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Transtorno de personalidade Borderline

É também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe que afeta a maneira como a
pessoa pensa, sente e interage ao seu redor, ele gera sofrimento para quem vivencia, para as
pessoas que convivem com o seu portador.

A causa ainda é pouco compreendida, especula-se a interação de fatores genéticos biológicos


e ambientais, o distúrbio é complexo e desafio os estudiosos, afetando de modo muito forte a
qualidade de vida da pessoa, tendendo a acompanhar o indivíduo a vida inteira.

SINTOMAS
INSTABILIDADE EMOCIONAL: Individuo muda de humor muito rapidamente

IMPULSIVIDADE: O Indivíduo age com precipitação guiado por impulsos que não controla.

BAIXA AUTOESTIMA: O Individuo tem dificuldades de se aceitar e projete no ambiente seus


problemas.

DEPENDENCIA EMOCIONAL: Medo do abandono, de ser rejeitado, carência afetiva.

TENDÊNCIA A CRIAR RELACIONAMENTOS instáveis e até mesmo auto destrutivos.

ARÉA CEREBRAL AJETADA


CORTEX PRÉ-FRONTAL INATIVO OU DEFICIENTE: gera dificuldade de controlar impulsos e
emoções.

AMIGDALA MENOR OU ATROFIADO: Controlar o medo e a agressividade.

HIPOCAMPO EM ESTADO DE HIPERESCITAÇÃO: Dificuldade para lidar com memorias de curto


e médio prazo bem como processar emoções.

CORTISOL EM EXCESSO: Dificuldades grandes em lidar com sobrecarga de estresse.

NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS
SEROTONINA: neurotransmissores responsáveis pelo humor, emoções, impulsividade, quando
em baixa, podem gerar comportamentos e impulsos instáveis.

DOPAMINA: neurotransmissores que regula o mecanismo de recompensa no cérebro, e que


pode em desequilíbrio gerar comportamentos impulsivos, agitação, depressão, etc.

GLUTAMATO: neurotransmissores excitatórios associado controle e comunicação entre células


nervosas, seu desequilíbrio pode gerar desregulação emocional e desequilíbrio.

GABA: neurotransmissores inibitórios que regula a excitação das células nervosas seu
desequilíbrio pode gerar instabilidade emocional e falta de controle emocional.
TRATAMENTO: envolve psicoterapia e uso de medicação, a pessoa pode desenvolver
dependência por uso de substancias toxicas, o suicídio também é uma possibilidade.

MEDICAÇÃO: embora não exista um medicamento especifico para TPB é possível tratar os
sintomas específicos associados aos transtornos associados como depressão, ansiedade ou
impulsividade, podendo usar antidepressivos estabilizantes de humor e antipsicóticos
dependendo da situação.

PSICOTERAPIA: visa ajudar o indivíduo a trabalhar questões pessoas, reforçar a autoestima,


principalmente suporte familiar e emocional.
PRINCIPAIS CLASSES DE MEDICAMENTOS
CLASSES EXEMPLOS MECANISMOS INDICAÇÃO
TERAPEUTICAS DE AÇÃO
ALTERAÇÕES NA
ASENAPINA ANTAGONISTA DOS SENSOPERCEPÇÃO,
ARIPIPRAZOL RECEPTORES DE IMPULSIVIDADE,
ANTIPSICÓTICOS RISPERIDONA 5-HT2 DESREGULAÇÃO
ATÍPICOS QUETIAPINA AFETIVA E
DESTURBIOS
COGNITIVOS
PERCEPTIVOS
ANTIPSICÓTICOS HALOPERIDOL ANTAGONISTA DE ALTERAÇÕES NA
TÍPICOS CLORPROMAZEPINA RECEPTOR D2 SENSOPERCEPÇÃO
IMPULSIVIDADE DE
DESREGULAÇÃO
AFETIVA
INDICADORES CITALOPRAM IINIBEM A SINTOMA
SELETIVOS DE FLUOXETINA RECAPTAÇÃO DE DEPRESSIVOS E
RECAPTAÇÃO DE ECITALOPRAM SEROTONINA DESREGULAÇÃO
SEROTONINA ISRS EMOCIONAL
LITÍO:
INTERFERÊNCIA NA
FORMAÇÃO DE IP3 E DESCONTROLE
CARBAMAZEPINA CAMP, ESTABILIZA IMPULSIVO-
ESTABILIZADORES LAMOTRIGINA LITÍO POTENCIALDE COMPORTAMENTAL
DE HUMOR VALPROATO DE MEMBRANA DESREGULAÇÃO
SÓDIO ATRAVÉS DA EMOCIONAL
SIMULAÇÃO DO AFETIVA E
PAPEL DE Na+ EM IMPULSIVIDADE
TECIDOS EXCITÁVEIS,
INIBEM ISOFORMAS
DE GLICOGÊNIO
SÍNTASE QUINASE
3(GSK3)
TRANSTORNO DEPRESSIVOS
É um transtorno mental crônico e recorrente de alta prevalência capaz de gerar atenção de
humor caracterizado por tristeza, sentimentos de amargura desesperança, baixa autoestima e
culpa, bem como alteração do sono e apetite, seu índice global de recorrência é de 16,2%.

