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ESCHERICHIA COLI
Por estar sobrevivendo no TGI humano, elas não tem um controle da influência ambiental. Como irão
responder aos vários estímulos? Então, pela ausência de controle do ambiente que elas vivem, vão responder
alterando as suas propriedades bioquímicas.
É internamente flexível, pois responde às mudanças ambientais alterando rapidamente sua bioquímica. Produz
enzimas e proteínas de acordo com a sua necessidade, expressando ou inibindo determinados genes
mediante a situação (flexibilidade bioquímica).
Utiliza a glicose para gerar ATP. Mas são capazes de metabolizar outros açúcares, mas sempre dando
preferência à metabolização da glicose. São exemplos de outros açúcares: Lactose; Arabinose; Maltose e
Xilose.
Além disso, se determinado aminoácido está ausente, ela vai produzir enzimas necessárias para a produção
desse aminoácido. LOGO, ELAS SÃO CAPAZES DE REGULAR A EXPRESSÃO DE GENES PARA CADA
SITUAÇÃO.
CONCEITOS BASE
GENE: região do DNA que é transcrita em RNA, o que poderá determinar a geração de proteínas.
o Genes estruturais: codificam as proteínas que atuam no metabolismo/biossíntese ou que têm função
estrutural na célula.
o Genes regulatórios: seus produtos (RNA e proteínas) interagem com outras sequências de DNA,
afetando a transcrição ou a tradução dessas sequências. Regulam, portanto, a expressão de genes
estruturais.
o Genes constitutivos: genes que são expressos continuamente (genes estruturais que não são
regulados) por codificarem produtos com funções celulares essenciais, ou seja, necessários à
manutenção da vida.
ELEMENTOS REGULATÓRIOS: são partes de sequências de DNA não transcritas (ou seja, não são genes)
presente nos genes estruturais, sendo o local de ligação dos produtos dos genes regulatórios.
ÓPERON
Quando pensamos em seres procariotos, devemos pensar em como o seu genoma está estruturado. E,
basicamente, estão organizados em óperons.
Um óperon é um grupo de genes estruturais bacterianos com funções correlatas que são transcritos juntos e
que estão sob o controle de um único promotor.
Quando esse gene promotor determina a expressão, haverá o estimulo para a transcrição daquele grupo de
genes que serão transcritos JUNTOS em uma mesma molécula de mRNA. Desse modo, esse mesmo mRNA
vai ser capaz de originar várias proteínas.
Isso é importante devido ao fato de que garante à bactéria que, como no exemplo mostrado (a direita da
imagem), o conjunto total de proteínas necessário para uma determinada via metabólica esteja todo presente.
Nenhuma enzima irá faltar.
É responsável pela regulação da transcrição desses genes estruturais ao controlar a transcrição.
o Estrutura do óperon: promotor + operador + genes estruturais (com funções correlatas).
o O operador, um elemento regulatório do óperon, faz parte do promotor e afeta a transcrição do
óperon quando há ligação com a proteína regulatória. É, basicamente, a região de ligação da proteína
regulatória, permitindo que ela execute a sua função.
Conforme podemos ver à esquerda da imagem, o GENE REGULADOR NÃO faz parte do óperon. Sua
expressão é determinada e regulada à parte.
Na presença de glicose: há pequena quantidade de AMPc na célula, não havendo formação do complexo
AMPc + CAP. Assim, a RNA polimerase não se liga com tanta frequência ao promotor, diminuindo a
transcrição do óperon lac e inviabilizando o uso da lactose como combustível.
ÓPERON trp
É um ÓPERON REPRESSÍVEL NEGATIVO, responsável pela biossíntese do aminoácido triptofano.
o Repressível sempre está ligado; Negativo sua molécula repressora está, inicialmente, inativa
Gene trpR: gene regulatório que produz proteína repressora, a qual está inativa e precisa ser ativada.
o Para isso, o trpR se liga ao domínio adicional da proteína repressora permitindo sua ligação com o
operador e, consequentemente, impedindo que a RNA polimerase se ligue ao promotor.
Genes estruturais: trpE, trpD, trpC, trpB e trpA–produzem componentes de 3 enzimas que são responsáveis
pela conversão do corismato, um substrato, em triptofano.
A repressão no sítio operador não é a única forma de regulação no óperon trp. Um exame detalhado revelou
uma região longa correspondente à 5’UTR que é transcrita a partir desse óperon.
