e imediata........................................................................................ 30
3.1.2 Fase intraoperatória ou transoperatória........................................................................................ 31
3.1.3 Fase pós‑operatória imediata e mediata....................................................................................... 31
3.2 Terminologia cirúrgica........................................................................................................................ 32
3.3 Classificação do tratamento cirúrgico.......................................................................................... 34
3.3.1 Classificação quanto ao momento operatório............................................................................ 34
3.3.2 Classificação quanto à finalidade da cirurgia a ser realizada................................................ 35
3.3.3 Classificação quanto ao potencial de contaminação............................................................... 36
4 OPERACIONALIZAÇÃO DA UNIDADE........................................................................................................ 36
4.1 Tempos cirúrgicos ou operatórios.................................................................................................. 36
4.1.1 Primeiro tempo cirúrgico (diérese)................................................................................................... 37
4.1.2 Segundo tempo cirúrgico (hemostasia)......................................................................................... 37
4.1.3 Terceiro tempo cirúrgico (cirurgia propriamente dita, tempo principal ou exérese)... 38
4.1.4 Quarto tempo cirúrgico (síntese ou sutura cirúrgica).............................................................. 38
4.2 Sistematização de Assistência de Enfermagem Perioperatória (Saep)............................ 39
4.2.1 Desenvolvimento da Saep.................................................................................................................... 40
Unidade II
5 FATORES DE RISCO CIRÚRGICO................................................................................................................. 45
5.1 Evolução histórica................................................................................................................................. 45
5.2 Infecção hospitalar............................................................................................................................... 46
5.3 Infecção do sítio cirúrgico ................................................................................................................ 47
5.4 Fatores predisponentes a infecção hospitalar e infecção do sítio cirúrgico................. 48
5.4.1 O próprio paciente.................................................................................................................................. 48
5.4.2 A agressão diagnóstica e terapêutica.............................................................................................. 49
5.4.3 O ambiente hospitalar ou da instituição....................................................................................... 49
5.4.4 A equipe cirúrgica.................................................................................................................................... 50
5.4.5 A equipe de enfermagem..................................................................................................................... 50
5.4.6 A equipe anestésica................................................................................................................................ 50
5.5 Profilaxia no preparo pré‑operatório do paciente................................................................... 51
5.6 Profilaxia no preparo da equipe cirúrgica................................................................................... 51
5.7 Profilaxia no cuidado intraoperatório do paciente................................................................. 52
6 RECURSOS PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO .................... 52
6.1 Unidade de eletrocirurgia.................................................................................................................. 52
6.2 Agulhas e fios cirúrgicos.................................................................................................................... 54
6.3 Paramentação cirúrgica...................................................................................................................... 55
6.3.1 Escovação de mãos e antebraços...................................................................................................... 56
6.3.2 Paramentação cirúrgica........................................................................................................................ 56
6.3.3 Colocação de aventais e luvas estéreis........................................................................................... 57
6.3.4 Campos estéreis........................................................................................................................................ 57
6.4 Instrumental cirúrgico e montagem da mesa........................................................................... 58
6.5 Montagem da sala cirúrgica pelo circulante de sala.............................................................. 58
6.6 Posicionamento cirúrgico.................................................................................................................. 60
6.6.1 Avaliação do paciente no pré‑operatório...................................................................................... 61
6.6.2 Implementação de cuidados bem‑sucedidos............................................................................... 62
6.7 Avaliação pré‑operatória em pacientes cirúrgicos.................................................................. 62
6.7.1 Disfunção pulmonar: avaliação do grau de disfunção em pacientes de alto risco...... 63
6.7.2 Classificação ASA..................................................................................................................................... 64
6.7.3 Preparos cirúrgicos.................................................................................................................................. 65
Unidade III
7 ANESTESIA........................................................................................................................................................... 67
