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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA EM PROCARIOTOS


 Um gene que é transcrito e traduzido em uma proteína num tecido muscular não necessariamente será
transcrito e traduzido no sistema nervoso. Ou seja, há uma especialização!
 Além disso, a depender do período de desenvolvimento da pessoa genes podem ser transcritos ou não.
 Então HÁ UMA REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA.

ESCHERICHIA COLI
 Por estar sobrevivendo no TGI humano, elas não tem um controle da influência ambiental. Como irão
responder aos vários estímulos? Então, pela ausência de controle do ambiente que elas vivem, vão responder
alterando as suas propriedades bioquímicas.
 É internamente flexível, pois responde às mudanças ambientais alterando rapidamente sua bioquímica. Produz
enzimas e proteínas de acordo com a sua necessidade, expressando ou inibindo determinados genes
mediante a situação (flexibilidade bioquímica).
 Utiliza a glicose para gerar ATP. Mas são capazes de metabolizar outros açúcares, mas sempre dando
preferência à metabolização da glicose. São exemplos de outros açúcares: Lactose; Arabinose; Maltose e
Xilose.
 Além disso, se determinado aminoácido está ausente, ela vai produzir enzimas necessárias para a produção
desse aminoácido. LOGO, ELAS SÃO CAPAZES DE REGULAR A EXPRESSÃO DE GENES PARA CADA
SITUAÇÃO.

CONCEITOS BASE
 GENE: região do DNA que é transcrita em RNA, o que poderá determinar a geração de proteínas.
o Genes estruturais: codificam as proteínas que atuam no metabolismo/biossíntese ou que têm função
estrutural na célula.
o Genes regulatórios: seus produtos (RNA e proteínas) interagem com outras sequências de DNA,
afetando a transcrição ou a tradução dessas sequências. Regulam, portanto, a expressão de genes
estruturais.
o Genes constitutivos: genes que são expressos continuamente (genes estruturais que não são
regulados) por codificarem produtos com funções celulares essenciais, ou seja, necessários à
manutenção da vida.
 ELEMENTOS REGULATÓRIOS: são partes de sequências de DNA não transcritas (ou seja, não são genes)
presente nos genes estruturais, sendo o local de ligação dos produtos dos genes regulatórios.

PROTEÍNAS LIGADORAS DE DNA


 São proteínas regulatórias produzidas pelos genes regulatórios.
 As ligações estabelecidas por essas proteínas com o DNA são dinâmicas e não permanentes, haja vista que
outras moléculas competem pela ligação dos elementos regulatórios.
 Possuem contato íntimo com a sequência de genes que está regulando
o Domínio: região bem definida das proteínas que se liga ao DNA. Dentro de um domínio, apenas
alguns aminoácidos entram em contato com o DNA, formando pontes de H com as bases ou
interagindo com a desoxirribose e com o grupo fosfato.
o Domínios adicionais: partes da proteína que interagem com outras moléculas, como outras
proteínas regulatórias.

 As bactérias e eucariotos utilizam desse mecanismo para regular seus genes.


JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES
MEDICINA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)
GENÉTICA BÁSICA (BEV712)
o PROTEÍNAS ATIVADORAS: realizam CONTROLE POSITIVO, ou seja, estimulam a expressão gênica.
o PROTEÍNAS REPRESSORAS: realizam CONTROLE NEGATIVO, ou seja, inibem a expressão gênica.

ÓPERON
 Quando pensamos em seres procariotos, devemos pensar em como o seu genoma está estruturado. E,
basicamente, estão organizados em óperons.

 Um óperon é um grupo de genes estruturais bacterianos com funções correlatas que são transcritos juntos e
que estão sob o controle de um único promotor.
 Quando esse gene promotor determina a expressão, haverá o estimulo para a transcrição daquele grupo de
genes que serão transcritos JUNTOS em uma mesma molécula de mRNA. Desse modo, esse mesmo mRNA
vai ser capaz de originar várias proteínas.
 Isso é importante devido ao fato de que garante à bactéria que, como no exemplo mostrado (a direita da
imagem), o conjunto total de proteínas necessário para uma determinada via metabólica esteja todo presente.
Nenhuma enzima irá faltar.
 É responsável pela regulação da transcrição desses genes estruturais ao controlar a transcrição.
o Estrutura do óperon: promotor + operador + genes estruturais (com funções correlatas).
o O operador, um elemento regulatório do óperon, faz parte do promotor e afeta a transcrição do
óperon quando há ligação com a proteína regulatória. É, basicamente, a região de ligação da proteína
regulatória, permitindo que ela execute a sua função.
 Conforme podemos ver à esquerda da imagem, o GENE REGULADOR NÃO faz parte do óperon. Sua
expressão é determinada e regulada à parte.

CONTROLE DOS ÓPERONS


 Já vimos que esses óperons serão regulados por genes reguladores que vão determinar a transcrição de
proteínas reguladoras. Assim, esse controle pode ser:
o CONTROLE NEGATIVO: é feito por proteínas repressoras, havendo a inibição da expressão gênica.
o CONTROLE POSITIVO: é feito por proteínas ativadoras, havendo a estimulação da expressão gênica.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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o ÓPERON INDUZÍVEL: sua transcrição está normalmente desligada, devendo ocorrer algo para induzi-
la.
o ÓPERON REPRESSÍVEL: sua transcrição está normalmente ligada, devendo ocorrer algo para reprimi-
la.

ÓPERON INDUZÍVEL NEGATIVO


 Sua transcrição está desligada, uma vez que há uma PROTEÍNA REPRESSORA ativa e ligada ao operador
bloqueando fisicamente a ligação entre a RNA polimerase e o promotor e, com isso, impedindo a
transcrição.
 Dessa forma, a sua transcrição só é ligada quando substratos enzimáticos que atuam como INDUTOR se
ligam à proteína repressora, alterando seu formato alostericamente e evitando com que ela se ligue ao DNA.
o Ou seja, quando o indutor chega, ele altera as conformações da proteína reguladora, de modo que
ela perde o contato com a região operadora. Esse desligamento faz com que a transcrição possa
ocorrer.
 FUNÇÃO: síntese de proteínas que efetuam processos degradativos, como as enzimas.