Ela possui 4 regiões complementares [falando de bases nitrogenadas mesmo e estabelecendo ligações entre si] entre si
(1=2, 2=3, 3=4), o que permite que essa região (5’UTPR) se dobre na presença de triptofano, formando
grampos de terminação que impedem a continuação da transcrição do óperon trp.
o TRIPTOFANO ALTO: formação do grampo em 3=4, seguido de uma cauda de uracila término da
transcrição (terminação intrínseca) ESTRUTURA DE ATENUAÇÃO
o TRIPTOFANO BAIXO: formação do grampo em 2=3 a cauda de uracila não veio depois de um
grampo. Logo, não há estímulo para o fim da transcrição GRAMPO ANTITÉRMINO
REMODELAMENTO DA CROMATINA
Alteração da cromatina por proteínas SEM ALTERAÇÃO
DIRETA DA SUA ESTRUTURA QUÍMICA do DNA ou
histona. A remodelagem impacta apenas na forma
como a cromatina está estruturada.
o Complexos de remodelamento da cromatina:
fazem com que o nucleossomo se mova ao
longo do DNA, expondo algumas partes do
DNA que estavam muito condensadas,
tornando-o acessível à transcrição.
Ocorre empurrando o nucleossomo para frente.
Alterações nas caudas das histonas e a ação de
complexos remodeladores da cromatina permitem o
acesso da maquinaria de transcrição e promotores
específicos.
METILAÇÃO DO DNA
A adição de um grupo metila à citosina, formando a 5-metilcitosina, está associada à repressão da
transcrição.
Não confunda metilação do DNA com a cauda das proteínas histonas. Na metilação da cauda das proteínas
histonas, depende do aminoácido que está sendo metilado.
METILAÇÃO DO DNA NÃO É MUTAÇÃO. É algo que acontece naturalmente nos eucariotos.
A metilação do DNA acontece na citosina. Quando temos uma região metilada, obrigatoriamente um gene
será reprimido.
É mais recorrente nas ilhas CpG, locais com citosina adjacente à guanina, que são comuns em regiões
antecedentes aos promotores, ou seja, perto dos sítios de início da transcrição.
o A metilação das ilhas CpG atrai desacetilases, que removem os grupos acetila, estabilizando o DNA e
inibindo a transcrição. Já a desmetilação dessas ilhas atrai acetiltransferases, que adicionam acetil
permitindo que ocorra a transcrição.
ACENTUADORES
Afetam a transcrição em promotores (mesmo se distantes).
o Nessa região, a proteína ativadora pode-se ligar.
Proteína reguladora acentuador aproximação com o promotor (aparato basal de transcrição). E essa
interação promove a transcrição.
INSULADORES
Sequências de DNA que podem bloquear o efeito dos acentuadores.
Lembre-se: a proteína ativadora pode-se ligar à região acentuadora e estimular a transcrição a partir da
interação com a região promotora.
Contudo: como podemos ver na imagem acima, o acentuador I não estimula a transcrição do Gene B, já que
entre eles há um insulador.
o Só que esse insulador não tem efeito nenhum perante o acentuador I e Gene A ou perante o
acentuador II e gene B. Ele só impede que o acentuador I interaja com o gene B e o acentuador II com
o gene A.
A enzima Dicer corta e processa o RNA bifilamentar para produção do RNA de interferência e do miRNA, que
formam o complexo de silenciamento da transcrição juntamente com a proteína RISC.
MECANISMOS DE INTERFERÊNCIA
Clivagem do RNA mensageiro.
Inibição da tradução ao impedir o acoplamento do ribossomo.
Degradação do RNA mensageiro (independente de corte).
Silenciamento transcricional através da metilação da cromatina.
SPLICING ALTERNATIVO
EPIGENÉTICA
CONCEITOS
A epigenética se refere aos fenótipos e processos transmitidos para outras células e, às vezes, para futuras
gerações
Mudanças na cromatina e no DNA que são hereditárias, mas não envolvem alteração na sequência de bases e
nucleotídeos do DNA.
São resultantes de mudanças na expressão gênica, devido alterações na estrutura da cromatina.
NÃO é mutação e, sim, alteração da EXPRESSÃO gênica
TRAÇO EPIGENÉTICO
‚Um fenótipo herdado com estabilidade, resultante de mudanças na cromatina SEM ALTERAÇÕES NA
SEQUÊNCIA DNA‛.
o Mudanças no padrão de metilação do DNA
o Modificações químicas das proteínas histonas
o Moléculas de RNA que afetam a estrutura da cromatina
COMO ESSAS MUDANÇAS EPIGENÉTICAS SÃO MANTIDAS E REPLICADAS DURANTE O PROCESSO DE DIVISÃO?
