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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER


CURSO DE LICENCIATURA/SEGUNDA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

A UTILIZAÇÃO DE JOGOS NAS OPERAÇÕES DE MULTIPLICAÇÃO E


DIVISÃO NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

MANOEL DA SILVA – 593370

SANTANA – AP
FEVEREIRO/2024
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 03
2. ENSAIO PEDAGÓGICO 04
2.1. O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico 05
2.2. Fundamentação Teórica 10
2.3. Material didático: criação e reflexão 11
2.4. Práxis e relatório de evidências 20
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
REFERÊNCIAS 23
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1. INTRODUÇÃO

Realizar o estágio curricular é uma etapa fundamental no percurso de


formação profissional, pois proporciona experiências práticas que
complementam e enriquecem os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.
Nesse sentido, este relato apresenta minha vivência durante o estágio
realizado no contexto do Ensino Fundamental II, com foco nas operações de
multiplicação e divisão, na "Escola X", uma instituição pública localizada na
zona rural do município de Afuá, na região amazônica.
O estágio foi estruturado de forma a integrar teoria e prática, visando
proporcionar uma experiência significativa e enriquecedora para minha
formação como educador. As atividades desenvolvidas incluíram observação
participativa, elaboração de plano de aula, regência de classe, criação de
material didático e reflexão sobre a prática pedagógica.
Ao longo deste relato, serão apresentadas as principais aprendizagens e
reflexões decorrentes do estágio, bem como uma análise crítica das atividades
desenvolvidas, destacando a importância do uso de jogos nas operações de
multiplicação e divisão como estratégia pedagógica para tornar o ensino da
matemática mais atrativo e eficaz.
Realizar o estágio curricular representa uma oportunidade única de
integração entre teoria e prática, possibilitando uma imersão no contexto
educacional e o desenvolvimento de habilidades essenciais para a atuação
profissional. Nesse sentido, este relato apresenta minha experiência durante o
estágio realizado no âmbito do Ensino Fundamental II, com enfoque nas
operações de multiplicação e divisão, na "Escola X", uma instituição pública
situada na zona rural do município de Afuá, região amazônica do Pará.
Os objetivos deste estágio foram delineados com o propósito de
aprimorar minhas habilidades pedagógicas, compreender a realidade
educacional da comunidade ribeirinha de Afuá e explorar estratégias
inovadoras para o ensino da matemática. A metodologia adotada envolveu uma
abordagem participativa, centrada no diálogo entre teoria e prática, com ênfase
na elaboração de atividades contextualizadas e no uso de recursos didáticos
diversificados.
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Durante o período de estágio, tive a oportunidade de realizar uma série


de atividades, que incluíram a observação participativa das aulas, a elaboração
de planos de aula, a regência de turmas, a criação de material didático e a
reflexão sobre a prática pedagógica. Essas atividades foram desenvolvidas de
forma articulada, visando proporcionar uma experiência abrangente e
significativa no campo da educação matemática.
A "Escola X" se destaca por sua localização privilegiada na zona
ribeirinha de Afuá, onde os alunos têm contato direto com a natureza
exuberante da Amazônia e com as atividades econômicas típicas da região,
como a extração do açaí, a pesca do camarão e a extração de madeira. Essa
realidade singular proporcionou um ambiente propício para a realização do
estágio, permitindo uma integração entre os conteúdos curriculares e a vivência
cotidiana dos estudantes.
Ao longo deste relato, serão abordados os principais desafios
enfrentados durante o estágio, as aprendizagens construídas ao longo do
processo e as reflexões críticas sobre o papel do educador na promoção de
uma educação de qualidade e contextualizada. Destaca-se ainda a importância
do uso de jogos como estratégia pedagógica para tornar o ensino da
matemática mais atrativo e eficaz, levando em consideração as características
e necessidades específicas dos alunos da "Escola X".