ÓPERON REPRESSÍVEL NEGATIVO


 Sua transcrição está ligada, uma vez que a PROTEÍNA REPRESSORA está inativa, não podendo se ligar por
si só ao operador.
 Determinados produtos, quando em grande concentração, se ligam à proteína repressora para torna-la capaz
de se ligar ao operador, inibindo, assim, a transcrição do óperon.
 FUNÇÃO: síntese de proteínas que efetuam biossíntese de moléculas essenciais para as células.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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ÓPERON INDUZÍVEL POSITIVO


 A transcrição está desligada, uma vez que a PROTEÍNA ATIVADORA está inativa, ou seja, não está ligada
ao operador.
 Para que ela possa se ligar ao operador, é preciso que substratos enzimáticos se liguem aos seus domínios
adicionais, ativando a transcrição.
 FUNÇÃO: síntese de proteínas que efetuam processos degradativos, como as enzimas.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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ÓPERON REPRESSÍVEL POSITIVO
 A transcrição está ligada, uma vez que a PROTEÍNA ATIVADORA está ativa, ou seja, está ligada ao
operador, possibilitando a ligação da RNA polimerase ao promotor.
 Quando em grande concentração, determinados produtos se ligam a domínios adicionais da proteína
ativadora desfazendo a sua ligação com o operador e, assim, inibindo a transcrição.
 FUNÇÃO: síntese de proteínas que efetuam a biossíntese de moléculas essenciais para as células.

EM SÍNTESE: ÓPERONS INDUZÍVEIS

EM SÍNTESE: ÓPERONS REPRESSÍVEIS

ÓPERON Lac DE E. COLI


JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES
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 A lactose é um dos principais carboidratos do leite e é metabolizada por E. coli
 São 03 genes estruturais importantes envolvidos com a transcrição das proteínas:
o PERMEASE: proteína transmembrana que permite a entrada da lactose do meio exterior para dentro
da bactéria
o β-GALACTOSIDASE: enzima responsável pela quebra da glicose em glicose e galactose e pela
transformação de lactose em alolactose.
o TIOGALACTOSÍDEO TRANSACETILASE: função não muito bem esclarecida. Desintoxicação da
bactéria?

 É um ÓPERON INDUZÍVEL NEGATIVO responsável pela regulação do metabolismo da lactose. Assim, o


controle é negativo, ou seja, a proteína reguladora é repressora e está ATIVA e inibindo esse óperon.
 REGULAÇÃO DO ÓPERON Lac:
o Em presença de lactose e ausência de glicose, a alolactose proveniente da metabolização da lactose
se liga a um domínio adicional da proteína repressora, desfazendo sua ligação com o operador e
permitindo que a RNA polimerase se ligue ao promotor, o que ativa a transcrição do óperon lac.
o A repressão nunca desliga completamente o óperon lac, havendo a contínua produção dos seu
produtos (permease e β-galactosidase)para transportar e metabolizar a lactose.
 Mas se a Lactose é importante para a síntese de permease, como é que ela entra na célula para conseguir
permitir essa produção?
o Esse óperon não é 100% desligado  há entrada de uma baixa concentração de lactose pelas
PERMEASES. Uma parte dessa lactose que entra será convertida pela β-GALACTOSIDASE em
ALOLACTOSE que, por sua vez, é o verdadeiro indutor que fará a proteína repressora tornar-se
inativa. E aí sim teremos a transcrição.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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CONTROLE POSITIVO ADICIONAL


 Na ausência de glicose: há grande quantidade de AMPc na célula, o qual forma um complexo sinalizador
com a proteína ativadora CAP e, consequentemente, estimula a ligação da RNA polimerase com o promotor
do óperon lac. Dessa forma, ocorre o aumento da transcrição desse óperon e a lactose é usada como
combustível.

 Na presença de glicose: há pequena quantidade de AMPc na célula, não havendo formação do complexo
AMPc + CAP. Assim, a RNA polimerase não se liga com tanta frequência ao promotor, diminuindo a
transcrição do óperon lac e inviabilizando o uso da lactose como combustível.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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ÓPERON trp
 É um ÓPERON REPRESSÍVEL NEGATIVO, responsável pela biossíntese do aminoácido triptofano.
o Repressível  sempre está ligado; Negativo  sua molécula repressora está, inicialmente, inativa
 Gene trpR: gene regulatório que produz proteína repressora, a qual está inativa e precisa ser ativada.
o Para isso, o trpR se liga ao domínio adicional da proteína repressora permitindo sua ligação com o
operador e, consequentemente, impedindo que a RNA polimerase se ligue ao promotor.
 Genes estruturais: trpE, trpD, trpC, trpB e trpA–produzem componentes de 3 enzimas que são responsáveis
pela conversão do corismato, um substrato, em triptofano.

FUNCIONAMENTO DO ÓPERON trp


 Baixa concentração de triptofano: proteína repressora permanece inativa e, com isso, o óperontrp é
transcrito, havendo a conversão de corismato em triptofano.
 Alta concentração de triptofano: proteína repressora é ativada e, com isso, o óperontrp não é transcrito,
inviabilizando a conversão de corismato em triptofano.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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ATENUAÇÃO DO ÓPERON trp

 A repressão no sítio operador não é a única forma de regulação no óperon trp. Um exame detalhado revelou
uma região longa correspondente à 5’UTR que é transcrita a partir desse óperon.
 Ela possui 4 regiões complementares [falando de bases nitrogenadas mesmo e estabelecendo ligações entre si] entre si
(1=2, 2=3, 3=4), o que permite que essa região (5’UTPR) se dobre na presença de triptofano, formando
grampos de terminação que impedem a continuação da transcrição do óperon trp.
o TRIPTOFANO ALTO: formação do grampo em 3=4, seguido de uma cauda de uracila término da
transcrição (terminação intrínseca)  ESTRUTURA DE ATENUAÇÃO
o TRIPTOFANO BAIXO: formação do grampo em 2=3  a cauda de uracila não veio depois de um
grampo. Logo, não há estímulo para o fim da transcrição  GRAMPO ANTITÉRMINO

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA EM EUCARIOTOS

DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AOS PROCARIOTOS


 A maioria dos genes não está organizada em óperons. Ou seja, aqui não temos aquela relação que havia nos
procariotos de vários genes estavam sobre o controle de um único promotor. Em nosso caso, a maioria dos
genes têm seu próprio promotor e é transcrito separadamente.
 Estrutura da cromatina interfere na expressão do gene. Quando condensada, ela fica inacessível. Ou seja,
para que a cromatina possa ser expressa ela precisa estar descondensada.
 O DNA deve ser deselicoidizado das histonas, que são proteínas relacionadas à molécula de DNA.
 Os ativadores parecem ser mais comuns nos eucariotos que os mecanismos repressores.
 Existe uma separação espacial entre a transcrição e a tradução: a membrana nuclear separa esses
processos no tempo e no espaço.
 Há inúmeros mecanismos de regulação.

