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Organização da Ação
Pedagógica
Unidade N° 1 –
Políticas Educacionais (CNE/CEB)
Introdução
Olá, seja bem-vindo!
É com muita satisfação que iniciamos a Unidade I deste curso trazendo assuntos super
interessantes acerca da Organização da Ação Pedagógica na Educação Infantil. Logo
mais, você já iniciará refletindo sobre as políticas educacionais para a Educação Básica nas
esferas públicas e privadas, nos âmbitos federal, estadual e municipal, bem como terá acesso
a conteúdos relevantes acerca da Base Nacional Comum Curricular – Etapa Educação
Infantil.
Bons estudos!
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Além da Constituição Federal, temos outras leis cujas políticas educacionais precisam
atender a requisitos que asseguram o direito à educação a qualquer cidadão. Estamos nos
referindo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96). Você já deve ter
escutado através dos canais de comunicação muitas discussões acerca deste assunto, não é
mesmo? Pois bem, ela estabelece as principais regras que devem ser seguidas pelo sistema
educacional do país cuja aplicação pode ocorrer tanto para a rede pública quanto para a rede
privada de ensino.
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Uma curiosidade: Quais as principais regras que estão definidas na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional? Lá, constam os princípios da base do sistema de educação, as
obrigações do governo no sentido de oferecer educação com qualidade aos cidadãos, a idade
adequada para cada nível de estudo que vai desde a educação infantil até o ensino superior
universitário, bem como os tipos de programas educacionais existentes como, por exemplo, a
educação básica, especial, à distância, profissionalizante e de jovens e adultos.
Vamos fazer uma pausa para reflexão: Em sua cidade, será que o Poder Público tem
cumprido o seu papel de oferecer um ensino com qualidade a todas as crianças matriculadas
na Educação Infantil? Pense, reflita e comente.
Agora, para manter você atualizado (a), vamos dialogar um pouco sobre uma
resolução que está dando o que falar! Estamos nos referindo a Resolução CNE/CEB
publicada em 9 de outubro de 2018 cujo propósito foi definir as Diretrizes Operacionais
complementares para a matrícula inicial de crianças na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental. Que tal fazer uma leitura bem resumida acerca dos pontos definidos para a
Educação Infantil? Vamos acompanhar!
● A data de corte etário em todo o território nacional, para todas as redes e instituições
de ensino, tanto públicas quanto privadas, para matrícula inicial na Educação Infantil
deverá ser aos 4 (quatro) anos de idade e no Ensino Fundamental aos 6 (seis) anos de
idade. Uma observação importante é que a criança deverá ter (quatro) anos completos
para a Educação Infantil ou 6 (seis) anos completos para o Ensino Fundamental ou
completar essas idades até o dia 31 de março do ano em que se realiza a matrícula.
● As crianças que completam 4 (quatro) anos de idade após o dia 31 de março devem
ser matriculadas em creches, primeira etapa da Educação Infantil.
● As crianças que completarem 6 (seis) anos após essa data deverão ser matriculadas na
Educação Infantil, na etapa da pré-escola.
Reflexão: O que você achou desta resolução? Você concorda com os pontos definidos?
Acompanhe a ilustração que se segue para um melhor entendimento.
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● Está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação
humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
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VOCÊ QUER LER? Que tal fazer uma breve revisão? Acompanhe a imagem!
Agora vamos desmembrar o que significa cada termo abordado pela Base Nacional
Comum Curricular, exemplos:
Portanto, definido tudo isto a BNCC reconhece que a “educação deve afirmar valores
e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais
humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL,
2013), além de alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
desenvolver: “os alunos devem desenvolver dez competências gerais que pretendem
assegurar, como resultado do seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, uma
formação humana integral que visa à construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva” (BRASIL, 2016, p. 25).
Para iniciarmos bem, se prepare que temos uma notícia interessante acerca deste
assunto: Começamos o ano de 2019 com algumas mudanças propostas pela Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Essas
alterações deverão ser implantadas até 2020 e deverão acontecer em todas as escolas do país!