Após replicação, metiltransferase atua na nova fita e o padrão de metilação é mantido
Veja: a fita molde se abre e cada bolinha preta (que indicam as citosinas metiladas) vai para cada uma das
fitas. Essa permanência de uma citocina metilada sinaliza para a enzima que irá adicionar um novo
agrupamento metila na cromatina. Ou seja, temos uma sinalização intrínseca. As marcas epigenéticas
permanecem durante a replicação.
O efeito metilação das histonas varia dependendo do aminoácido específico que é metilado, podendo
intensificar ou reprimir a transcrição.
o METILTRANSFERASES: colocam o agrupamento metil
o DEMETILASES: retiram o agrupamento metil
CORPÚSCULO DE BARR
Corresponde à região do cromossomo X inativado nas mulheres.
A condensação de sua cromatina o torna muito mais corado. E essa condensação é o que torna-o silenciado,
já que impede a sua comunicação com as proteínas de transcrição.
Todavia, esse cromossomo X que é inativo NÃO É INATIVADO DE FORMA TOTAL. Ou seja, existem genes
que escapam da inativação. E é isso que explica o fato de que mulheres que são XX tenham um fenótipo
diferente das mulheres que possuem síndrome de Turner, que possuem apenas um cromossomo X.
o São genes FUNDAMENTAIS que escapam dessa inativação. Esse processo não acontece ao acaso.
o Um desses genes é o gente XIST, que vai dar origem ao longo RNA não codificante, que embora não
produza proteína, ele recobre a região que será inativada.
O RNA Xist atrai PCR2 e PCR1, os quais produzem marcadores epigenéticos que reprimem transcrição. A
Região CpG é metilada (metilação das proteínas histonas), levando ao permanente silenciamento do
cromossomo X
Como já sabemos, um cromossomo X é aleatoriamente inativado. Essa marca da inativação é transmitida para
as células filhas. Assim, esse efeito epigenético, que resulta de uma mudança estável na expressão
gênica, é transmitido para toda a linhagem de células.
COMPENSAÇÃO DE DOSE
A inativação de um cromossomo X é aleatória.
As fêmeas são um mosaico para expressão de genes ligados ao X.
Em fêmeas heterozigotas, aproximadamente 50% das células expressam um alelo e 50% expressam o outro
alelo. Alguns genes escapam da inativação, por isso mulheres XX não são iguais a portadores de
Síndrome de Turner XO.
PARAMUTAÇÃO
Interação de dois alelos que leva a uma mudança que pode ser herdada na expressão de um dos alelos.
Mediada por molécula RNA.
As cópias paternas dos genes que afetam o crescimento fetal serão expressas ao máximo, enquanto as cópias
maternas do mesmo genes serão expressas de forma menos ativa ou até silenciadas.
De fato, o Igf2 segue este padrão: o alelo paterno está ativo e promove o crescimento, o alelo materno é
silenciado e não contribui com o crescimento
EPIGENÉTICA COMPORTAMENTAL
Experiências de vida, especialmente no início, podem ter efeitos duradouros no comportamento e, até mesmo,
em gerações futuras.
Padrão diferente metilação no DNA acetilação das proteínas histonas afetada e persiste na fase adulta
altera a expressão do gene do receptor glicocorticoide, importante respostas hormonais ao estresse.
DIABETES GESTACIONAL
O feto em desenvolvimento é exposto a altos níveis de glicose
Desencadeiam mudanças epigenéticas no DNA da filha
Aumento da probabilidade dessa bebê desenvolver diabetes gestacional futuramente
BISFENOL
GENE AGOUTI: presente nos mamíferos. Quando metilado: está silenciado, e permite o desenvolvimento de
ratos saudáveis e marrons. Quando demetilado: está ativo. Temos, então, o desenvolvimento de gatos
amarelos e obesos, com predisposição ao câncer e diabetes.
O bisfenol reduz a metilação desse gene TEREMOS BENEFÍCIOS COM A EXPRESSÃO DELE.
o Alimentação rica em doadores de grupo metil (ácido fólico) silenciam o gene AGOUTI nascem com
pelos marrons e não são obesos.
o A dieta materna afeta o epigenoma: ricas em doadores de grupo metil antes ou logo após o
nascimento faz com que certas regiões do genoma continuem metiladas ao longo da vida.
GÊMEOS MONOZIGÓTICOS
Metilação de DNA e a acetilação de histona nos gêmeos idênticos eram semelhantes no início da vida, mas os
gêmeos mais velhos tinham diferenças marcantes no conteúdo total e na distribuição de metilação de DNA e
acetilação de histona.