MUDANÇAS NA ESTRUTURA DA CROMATINA


 Modificação na estrutura dos genes.
 O DNA ENROLADO NO OCTÂMERO DE HISTONAS REPRIME A EXPRESSÃO GÊNICA.
 Antes da transcrição o DNA deve se tornar acessível a maquinaria de transcrição.
 Pelo menos 3 processos afetam a regulação gênica alterando a estrutura da cromatina:
o Remodelação da cromatina
o Modificação das proteínas histonas
o Metilação do DNA
 ANTES QUE OCORRA A TRANSCRIÇÃO, É NECESSÁRIO
REMODELAR A CROMATINA DE MODO QUE O
PROMOTOR SE TORNE ACESSÍVEL À MAQUINARIA DE
TRANSCRIÇÃO.

REMODELAMENTO DA CROMATINA
 Alteração da cromatina por proteínas SEM ALTERAÇÃO
DIRETA DA SUA ESTRUTURA QUÍMICA do DNA ou
histona. A remodelagem impacta apenas na forma
como a cromatina está estruturada.
o Complexos de remodelamento da cromatina:
fazem com que o nucleossomo se mova ao
longo do DNA, expondo algumas partes do
DNA que estavam muito condensadas,
tornando-o acessível à transcrição.
 Ocorre empurrando o nucleossomo para frente.
 Alterações nas caudas das histonas e a ação de
complexos remodeladores da cromatina permitem o
acesso da maquinaria de transcrição e promotores
específicos.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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 OCORRE MOVIMENTO DO NUCLEOSSOMO, deixando o DNA mais exposto para a maquinaria de transcrição.
Nesse sentido, se está ocorrendo transcrição, está expressando o gene.

PROTEÍNAS DE COMPLEXO DE REMODELAGEM DA CROMATINA


 Elas se ligam diretamente a sítios específicos no DNA e reposicionam os nucleossomos, possibilitando que os
fatores de transcrição e a RNA polimerase se liguem aos promotores e iniciem a transcrição.
 Mecanismos pelos quais os processos de remodelagem reposicionam os nucleossomos:
o DESLIZAMENTO DO NUCLEOSSOMO PELO DNA, criando condições para que o DNA enroscado no
nucleossomo ocupe uma posição entre os nucleossomos, onde é mais acessível para as proteínas que
afetam a expressão gênica.
o MUDANÇAS CONFORMACIONAIS

MODIFICAÇÕES DAS PROTEÍNAS HISTONAS


 Quando o DNA está associado às histonas, formando o octâmero, a cromatina reprime a transcrição. Para que
ela ocorra, o DNA deve se tornar mais acessível à maquinaria de transcrição.
 Para que essa transcrição ocorra, serão necessários alguns processos:
o Metilação das histonas
o Acetilação das histonas
o Ubitiquinação das histonas

DOMÍNIOS DAS HISTONAS


 Domínio globular + domínio de cauda com carga positiva.
o DOMÍNIO GLOBULAR: associação com outras histonas e com o DNA.
o DOMÍNIO COM CAUDA POSITIVA: interação com o grupo fosfato (carga negativa) do DNA.
 As caudas geralmente são modificadas.
 As caudas das proteínas histonas são modificadas com a adição ou a remoção de grupos fosfato, metila ou
acetila. Pode ocorrer também adição de Ubiquitina.

METILAÇÃO DAS HISTONAS


 A adição de grupos metila às caudas da histona pode ativar ou reprimir a expressão gênica, dependendo
do aminoácido que será metilado, ou seja, estimula ou reprime a transcrição.
o METILTRANSFERASES: adicionam grupos metila a aminoácidos específicos.
o DEMETILASES: retiram o grupo metila.
o Essas proteínas agem a depender da necessidade de se estimular ou reprimir a transcrição, como
forma de regulação da expressão gênica.
 A adição de 3 grupos metila à lisina 4 na cauda da histona H3, por exemplo, atrai a proteína NURF, o que
altera a compactação da cromatina permitindo que a transcrição ocorra.
 A metilação pode acontecer na argenina também.

ACETILAÇÃO DAS HISTONAS


 Já a adição de grupos acetila (CH3CO) à lisina 16 nas caudas da histona H4 impede a formação da fibra de
cromatina 30nm (FIBRA CONDENSADA  NÃO PERMITE A TRNASCRIÇÃO), fazendo com que a cromatina
esteja em uma configuração aberta, permitindo que ocorra a transcrição.
 Obrigatoriamente, os grupos acetila desestabilizam a estrutura da cromatina, PERMITINDO a transcrição.
o ACETILTRANSFERASE: adiciona o grupo acetila nas histonas.
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES
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o DESACETILASE: remove o grupo acetila das histonas, restaurando a estrutura da cromatina e
impedindo a transcrição.

UBIQUITINAÇÃO DAS HISTONAS


 Ligação da ubiquitina: proteína amplamente distribuída na célula, tanto no citosol e núcleo. Sua função é dar
estabilidade às proteínas da célula.
 Consegue associar e estimular as histonas H1, H2A, H2B e H3
 Uma histona H2A pode ser monoubiquitinada (uH2A). Isso está diretamente relacionado:
o Ao silenciamento de genes envolvidos no desenvolvimento
o Inativação do cromossomo X
o Isso acontece na progressão do ciclo celular e nas etapas de iniciação, alongamento e transcrição
 E lembre-se: tem a opção de retirar essa ubiquitina também. Nenhuma alteração é definitiva ou irreversível.

METILAÇÃO DO DNA
 A adição de um grupo metila à citosina, formando a 5-metilcitosina, está associada à repressão da
transcrição.
 Não confunda metilação do DNA com a cauda das proteínas histonas. Na metilação da cauda das proteínas
histonas, depende do aminoácido que está sendo metilado.
 METILAÇÃO DO DNA NÃO É MUTAÇÃO. É algo que acontece naturalmente nos eucariotos.
 A metilação do DNA acontece na citosina. Quando temos uma região metilada, obrigatoriamente um gene
será reprimido.
 É mais recorrente nas ilhas CpG, locais com citosina adjacente à guanina, que são comuns em regiões
antecedentes aos promotores, ou seja, perto dos sítios de início da transcrição.
o A metilação das ilhas CpG atrai desacetilases, que removem os grupos acetila, estabilizando o DNA e
inibindo a transcrição. Já a desmetilação dessas ilhas atrai acetiltransferases, que adicionam acetil
permitindo que ocorra a transcrição.