Por isso, no nosso estudo iremos focar a Educação Infantil visto que representa a primeira
etapa da Educação Básica. Está pronto(a) para saber quais as principais diretrizes da BNCC
na Educação Infantil? O que continua com a Base e o que foi proposto como mudança?
Vamos começar a relacionar cada uma delas.
Os eixos estruturais da Educação Infantil e os Foco nos eixos estruturais, direitos de
documentos relativos ao segmento aprendizagem da criança e campos de
continuam os mesmos. Vale frisar que experiência. Eles já existiam, mas com a
interagir e brincar continua sendo o foco Base eles ganham um enfoque maior na
do trabalho com esses alunos. prática pedagógica e na rotina da escola.
✔ A BNCC não invalidou os documentos e Foram alteradas a divisão por faixa etária e
as leis existentes. Portanto, as diretrizes a nomenclatura. Pré-escola, por exemplo, é
educacionais anteriores à Base continuam para crianças de 4 anos a 5 anos e onze
valendo. meses.
FONTE: BNCC
Você quer ver? Que tal uma pausa para aprofundar os conhecimentos? Através do link,
confira livros, artigos e vídeos que mostram as mudanças ocorridas na Educação Infantil,
bem como referências para aplicar no seu dia-a-dia de trabalho
(https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/51/quais-sao-os-autores-que-estao-alinhados-com-a-
bncc-de-educacao-infantil).
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A seguir, vamos explicar os novos focos da BNCC na Educação Infantil. São eles, os
direitos de aprendizagem e os campos de experiências, além da divisão da faixa etária e a
nomenclatura usada para as etapas deste segmento. Vamos lá?
Um detalhe importante é que, acredito que já percebeu, todos eles são verbos de ação.
E o que isso significa na Educação Infantil? É a partir destas ações aliadas ao campo de
experiência que as crianças consolidam todos os seus direitos de aprendizagem. Por isso,
vamos detalhar cada um deles para um melhor aprendizado!
● Conviver: Aprender a conviver com outras crianças e adultos, bem como utilizar
diferentes linguagens amplia o conhecimento de si e do outro, o respeito à cultura e às
diferenças entre as pessoas.
● Explorar: Tanto na escola como fora dela é necessário explorar movimentos, gestos,
sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos,
histórias, objetos, elementos da natureza, ampliando, assim, seus saberes sobre a
cultura em suas diversas modalidades como as artes, a escrita, a ciência e a
tecnologia.
● Expressar: A criança como sujeito dialógico, criativo e sensível precisa expressar suas
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões,
questionamentos por meio de diferentes linguagens.
● O eu, o outro e o nós: É a partir da interação e do convívio com outras crianças, que
ela começa a construir sua identidade e a descobrir o outro. Quando ela chega na
escola, seu foco é seu próprio mundo (eu). Com o trabalho realizado no ambiente
escolar, ela passa a perceber seus colegas (outro) e logo mais está interagindo no meio
dos outros (nós). Em outras palavras, é na Educação Infantil que a criança amplia sua
autopercepção e a percepção do outro. Ela também aprende a valorizar sua identidade,
a respeitar os outros e a reconhecer as diferenças entre ela e seus colegas.
Segue um resumo básico sobre a Base Nacional Comum Curricular numa visão
sistêmica. Acompanhe e faça suas considerações sobre as informações apresentadas.
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Fonte: BNCC
Pois bem, acredito que você já se deparou com centenas de pessoas que consideram a
criança como um adulto em miniatura. Será que isto faz sentido? Claro que não. Vamos
provar? Tente ensinar Trigonometria a uma criança de 4 anos. Será que ela terá capacidade
para entender? Não. Isto porque ela ainda não é capaz de compreender conceitos abstratos
porque ainda está em fase de desenvolvimento.