Além disso, essas diferenças afetavam a expressão gênica nos gêmeos. Essa pesquisa sugere que os gêmeos
idênticos são epigeneticamente diferentes e que as diferenças fenotípicas entre eles podem ser causadas por
expressão gênica diferenciada.
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
CITOGENÉTICA
Estudo dos cromossomos e identificação de sua organização e composição
Para esse estudo, devemos induzir a célula a entrar em divisão celular. É durante a metáfase que conseguimos
visualizar melhor os cromossomos individualmente
CARIÓTIPO HUMANO
MULHERES: 44A + XX (homogamética)
HOMENS: 44A + XY (heterogamético)
CROMOSSOMOS SEXUAIS
Em fêmeas, cada ovócito recebe um cromossomo X sexo homogamético
Em machos, metade dos espermatozóides recebe X e a outra metade recebe Y sexo heterogamético
Quando analisamos os cromossomos sexuais, os padrões de herança diferem dos cromossomos autonômicos
Lembrando que: no cromossomo X temos genes que não estão relacionados com a feminização. São genes
importantes tanto para a fêmea quanto para o macho.
SISTEMA XY
É responsável pela determinação do sexo.
GENE SRY: está presente no cromossomo Y e é responsável por determinar a masculinidade.
CROMOSSOMO X: contém informação genética essencial para ambos os sexos. Devido a isso, pelo menos
uma cópia do cromossomo X é necessária para o desenvolvimento humano.
o Dessa forma, a masculinidade é determinada pela presença do Y, e a feminilidade é determinada pela
ausência desse cromossomo.
o Seja o X, seja o Y: possuem regiões específicas e diferentes genes. Mas também possuem regiões
homólogas entre si.
PSEUDOAUTOSSOMIA: região homóloga entre X e Y.
COMPENSAÇÃO DE DOSE
Um cromossomo X é inativado de forma aleatória nas mulheres formando o corpúsculo de Barr, o que ocorre
para aproximar o cariótipo feminino do masculino, evitando com que fêmeas possuíssem maior
quantidade de proteínas associadas aos genes do cromossomo X “compensando a dose”
Como a inativação é aleatória e diferente em partes do corpo distintas, as fêmeas são um mosaico para a
expressão de genes ligados ao X.
O fenótipo da mulher normal se diferencia do fenótipo das portadoras da Síndrome de Turner (45,X0) porque
o cromossomo X não é completamente inativado, ou seja, alguns genes escapam da inativação.
A escolha de qual foi inativado é aleatória. Mas depois que isso é feito, aquela linhagem é a que será sempre
inativada: seja a linhagem do pai, seja a linha da mãe. E como já vimos, não há nenhuma diferença fenotípica
nesse fato.
O CROMOSSOMO X INATIVADO É O CORPÚSCULO DE BARR.
o O corpúsculo de Barr é igual ao número de cromossomos ‚X – 1‛.
DISPLASIA ECTODÉRMICA HIPOIDRÓTICA
O gene que está relacionado com a produção de glândulas sudoríparas está ligado ao cromossomo X
Caso ela seja heterozigota e tenha uma diferença entre os alelos que recebeu da mãe e do pai, vão existir
áreas do corpo em que um X está sendo expresso, determinando pele ausente de glândulas; e outras áreas
em que um outro X é expresso, agora sim determinando a presença de glândulas sudoríparas.
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
Implicam em síndromes e doenças genéticas.
REARRANJOS CROMOSSÔMICOS
Alterações na estrutura do cromossomo
o Duplicações
o Deleções
o Inversões
o Translocações
VARIAÇÕES NO NÚMERO DE CROMOSSOMOS
Alterações, como o próprio número sugere, na quantidade de cromossomos
o Euploidias
o Aneuploidias
REARRANJOS CROMOSSÔMICOS
DUPLICAÇÃO
Há duplicação de uma região do cromossomo, ou seja, um determinado
segmento cromossômico está presente duas vezes.
ORIGEM: crossing-over (divisão meiótica) desigual, em que um
cromossomo fica com uma duplicação e outro com uma deleção.
CONSEQUÊNCIAS
o No heterozigoto para uma duplicação, surgem problemas no pareamento de homólogos na prófase
I, formando- se uma alça na região duplicada.
o Há também uma alteração fenotípica, uma vez que a quantidade de genes está associada à
quantidade de proteínas traduzidas.
DELEÇÃO
Há perda de uma parte do cromossomo.