7.1 Breve histórico........................................................................................................................................ 67
7.2 Princípios básicos.................................................................................................................................. 68
7.2.1 Considerações para a escolha da anestesia.................................................................................. 69
7.3 Fases de aplicação da anestesia geral........................................................................................... 69
7.4 Tipos de anestesia................................................................................................................................. 72
7.4.1 Anestesia geral.......................................................................................................................................... 72
7.4.2 Anestesia parcial...................................................................................................................................... 75
8 RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA....................................................................................................................... 80
8.1 Estrutura físico‑funcional, organizacional e administrativa .............................................. 80
8.1.1 Definições e objetivos da recuperação anestésica..................................................................... 80
8.1.2 Planta física .............................................................................................................................................. 81
8.1.3 Recursos humanos.................................................................................................................................. 84
8.2 Assistência na RA.................................................................................................................................. 86
8.2.1 Complicações pós‑operatórias e ações de enfermagem......................................................... 88
8.2.2 Soluços......................................................................................................................................................... 92
8.2.3 Náuseas e vômitos.................................................................................................................................. 93
8.2.4 Complicações respiratórias.................................................................................................................. 95
8.2.5 Complicações cardiovasculares.......................................................................................................... 98
8.2.6 Hemorragia................................................................................................................................................. 99
8.2.7 Temperatura anormal...........................................................................................................................102
8.2.8 Choque hipovolêmico..........................................................................................................................104
APRESENTAÇÃO
O livro‑texto aqui apresentado pretende, com base em uma reflexão teórica, levar ao acadêmico
conhecimentos que o capacitem para a administração da assistência de enfermagem prestada ao
indivíduo nas dimensões biológica, psicológica e social, envolvendo os cuidados realizados direta e
indiretamente no ambiente cirúrgico, nos tempos pré‑operatório, intraoperatório e pós‑operatório.
Os objetivos principais deste material são dois: em primeiro lugar, desenvolver o conhecimento
operacional do serviço do centro cirúrgico de forma que o aluno, quando em exercício, possa melhor
planejar, dirigir e avaliar tanto a assistência de enfermagem prestada como o pessoal e os métodos de
trabalho; em segundo, ressaltar a importância da assistência de enfermagem prestada ao cliente pelos
alunos por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (Saep), ampliando o
conhecimento a respeito do paciente (e dos cuidados necessários) para uma melhor compreensão de
suas reações físicas, psicológicas e sociais diante de uma cirurgia.
Vale ressaltar que, para que o acadêmico desenvolva as habilidades indispensáveis à sua função, é
importante que ele desempenhe adequadamente as seguintes tarefas: identificar os insumos necessários
para a prestação de cuidados no período perioperatório; refletir, em conjunto com a equipe cirúrgica, sobre
a função da equipe de enfermagem na prestação de cuidados; compreender a importância das unidades
de apoio técnico e administrativo na implementação da assistência de enfermagem sistematizada (Saep);
formular diagnósticos de enfermagem para problemas relacionados ao procedimento cirúrgico e anestésico
que se apresentem nas fases de pré‑operatório, intraoperatório e pós‑operatório; elaborar uma assistência
integral ao paciente cirúrgico no transoperatório; utilizar a Saep como ferramenta para o planejamento
dos cuidados de enfermagem no transoperatório; desenvolver capacidade analítica e atitude ética diante
de problemas enfrentados durante a administração do cuidado de enfermagem ao paciente gravemente
enfermo; refletir criticamente sobre os problemas identificados no período perioperatório; participar da
elaboração de procedimentos operacionais padrões a serem utilizados na sistematização do cuidado de
enfermagem no período perioperatório.
Cada unidade do livro‑texto será desenvolvida com base em conceitos, definições e formas de atuação
do profissional enfermeiro durante a execução de suas atividades como gerenciador, administrador e
prestador de assistência, tanto aos pacientes que irão se submeter a um procedimento cirúrgico quanto
aos que estão em recuperação da anestesia após o procedimento ter sido realizado.
Bons estudos.
INTRODUÇÃO
Centro cirúrgico é uma unidade composta de elementos que determinarão sua caracterização
e funcionalidade. É considerada crítica e única no contexto hospitalar por possuir características
especializadas de que nenhuma outra unidade da instituição hospitalar dispõe.
Normalmente, essa unidade faz parte de um bloco maior, que inter‑relaciona as atividades pertinentes
a setores afins, como centro cirúrgico, recuperação anestésica e central de material e esterilização.
9
Por possuir capacitação para desenvolver ações de planejamento, coordenação, gerenciamento e
assistência nas unidades que compõem o bloco, o enfermeiro é o profissional atuante em todas as
atividades do bloco cirúrgico.