Uma dúvida que muitos apresentam: Será que Desenvolvimento é a mesma coisa que
crescimento? Essas duas palavras embora imaginarmos ter o mesmo sentido, elas apresentam
diferenças, vejamos: Crescimento está relacionado ao tamanho e à fisiologia do corpo físico,
abrangendo, assim, o comprimento, altura da criança, peso e o tamanho de seus órgãos
internos. Já o desenvolvimento está mais relacionado ao aprendizado, ou seja, corresponde a
comportamentos tipo se a criança aprendeu a andar, falar, se consegue carregar objetos,
enfim... são situações que os pais e especialista da área observam para saber se uma criança
está se desenvolvendo bem...
Esse processo é caracterizado por marcos nos quais certos comportamentos são
esperados das crianças a partir de uma certa idade. Qual é o pai que não fica ansioso para
ouvir a primeira palavra ou vê os primeiros passos do bebê, não é mesmo? Pois bem, esses
são exemplos claro de como se dá o desenvolvimento da criança. São os pequenos
aprendizados do cotidiano que proporcionam o desenvolvimento saudável para a criança.
Vamos pensar numa situação prática: Você consegue recordar de situações que
aconteceram com você quando tinha 2 anos de idade? Quase nenhum de nós consegue porque
até então o cérebro ainda não é capaz de armazenar memórias. Com o passar do tempo, a
maturação desse órgão possibilita que a memória de longo prazo se estabeleça e, aos poucos,
a cognição comece a se desenvolver por completo. Tudo isso demora um tempo e é
importante para que a criança aprenda a viver no mundo. Por meio da aprendizagem
contínua, a criança se adapta à realidade ao seu redor, aprendendo assim, a resolver os
problemas que encontra durante a vida.
VOCÊ QUER LER? VOCÊ QUER VER? Acesse essa página e aprofunde mais seu
conhecimento acerca do desenvolvimento da criança
(https://www.significados.com.br/desenvolvimento-infantil).
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Por muito tempo, criança era um ser esquecido, sem muita importância nas políticas
públicas. Os espaços institucionais possuíam o caráter assistencialista, visando apenas o
cuidado. E os profissionais? Eles não tinham o objetivo entender a formação das crianças,
pois elas eram vistas como “pequenos adultos”.
Com a luta da sociedade civil, surgem leis que favorecem a criança. Um exemplo
prático foi a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil (1988) onde as
creches e pré-escolas começaram a fazer parte da educação. A partir deste momento, é dever
do Estado garantir a toda criança o direito a frequentar creches e pré-escolas de forma
gratuita. Leite Filho (2001, p. 31).
Após garantir este importante passo sobre o ensino com gratuidade, em 1990 temos
outro marco importante. Estamos nos referindo a aprovação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Isto fortalece ainda mais o direito da criança no campo dos direitos
humanos! A criança que antes não tinha muitos privilégios, passa a ser reconhecida como
sujeito de direitos.
Outro passo mais avante é a Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB). Nela fica estabelecido que seja garantido o desenvolvimento integral da
criança de 0 a 5 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social e,
inclusive a Educação Infantil passa a ser definida como a primeira etapa da Educação Básica.
Conheça a seguir o seu conceito conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil.
Interessante tudo isto, não é mesmo? Vamos pensar...foi preciso tantas lutas para que
a criança passasse a ser vista como um sujeito social, histórico, de direitos e que faz parte de
uma sociedade. Esse ser em desenvolvimento (a criança) passou a ter voz, ser protagonista de
sua vida. Será que hoje esses direitos acontecem naturalmente ou é preciso ainda lutar para
conquistá-los? Reflita e escreva um pequeno comentário em seu material de estudo.
Uma curiosidade para refletirmos juntos! Nas instituições de caráter educativo, como
é a prática do Cuidar, Educar e Brincar? O que se percebe é que mesmo diante de tantos
avanços, ainda há um distanciamento entre teoria e prática. Como assim? Vamos elencar uma
série de situações que ocorrem no cotidiano das organizações educativas:
Vamos reservar este espaço para construirmos pontos relevantes sobre a importância
do Cuidar, Educar e Brincar na Educação Infantil. Bem sabemos que eles são elementos que
precisam caminhar juntos para atingir resultados satisfatórios na Educação Infantil. O que
dizem os autores sobre estes termos e reflexões acerca deles. Vamos ver!
