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PROCEDIMENTOS DE GESTÃO

PG 15
GESTÃO DE RECURSOS

1. OBJECTIVO

O presente Procedimento de Gestão tem por objectivo definir a metodologia adoptada e


responsabilidades inerentes à gestão de recursos da Salsicharia Limiana, de forma a identificar e
providenciar, em tempo útil, os recursos necessários, visando melhorar os Processos de Gestão,
tendo em consideração a satisfação dos clientes e a obtenção da conformidade dos produtos.

Esta metodologia permite a identificação das necessidades de qualificação e providenciar a


formação que satisfaça estas necessidades, avaliando a eficácia da formação ministrada no sentido
de assegurar que as atividades são desenvolvidas por pessoas devidamente qualificadas.

É igualmente definido o método para a identificação e admissão de novos colaboradores.


Garantindo a identificação e disponibilização dos recursos de forma a atingir os objetivos da
organização.

2. DEFINIÇÕES

Ambiente de trabalho – Conjunto de condições sob as quais o trabalho é executado. Ex: higiene,
limpeza, arrumação, temperatura, humidade, iluminação, ventilação, ruído, interacção social.

Competência – Capacidade demonstrada de aplicar conhecimentos e saber fazer.

Eficácia – Medida em que as actividades planeadas foram realizadas e conseguidos os resultados


planeados.

Formação – Processo para proporcionar e desenvolver conhecimentos, aptidões e comportamentos


para satisfazer os requisitos.

Infraestrutura – Sistema de instalações, equipamento e serviços necessários para o funcionamento


de uma organização. Ex: instalações fabris, equipamentos produtivos, tecnologias de informação e
de comunicação (computadores, telemóveis), meios de transporte.

3. REFERÊNCIAS

IFS FOOD Versão 7

Manual de Gestão Integrado

Procedimentos de Gestão

Ata de Reunião

Manual de acolhimento

Plano de formação

Levantamento necessidades de formação

Ficha de recrutamento

Registo de Ação de Formação

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Registo de Ação de Sensibilização

Avaliação da eficácia da formação

Ficha individual do colaborador

Descritivo de Funções

4. RESPONSABILIDADES

RESPONSÁVEL FUNÇÕES

 Aprovar a aquisição de recursos;


ADJUNTOS
 Aprovar a entrada de novos colaboradores;
GERÊNCIA
 Aprovar o Plano de Formação.

 Coordenar anualmente, junto dos responsáveis de Departamento, o


Levantamento das Necessidades de Formação dos colaboradores;

 Elaborar o Plano de Formação;


DIREÇÃO DA  Desenvolver todas as ações necessárias à concretização do Plano de
QUALIDADE E Formação;
SEGURANÇA
 Assegurar a avaliação da eficácia das ações realizadas;
ALIMENTRA
 Gerir todas as formações realizadas internamente;

 Elaborar o Registo de Ação de Formação, sempre que ocorram


formações internas.

 Manter o Manual de Funções devidamente atualizado;

RESPONSÁVEL  Garantir a manutenção e arquivo de todos os documentos relativos aos


RECURSOS recursos humanos, incluindo cópias dos Certificado de Formação,
HUMANOS quando ocorre formação externa;

 Manter atualizada a Ficha Individual de Formação de cada colaborador.

5. PROCEDIMENTO

A identificação da necessidade de recursos compete, em primeira instância à Gerência que é


responsável pela definição da estratégia, pelas decisões de investimento e pela gestão global dos
recursos da Salsicharia Limiana.

A identificação da necessidade de recursos técnicos e humanos, infraestruturas e ambiente de


trabalho é realizada, na reunião anual de revisão do Sistema de Gestão Integrado. No entanto,
sempre que seja identificada a necessidade de recursos, esta é comunicada à Gerência pelos
responsáveis dos processos.

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5.1. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

A Salsicharia Limiana tem definido uma estrutura organizacional hierarquizada, suportada no Manual
de Funções no qual são identificadas e caracterizadas as diversas funções, incluindo competências e
responsabilidades para cada função.

5.1.1. Recrutamento e Selecção de Novos Colaboradores

Quando se decide o recrutamento de um candidato devem ser requisitados os comprovativos (ex.:


certificados) que comprovem o cumprimento dos requisitos mínimos.