COMO A METILAÇÃO DO DNA SUPRIME A EXPRESSÃO GÊNICA?


 A metilação da citocina (formando a 5-metilcitosina) acontece, geralmente, nos nucleotídeos posicionados no
sulco maior do DNA. Isso inibe a ligação de fatores de transcrição e outras proteínas, ou seja, fatores de
transcrição e proteínas como a RNA polimerase.
 Além disso, a metilação do DNA atrai desacetilases que removem grupos acetila das caudas das histonas. A
desacetilação promove, assim, a fibra de 30nm, que é uma cromatina condensada.

REGULAÇÃO DO INÍCIO DA TRANSCRIÇÃO: ATIVADORES E REPRESSORES


 Os fatores gerais de transcrição se juntam à RNA polimerase e formam o aparato basal de transcrição
(grupo de proteínas que se unem próximo ao sítio inicial) o qual mantém a transcrição em níveis mínimos
(basal).
 Esse aparato se liga ao promotor cerne, que está localizado antes do gene e inicia a transcrição basal.
 Anterior ao promotor cerne está o promotor regulador. Nele, se ligam as proteínas ativadoras
transcricionais, que estimulam maiores níveis de transcrição em situações específicas. Para a atuação das
proteínas ativadoras, ocorre uma dobra no DNA, que as aproxima do aparato basal de transcrição.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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PROTEÍNAS ATIVADORAS – GAL4


 Regula a transcrição de genes (induzíveis) no metabolismo da galactose em leveduras.
 Os genes que controlam o metabolismo da galactose são induzíveis.
 Por serem induzíveis, necessitam de estimulo para que haja transcrição.
Na ausência de galactose, a GAL80 se liga à GAL4 impedindo que ela estimule a transcrição. Já na presença de
galactose, a GAL3 a reconhece e se liga à GAL80 deixando a GAL4 livre, o que permite com que a transcrição
seja estimulada.
 GAL 4 se liga a uma sequência do DNA chamada UASG (região acentuadora).
 A GAL4 e várias outras proteínas ativadoras da transcrição têm múltiplos aminoácidos com cargas negativas
que formam um domínio de ativação ácido. Esses ativadores ácidos estimulam a transcrição ao estimular a
montagem do aparato basal de transcrição.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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PROTEÍNAS REPRESSORAS
 Inibem a transcrição
 Vão agir ligando-se ao promotor regulatório ou aos silenciadores, de modo que:
o Competem com os ativadores por sítios de ligação no DNA
o Liga-se próximo aos ativadores inibindo seu contato com o aparato basal
o Interfere diretamente na montagem do aparato basal de transcrição

ACENTUADORES
 Afetam a transcrição em promotores (mesmo se distantes).
o Nessa região, a proteína ativadora pode-se ligar.
 Proteína reguladora  acentuador  aproximação com o promotor (aparato basal de transcrição). E essa
interação promove a transcrição.

INSULADORES
 Sequências de DNA que podem bloquear o efeito dos acentuadores.

 Lembre-se: a proteína ativadora pode-se ligar à região acentuadora e estimular a transcrição a partir da
interação com a região promotora.
 Contudo: como podemos ver na imagem acima, o acentuador I não estimula a transcrição do Gene B, já que
entre eles há um insulador.
o Só que esse insulador não tem efeito nenhum perante o acentuador I e Gene A ou perante o
acentuador II e gene B. Ele só impede que o acentuador I interaja com o gene B e o acentuador II com
o gene A.

REGULAÇÃO GÊNICA COORDENADA


 Vários genes eucarióticos podem ser estimulados por um mesmo estímulo. Para isso, é necessário que eles
possuam sequências regulatórias em comum (sequências de consenso) em seus promotores ou
acentuadores
 Um único gene eucariótico também pode ser regulado por várias sequências regulatórias/elementos de
resposta diferentes. Ou seja, o mesmo gene pode ser ativado por diferentes estímulos.
 Essas sequências regulatórias são denominadas elementos de resposta.
o A presença de múltiplos elementos de resposta em um gene permite que esse mesmo gene possa ser
ativado por estímulos diferentes.
o Já a presença de um mesmo elemento de resposta em vários genes permite que um único estímulo os
ative.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)
GENE DA METALOTIONEÍNA
 Frente a metais pesados, proteínas ativadoras se ligam ao elemento de resposta a metal (MRE) e estimulam a
transcrição.

REGULAÇÃO GÊNICA POR DEGRADAÇÃO DO RNA


 Nível pós-transcricional
 O RNA é degradado por ribonucleases
 A degradação do RNA mensageiro ocorre nos corpúsculos P.
o Os corpúsculos P também são locais de armazenamento de DNA, uma vez que podem estar
‚guardando‛ os RNA seqüestrados de modo a impedir a sua expressão.

REGULAÇÃO GÊNICA POR PEQUENOS RNAs


 A expressão de vários genes é controlada pelo RNA de interferência e pelo microRNA num nível pós-
transcricional.
 MicroRNAs (miRNAs)
o Gerados pela ação das enzimas Drosha e Dicer
o Proteínas Ago (Agronauta) atuando como reguladores pós transcricionais
 Ou seja, a ação delas permite com que embora o RNA seja transcrito, pode ser que ele não
seja traduzido.

REGULAÇÃO POR RNAs DE INTERFERÊNCIA


 São semelhantes aos miRNAs  associam a Ago
 São produzidos a partir de RNAs de fita dupla. Mas depois sofre ação da proteína Dicer.

A enzima Dicer corta e processa o RNA bifilamentar para produção do RNA de interferência e do miRNA, que
formam o complexo de silenciamento da transcrição juntamente com a proteína RISC.