2. ENSAIO PEDAGÓGICO

Ao longo do meu estágio, pude participar de diversas atividades que


contribuíram significativamente para o meu aprendizado e para a compreensão
das práticas pedagógicas relacionadas ao ensino de matemática,
especificamente operações de multiplicação e divisão, para alunos do 6º ano
do Ensino Fundamental II. Algumas dessas atividades incluíram observação
participativa em sala de aula, elaboração de planos de aula, docência,
elaboração de materiais didáticos, execução de atividades da rotina
profissional, como correção da lição de casa, organização do tempo
pedagógico, explicação do conteúdo, esclarecimento de dúvidas e resolução
de conflitos.
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No que diz respeito à utilização de jogos em operações de multiplicação


e divisão, percebi que essa abordagem pedagógica proporciona uma
aprendizagem mais significativa e prazerosa para os alunos. Os jogos tornam o
ensino mais dinâmico, promovendo a interação entre os estudantes e
estimulando o raciocínio lógico-matemático de forma lúdica. Durante o estágio,
tive a oportunidade de elaborar e aplicar jogos que exploravam conceitos de
multiplicação e divisão, como jogos de tabuleiro, jogos digitais, jogos de cartas
e jogos de quebra-cabeça.
Além disso, pude adaptar e criar atividades que integravam os jogos ao
conteúdo programático, proporcionando aos alunos a oportunidade de aplicar
os conhecimentos matemáticos de forma prática e contextualizada. Por
exemplo, desenvolvi atividades em que os alunos precisavam resolver
problemas de multiplicação e divisão para avançar no jogo ou alcançar
determinado objetivo, o que os motivava a aprender e a praticar os conceitos
matemáticos de forma autônoma.
Em suma, a experiência proporcionada pelo estágio reforçou a
importância da utilização de jogos em operações de multiplicação e divisão no
ensino de matemática. Essa abordagem pedagógica não só torna o
aprendizado mais atrativo e significativo para os alunos, mas também contribui
para o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, sociais e emocionais.
Como futuro educador, pretendo continuar explorando e aprimorando o uso de
jogos como estratégia didática em sala de aula, buscando sempre proporcionar
experiências de aprendizagem enriquecedoras e motivadoras para os meus
alunos.

2.1 O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico

O estágio curricular é um componente essencial na formação de


qualquer estudante universitário, especialmente daqueles que buscam
ingressar no campo da educação. Ele desempenha um papel fundamental ao
proporcionar uma vivência prática e concreta do ambiente de trabalho ao qual o
futuro profissional estará inserido. Ao invés de se restringir apenas ao
conhecimento teórico adquirido em sala de aula, o estágio oferece a
oportunidade de aplicar e aprimorar esse conhecimento em situações reais,
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lidando com desafios, dilemas e demandas reais da profissão. Dessa forma,


ele contribui para o desenvolvimento de habilidades práticas, competências
pedagógicas e o amadurecimento profissional do estagiário.
Além disso, o estágio proporciona um contato direto com a realidade
educacional, permitindo ao estagiário compreender a diversidade de contextos
sociais, culturais e econômicos presentes nas instituições de ensino. Essa
vivência é enriquecedora, pois possibilita uma maior sensibilização e
compreensão das diferentes realidades enfrentadas pelos alunos e pelas
comunidades escolares. Ao vivenciar essas experiências, o estagiário
desenvolve uma postura mais empática, inclusiva e respeitosa em relação às
diferenças, preparando-se para atuar de forma mais eficaz e ética no exercício
da profissão.
Outro aspecto relevante é a oportunidade de observar e interagir com
profissionais experientes da área, absorvendo conhecimentos, técnicas e
práticas pedagógicas que não são necessariamente abordadas nos currículos
acadêmicos. O estágio possibilita o compartilhamento de saberes entre teoria e
prática, promovendo um diálogo constante entre o conhecimento acadêmico e
a realidade do campo profissional. Essa troca de experiências é enriquecedora
tanto para o estagiário quanto para os profissionais que o acompanham,
estimulando o debate, a reflexão e a construção coletiva de saberes.
Ademais, o estágio também é uma oportunidade para o estagiário
colocar em prática sua criatividade, autonomia e capacidade de inovação na
elaboração e execução de atividades pedagógicas. Ao assumir
responsabilidades e desafios reais da prática docente, ele tem a chance de
experimentar diferentes metodologias, estratégias de ensino e recursos
didáticos, buscando sempre adaptar-se às necessidades e características dos
alunos e do contexto escolar.
Essa liberdade de atuação é fundamental para o desenvolvimento da
identidade profissional do estagiário, permitindo-lhe construir sua própria
trajetória e estilo de ensino.
A escola onde realizei o estágio está inserida em um contexto único,
permeado pela riqueza da natureza amazônica e pelas atividades econômicas
tradicionais da região, como a extração do açaí e a pesca do camarão. Nesse
cenário, o estágio curricular ganha uma dimensão ainda mais significativa, pois
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proporciona ao estagiário uma imersão profunda na realidade educacional