Sintomas Principais: irritabilidade, angustia, ansiedade, insônia, desinteresse, pela vida, mal
humor, perda de peso, baixa autoestima, sensação de vazio e etc.

Áreas do cérebro mais afetadas


Amigdala: Faz parte do sistema límbico, das emoções: alegria, tristeza, prazer, dor e etc.

Tálamo: Atua como filtro das sensações, dirige situações como comportamento, movimento
pensamento e aprendizagem.

Hipocampo: Faz parte do sistema límbico, processa emoções, memorias, tende a ser menor
em pessoas deprimidas.

NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS
Serotonina: Promove a sensação de bem estar é chamada de substancia de prazer, sua falta
pode desencadear depressão, estresse e ansiedade, pessoas depressivas possuem menos
serotonina.

Noradrenalina: Regula humor, aprendizado, memoria e a disposição, está relacionada a


depressão física e mental, sua diminuição pode alterar a frequência cardíaca e a pressão
arterial.

Dopamina: envolvido no controle motor, cognição, prazer e compensação, humor e funções


endócrinas está associada ao sistema de recompensa.

TRATAMENTO
O tratamento inclui, psicoterapia e incluindo e o uso de medicação, visitas de especialistas.

As principais classes de antidepressivos


SNRI (Inibidor de recaptação de serotonina e noradrenalina)
SNDRIs (inibidores de tripla recaptação)
SSRI (inibidor seletivo de recaptação de serotonina)
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS

ANTIDEPRESSIVOS TRÍCLICOS (TCAs)


ANTIDEPRESSIVOS TETRACÍCLICOS (ADT)

IMAO (INIBIDOR DA MONOAMINA OXIDASE)

OS INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA

Permitem o acumulo de serotonina na fenda sináptica, aumentando sua disponibilidade.

Ex. Fluoxetina, sertralina, citalopram, escitalopram, fluvoxamina.

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina se ligam a seus


transportadores de forma reversiva e com pouca afinidade.

Ex. desvenlafaxina, venlafaxina, duloxina.

ANTIDEPRESSIVOS TRÍCICLICOS (ADT)

Eram muito usados nos anos 80,90 são usados naquelas depressões que não respondem aos
antidepressivos comuns.

Ex. Desipramina, notriptilina, Doxetina, Amitriplina e etc.

MODULADORES DE RECEPTOR 5-HT2


Atuam como antagonistas de receptor aumentando a oferta e a disponibilidade da serotonina.

Ex. trazodona, nefazodona, ventroxetina.

ANTIDEPRESSIVOS TETRACÍCLICOS E UNICÍCLICOS


São considerados fármacos atípicos e usados em casas especifica usados em sintomatologias
mais incapacitantes, por exemplos pacientes com perda de sono e fome se beneficiam de
mirtazepina, se for de origem sexual devem usar, bupropiona, não são a primeira linha de
tratamento.

Ex. Mirtazapina, Amoxapina, Bupropiona, velazodona e matratilina.

INIBIDORES DE MONOAMINOXIDASE
São a primeira linha de antidepressivos modernos, foram usados na década de 5, hoje
raramente são usados devido a sua toxicidade e interações alimentares e medicamentosas
potencialmente letais.

Ex. Fenelzina, Isocarboxazida, Tranilcipromina, Selegina e Moclobemida.