“[…] o Brincar é necessário ao ser humano, por meio do lúdico o indivíduo pode
desenvolver-se socialmente e culturalmente, construindo novos conhecimentos
RCNEI (1998, v. 01).
Brincar é uma linguagem que a criança utiliza para promover a interação entre os
demais, e que através do Brincar há o desenvolvimento de habilidades, autonomia e
criatividade por envolver o direito de comunicar-se, conviver e aprender. Crislaine
Salomão (2013).
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O cuidar, “[…] é sobretudo dar atenção a ela (criança) como pessoa que está num
contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade,
identificando e respondendo às suas necessidades”. RCNEI (1998, v. 01, p. 25)
Não resta dúvida sobre a contribuição dos verbos Cuidar, Educar e Brincar na vida de
uma criança, pois esta aliança favorece, significativamente, no processo de desenvolvimento
pleno da criança, além de proporcionar momentos mais proveitosos às crianças. Vale frisar
que embora não pareça, mas o tempo do cuidado também se constitui aprendizagem. Como
assim? Cabe ao professor explorar o lúdico, fazendo assim, de um simples momento algo
prazeroso e de contentamento, o que consecutivamente contribui para o desenvolvimento da
criança. Você concorda ou discorda desta afirmativa?
Levando em consideração tudo que foi exposto, podemos afirmar que é preciso
repensar alguns conceitos. Os espaços escolares, por exemplo, necessitam se apropriar do seu
papel social e reconhecer, compreender e perceber as reais necessidades da criança de 0 a 5
anos de idade. Para isto é imprescindível desenvolver práticas focadas no
desenvolvimento pleno da criança.
Caro aluno (a), saiba que os eixos estruturantes das práticas pedagógicas estimulam a
construção de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os
adultos, possibilitando, assim, o enriquecimento do aprendizado, o desenvolvimento e a
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socialização. Aproveite e analise a imagem abaixo para se inspirar nas suas reflexões.
A criança como sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,
fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos
sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
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Avançando um pouco mais, vamos agora refletir sobre conceitos e diferenças entre os
termos Cuidar e Educar. Vamos acompanhar as definições na visão dos autores e através de
uma imagem:
O cuidado tem como foco o outro, e o adulto deve ser receptível e sensível,
percebendo e suprindo as necessidades da criança, tais atitudes exigem proximidade,
tempo e entrega. Sonia Kramer (2005).
Com base nas definições acima, amadurecemos um pouco mais as ideias sobre o que
vem a ser Cuidar na educação infantil. Reforçamos aqui o conceito de que o Cuidar não se
restringe a apenas os cuidados básicos com a criança, mas vai muito além, envolve
comprometimento, dedicação de tempo e proximidade do professor. O profissional da
educação (o professor), por sua vez, precisa estar atento para perceber o outro (a criança)
como um sujeito ativo e capaz, que precisa ser ouvido e respeitado, e, principalmente, é um
ser que necessita desenvolver-se de forma plena e autônoma.
aprendizado, trazemos aqui um conceito da autora Jaqueline Cunha que vem com um olhar
de que o cuidar se constitui uma ação social. Você concorda? Leia abaixo:
É uma ação cidadã, da qual os professores necessitam estar atento e ter consciência
dos direitos das crianças, que é um ser ativo em todo o processo, devendo contribuir
eficientemente para que haja crescimento e desenvolvimento da criança,
considerando as necessidades da mesma, o que tornará o educador
mais humano. Jaqueline Cunha (2010).
Sobre o Educar na Educação Infantil, o que vem a ser? É um processo dinâmico que
possibilita o desenvolvimento de habilidades e a potencialização de saberes a partir de um
conjunto de ferramentas sócias afetivas e pedagógicas, num contexto de segurança e respeito
que promovam o pleno desenvolvimento da criança. Esta ação está fortemente ligado às
instituições escolares. Mas, será que as responsabilidades é apenas delas? Quem mais faz
parte deste processo? Vamos refletir...