A unidade de centro cirúrgico não estaria completa se não recebesse suporte da central de material
e esterilização para utilizar instrumentos que garantam a qualidade e a segurança da execução das
cirurgias e tratamentos. Os materiais precisam estar desinfetados ou esterilizados para serem usados e,
para isso, dependem da central de material e esterilização.
A central de material e esterilização é uma unidade específica que garante o suporte necessário
não só ao centro cirúrgico mas a toda a instituição no que diz respeito à qualidade requerida para uma
assistência segura. Várias ações são desenvolvidas pela equipe de enfermagem nesse setor e envolvem
conhecimentos bastante específicos sobre as etapas de esterilização e desinfecção, assim como sobre a
validação de todo o processo que garante a qualidade desses procedimentos.
Neste livro, pretende‑se apresentar as principais informações sobre essas importantes unidades de
atendimento hospitalar e sobre o papel fundamental dos enfermeiros e de sua equipe. Estudaremos
também como cada uma dessas unidades está composta, sua organização físico‑funcional, os recursos
específicos e as ações de enfermagem desenvolvidas. Todos os dados e as informações aqui descritos são
baseados na literatura vigente sobre o assunto e, principalmente, estão fundamentados na legislação
que rege tais unidades.
Os textos reproduzidos neste livro foram compilados com base em bibliografias diversas sobre o
tema, como o manual de Práticas Recomendadas da Sobecc (2013), a RDC nº 50, de 21 de fevereiro de
2002, e a Lei nº 7.498/1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, além de
várias outras legislações pertinentes e publicações diversas, todas devidamente referenciadas na seção
final deste livro.
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Unidade I
1 UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO: ESTRUTURA FÍSICO‑FUNCIONAL,
ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA
A Portaria Ministerial nº 30, de 1977, aprova conceitos e definições referentes a normas de instalações
em unidades de saúde e afirma que a unidade de centro cirúrgico é um conjunto de elementos que se
destinam a atividades cirúrgicas e de recuperação anestésica.
A Portaria Ministerial nº 400, de 1983, revogada pela Portaria nº 1.884, de 1994, e posteriormente
pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, conceitua centro cirúrgico
como unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como à recuperação
pós‑anestésica e pós‑operatória imediata; pode ser considerada uma organização complexa em razão
de suas características de assistência especializada.
Saiba mais
• proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado dentro das
condições ideais, em termos de técnica e assepsia, sem riscos para o paciente usuário do setor;
11
Unidade I
O centro cirúrgico deve possuir uma área que seja isolada da circulação geral e onde o trânsito de
pessoas e materiais seja controlado, evitando‑se, assim, a propagação de microrganismos (possíveis
causadores de infecção). A unidade deve possuir ainda acesso facilitado para unidades emergenciais,
como UTIs e prontos‑socorros.
De acordo com as práticas recomendadas pela Association of periOperative Registered Nurses (Aorn),
a planta física dessa unidade deve proporcionar barreiras que minimizem a entrada de microrganismos.
• rouparia;
Lembrete
Observação
De modo geral, as áreas ou superfícies fixas (pisos, paredes, tetos, portas, mobiliários e equipamentos)
não representam riscos significativos na transmissão de infecções no ambiente hospitalar. No entanto,
áreas que permanecem úmidas ou molhadas por muito tempo facilitam a proliferação de microrganismos
gram‑negativos e fungos, enquanto superfícies empoeiradas favorecem a reprodução de microrganismos
gram‑positivos.
Os diferentes ambientes que compõem a planta física de um hospital podem ser classificados em:
• áreas não críticas: aquelas não ocupadas por pacientes ou às quais estes não têm acesso, áreas
de uso comum e circulação livre, bem como os setores semelhantes aos que existem em qualquer
edifício aberto ao público;
13
Unidade I
• áreas críticas: aquelas que abrigam pacientes com baixa resistência imunológica, ou em que
se realizam cirurgias e partos, ou, ainda, nas quais é maior a possibilidade de contato com
microrganismos patogênicos. Dois critérios norteiam a definição de áreas críticas:
• áreas contaminadas: superfícies que entram em contato direto com matérias orgânicas (sangue,
secreções e excreções), independentemente da sua localização na estrutura hospitalar.
O fluxo de circulação adequado ajuda a conter e diminuir os riscos de contaminação, que podem ser
ocasionados por materiais já utilizados, dejetos de pacientes, instrumentais cirúrgicos (tanto os sujos
quanto os limpos), trânsito de pessoas devidamente paramentadas etc.