ANTIDEPRESSIVOS MELATONÉRGICO
Atua como um agonista melatonérgico (MT1/MT2) e um agonista do receptor do receptor de
5-HT2C, aumentando a melatonina e a serotonina.

Ex. Agolamelatina
ESQUIZOFRENIA
É um transtorno psiquiátrico crônico e complexo que afeta o cérebro, gerando uma serie de
sintomas que impactam a vida, o pensamento, as emoções e o comportamento da pessoa.

CAUSAS
É tida como multifatorial, causas genéticas ambientais parecem se associar, calcula-se que
atinja 1,6 milhões de pessoas no Brasil.

ÁREAS DO CEREBRO ATINGIDAS


Tálamo: Anormalidades no tálamo podem contribuir para alucinações e distorções sensoriais.

Córtex temporal: Alterações no córtex temporal estão associadas a alucinações auditivas, que
são um sintoma comum da esquizofrenia.

Hipocampo: Alterações no hipocampo podem contribuir para sintomas de desorganização


cognitiva e perturbações da memória.

Córtex Pré-Frontal: Disfunções nessa região podem levar a sintomas cognitivos e emocionais
da esquizofrenia.

Frequentemente em pacientes com sintomas negativos intensos.

NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS
DOPAMINA: A teoria dopaminérgica foi a primeira hipótese neuroquímica da esquizofrenia.

Possui relatos de que desregulações do sistema dopaminérgico pode eventualmente


desencadear psicose, diminuição da cognição, problemas motores, sintomas positivos na
esquizofrenia, delírios.

GLUTAMATO: Teoria glutamatérgica. Anormalidades na transmissão glutamatérgica podem


contribuir para os sintomas negativos e cognitivos.

SEROTONINA: Teoria serotoninérgica. Alterações no sistema serotoninérgico também podem


estar envolvidas nos sintomas emocionais da esquizofrenia.

GABA: Anormalidades no sistema GABA podem contribuir para a disfunção neural na


esquizofrenia.
SINTOMAS
SINTOMAS NEGATIVOS SINTOMAS POSITIVOS
EMBOTAMENTO AFETIVO ALUCINAÇÕES
Expressão facial inalterada Auditivas
Diminuição dos movimentos espontâneos Vozes que fazem comentário
Pobreza de gestos expressivos Vozes que conversam entre si
Pouco contato visual Somáticas
Diminuição ou ausência de resposta afetiva Táteis
Afeto inapropriado Olfativas
Falta de modulação vocal Visuais
ALOGIA DELÍRIOS
Pobreza de fala Persecutórios
Pobreza de conceito da fala De Ciúmes
Bloqueio do pensamento Pecado
Maior latência de resposta Grandiosidade
Religiosos
Somáticos
De referência
De ser controlado
De leitura da mente
Transmissão de pensamento
Inserção de pensamento
Retirada de pensamento
ABULIA-APATIA COMPORTAMENTO BIZARRO
Deficiência nos cuidados pessoais Roupas
Falta de persistência no trabalho ou nos Aparência
estudos anergia física Comportamento social
Comportamento sexual
Agressivo/Agitado
Repetitivo/estereotipado
ANEDONIA ALTERAÇÃO FORMAL DO PENSAMENTO
Poucos interesses Descarrilamento
Poucas atividades recreativas Tangencialidade
Comportamento das relações afetivas Incoerência
Poucos relacionamentos com amigos Falta de logica
Fala acelerada
Reverberação
Neologismo
ATENÇÃO
Diminuição de concentração

FONTE: ADAPTAÇÃO DE ANDREASEN,1987


SINTOMAS
PENSAMENTO SUICIDA SINTOMAS EM ADOLESCENTES
Entre 5% e 6% das pessoas com Os sintomas da esquizofrenia em
esquizofrenia comentem suicídio, cerca de adolescentes são semelhantes aos de
20% tentam, e uma quantidade muito maior adultos, mas a condição pode ser mais difícil
têm pensamentos suicidas significativos. de reconhecer. Isso pode ser em parte
porque alguns dos primeiros sintomas da
esquizofrenia em adolescentes são comuns
para o desenvolvimento típico durante a
adolescência.

DIAGNÓSTICO
A avaliação do médico é tomada por bases em critérios específicos, exames de laboratório e de
imagem para descartar a possibilidade de outros problemas de saúde e psicose.

Não existe um exame diagnóstico definitivo para esquizofrenia. O médico estabelece o


diagnostico com base numa avaliação abrangente do histórico da pessoa e da sua
sintomatologia.

Deve-se excluir também o abuso de substancias que possam causar os mesmos sintomas.

O diagnostico pode incluir exames físicos; testes e exames toxicológicos, bioquímicos e de


imagem e avaliação psiquiátrica.

Será diagnosticada quando ambos os critérios a seguir estão presentes:

Dois ou mais sintomas característicos (delírios, alucinações, fala desorganizada,


comportamento desorganizado, sintomas negativos) persistem por mínimo, seis meses.

Esses sintomas causam deterioração significativa no desempenho profissional, escolar ou


social.
FASES DA ESQUIZOFRENIA
Pré-mórbida: Nem sempre manifestam sintomas, mas podem apresentar prejuízos na sua
competência social, desorganização de pensamentos, distorção perceptiva e anedonia, a
pessoa prefere se isolar ou possui ansiedade social e déficit cognitivo.

Prodrômico: O termo prodrômico significa um conjunto de sintomas que preexistiam antes de


alguma doença. O paciente tem a sensação de que algo está para acontecer, o que muda o seu
comportamento. Ele tende a se isolar e pode manifestar sintomas psicóticos breves e
transitórios.

Prodrômica avançada: Quanto surgem sintomas subclínicos, tais como, afastamento,


isolamento, desconfiança, irritabilidade, pensamentos incomuns, distorções perceptivas e
desorganizadas;

 Precoce da psicose: se caracteriza pela presença de sintomas ativos e intensos.


 Intermediária: Ocorre quando os períodos sintomáticos são variáveis ou contínuos,
apresentando piora nos déficits funcionais.
 Tardia do transtorno: embora haja um padrão no transtorno, os sintomas ainda são
variáveis e a incapacidade pode estabilizar ou diminuir.

TIPOS
DSM-5 abandonou a divisão da esquizofrenia em subtipos, anteriormente
classificados como:

 Esquizofrenia Paranoide- Como predomínio de alucinações e delírios.


 Esquizofrenia Desorganizada (hebe frênico) -predominante pensamento e
discurso desconexo.
 Esquizofrenia Catatônica-Onde o paciente apresenta mais alterações posturais, com
posições bizarras mantidas por longos períodos e resistência passiva e ativa a
tentativas de mudar a posição do indivíduo.
 Esquizofrenia Residual-Quando os sintomas de esquizofrenia permaneciam de
maneira discreta após a remissão do transtorno.
 Esquizofrenia Indiferenciada: Era atribuída à pacientes que não se enquadravam
perfeitamente em um dos tipos de esquizofrenia estabelecidos, no entanto,
apresentavam alguns ou uma soma de sintomas característicos das manifestações da
doença.
CLASSES MEDICAMENTOSAS
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
(DE PRIMEIRA GERAÇÃO)
MEDICAMENTOS: Haloperidol, MEDICAMENTOS: Clozapina, Olanzapina,
Clorpromazina, Flufenazina Quetiapina, Risperidona
Começou a ser utilizado em 1952, e Surge a partir da necessidade de diminuir os
revolucionou a indústria farmacológica, pois efeitos colaterais e atuar também nos
não havia outros tratamentos e eficazes na sintomas negativos da doença
época.
Como age no organismo: atua apenas nos Como age no organismo: atua tanto nos
sintomas positivas da doença: Agitação sintomas negativos quanto nos sintomas
psicomotora, agressividade, impulsividade positivos da doença
Mecanismo de ação: esses medicamentos Mecanismo de ação: Esses medicamentos
funcionam bloqueando principalmente os também afetam os receptores de dopamina,
receptores de dopamina no cérebro. A mas sua ação é mais especifica e menos
hipótese da dopamina excessiva é uma propensa a causar efeitos colaterais
teoria comum para a esquizofrenia, onde se extrapiramidais. Além disso afetam outros
acredita que um desequilíbrio nos níveis de neurotransmissores como a serotonina, o
dopamina está associado a seus sintomas que pode ajudar a aliviar sintomas negativos

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