MECANISMOS DE INTERFERÊNCIA
 Clivagem do RNA mensageiro.
 Inibição da tradução ao impedir o acoplamento do ribossomo.
 Degradação do RNA mensageiro (independente de corte).
 Silenciamento transcricional através da metilação da cromatina.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

REGULAÇÃO GÊNICA PELO NÍVEL DE FERRO


 Tradução da ferritina e do receptor de transferrina
o Ambos os genes possuem elementos de resposta ao ferro (IRE)
o Os IREs são reconhecidos pela proteína reguladora do ferro (IRP)

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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SPLICING ALTERNATIVO

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

EPIGENÉTICA

CONCEITOS
 A epigenética se refere aos fenótipos e processos transmitidos para outras células e, às vezes, para futuras
gerações
 Mudanças na cromatina e no DNA que são hereditárias, mas não envolvem alteração na sequência de bases e
nucleotídeos do DNA.
 São resultantes de mudanças na expressão gênica, devido alterações na estrutura da cromatina.
 NÃO é mutação e, sim, alteração da EXPRESSÃO gênica

HIPÓTESE DO FENÓTIPO POUPADOR


 Suposição de que informações sobre o ambiente onde pais viveram pode ser útil para os descendentes,
permitindo que eles respondam de formas que aumentem sua própria sobrevida e reprodução.
 As mudanças visíveis que ‘’geram’’ a epigenética
o Metilação em um aminoácido específico que gera mudança de algum fenótipo

TRAÇO EPIGENÉTICO
 ‚Um fenótipo herdado com estabilidade, resultante de mudanças na cromatina SEM ALTERAÇÕES NA
SEQUÊNCIA DNA‛.
o Mudanças no padrão de metilação do DNA
o Modificações químicas das proteínas histonas
o Moléculas de RNA que afetam a estrutura da cromatina

MECANISMOS MOLECULARES DE ALTERAÇÃO DA CROMATINA


MUDANÇAS NO PADRÃO DE METILAÇÃO DO DNA
 Associada à repressão da transcrição. Ou seja, estamos silenciando aquele gene.
 Estamos trabalhando com METILAÇÃO, ou seja, não há alteração da estrutura do DNA. Caso houvesse,
seria mutação.
 A adição de grupos metila às bases de nucleotídeos ATRAI desacetilase. Isso determina uma condensação da
cromatina e, como já vimos, a condensação da cromatina impede que a transcrição ocorra adequadamente.
o Lembrando que essas alterações são todas reversíveis, certo? Então um gene com sua região
promotora metilada pode perder esse grupo, o que determina a expansão de sua cromatina e, então,
a transcrição poderá ocorrer.

COMO ESSAS MUDANÇAS EPIGENÉTICAS SÃO MANTIDAS E REPLICADAS DURANTE O PROCESSO DE DIVISÃO?
 Após replicação, metiltransferase atua na nova fita e o padrão de metilação é mantido

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

 Veja: a fita molde se abre e cada bolinha preta (que indicam as citosinas metiladas) vai para cada uma das
fitas. Essa permanência de uma citocina metilada sinaliza para a enzima que irá adicionar um novo
agrupamento metila na cromatina. Ou seja, temos uma sinalização intrínseca. As marcas epigenéticas
permanecem durante a replicação.

MODIFICAÇÕES QUÍMICAS DAS HISTONAS


 Acetilação das caudas das histonas está associada à intensificação da transcrição.
o Medida por acetiltransferases.
o Impedimento da formação da fibra de 16nm da cromatina, ou seja, há o impedimento da
condensação do DNA  transcrição vai ocorrer.

 O efeito metilação das histonas varia dependendo do aminoácido específico que é metilado, podendo
intensificar ou reprimir a transcrição.
o METILTRANSFERASES: colocam o agrupamento metil
o DEMETILASES: retiram o agrupamento metil

 Temos, ainda, a ubitiquinação das histonas.


o H2B monoubiquitinada (uH2B)
o Manutenção da estrutura da cromatina e regulação da expressão gênica

COMO AS MUDANÇAS EPIGENÉTICAS SÃO MANTIDAS E REPLICADAS DURANTE O PROCESSO DE DIVISÃO?


 Essa modificação é chamada de marcador epigenético, que é mantido nas histonas do DNA molde após
replicação.
 Na imagem, o ponto roxo indica uma marcação da proteína histona. Os marcadores recrutam enzimas (PCR2)
que fazem mudanças semelhantes nas novas histonas.

EFEITOS EPIGENÉTICOS PRODUZIDOS PELO RNA


 O RNA é importante para produzir efeitos epigenéticos
 O maior efeito estudado é a inativação do cromossomo X pelo IncRNA Xist, um longo RNA não codificante
 O cromossomo inativado expressa o RNA Xist que recobre o cromossomo X de onde foi transcrito.

CORPÚSCULO DE BARR
 Corresponde à região do cromossomo X inativado nas mulheres.
 A condensação de sua cromatina o torna muito mais corado. E essa condensação é o que torna-o silenciado,
já que impede a sua comunicação com as proteínas de transcrição.
 Todavia, esse cromossomo X que é inativo NÃO É INATIVADO DE FORMA TOTAL. Ou seja, existem genes
que escapam da inativação. E é isso que explica o fato de que mulheres que são XX tenham um fenótipo
diferente das mulheres que possuem síndrome de Turner, que possuem apenas um cromossomo X.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

o São genes FUNDAMENTAIS que escapam dessa inativação. Esse processo não acontece ao acaso.
o Um desses genes é o gente XIST, que vai dar origem ao longo RNA não codificante, que embora não
produza proteína, ele recobre a região que será inativada.
 O RNA Xist atrai PCR2 e PCR1, os quais produzem marcadores epigenéticos que reprimem transcrição. A
Região CpG é metilada (metilação das proteínas histonas), levando ao permanente silenciamento do
cromossomo X
 Como já sabemos, um cromossomo X é aleatoriamente inativado. Essa marca da inativação é transmitida para
as células filhas. Assim, esse efeito epigenético, que resulta de uma mudança estável na expressão
gênica, é transmitido para toda a linhagem de células.

COMPENSAÇÃO DE DOSE
 A inativação de um cromossomo X é aleatória.
 As fêmeas são um mosaico para expressão de genes ligados ao X.
 Em fêmeas heterozigotas, aproximadamente 50% das células expressam um alelo e 50% expressam o outro
alelo. Alguns genes escapam da inativação, por isso mulheres XX não são iguais a portadores de
Síndrome de Turner XO.

PARAMUTAÇÃO
 Interação de dois alelos que leva a uma mudança que pode ser herdada na expressão de um dos alelos.
 Mediada por molécula RNA.