Para início de história, não devemos considerar a escola com o papel apenas de
“transferir conhecimentos”. É algo mais que isto, pois envolve experiências e situações
significativas de aprendizagens que colaboram com o desenvolvimento do protagonismo da
criança. A partir daí, ela constrói o seu próprio conhecimento, desenvolve suas capacidades,
conquista sua autonomia e independência. O que isto quer dizer? Esta relação ultrapassa a
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educação formal, necessitando, portanto, de outros autores no processo. Quem mais seria? O
professor? A família? Sim, são peças chave no processo.
Que tal colocar em prática os conhecimentos adquiridos até agora? O que você
entendeu acerca deste trecho mencionando pela autora Adriana Lima (2002)? “Não existe
nada que a criança precise saber que não possa ser ensinado brincando.”
Vamos agora fazer uma análise entre o Cuidar e o Educar. Diante de tudo que
aprendeu até agora, responda: Será que o Cuidar e o Educar na educação infantil “andam”
juntos ou essa prática pode ser realizada de forma isolada? Tire suas conclusões com o
conceito dos autores Ana Ramos &Alberto Alegre:
Se você respondeu que Educar e Cuidar caminham juntos você entendeu direitinho os
assuntos aqui apresentados. Bem sabemos que esses elementos precisam ser revistos nas
instituições de educação infantil haja vista a importância deles no contexto educacional. Mas
em que isto implica? No aprimoramento das práticas pedagógicas junto aos professores para
que eles tenham a visão de uma Educação Infantil como um ambiente que se deve Cuidar e
Educar de forma conjunta, de forma integrada. Em outras palavras, isto quer dizer que é
necessário interagir com todos os autores (instituição escolar, professor, família, criança).
Outra questão importante é definir o papel de cada um. Sem isso de nada adianta. Cada um
vai achar que o outro é sempre o responsável por tudo. Pense nisso!
Outro destaque para este tema é que Cuidar e educar representa uma ação pedagógica
de consciência, pois estabelece uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base
em concepções. Como assim? É preciso respeitar a diversidade, o momento e a realidade,
peculiares à infância. Cabe ao professor estar atento para não transformar as ações
pedagógicas em rotinas mecanizadas. É preciso inovar, construir novos saberes, proporcionar
momentos que faça a criança crescer, refletir e tomar decisões direcionadas ao aprendizado.
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VOCÊ QUER LER? Acesse a este conteúdo rico em informações através do link
(https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/um-novo-olhar-para-o-cuidar-e-educar-
da-educacao-infantil/30061) para complementar o aprendizado sobre Um novo olhar para o cuidar e
educar da educação infantil.
Síntese
Chegamos ao final da Unidade I. Espero que você tenha gostado da aula que muito
contribuirá para sua vida profissional. Neste módulo, você teve a oportunidade de entender o
que é uma política pública que foi uma “ponte” para compreender os conceitos das Políticas
Educacionais para a Educação Básica nas esferas públicas e privadas, nos âmbitos federal,
estadual e municipal.
Você também teve acesso a conceitos diversos que definiram o que é ser criança, suas
fases do desenvolvimento, seu histórico ao longo do tempo e suas conquistas a partir de leis
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que protegeram seus direitos. Por fim, conheceu o papel do professor, instituição escolar e
das famílias como parceiros no contexto do Educar x Cuidar na educação infantil.
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Bibliografia
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica. Resolução CNE/CEB nº 4/2010.
https://novaescola.org.br/conteudo/12222/veja-o-que-mudou-ou-nao-na-idade-minima-para-
ingresso-na-educacao-infantil-e-fundamental
OLIVEIRA, Z. de M. R. Educação infantil: muitos olhares. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. 156p.
21/05/2019 18:12
Referências imagéticas: