TRABALHO DE CONCLUSÃO - 1º BIMESTRE DE 2021

Curso: PSICOLOGIA - Termos: 4º e 5º - Noturno - Módulo: Psicanálise

Disciplina: PSICODIAGNÓSTICO E PSICOPATOLOGIA APLICADA A TEORIA PSICANALÍTICA
Professora: Lilian de Almeida Gomes
Aluno: Samara Pacífico da Silva 5°termo
INSTRUÇÕES

1. Esse TRABALHO DE CONCLUSÃO é para fechamento do 1º Bimestre – Valendo 6 pontos.

2. O TCB é INDIVIDUAL, não serão aceitos plágios, cópias, trabalhos prontos, artigos prontos, exercícios prontos e etc.
3. Acessem os links (caso tenham vídeos no Gennera, vídeos aulas, materiais de apoio, etc..) e procedam as atividades.
4. Dúvidas, procurem os Professores da Disciplina – através dos meios disponibilizados pelos mesmos.
5. Atentem-se para o prazo de devolução dos trabalhos: até 09/04 às 23:59h;

1) Leia o Caso Clínico a seguir:

“João e Francisca, casados há 13 anos, tem dois filhos: Marcos, com 9 anos de idade, e
Antônio, com 6. Marcos frequenta o 4º ano do ensino fundamental de uma escola pública e,
há algum tempo, vem manifestando comportamento agressivo com os colegas e mostrando-
se desinteressado pelas atividades escolares, o que prejudicou seu desempenho escolar. A
professora relata que Marcos passou a agir dessa maneira depois de ter-se envolvido em
uma briga com alguns alunos mais velhos. Junto com a coordenadora da escola, os pais
foram chamados e foi solicitado um Psicodiagnóstico para compreenderem o que está
acontecendo com Marcos e quais os possíveis procedimentos para sanar este quadro.
O outro filho do casal, Antônio, está matriculado no 1º ano dessa mesma escola e, no início
do ano letivo, apresentou dificuldade de adaptação à escola e tem reclamado, com
frequência, que é excluído das brincadeiras por estar acima do peso.
Francisca dedica-se aos cuidados da família e da casa e, sempre que pode, auxilia os filhos
nas tarefas da escola. João trabalha em uma empresa.“

2) Elabore um Plano de Avaliação Diagnóstica, descrevendo os procedimentos que utilizaria

para a realização do mesmo, justificando suas escolhas. (NÃO esqueça de identificar sua
Hipótese Diagnóstica e descrever COMO buscaria elementos para confirmar ou refutar tal
hipótese)

Critérios para correção – 6 pontos: aplicação da teoria estudada e criatividade na

utilização e fundamentação dos instrumentos
Bom trabalho!!

1
Caso Marcos
Hipóteses
No que parece, Marcos está sofrendo, por uma sobrecarga de responsabilidade com o irmão novo.
Possivelmente, o desinteresse de Marcos, possa ter alguma ligação com a chegada de seu irmão Antônio na
escola, estando preocupado com ele por estar sofrendo bullying, podendo então, ter se envolvido em uma
briga com meninos mais velhos, com o objetivo de defender o irmão do bullying. Seu rendimento escolar pode
estar prejudicado por ele estar desviando sua atenção para o problema que o irmão vem passando na escola.
O pai das crianças por trabalhar em uma empresa, provavelmente deve ter pouco tempo para se dedicar a
eles, sobrando tudo para mãe, que faz como pode, sendo assim, ambos podem estar deixando passar
despercebido que os filhos estão enfrentando problemas na escola e precisando de ajuda.
Levando tais fatos em consideração, Marcos pode estar se sentindo na obrigação de se responsabilizar por
seu irmão, já que seus pais parecem não terem tempo para isso.

Plano de avaliação psicodiagnostica

Fazer uma entrevista inicial com os pais, tendo claro que o objetivo é o olhar dos pais nos fatores históricos
de Marcos (para saber como foi a história de vida e o desenvolvimento de Marcos).
Explicar como funciona procedimento de psicodiagnostico e possível encaminhamento.
Fazer a coleta de dados essências da criança, como, idade, sexo, escolaridade.
Mesmo sabendo da queixa que a escola já trouxe, dar abertura para que os pais tragam o que os levou ali
(terei como condução as perguntas específicas da anamnese, e para não correr o risco de deixar de interagir
com os pais, irei estudar a anamnese para assim não ficar presa a um papel). Em seguida usar das perguntas
específicas, como, qual a percepção deles sobre o que está acontecendo, quais os fatores que eles acham
que possam ter influenciado para aquele problema. Investigar a história de vida da criança, desde antes da
gravidez se foi desejado ou não, como foi a gestação, para tentar entender o significado daquela criança no
meio familiar. Buscar informações do desenvolvimento motor, fala, linguagem, ficar atenta no que os pais
estão trazendo, e identificar se pode ter algum fator dos pais que possam estar interferindo na criança. Tomar
o cuidado para não deixar que só um dos pais acabe conduzindo a entrevista, ao perceber que isso esta
acontecendo, trazer os dois para entrevista.
Pedir para que os pais conversem com a criança e digam a ela vai passar por um psicologo, por uma
avaliação psicológica, e o motivo.
Finalizar a entrevista com os pais estabelecendo as normas do contrato terapêutico, como:
Valor da sessão;____________
Formas de pagamento;____________
Número de sessões: sem previsão

2
Frequência: ____________
Duração da sessão:______________
Obs: Em casos de faltas e atrasos!!!
Faltas: Em casos de falta, fazer o cancelamento do agendamento da sessão com até 24 horas de
antecedência, caso não seja feito, será realizada a cobrança da mesma.
Atrasos: Em casos de atrasos, será realizada a sessão dos minutos restantes da mesma.

Entrevista inicial com a criança

Iniciar a entrevista perguntando para criança se ela sabe quem sou eu, se ela sabe o que foi fazer e se ela
sabe o motivo que a levou ali( com isso eu já estaria dando abertura para que Marcos se sentisse a vontade e
deixando que ele já conduzisse a sessão, e consequentemente me instrumentalizando para sequênciar a
sessão). Me apresentar e explicar na liguandem dela qual o objetivo dela estar ali. Se eu perceber que a
Marcos se apresenta disponível verbalmente, já tentarei relacionar a resposta que ele já deu na pergunta "se
ela sabe o motivo", como por exemplo: como ela se sente com a situação, ou se faz tempo que o que ela
trouxe está acontecendo, ou como era antes do acontecido, conforme a demanda ir elaborando outras
perguntas.
Trabalhar com o jogo lúdico (esse será um dos meus maiores instrumentos, nele Marcos poderá trazer muitos
aspectos ligados ao momento pelo qual está passando). Apresentar a caixa lúdica e deixar que a criança se
sinta a vontade em escolher com o que ela vai querer brincar/jogar. Ir analisando como a criança se relaciona
com o brinquedo/jogo, qual o vínculo transferêncial que ela está tentando comunicar no brincar/jogar,
obersvar e estar o tempo todo relacionando o que a criança está trazendo com o que os pais falaram. Ser
sempre passivo e ativo ao mesmo tempo.
Se houvesse tempo, iria propor um desenho livre ( seria mais um instrumento que me possibilitaria traçar a
personalidade de Marcos, havendo também a possibilidade dele trazer alguns aspectos ligados aos
problemas que esta passando no momento).
Comunicar a criança minutos antes que a sessão está acabando.
Estabelecer comunicação com a escola, e ver a possibilidade de me deslocar até a mesma para fazer uma
observação ( a fim de coletar informações de onde está ocorrendo o problema).