De forma a permitir uma melhor e mais rápida adaptação e integração dos novos colaboradores na
Salsicharia Limiana, a Gerência analisa as necessidades de admissão e adequação do colaborador à
função com base nos requisitos mínimos definidos para a função. Os novos colaboradores ficam
sujeitos a um período de experiência de acordo com a legislação em vigor.

Após a aprovação da admissão do novo colaborador pela Gerência, o Responsável do Departamento


de Recursos Humanos deve constituir o dossier individual do colaborador.

5.1.2. Admissão e Integração

Após a seleção e aprovação de um novo colaborador, compete ao Departamento de Recursos


Humanos, solicitar junto do mesmo os seguintes documentos:

 Cartão de Cidadão ou Bilhete Identidade, Cartão Identificação Fiscal e Cartão Segurança


Social;

 Comprovativo de Morada;

 Comprovativo do NIB;

 Certificado de Habilitações e Formação (apenas para funções que o exijam).

A admissão do novo colaborador é da responsabilidade do Departamento de Qualidade que garante


a sua integração na Empresa através da:

 Entrega do Manual de Acolhimento e Integração seguida de uma breve explicitação do seu


conteúdo e da sua importância para a criação de um bom ambiente de trabalho (regras
básicas de higiene e segurança alimentar a cumprir numa indústria alimentar;);

 Breve explicação das regras de funcionamento da Empresa;

 Entrega formal das tarefas inerentes à função do novo colaborador;

 Entrega do uniforme de trabalho; utensílios de trabalho e EPI´s, devidamente identificados;

 Apresentação do respetivo cacifo;

 Apresentação das instalações da Empresa;

 Explicação das boas práticas ambientais que a Empresa tem implementadas e a


necessidade do seu cumprimento.

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Aquando da sua colocação no respetivo posto de trabalho é ministrada ao colaborador, formação in


loco, realizada pelo responsável de secção (ou por quem este delegar) de modo a ficar capacitado
para o desenvolvimento das atividades inerentes à função a desempenhar. O registo desta formação
é efetuado no impresso Registo de Acolhimento e Integração de Novo Colaborador.

Após um mês da admissão do colaborador, é da responsabilidade dos departamentos envolvidos a


realização da avaliação dos conhecimentos adquiridos pelo colaborador.

Quando o novo colaborador não possuir os requisitos mínimos para a função, definidos no Descrição
de funções, deverá ser-lhe ministrada a formação necessária.

A avaliação da eficácia da ação será realizada após 3 meses, pelo responsável pela formação, e
deverá ser registada.

5.1.2. Definição de Funções

No processo de admissão e integração do novo colaborador, é comunicado formalmente todas as


tarefas inerentes à função a desempenhar, contudo sempre que haja alteração das funções será
entregue ao colaborador o Descritivo de Funções, com as novas tarefas e responsabilidades.

5.1.3. Formação

A Gerência compromete-se a proporcionar a adequada formação e qualificação aos seus


trabalhadores, de forma a garantir a segurança alimentar dos produtos que fabrica e comercializa.
Deste modo, é ministrada, anualmente, formação relativa à segurança alimentar. Esta formação
aborda especialmente a vivência diária dos manipuladores, incluindo as principais dificuldades que
apresentam na implementação das regras de segurança alimentar e permite a revisão dos
conhecimentos e práticas.

5.1.3.1. Planeamento da Formação

Com base no diagnóstico de necessidades, na pesquisa de cursos disponíveis e/ou na possibilidade


de candidatura a programas financiados, a Direção de Qualidade e Segurança Alimentar elabora e
propõe aos respetivos responsáveis, o Plano de Formação.

Cabe à Gerência ou AG aprovar o Plano de Formação e identificar os colaboradores a participarem


na formação.

O Departamento da Qualidade e Segurança Alimentar, coordena anualmente o levantamento de


necessidades de formação, através do contacto direto com os responsáveis ou por distribuição do
SL 002 – Levantamento necessidades de formação a todos departamentos.

Para além da informação resultante da análise do SL 002, e do levantamento efetuado por contacto
direto no interior da empresa, podem utilizar-se as seguintes ferramentas de diagnóstico:
Levantamento de indicadores diversos (taxas absentismo, reclamações clientes, avaliação
desempenho, volume vendas, não conformidades produto/serviço, produtividade, custos não

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qualidade, n.º acidentes de trabalho, outros indicadores relevantes); Análise de funções; Requisitos
legais, etc...