EPIGENÉTICA E IMPRINTING GENÔMICO


 Expressão alguns genes é afetada de maneira significativa pela origem dos genitores: as marcas vão variar a
depender do sexo.
 Alelos herdados da mãe e do pai não são equivalentes: fenômeno no qual o sexo do genitor que transmite o
alelo determina sua expressão.
o Para alguns genes imprintados, o alelo herdado do pai é expresso e da mãe é silenciado. Para
outros genes, o alelo herdado da mãe é expresso e o do pai é silenciado.
EXEMPLOS
 SÍNDROME DE PRADER-WILLI
o Deleção de 15q11-q13
o Dificuldade de aprendizagem, baixa estatura e alimentação compulsiva
 SÍNDROME DE ANGELMAN
o Deleção de 15q11-q13

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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o Dificuldade de aprendizagem, problemas na fala, convulsões, movimentos bruscos e uma disposição


excepcionalmente feliz.
 COMO A MESMA DELEÇÃO CAUSOU PROBLEMAS DIFERENTES? O QUE LEVA UMA PESSOA
DESENVOLVER UMA SÍNDROME E NÃO A OUTRA, SENDO QUE A DELEÇÃO É A MESMA?
o Isso depende do cromossomo genitor dessa deleção. Se a deleção seja de origem paterna, há o
desenvolvimento da síndrome de Prader-Willi. Mas caso a deleção seja originada de um cromossomo
materno, há o desenvolvimento da síndrome de Angelman.
o E o fato dessa região apresentar genes que sofreram impritings é o que justifica isso: as marcas
epigenéticas são diferentes nos homens e nas mulheres.

O QUE DETERMINA A OCORRÊNCIA DO IMPRITING GENÔMICO?


HIPÓTESE DO CONFLITO GENÉTICO
 Os genes têm funções diferentes dependendo do sexo genitores e, por isso, um deles é imprintado.
 Há uma competição existente entre os machos por recursos maternos.
o É de interesse do pai produzir descendentes maiores. Descendentes maiores serão capazes de
competir pelos recursos maternos às custas dos descendentes de outro pai.
o Para os genes das mães, o melhor seria que todos os seus descendentes sobrevivessem até a idade
adulta e se reproduzissem. A mãe oferece nutrientes e proteção, dividindo seus recursos, sem
comprometer as suas próprias necessidades.

 As cópias paternas dos genes que afetam o crescimento fetal serão expressas ao máximo, enquanto as cópias
maternas do mesmo genes serão expressas de forma menos ativa ou até silenciadas.
 De fato, o Igf2 segue este padrão: o alelo paterno está ativo e promove o crescimento, o alelo materno é
silenciado e não contribui com o crescimento

EPIGENÉTICA COMPORTAMENTAL
 Experiências de vida, especialmente no início, podem ter efeitos duradouros no comportamento e, até mesmo,
em gerações futuras.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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 Esses efeitos duradouros são mediados por processos epigenéticos.


 Mudanças induzidas do comportamento materno em ratos:
o Diferenças entre mães que lambem e cuidam da prole durante amamentação
o A prole que recebe mais cuidado tem menos medo quando adultos, quando comparados aos ratos
filhos de mães com menos cuidado, bem como apresentam maior estresse frente.

Padrão diferente metilação no DNA  acetilação das proteínas histonas afetada e persiste na fase adulta 
altera a expressão do gene do receptor glicocorticoide, importante respostas hormonais ao estresse.

DIABETES GESTACIONAL
 O feto em desenvolvimento é exposto a altos níveis de glicose
 Desencadeiam mudanças epigenéticas no DNA da filha
 Aumento da probabilidade dessa bebê desenvolver diabetes gestacional futuramente

ESTRESSE PRECOCE EM HUMANOS


 Situação estresse durante infância e adolescência provocam efeitos adversos em adultos
 Abuso na infância  aumento da probabilidade de depressão, ansiedade e suicídio
 Suicidas que sofreram maus-tratos na infância possuíam maior grau de metilação do gene receptor do
glicocorticoide – resposta ao estresse

EFEITOS EPIGENÉTICOS DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS


VINCLOZOLINA
 Fungicida utilizado na plantação de uva
 Atua como antagonista no receptor de andrógino
o É um desregulador endócrino que mimetiza ou interfere com os hormônios naturais
 Mimetiza testosterona e se liga ao receptor. Porém, ela ocupa o receptor mas não ativa-o, afinal, ela não é
um andrógeno. Isso inibe a ação dos andrógenos e impede a produção de espermatozóide
 A exposição de ratos embrionários à substância reduziu a produção de espermatozóide quando adultos e em
várias gerações subsequentes
 Metilação aumentada do DNA nos espermatozóides de machos expostos à substância e esse padrão de
metilação foi herdado

BISFENOL
 GENE AGOUTI: presente nos mamíferos. Quando metilado: está silenciado, e permite o desenvolvimento de
ratos saudáveis e marrons. Quando demetilado: está ativo. Temos, então, o desenvolvimento de gatos
amarelos e obesos, com predisposição ao câncer e diabetes.
 O bisfenol reduz a metilação desse gene  TEREMOS BENEFÍCIOS COM A EXPRESSÃO DELE.
o Alimentação rica em doadores de grupo metil (ácido fólico) silenciam o gene AGOUTI  nascem com
pelos marrons e não são obesos.
o A dieta materna afeta o epigenoma: ricas em doadores de grupo metil antes ou logo após o
nascimento faz com que certas regiões do genoma continuem metiladas ao longo da vida.

GÊMEOS MONOZIGÓTICOS
 Metilação de DNA e a acetilação de histona nos gêmeos idênticos eram semelhantes no início da vida, mas os
gêmeos mais velhos tinham diferenças marcantes no conteúdo total e na distribuição de metilação de DNA e
acetilação de histona.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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 Além disso, essas diferenças afetavam a expressão gênica nos gêmeos. Essa pesquisa sugere que os gêmeos
idênticos são epigeneticamente diferentes e que as diferenças fenotípicas entre eles podem ser causadas por
expressão gênica diferenciada.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS

CITOGENÉTICA
 Estudo dos cromossomos e identificação de sua organização e composição
 Para esse estudo, devemos induzir a célula a entrar em divisão celular. É durante a metáfase que conseguimos
visualizar melhor os cromossomos individualmente

CARIÓTIPO HUMANO
 MULHERES: 44A + XX (homogamética)
 HOMENS: 44A + XY (heterogamético)

 O ser humano possui 22 pares de cromossomos autossômicos e 01 par de cromossomos sexuais


 São organizados no IDIOGRAMA, obedecendo a ordem dos maiores para os menores

CLASSIFICAÇÃO DOS CROMOSSOMOS HUMANOS

 Eles diferenciam-se em função da posição do centrômero


o O metacêntrico o centrômero está bem no meio  formação de pares muito parecidos entre si em
relação ao seu tamanho
o Submetacêntricos o centrômero está desclocado  cromossomos diferenciam-se em relação ao seu
tamanho, formando os braços curtos (p) e os braços longos (q)
o Acrocêntricos: o braço curto é realmente muito curto, com uma constrição secundária e formação de
estruturas satélites.

CROMOSSOMOS SEXUAIS
 Em fêmeas, cada ovócito recebe um cromossomo X  sexo homogamético
 Em machos, metade dos espermatozóides recebe X e a outra metade recebe Y  sexo heterogamético

ASSIM, NA NOSSA ESPÉCIE, QUEM DEFINE O SEXO SÃO OS INDIVÍDUOS DO SEXO


MASCULINO

 Quando analisamos os cromossomos sexuais, os padrões de herança diferem dos cromossomos autonômicos
 Lembrando que: no cromossomo X temos genes que não estão relacionados com a feminização. São genes
importantes tanto para a fêmea quanto para o macho.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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 Nenhum organismo sobrevive sem, pelo menos, 01


cromossomo X.
 O Cromossomo Y, por sua vez, possui genes
importantes para a masculinização.
o GENE SRY: está presente no cromossomo
Y e é responsável por determinar a
masculinidade.
o A mulher é uma mulher não por ter 02
cromossomos X, mas sim por não
possuir um cromossomo Y.

SISTEMA XY
 É responsável pela determinação do sexo.
 GENE SRY: está presente no cromossomo Y e é responsável por determinar a masculinidade.
 CROMOSSOMO X: contém informação genética essencial para ambos os sexos. Devido a isso, pelo menos
uma cópia do cromossomo X é necessária para o desenvolvimento humano.
o Dessa forma, a masculinidade é determinada pela presença do Y, e a feminilidade é determinada pela
ausência desse cromossomo.
o Seja o X, seja o Y: possuem regiões específicas e diferentes genes. Mas também possuem regiões
homólogas entre si.
 PSEUDOAUTOSSOMIA: região homóloga entre X e Y.

COMPENSAÇÃO DE DOSE
 Um cromossomo X é inativado de forma aleatória nas mulheres formando o corpúsculo de Barr, o que ocorre
para aproximar o cariótipo feminino do masculino, evitando com que fêmeas possuíssem maior
quantidade de proteínas associadas aos genes do cromossomo X  “compensando a dose”
 Como a inativação é aleatória e diferente em partes do corpo distintas, as fêmeas são um mosaico para a
expressão de genes ligados ao X.
 O fenótipo da mulher normal se diferencia do fenótipo das portadoras da Síndrome de Turner (45,X0) porque
o cromossomo X não é completamente inativado, ou seja, alguns genes escapam da inativação.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

 A escolha de qual foi inativado é aleatória. Mas depois que isso é feito, aquela linhagem é a que será sempre
inativada: seja a linhagem do pai, seja a linha da mãe. E como já vimos, não há nenhuma diferença fenotípica
nesse fato.
 O CROMOSSOMO X INATIVADO É O CORPÚSCULO DE BARR.
o O corpúsculo de Barr é igual ao número de cromossomos ‚X – 1‛.
DISPLASIA ECTODÉRMICA HIPOIDRÓTICA
 O gene que está relacionado com a produção de glândulas sudoríparas está ligado ao cromossomo X
 Caso ela seja heterozigota e tenha uma diferença entre os alelos que recebeu da mãe e do pai, vão existir
áreas do corpo em que um X está sendo expresso, determinando pele ausente de glândulas; e outras áreas
em que um outro X é expresso, agora sim determinando a presença de glândulas sudoríparas.

ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
 Implicam em síndromes e doenças genéticas.

REARRANJOS CROMOSSÔMICOS
 Alterações na estrutura do cromossomo
o Duplicações
o Deleções
o Inversões
o Translocações
VARIAÇÕES NO NÚMERO DE CROMOSSOMOS
 Alterações, como o próprio número sugere, na quantidade de cromossomos
o Euploidias
o Aneuploidias

REARRANJOS CROMOSSÔMICOS
DUPLICAÇÃO
 Há duplicação de uma região do cromossomo, ou seja, um determinado
segmento cromossômico está presente duas vezes.
 ORIGEM: crossing-over (divisão meiótica) desigual, em que um
cromossomo fica com uma duplicação e outro com uma deleção.
 CONSEQUÊNCIAS
o No heterozigoto para uma duplicação, surgem problemas no pareamento de homólogos na prófase
I, formando- se uma alça na região duplicada.
o Há também uma alteração fenotípica, uma vez que a quantidade de genes está associada à
quantidade de proteínas traduzidas.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)
 Como consequência, um dos gametas formados NÃO vai receber a parte que foi duplicada. Olhe aí uma
deleção!

DELEÇÃO
 Há perda de uma parte do cromossomo.
 ORIGEM: crossing-over desigual, em que um cromossomo fica com
uma duplicação e o outro com uma deleção.
 CONSEQUÊNCIAS
o Surgem problemas no pareamento de homólogos na prófase I da meiose, havendo a formação de
uma alça no cromossomo normal.
o Em caso de deleção do centrômero, todo o cromossomo será perdido.

 PSEUDODOMINÂNCIA: alelo deletado em um heterozigoto foi do dominante, sendo expresso o alelo


recessivo.
 GENES HAPLOINSUFICIENTES: genes que só funcionam corretamente na presença de seu alelo, ou seja, são
insuficientes para expressar o fenótipo por si só.
LEMBRE-SE:
SÍNDROMES RELACIONADAS COM A DELEÇÃO Braço longo: q
 SÍNDROME DE CRI DU CHAT –46,XY,del(5p) Braço curto: p
o SÍNDROME DO MIADO DO GATO
o Apenas pessoas heterozigotas sobrevivem devido à haploinsuficiência dos genes.
 SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN – 46,XY,del(7p)
 SÍNDROME DE WOLF-HIRSHHARM – 46,XY,del(4p)
 SÍNDROME DE PRADER-WILLI – 46,XY,del(15q11-q13) de origem paterna.
 SÍNDROME DE ANGELMAN- 46,XY,del(15q11-q13) de origem materna.

INVERSÃO
 Não existe perda e nem ganho: temos uma mudança na sequência dos
genes.
 ORIGEM: quebra cromossômica seguida de um giro de 180° do segmento
clivado.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)
INVERSÃO PARACÊNTRICA
 A região invertida não contém o centrômero.
 No heterozigoto para inversão paracêntrica, forma-se uma ALÇA DE INVERSÃO no cromossomo intacto ao
longo do alinhamento na prófase I da meiose.
o 50% de gametas viáveis – 25% normais e 25% com inversão paracêntrica.
o 50% de gametas inviáveis – 25% sem centrômero (perdido) e 25% com 2 centrômeros sofrendo
quebra na anáfase I e perdendo muitos genes.

INVERSÃO PERICÊNTRICA
 A região invertida contém o centrômero.
 No heterozigoto para inversão pericêntrica, há formação de uma ALÇA DE INVERSÃO no alinhamento da
prófase I da meiose.
o 50% de gametas viáveis – 25% normais e 25% com inversão pericêntrica.
o 50% de games inviáveis – genes em duplicados ou deletados.
 EFEITOS FENOTÍPICOS: expressão gênica em períodos e tecidos diferentes.

TRANSLOCAÇÃO
 Troca de material genético entre cromossomos não homólogos (diferença
entre ela e o crossing-over).
 NÃO RECÍPROCA: apenas um cromossomo doa material genético.
 RECÍPROCA: ambos cromossomos doam material genético.
 CONSEQUÊNCIAS FENOTÍPICAS: efeito de posição e quebras dentro de um
gene.

TRANSLOCAÇÃO ROBERTSONIANA
 Ocorre entre dois cromossomos não homólogos acrocêntricos,
cujo ponto de quebra é perto do centrômero
 Teremos a formação de um cromossomo metacêntrico a partir dos
braços maiores dos dois cromossomos e um fragmento formado pelos
braços menores, que é perdido por ter massa insignificante de DNA.
 O cromossomo metacêntrico longo é interpretado pelo organismo
como 2 cromossomos diferentes, por possuir a maior parte dos originais.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

 É importante na nossa espécie pois quando acontece entre os cromossomos 14 e 21, pode gerar um
cromossomo translocado que poderá causar a síndrome de down.

 O portador possui 1 cromossomos 21, 1 cromossomo 14 e um cromossomo translocado 14+21.


o Com isso, apesar desse indivíduo ter 45 cromossomos, o cromossomo translocado é interpretado
como 1 cromossomo 14 e 21, ou seja, É LIDO COMO SE TIVESSE 46.

SÍNDROME DE DOWN FAMILIAR


 Se origina através de uma translocação robertsoniana entre os cromossomos 14 e 21.
 Olhe na imagem acima: na formação dos gametas, caso essa pessoa portadora da translocação forme um
gameta com o tranlocado + o cromossomo 21, na hora que juntar com o do parceiro, teremos 03
cromossomos 21  tem-se a síndrome de down.
o MAS ESSE ORGANISMO NÃO TEM UMA TRISSOMIA PROPRIAMENTE DITA, JÁ QUE ELE SEGUE
COM APENAS 46 CROMOSSOMOS, OK? O ORGANISMO QUE ENTENDE QUE TEM 3
CROMOSSOMOS 21.
 Veja que interessante: quanto decorre de uma translocação robertsoniana, a doença pode ser passada de
formada hereditária. Mas quando é causada por uma trissomia, não!

CROMOSSOMO EM ANEL
 É formado através da deleção dos telômeros, que leva o cromossomo a unir suas extremidades (telômeros)

ISOCROMOSSOMO
 Cromossomo com dois braços p ou dois braços q. É formado quando a divisão do centrômero durante a
divisão celular ocorre transversalmente.

Câncer: células cancerosas podem se originar de alterações cromossômicas assim como sofrem mais alterações
cromossômicas que o normal. Ademais, elas estão relacionadas a um alto índice de deleções cromossômicas.

ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CROMOSSOMOS


EUPLOIDIAS
 Mudanças em conjuntos cromossômicos inteiros, ou seja, na ploidia.

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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GENÉTICA BÁSICA (BEV712)

 Geram abortos espontâneos na espécie humana, não havendo poliploidias (3n, 4n...).
ANEUPLOIDIAS
 Mudanças no número de cromossomos individuais.
 É ocasionada pela não-disjunção dos cromossomos durante a meiose.
 Se ocorre na anáfase I, todos os gametas são alterados. Já na anáfase II, 50% dos gametas são afetados.
o Nulissomia (2n-2): perda de um par de cromossomos, gerando aborto.
o Monossomia (2n-1): perda de um cromossomo, sendo viável apenas em cromossomos sexuais.
o Trissomia (2n+1): ganho de um cromossomo, podendo gerar descendentes viáveis

SÍNDROMES RELACIONADAS
 SÍNDROME DE TURNER – 45, X0
o Não tem corpúsculo de Barr
 SÍNDROME DE PATAU – 47,XY/XX+13
o Trissomia do 13
 SÍNDROME DE EDWARDS – 47,XY/XX +18
o Trissomia do 18
 SÍNDROME DE DOWN – 47,XY/XX +21
o Trissomia do 21
 SÍNDROME DE KLINEFELTER – 47,XXY

MOSAICISMO
 Presença de dois ou mais cariótipos diferentes em um mesmo indivíduo ou tecido, sendo as linhagens
celulares derivadas de um mesmo zigoto.
 ORIGEM: não-disjunção mitótica no desenvolvimento.
 Pode gerar síndrome de down, caso pelo menos 30% das células do organismo apresente trissomia.

QUIMERISMO
 Duas ou mais linhagens celulares em um indivíduo derivadas de mais de um zigoto.
 QUIMERA DISPÉRMICA: dupla fertilização formando dois zigotos, que se fundem nas primeiras semanas
formando um único embrião. Pode gerar o hermafroditismo verdadeiro caso os zigotos sejam de sexos
diferentes.
 QUIMERA SANGUÍNEA: troca de células, via placenta, entra gêmeos dizigóticos (derivados de zigotos
diferentes).

JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES


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