De acordo com as recomendações da Aorn, é importante que existam três áreas devidamente
designadas dentro do centro cirúrgico:
• área irrestrita ou não restrita: área de circulação geral e livre para pacientes, profissionais e
acompanhantes, em que não há necessidade de roupas apropriadas e privativas;
• área semirrestrita: localizada após a passagem pelo vestiário de barreira. Nela, tanto profissionais
quanto pacientes devem estar devidamente paramentados para circular (profissionais com roupa
privativa do centro cirúrgico e pacientes com camisola e gorro descartável);
• área restrita: área que se destina ao atendimento cirúrgico dos pacientes, ou seja, a sala cirúrgica
quando o paciente se encontra posicionado na mesa ou quando materiais estéreis já estão sendo
manipulados. Além da roupa privativa do centro cirúrgico, devem‑se usar máscaras e seguir
rigorosamente as técnicas assépticas (para evitar infecções).
Veja a seguir as principais recomendações legais para a área física do centro cirúrgico segundo a
RDC nº 50/2002.
• Corredores: largura mínima de 2 metros, não podendo ser usados como área de estacionamento
de carrinhos ou outros equipamentos.
• Rampa ou elevador: EAS com dois ou mais pavimentos, onde sejam feitas cirurgias de tipo não
ambulatorial, partos cirúrgicos ou trabalhe‑se com anestesia geral, deverá dispor de rampa ou
elevador para transporte de pacientes em maca.
14
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• Ralos: é proibida a instalação de ralos em todos os ambientes onde os pacientes são examinados
ou tratados.
• Lavabos cirúrgicos: devem possuir torneiras com comandos que dispensem o uso das mãos para
o fechamento da água, não sendo recomendado sistema de pressão com temporizador.
• Acabamentos de pisos, tetos e paredes: devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes.
Os materiais escolhidos para acabamento devem proporcionar às superfícies monolíticas o
menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o uso e a limpeza frequentes.
Vale ressaltar que tintas à base de epóxi, PVC ou poliuretano podem ser usadas, mas, como
dito anteriormente, devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes e não serem
aplicadas com pincel.
— Piso: deve ser de cor que facilite a limpeza, de material resistente ao calor, ao
impacto, à umidade e a soluções corrosivas, não poroso e sem rejuntes absorvíveis.
Não pode ultrapassar 4% de absorção (por exemplo, cimento sem qualquer aditivo
antiabsorvente), deve ter boa condutibilidade elétrica (eletricidade estática –
aterramento) e não refletir luz.
— Rodapé: a junção entre piso, parede e rodapé deve permitir total limpeza do canto formado
(arredondamento acentuado é de difícil execução e nem sempre facilita a limpeza). Deve estar
alinhado de modo a não ter ressaltos entre o rodapé e a parede, evitando, assim, o acúmulo de
sujeira em um local de difícil limpeza.
— Paredes: devem ser lisas, planas e sem saliências, de material durável e lavável, resistente à
umidade e a produtos desinfetantes, com uma cor que diminua a reverberação luminosa.
— Forro: é proibido forro falso removível; deve ser lavável, acústico (para diminuir ruídos),
contínuo e com placas fixas.
• Portas, janelas e iluminação: material lavável, durável e de boa qualidade, resistente, não poroso.
— Portas: preferencialmente de correr ou tipo vaivém, com visor, sem maçanetas ou com
maçanetas do tipo alavanca ou similares.
— Janelas e iluminação: janelas lacradas, com sistema de persiana embutida entre vidros ou
similares. Iluminação por meio de lâmpadas fluorescentes e foco cirúrgico (nas salas de
operação). Salas de apoio podem contar com iluminação externa através de janelas (lacradas).
15
Unidade I
1.5 Equipamentos
Os equipamentos da unidade de centro cirúrgico podem ser classificados em móveis, fixos e especiais
ou adicionais. Vejamos a descrição de alguns desses equipamentos.
Equipamentos fixos são aqueles adaptados à estrutura física da unidade. Normalmente encontram‑se
nas salas cirúrgicas, nas salas de recuperação anestésica e nas salas de apoio ou área administrativa.
• foco central;
• negatoscópios;
• colunas retráteis.
Equipamentos móveis são aqueles que podem ser deslocados de uma área ou sala para outra com a
finalidade de atender o planejamento das cirurgias programadas e outras necessidades do setor.
• mesas auxiliares para apoio de instrumentais, materiais e roupas usados em cirurgias (mesas de Mayo);
• unidade de eletrocirurgia;
• aspirador de secreções;
• bancos giratórios;
• hampers;
• estrados.
16
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• focos auxiliares;
• microscópio;
• aparelho de raios X;
• balança;
• lipoaspirador;
• eletrocautérios;
• outros.
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Unidade I
Lembrete
Saiba mais
Exemplo de aplicação
I. aplicação da norma;
II. responsabilidades;
18
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
III. objetivos;
VI. critérios para projetos de EAS (escadas, rampas e elevadores; acabamentos de paredes, pisos,
tetos, rodapés e forros).
Resolução
I. A norma se aplica a:
II. Responsabilidades:
III. Objetivos:
19
Unidade I
ATIVIDADES
4.1‑Patologia clínica
[...]
4.2‑Imagenologia
[...]
4.3‑Métodos gráficos
[...]
4.4‑Anatomia patológica
[...]
[...]
20
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
21
Unidade I
[...]
ATIVIDADES
[...]
ATIVIDADES
[...]
VI. Critérios para projetos de EAS (escadas, rampas e elevadores; acabamentos de paredes, pisos,
tetos, rodapés e forros):
[...]
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Corredores: largura mínima de 2 metros, não podendo ser usados como área de estacionamento de
carrinhos ou outros equipamentos.
Rampa ou elevador: EAS com dois ou mais pavimentos, onde sejam feitas cirurgias de tipo não
ambulatorial, partos cirúrgicos ou trabalhe‑se com anestesia geral, deverá dispor de rampa ou elevador
para transporte de pacientes em maca.
Acabamentos de pisos, tetos e paredes: devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes.
Os materiais escolhidos para acabamento devem proporcionar às superfícies monolíticas o menor
número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o uso e a limpeza frequentes. Vale ressaltar que
tintas à base de epóxi, PVC ou poliuretano podem ser usadas, mas, como dito anteriormente, devem ser
resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes e não serem aplicadas com pincel.
Piso: deve ser de cor que facilite a limpeza, de material resistente ao calor, ao impacto, à umidade
e a soluções corrosivas, não poroso e sem rejuntes absorvíveis. Não pode ultrapassar 4% de absorção
(por exemplo, cimento sem qualquer aditivo antiabsorvente), deve ter boa condutibilidade elétrica
(eletricidade estática – aterramento) e não refletir luz.
Rodapé: a junção entre piso, parede e rodapé deve permitir total limpeza do canto formado (arredondamento
acentuado é de difícil execução e nem sempre facilita a limpeza). Deve estar alinhado de modo a não ter
ressaltos entre o rodapé e a parede, evitando, assim, o acúmulo de sujeira em um local de difícil limpeza.
Paredes: devem ser lisas, planas e sem saliências, de material durável e lavável, resistente à umidade
e a produtos desinfetantes, com uma cor que diminua a reverberação luminosa.
Forro: é proibido forro falso removível; deve ser lavável, acústico (para diminuir ruídos), contínuo e
com placas fixas.
O setor deve ser organizado e gerenciado por um profissional enfermeiro, que deve ter como
referencial: manuais operacionais, gerenciais e técnicos; regulamentos da instituição e do setor; e
instrumentos administrativos que norteiem as diversas atividades desenvolvidas.
23
Unidade I
É importante lembrar que a interação entre as equipes constitui fator relevante na operacionalização
do trabalho e nas tomadas de decisão que se fizerem necessárias.
• contribuir e promover a recuperação ou melhora física do paciente por meio de tratamento cirúrgico;
– cumprir as normas estabelecidas pelo setor de CCIH e orientar sobre elas a todos que atuem
no centro cirúrgico;
– zelar por um ambiente cirúrgico seguro para pacientes, colaboradores e equipes usuárias
do setor;
– participar de reuniões convocadas por seu enfermeiro (ou sempre que solicitado);
– manter‑se atualizado com o mapa cirúrgico diário para a sala cirúrgica sob sua
responsabilidade;
27
Unidade I
– manter‑se atualizado e ciente das cirurgias marcadas para a sala cirúrgica sob sua responsabilidade;
– verificar e solicitar, sempre que necessário, a limpeza de paredes e do piso da sala de operação;
A unidade de centro cirúrgico também pode contar com a presença funcional do auxiliar
administrativo. Por executar apenas ações burocráticas, atuando sobretudo em escrituração e na
secretaria da unidade, não se exige formação profissional na área da saúde para o desempenho dessa
função. São exemplos de incumbências do auxiliar administrativo:
• auxiliar o enfermeiro e as equipes nas ações e atividades administrativas que se fizerem necessárias.
Após entender como a unidade de centro cirúrgico é definida e composta (em termos de estrutura
física, funcional e organizacional, recursos materiais e humanos), podemos agora compreender melhor
seu funcionamento.
O paciente que irá se submeter a uma cirurgia passará por três fases bem definidas. O preparo se dá na
fase pré‑operatória, a execução do tratamento em si ocorre na fase intraoperatória (ou transoperatória)
e a recuperação acontece na fase pós‑operatória.
29
Unidade I
Observação
Para uma adequada preparação cirúrgica, é necessário ter conhecimento dos seguintes fatores
envolvidos no caso:
• hora da cirurgia;
• medicação pré‑anestésica;
30
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
A fase intraoperatória tem início quando o cliente entra na unidade de centro cirúrgico e
termina quando é transferido para a sala de recuperação anestésica (SRA). É nessa fase que
ocorrem o ato cirúrgico e a execução de toda a preparação efetuada nas fases anteriores, ou
seja, pré‑operatório mediato e imediato. Para a realização de uma cirurgia é necessária uma
série de preparos e rituais que irão auxiliar e facilitar os procedimentos, evitando uma possível
infecção.
Saiba mais
O pós‑operatório imediato tem seu início com o término da cirurgia e a entrada do paciente
na sala de recuperação anestésica, para onde é levado ainda sob efeito anestésico. O paciente
deve permanecer por, no mínimo, uma hora nessa unidade e, assim que adquirir condições
de alta, ser encaminhado ao seu leito de origem. A fase de pós‑operatório imediato termina
24 horas após o fim da cirurgia, quando começa a fase de pós‑operatório mediato, a qual se
estende até a alta cirúrgica.
31
Unidade I
Observação
Dá‑se o nome de terminologia cirúrgica ao conjunto de palavras e expressões próprias à área e que
expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção cirúrgica a ser realizada para o tratamento
do paciente. Em outras palavras, a terminologia permite identificar corretamente o procedimento a ser
realizado, determinando como e em que segmento corpóreo se dará a prática.
Na terminologia cirúrgica a maioria dos termos são formados por um prefixo (raiz), que designa a
parte do corpo relacionada com a cirurgia, e por um sufixo, que indica o ato cirúrgico realizado. Veja o
exemplo a seguir.
Vale observar que nem todos os procedimentos cirúrgicos seguem essa regra, recebendo alguns
denominações especiais, muitas vezes provenientes do nome do profissional que idealizou a técnica
cirúrgica em questão (também chamada, por isso, de epônimo). Existem ainda outros termos
especiais que não seguem as regras anteriormente descritas. No entanto, o nome da maioria das
cirurgias pode ser definido associando‑se o prefixo referente à parte do corpo com o sufixo que
designa o tipo de procedimento.
• stomia: abertura de um conduto entre o meio interno e o meio externo do corpo, abertura de uma
nova comunicação ou nova boca;
• scopia: visualização do interior do corpo por meio de um instrumento ótico, visualização essa
executada através de orifícios naturais ou produzidos cirurgicamente;
Alguns exemplos de terminologia cirúrgica que seguem a regra prefixo (raiz) + sufixo (tipo
de procedimento):
Alguns exemplos de terminologia que não segue a regra prefixo (raiz) + sufixo (tipo de procedimento):
• anastomose: comunicação cirúrgica, conexão, junção e sutura de dois órgãos ou segmentos vasculares;
Por fim, alguns exemplos de epônimos (quando o nome da técnica cirúrgica provém de uma pessoa,
quase sempre seu criador):
• cirurgia de Bassini: hernioplastia inguinal que une o tendão conjunto ao ligamento inguinal.
Na unidade de centro cirúrgico pode ser feita uma primeira classificação do procedimento cirúrgico
– segundo Silva, Rodrigues e Cezareti (1997), é possível classificá‑lo quanto a:
• momento operatório;
• potencial de contaminação.
• Emergência: é a situação que, pela gravidade do quadro clínico apresentado pelo paciente, exige
intervenção cirúrgica imediata, isto é, o paciente precisa ser operado imediatamente. Exemplos:
hemorragia, perfuração de vísceras (por trauma, por arma branca ou de fogo) e lesões hemorrágicas
em órgãos vitais.
• Urgência: nesse caso a intervenção cirúrgica é mediata; o estado clínico do paciente é grave e
exige a intervenção cirúrgica, mas podem‑se aguardar algumas horas (nas quais o paciente é
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
mantido sob avaliação clínica e laboratorial e sob observação constante). É importante destacar
que o procedimento deverá ser realizado num intervalo de 24 a 72 horas, no máximo. Exemplo:
abdome agudo inflamatório.
• Eletiva: é o tratamento cirúrgico que pode ser agendado para um momento conveniente para
cirurgião, paciente e instituição. O quadro clínico do paciente é estável e controlado. Exemplos:
varizes dos membros inferiores e cirurgias plásticas.
Lembrete
Devemos entender que, em princípio, as cirurgias possuem finalidade curativa: em sua maioria,
objetivam a cura do cliente quando o tratamento clínico não é indicado ou não surte mais efeito. No
entanto, outras finalidades podem estar presentes, algumas delas não buscando necessariamente
a cura.
Silva, Rodrigues e Cezareti (1997) propõem que o ato cirúrgico seja categorizado, segundo sua
finalidade, como paliativo, radical, plástico ou diagnóstico.
• Radical: tratamento cirúrgico por intermédio do qual é feita a remoção parcial ou total de um
órgão ou segmento corporal. Exemplos: hepatectomia parcial e amputação de membro inferior.
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Unidade I
As cirurgias também podem ser classificadas quanto ao seu potencial de contaminação. Deve‑se
fazer essa classificação antes de o paciente ser submetido ao tratamento cirúrgico, e ela pode ser
alterada, caso necessário, ao término da cirurgia.
O Ministério da Saúde (BRASIL,1998), por meio do anexo II, item 3, da Portaria nº 2.616, classifica as
cirurgias, segundo o potencial de contaminação, da seguinte forma.
• Cirurgias infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão
em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas
de origem suja. Exemplo: nefrectomia com infecção purulenta.
4 OPERACIONALIZAÇÃO DA UNIDADE
Tempos cirúrgicos ou operatórios são manobras realizadas pelo cirurgião, do início até o
término do procedimento, com o objetivo de incisar planos anatômicos, paralisar, deter ou impedir
sangramentos, realizar a cirurgia propriamente dita ou executar o fechamento dos planos anatômicos
no ato cirúrgico. O processo tem início quando a cirurgia começa a ser executada e encerra‑se ao
término do procedimento.
Via de regra, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro tempos, a saber: diérese, hemostasia,
cirurgia propriamente dita (também chamado tempo principal ou exérese) e síntese (ou sutura). Em
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
alguns casos, no entanto, apenas um tempo cirúrgico faz‑se presente, como na abertura de um abscesso
ou na sutura de uma lesão.
Cabe ao enfermeiro identificar o tempo correto de cada cirurgia a fim de orientar sua equipe a
disponibilizar os materiais utilizados em cada etapa no momento em que eles se fizerem necessários.
O termo diérese significa dividir, separar, cortar. Em enfermagem, significa a separação dos planos
anatômicos ou tecidos que possibilita a abordagem de um órgão, região cavitária ou superfície corporal.
Pode ser mecânica (instrumentos cortantes) ou física (recursos especiais).
A diérese mecânica é realizada com o auxílio de material cortante, afastadores, tesouras, trépanos,
curetas ou dilatadores. Alguns exemplos:
• divulsão: afastamento dos tecidos nos planos anatômicos sem cortá‑los, com o uso de tesouras
de ponta romba ou afastadores;
A diérese física, por sua vez, é realizada por meio de temperatura ou radiação. São exemplos:
• crioterapia: resfriamento brusco e intenso da área em que será realizada a cirurgia (com
nitrogênio líquido);
Dá‑se o nome de hemostasia (hemo = sangue; stasis = deter) ao processo pelo qual se previne,
detém ou impede o sangramento. Pode ser feito por meio de:
• pinçamento de vasos;
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Unidade I
• ligadura de vasos;
• eletrocoagulação;
• compressão.
A hemostasia temporária é feita durante a intervenção cirúrgica com o objetivo de deter ou impedir
temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais, pinças).
4.1.3 Terceiro tempo cirúrgico (cirurgia propriamente dita, tempo principal ou exérese)
O tempo cirúrgico fundamental corresponde à etapa em que efetivamente é realizado o ato cirúrgico.
Nesse momento o cirurgião realiza o procedimento proposto para o tratamento do paciente, utilizando
materiais e instrumentais comuns (como pinças, tesouras e cânulas), mas também materiais especiais e
específicos (que devem ser providenciados previamente ao ato cirúrgico e de acordo com a necessidade
do tratamento); como exemplo desses materiais especiais, podemos citar próteses diversas.
A síntese cirúrgica (cuja etimologia remonta às ideias de junção e união) ou sutura consiste em
aproximar ou coaptar as bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecer a contiguidade do
processo de cicatrização. A síntese cirúrgica pode ser classificada em:
• imediata: trata‑se da aproximação ou coaptação das bordas da incisão feita imediatamente após
o término da cirurgia;
• mediata: corresponde à aproximação das bordas feita algum tempo após a cirurgia;
• completa: aproximação ou coaptação dos tecidos em toda a extensão da incisão cirúrgica, unindo
toda a borda da lesão, de uma extremidade à outra;
• incompleta: aproximação dos tecidos em quase toda a extensão da incisão, mantendo‑se nesse
caso uma pequena abertura para a colocação do dreno;
• incruenta: aproximação ou união dos tecidos com o auxílio de materiais que não fios cirúrgicos,
como gesso, cola cirúrgica, ataduras e adesivos cirúrgicos;
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• cruenta: consiste na coaptação, aproximação ou união dos tecidos realizada por meio de sutura
permanente ou removível, com a utilização de instrumentos apropriados, como agulhas e fios de
sutura;
• definitiva: é o nome dado à sutura quando os fios cirúrgicos não precisam ser removidos, pois
permanecem encapsulados no interior dos tecidos.
• a avaliação dos resultados do cuidado perioperatório, estabelecendo uma base de dados para
oferecer subsídios às mudanças.
Como vimos anteriormente, a Saep é composta de fases correlacionadas e bem definidas, descritas
a seguir.
• Pré‑operatório imediato
É o período que vai da véspera da cirurgia (internação do paciente) até o momento em que o
paciente chega ao centro cirúrgico, incluindo a visita pré‑operatória.
— estar a par dos problemas do paciente que possam interferir no procedimento cirúrgico e tudo
o que está relacionado a ele;
— levantamento de problemas, por meio do qual são detectadas as necessidades básicas alteradas
do paciente;
• Transoperatório ou intraoperatório
Envolve recepção, avaliação do paciente, breve exame físico na admissão no centro cirúrgico e
execução dos cuidados de enfermagem que foram determinados para o transoperatório.
• Recuperação anestésica
– sinais vitais;
– nível de consciência;
– posicionamento do paciente;
– resposta neuromuscular;
– infusão venosa;
– dores;
– escala de Aldrete e Kroulik (uma escala de avaliação de alta do paciente em recuperação anestésica).
— elaborar uma tabela para a anotação dos controles de sinais vitais: temperatura, pulso, PA,
respiração (frequência e saturação) e horário das verificações (lembrar de assinar);
– nome da cirurgia;
– anestesia recebida;
– nível de consciência;
– infusões venosas;
• Pós‑operatório imediato
— Envolve as primeiras 24 horas após a cirurgia. Pode ser prorrogado por até 48 horas para
realizar a visita pós‑operatória.
• Visita pós‑operatória
— evolução de enfermagem.
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• Documentação perioperatória
— registrar todos os cuidados prestados (serve como documento legal tanto para o paciente
quanto para o profissional que prestou os cuidados);
— entrevista com o paciente para descrição das condições físicas, clínicas e emocionais,
esclarecimento de dúvidas sobre o procedimento e registro das orientações prestadas ao
paciente e à família;
— avaliação pós‑operatória;
— orientações gerais;
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Unidade I
Resumo
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