Os resultados do levantamento são devidamente analisados com a Gerência ou Adjuntos da


Gerência até final do 1º trimestre do ano em curso, dando origem ao Plano de Formação, tendo em
consideração os seguintes aspetos críticos: nº de horas exigido pela legislação em vigor,
desempenho na função, novos processos/atividades e melhoria contínua.

As ações de formação e os seus conteúdos são revistos e atualizados sempre haja alterações, em
questões especificas de Qualidade, Segurança Alimentar, Ambiente, requisitos legais e modificações
de produtos/processo.

A coordenação, organização e realização das ações de formação constantes do Plano de Formação


e arquivo da respetiva documentação, deve ser realizada de acordo com o tipo de formação:

5.1.4 – Formação Realizada e Acompanhada Internamente

Esta formação pode ser realizada por formadores internos ou externos, desde que seja evidenciado
para os mesmos:

- Experiência/competência demonstrada face aos objetivos gerais/específicos identificados para o


curso a ministrar, experiência de pelo menos 1 ano no âmbito pretendido (verificado pela análise do
Curriculum Vitae).

Cabe ao Responsável do Departamento de Qualidade e Segurança Alimentar garantir o


planeamento, seleção de formadores, identificação de recursos necessários à realização da ação,
assim como, organizar e arquivar toda a documentação associada à formação.

Aquando da realização da ação deve ser preenchido o SL 004 – Registo de Formação Interna.

5.1.5 - Formação realizada e acompanhada por Entidades Externas

No caso da formação ser realizada e gerida por uma entidade externa, esta deve ser “Acreditada”,
isto é, devidamente reconhecida pela legislação em vigor em termos de formação profissional.

Cabe ao Responsável do Departamento de Qualidade e Segurança Alimentar desenvolver os


contactos com as entidades externas, efetuar a inscrição dos colaboradores, e verificar as ações a
iniciar confirmando com a gerência as datas e horários da sua realização.

Após a conclusão da ação o Responsável do Departamento de Qualidade e Segurança Alimentar


deve solicitar à entidade de formação externa o certificado de Frequência de Formação Profissional.

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5.1.6 – Atualização do cadastro Individual de Formação

Para cada colaborador da organização deve ser organizado um dossier individual do histórico de
formação, onde devem ser registadas todas as formações e arquivadas cópias dos
certificados/declarações de Frequência de Formação Profissional.

No final da ação o Responsável do Departamento de Qualidade e Segurança Alimentar deve


disponibilizar ao Responsável do Departamento de Recursos Humanos, a seguinte informação:

- Original/Cópia do certificado para ser entregue ao formando, ou

- SL 004 – Registo de Formação Interna – no caso de se tratar de ações de formação interna em


contexto de trabalho com duração inferior a 4 horas.

Com base na informação identificada anteriormente, cabe ao Responsável do Departamento de


Recursos Humanos atualizar o histórico de formação de cada colaborador no SL 008 - Registo
individual de Formação.

Deverão ser mantidas atualizadas as Fichas de Aptidão de cada colaborador.

5.1.7 - Avaliação da Eficácia da Formação

A Salsicharia Limiana realiza a avaliação da eficácia de formação em diferentes níveis:

 Quando a ação de formação tem por objetivo habilitar os colaboradores a realizarem uma
atividade, isto é, proporcionar competências saber-fazer é realizada avaliação da eficácia, tendo
em conta o tipo de formação ministrada. O método de avaliação, o responsável e o período de
realização da mesma encontra-se definido no Programa de Formação, e é realizado através do
preenchimento do registo Avaliação do Impacto da Formação.

 Quando o objetivo da ação de formação for a aquisição de conhecimentos, isto é, proporcionar


competências saber-saber, apenas é realizada autoavaliação por parte do formando, através do
preenchimento do registo Autoavaliação do Impacto da Formação, no período definido.

Atendendo à tipologia da formação e caso não seja possível a realização da avaliação, tendo como
base os registos mencionados anteriormente, será realizado um relatório de apoio à avaliação da
eficácia da formação.

Relativamente à formação de acolhimento e integração de um novo colaborador, a avaliação da


eficácia é realizada diretamente no Registo de Acolhimento e Integração de Novo Colaborador. A
avaliação é considerada eficaz sempre que o colaborador cumpra com todos os requisitos
mencionados na avaliação, caso contrário será ministrada nova formação com posterior avaliação.

Os resultados das avaliações de eficácia são registados na Ficha Individual de Formação do


colaborador.

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