ORIGEM: crossing-over desigual, em que um cromossomo fica com
uma duplicação e o outro com uma deleção.
CONSEQUÊNCIAS
o Surgem problemas no pareamento de homólogos na prófase I da meiose, havendo a formação de
uma alça no cromossomo normal.
o Em caso de deleção do centrômero, todo o cromossomo será perdido.
INVERSÃO
Não existe perda e nem ganho: temos uma mudança na sequência dos
genes.
ORIGEM: quebra cromossômica seguida de um giro de 180° do segmento
clivado.
INVERSÃO PERICÊNTRICA
A região invertida contém o centrômero.
No heterozigoto para inversão pericêntrica, há formação de uma ALÇA DE INVERSÃO no alinhamento da
prófase I da meiose.
o 50% de gametas viáveis – 25% normais e 25% com inversão pericêntrica.
o 50% de games inviáveis – genes em duplicados ou deletados.
EFEITOS FENOTÍPICOS: expressão gênica em períodos e tecidos diferentes.
TRANSLOCAÇÃO
Troca de material genético entre cromossomos não homólogos (diferença
entre ela e o crossing-over).
NÃO RECÍPROCA: apenas um cromossomo doa material genético.
RECÍPROCA: ambos cromossomos doam material genético.
CONSEQUÊNCIAS FENOTÍPICAS: efeito de posição e quebras dentro de um
gene.
TRANSLOCAÇÃO ROBERTSONIANA
Ocorre entre dois cromossomos não homólogos acrocêntricos,
cujo ponto de quebra é perto do centrômero
Teremos a formação de um cromossomo metacêntrico a partir dos
braços maiores dos dois cromossomos e um fragmento formado pelos
braços menores, que é perdido por ter massa insignificante de DNA.
O cromossomo metacêntrico longo é interpretado pelo organismo
como 2 cromossomos diferentes, por possuir a maior parte dos originais.
É importante na nossa espécie pois quando acontece entre os cromossomos 14 e 21, pode gerar um
cromossomo translocado que poderá causar a síndrome de down.
CROMOSSOMO EM ANEL
É formado através da deleção dos telômeros, que leva o cromossomo a unir suas extremidades (telômeros)
ISOCROMOSSOMO
Cromossomo com dois braços p ou dois braços q. É formado quando a divisão do centrômero durante a
divisão celular ocorre transversalmente.
Câncer: células cancerosas podem se originar de alterações cromossômicas assim como sofrem mais alterações
cromossômicas que o normal. Ademais, elas estão relacionadas a um alto índice de deleções cromossômicas.
Geram abortos espontâneos na espécie humana, não havendo poliploidias (3n, 4n...).
ANEUPLOIDIAS
Mudanças no número de cromossomos individuais.
É ocasionada pela não-disjunção dos cromossomos durante a meiose.
Se ocorre na anáfase I, todos os gametas são alterados. Já na anáfase II, 50% dos gametas são afetados.
o Nulissomia (2n-2): perda de um par de cromossomos, gerando aborto.
o Monossomia (2n-1): perda de um cromossomo, sendo viável apenas em cromossomos sexuais.
o Trissomia (2n+1): ganho de um cromossomo, podendo gerar descendentes viáveis
SÍNDROMES RELACIONADAS
SÍNDROME DE TURNER – 45, X0
o Não tem corpúsculo de Barr
SÍNDROME DE PATAU – 47,XY/XX+13
o Trissomia do 13
SÍNDROME DE EDWARDS – 47,XY/XX +18
o Trissomia do 18
SÍNDROME DE DOWN – 47,XY/XX +21
o Trissomia do 21
SÍNDROME DE KLINEFELTER – 47,XXY
MOSAICISMO
Presença de dois ou mais cariótipos diferentes em um mesmo indivíduo ou tecido, sendo as linhagens
celulares derivadas de um mesmo zigoto.
ORIGEM: não-disjunção mitótica no desenvolvimento.
Pode gerar síndrome de down, caso pelo menos 30% das células do organismo apresente trissomia.
QUIMERISMO
Duas ou mais linhagens celulares em um indivíduo derivadas de mais de um zigoto.
QUIMERA DISPÉRMICA: dupla fertilização formando dois zigotos, que se fundem nas primeiras semanas
formando um único embrião. Pode gerar o hermafroditismo verdadeiro caso os zigotos sejam de sexos
diferentes.
QUIMERA SANGUÍNEA: troca de células, via placenta, entra gêmeos dizigóticos (derivados de zigotos
diferentes).