dessas comunidades ribeirinhas.

Localização privilegiada da “Escola X” as margens do Rio Amazonas

Imagem: Professor Manoel da silva

Ao confrontar-se com as demandas e desafios específicos da prática


educativa nesse contexto, o estagiário é instigado a refletir não apenas sobre
suas habilidades e limitações, mas também sobre sua capacidade de
adaptação e inovação frente às necessidades locais. Essa reflexão crítica e
constante é essencial não apenas para o crescimento pessoal e profissional do
estagiário, mas também para sua capacidade de contribuir efetivamente para o
desenvolvimento educacional e social dessas comunidades, enfrentando os
desafios e as transformações do campo educacional com confiança,
responsabilidade e comprometimento.
A instituição, denominada "Escola X", é uma escola municipal em
estrutura de madeira situada em uma localidade ribeirinha, cercada pela
exuberante floresta amazônica.
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“ESCOLA X” TODA EM ESTRUTURA DE MADEIRA

Imagem: Professor Manoel da silva

Os alunos chegam até a escola utilizando embarcações fluviais


conhecidas como catraias, refletindo a peculiaridade e a adaptação ao
ambiente aquático que caracterizam a vida na região.

TRANSPORTE ESCOLAR: CATRAIAS DE MADEIRA

Imagem: Professor Manoel da silva


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A história da escola está intrinsecamente ligada à história da


comunidade local. Fundada há algumas décadas, a escola tem sido um ponto
central na vida educacional e social dos moradores da região. Ao longo dos
anos, tem enfrentado desafios decorrentes da distância dos centros urbanos,
das dificuldades de acesso e das condições climáticas adversas típicas da
Amazônia. No entanto, tem desempenhado um papel fundamental na
promoção da educação e no desenvolvimento da comunidade.
No aspecto educacional, a escola conta com um corpo docente
composto por professores concursados e contratados, que se dedicam com
afinco ao ensino dos alunos. Com apenas quatro salas de aula, a instituição
atende em dois turnos. No primeiro turno, são atendidos os alunos do 1º ao 5º
ano, enquanto no segundo turno são atendidos os alunos do 6º ao 9º ano. Essa
distribuição permite uma melhor organização e atenção aos diferentes níveis
de ensino.
É importante ressaltar que a realidade educacional da região apresenta
desafios específicos, como a falta de recursos materiais e tecnológicos, a
carência de profissionais qualificados e a necessidade de adaptação dos
métodos pedagógicos às características locais. No entanto, a comunidade
escolar demonstra uma grande resiliência e comprometimento com a educação
de seus filhos, buscando superar as dificuldades e oferecer um ensino de
qualidade.
A "Escola X" enfrenta desafios significativos em relação aos índices
educacionais, como uma taxa de analfabetismo mais elevada e uma taxa de
abandono um pouco acima da média nacional. No entanto, a taxa de
aprovação se mantém próxima à média nacional, demonstrando o
comprometimento dos professores e da comunidade com o sucesso dos
alunos.
A "Escola X" desempenha um papel fundamental na promoção da
educação e no desenvolvimento da comunidade ribeirinha de Afuá. Apesar dos
desafios enfrentados, a instituição e seus profissionais demonstram uma
grande dedicação e resiliência na busca por oferecer um ensino de qualidade e
contribuir para o crescimento e o bem-estar dos alunos e de suas famílias.
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2. 2. Fundamentação Teórica

O uso de jogos nas operações de multiplicação e divisão com alunos do


6º ano do Ensino Fundamental II é uma estratégia pedagógica amplamente
reconhecida pela sua eficácia no processo de ensino e aprendizagem da
matemática. Diversos estudos e pesquisas têm evidenciado os benefícios e as
contribuições dessa abordagem para o desenvolvimento cognitivo, social e
emocional dos estudantes, bem como para o cumprimento do papel social da
instituição escolar e para a melhoria da qualidade da educação oferecida.
De acordo com Piaget (1976), Vygotsky (1978) e Bruner (1986), o jogo é
uma atividade fundamental no desenvolvimento infantil, pois permite a
construção do conhecimento de forma ativa, participativa e significativa. No
contexto da matemática, os jogos proporcionam um ambiente lúdico e
desafiador, onde os alunos podem explorar, experimentar e internalizar
conceitos matemáticos de maneira concreta e prazerosa. Ao envolver os
estudantes em situações problema que requerem o uso das operações de
multiplicação e divisão, os jogos estimulam o raciocínio lógico, a concentração,
a resolução de problemas e a tomada de decisões, contribuindo para o
desenvolvimento de habilidades matemáticas essenciais.
Além disso, o uso de jogos nas operações de multiplicação e divisão
promove a socialização e a cooperação entre os alunos, favorecendo o
trabalho em equipe, a comunicação e o respeito mútuo. Conforme apontado
por Freire (1996), a interação entre os estudantes durante as atividades lúdicas
possibilita a troca de saberes, a construção coletiva do conhecimento e o
desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade, valores fundamentais
para a formação integral dos alunos.
No contexto específico da instituição escolar situada na zona rural do
município de Afuá, o uso de jogos nas operações de multiplicação e divisão
assume ainda maior relevância, pois dialoga diretamente com a realidade e os
interesses dos alunos, que são filhos de ribeirinhos e vivenciam um cotidiano
permeado pelas atividades extrativistas e pela relação estreita com o meio
ambiente. Nesse sentido, os jogos proporcionam uma oportunidade para os
estudantes aplicarem os conhecimentos matemáticos de forma contextualizada
e significativa, relacionando-os com as práticas cotidianas de suas
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comunidades e compreendendo sua importância para a vida prática e


profissional.
Portanto, o uso de jogos nas operações de multiplicação e divisão com
alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II não apenas contribui para o
desenvolvimento acadêmico dos estudantes, mas também para a formação de
cidadãos críticos, criativos e participativos, capazes de enfrentar os desafios e
as demandas da sociedade atual de forma competente e ética. Assim, essa
abordagem pedagógica se mostra fundamental para o cumprimento do papel
social da instituição escolar, para a promoção da inclusão e da equidade
educacional, e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e
desenvolvida.

2.3. Material didático: criação e reflexão

Durante o estágio, foi possível desenvolver um material didático


manipulável com o objetivo de auxiliar no ensino das operações de
multiplicação e divisão para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II.
Inspirado na fundamentação teórica que destaca a eficácia dos jogos como
estratégia pedagógica, optei por criar diferentes jogos interativo, que dialoga
diretamente com os interesses dos estudantes, considerando o contexto
específico da escola localizada na zona rural do município de Afuá.
A importância desse material didático reside na sua capacidade de
tornar o ensino das operações de multiplicação e divisão mais atrativos,
dinâmicos e envolventes para os alunos, ao mesmo tempo em que valoriza e
respeita os saberes dos mesmos.
Além disso, os jogos permitem o desenvolvimento de habilidades
socioemocionais, como trabalho em equipe, cooperação, comunicação e
resolução de problemas, essenciais para a formação integral dos alunos. Ao
jogar, os estudantes são incentivados a interagir, dialogar e colaborar entre si,
fortalecendo os laços sociais e construindo conhecimento de forma
colaborativa.
Nesse sentido, o material didático criado representa não apenas uma
ferramenta pedagógica eficaz para o ensino das operações matemáticas, mas
também contribuindo para a promoção de uma educação mais inclusiva,
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contextualizada e cidadã. Através da integração entre teoria e prática,


embasada nos referenciais teóricos de Piaget, Vygotsky e Freire, busca-se
oferecer aos alunos uma educação de qualidade, que respeite e dialogue com
suas vivências, saberes e necessidades.
Segue abaixo os jogos que foram utilizados:

1 – AVANÇANDO COM O RESTO:

MATERIAL: Tabuleiro (ao lado) e 1 dado de 6 faces.

OBJETIVO: Chegar em primeiro lugar ao espaço com a palavra


FIM.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Desenvolver o cálculo mental


com divisão e multiplicação e perceber o papel do 0, do 1 e do
resto em uma divisão.

REGRAS:

1. Duas equipes jogam alternadamente. Cada equipe movimenta a sua ficha


colocada, inicialmente, na casa de número 39.
2. Cada equipe, na sua vez, joga o dado e faz uma divisão onde:
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- o dividendo é o número da casa onde sua ficha está;


- o divisor é o número de pontos obtidos no dado.
3. Em seguida, calcula o resultado da divisão e movimenta sua ficha o número
de casas igual ao resto da divisão.
4. A equipe que, na sua vez, efetuar um cálculo errado perde sua vez de jogar.
5. Cada equipe deverá obter um resto que faça chegar exatamente à casa
marcada FIM sem ultrapassá-la, mas se isso não for possível, ela perde a vez
de jogar e fica no mesmo lugar.
6. Vence a equipe que chegar primeiro ao espaço com a palavra FIM.

 Relato do Professor Regente após a realização do jogo:

“Hoje, tive a oportunidade de trabalhar com os alunos do 6º ano da Escola


Ribeirinha X utilizando o jogo matemático "Avançando com o Resto". Confesso
que inicialmente fiquei um pouco apreensivo sobre como os alunos iriam reagir
a essa atividade, mas logo percebi o quão engajados e entusiasmados eles
ficaram. Ao explicar as regras do jogo, pude notar como os alunos estavam
atentos e interessados em entender como a multiplicação e divisão poderiam
ser aplicadas de forma prática e divertida. Divididos em equipes, eles
rapidamente começaram a jogar, lançando o dado e realizando as operações
necessárias para avançar no tabuleiro. O jogo proporcionou uma oportunidade
única para os alunos aplicarem seus conhecimentos matemáticos de uma
maneira lúdica. Eles não apenas praticaram cálculos de divisão e multiplicação,
mas também desenvolveram habilidades de cálculo mental e estratégia, já que
precisavam calcular o resto da divisão para avançar no tabuleiro de forma
eficiente. Além disso, a necessidade de chegar exatamente à casa marcada
como "FIM" incentivou os alunos a pensarem cuidadosamente em suas
jogadas, considerando não apenas o resultado da divisão, mas também o resto
obtido. Isso os fez perceber o papel crucial do zero, do um e do resto em uma
divisão, o que contribuiu significativamente para a consolidação de seus
conhecimentos matemáticos. Ao final da atividade, pude observar como os
alunos estavam mais confiantes em seus cálculos e empolgados com a
matemática. Eles perceberam que a matemática pode ser divertida e
desafiadora ao mesmo tempo, e que jogos como "Avançando com o Resto"
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são uma ferramenta valiosa para tornar o aprendizado mais dinâmico e


significativo. Portanto, fica claro para mim a importância deste jogo no ensino
da multiplicação e divisão com os alunos do 6º ano da Escola Ribeirinha X. Ele
não apenas ajuda a consolidar conceitos matemáticos, mas também promove o
desenvolvimento de habilidades cognitivas e estratégicas essenciais para o
sucesso acadêmico dos alunos.”
Infelizmente não obtive autorização para divulgar a imagem dos alunos
jogando.

2 - BRINCANDO COM DIVISORES

MATERIAL: Tabela numerada de 2 a 50 como a que se segue abaixo e


marcadores de 2 cores.
OBJETIVO: Utilizar os conceitos de divisores na resolução de problemas.
PARTICIPANTES: 2 equipes.

REGRAS:

1. Decide-se a primeira equipe a jogar;


2. A primeira equipe escolhe um número marcando com o seu marcador;
3. A segunda equipe marca com seu marcador os divisores do número
marcado pelo adversário e mais um novo número;
4. Se um jogador marcar um número que não é divisor do último número
assinalado pelo adversário, então, este número será considerado o último
número;
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5. Cada número só poderá ser marcado uma única vez;


6. Um jogador não poderá marcar números após ter passado a sua vez;
7. A partida termina quando todos os números são marcados;
8. Os pontos de cada jogador será a soma de todos os números que ele
marcou;
9. Vence quem tiver mais pontos.

 Relato do Professor Regente após a realização do jogo:


“Trabalhar com o jogo matemático "Brincando com Divisores" foi uma
experiência incrível e enriquecedora. Ao introduzir esse jogo para os alunos do
6º ano da Escola Ribeirinha X, pude testemunhar o quão eficaz pode ser o uso
de atividades lúdicas no ensino da matemática. Inicialmente, os alunos
estavam curiosos e um pouco hesitantes em relação às regras do jogo. No
entanto, à medida que começamos a jogar, ficou evidente como eles
rapidamente se envolveram e demonstraram um interesse genuíno em aplicar
os conceitos de divisores na resolução de problemas. Divididos em equipes, os
alunos assumiram o desafio de marcar os divisores dos números escolhidos
pelos adversários, ao mesmo tempo em que tentavam selecionar
estrategicamente os números que lhes proporcionariam mais pontos. Foi
fascinante observar como eles aplicavam seus conhecimentos matemáticos de
forma prática e competitiva, enquanto se divertiam. Além disso, o jogo
incentivou os alunos a pensar criticamente e a desenvolver habilidades de
raciocínio estratégico. Eles precisavam considerar cuidadosamente quais
números escolher e como identificar os divisores para maximizar sua
pontuação, o que os levou a aprimorar suas habilidades de resolução de
problemas e tomada de decisões. Ao final da partida, os alunos estavam
animados para calcular seus pontos e descobrir o vencedor. Mais importante
ainda, pude perceber como o jogo não apenas reforçou os conceitos de
multiplicação e divisão, mas também ajudou os alunos a compreenderem a
importância dos divisores na matemática e em sua aplicação prática. Portanto,
fica claro para mim a importância do jogo "Brincando com Divisores" no ensino
da multiplicação e divisão com os alunos do 6º ano da Escola Ribeirinha X. Ele
não apenas torna o aprendizado mais divertido e envolvente, mas também
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promove o desenvolvimento de habilidades matemáticas essenciais de uma


maneira significativa e memorável.”
Infelizmente não obtive autorização para divulgar a imagem dos alunos
jogando.

3 – CINCO EM LIMHA

MATERIAL: Tabuleiro e fichas (marcadores)


OBJETIVO: Ser a primeira equipe a conseguir cobrir cinco
números seguidos do tabuleiro maior, em qualquer direção
(horizontal, vertical, diagonal).
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Desenvolver estimativas, cálculo
mental envolvendo multiplicação e divisão.

REGRAS:
1. Cada uma das equipes recebe 20 fichas (marcadores).
2. A primeira equipe a jogar escolhe dois números do tabuleiro menor
indicando-as à equipe adversária.
3. Em seguida calculam, dizendo em voz alta, o produto dos números
escolhidos, procuram este valor no tabuleiro maior e colocam sobre ele um de
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seus marcadores.
4. Uma vez colocada esta ficha não pode ser mais retirada.
5. Se a equipe na sua vez errar ou fizer uma soma que já tenha sido coberta,
ela passa a vez sem colocar nenhuma ficha.
6. Ganha o jogo a primeira equipe que conseguir cobrir cinco números
seguidos do tabuleiro maior, em qualquer direção (horizontal, vertical, diagonal)
7. Se nenhuma equipe conseguir colocar cinco fichas em linha e o tabuleiro
ficar completo, ganha o jogo a que tiver colocado mais marcadores no
tabuleiro.

 Relato do Professor Regente após a realização do jogo:

“Trabalhar com o jogo matemático "Cinco em Linha" foi uma experiência


verdadeiramente gratificante. Ao introduzir esse jogo para os alunos do 6º ano
da Escola Ribeirinha X, pude testemunhar em primeira mão como uma
atividade simples pode se tornar uma poderosa ferramenta de aprendizado.
Desde o início, os alunos mostraram-se empolgados com a ideia de competir e
aplicar seus conhecimentos de multiplicação e divisão de uma forma tão
divertida. Divididos em equipes, eles rapidamente mergulharam no desafio de
cobrir cinco números seguidos no tabuleiro, seja horizontalmente, verticalmente
ou diagonalmente. O jogo exigia não apenas habilidades matemáticas, mas
também estratégia e raciocínio rápido. Os alunos precisavam calcular
mentalmente o produto dos números escolhidos e identificar rapidamente sua
localização no tabuleiro maior. Cada jogada era uma oportunidade para praticar
cálculos mentais, estimativas e tomadas de decisão rápidas. Além disso, o
aspecto competitivo do jogo incentivou os alunos a permanecerem engajados e
focados, enquanto se esforçavam para vencer seus oponentes. A emoção de
cobrir cinco números em linha e a tensão de tentar bloquear os movimentos do
adversário criaram uma atmosfera de entusiasmo e determinação na sala de
aula. Ao final das partidas, pude perceber o impacto positivo que o jogo teve no
desenvolvimento dos alunos. Eles não apenas aprimoraram suas habilidades
matemáticas, mas também ganharam confiança em suas próprias capacidades
e aprenderam a trabalhar em equipe para alcançar um objetivo comum.
Portanto, fica evidente para mim a importância do jogo "Cinco em Linha" no
18

ensino da multiplicação e divisão com os alunos do 6º ano da Escola Ribeirinha


X. Ele não apenas torna o aprendizado mais interativo e divertido, mas também
promove o desenvolvimento de habilidades matemáticas essenciais de uma
maneira envolvente e memorável.”
Infelizmente não obtive autorização para divulgar a imagem dos alunos
jogando.

4 - GINCANA MATEMÁTICA

OBJETIVO: Obter mais pontos.


MATERIAL: Cartões com expressões numéricas.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Desenvolver cálculo mental envolvendo as
operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.

REGRAS:
1. Dividir a turma em dois times.
2. Os cartões devem ficar embaralhados, dispostos em duas pilhas sobre uma
mesa, sendo 15 em cada pilha.
3. Os jogadores (1 de cada time por vez) devem ir até a mesa, pegar um cartão
da pilha e, ir ao quadro, colocar e resolver a expressão matemática.
4. Ganhará 2 pontos da rodada o jogador que retornar primeiro à mesa com a
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resposta correta e 1 ponto o jogador que retornar depois com a resposta


correta.
5. Se o jogador chegar primeiro mas a resposta estiver errada, não leva ponto.
Se o adversário estiver com a resposta correta, leva o ponto mesmo tendo
chegado por último.
6. Se os dois jogadores chegarem juntos, e ambos estiverem com a resposta
correta, ambos levam 2 pontos. Se ambos errarem, ninguém leva o ponto.
7. A equipe que soprar perderá um ponto.
8. Vence o time que tiver mais pontos.

 Relato do Professor Regente após a realização do jogo:

“Trabalhar com a Gincana Matemática foi uma experiência empolgante e


dinâmica para os alunos do 6º ano da Escola Ribeirinha X. Ao introduzir esse
jogo, pude perceber imediatamente o entusiasmo dos estudantes em aplicar
seus conhecimentos matemáticos de uma maneira competitiva e divertida.
Divididos em dois times, os alunos embarcaram na competição com
determinação. A cada rodada, eles se revezavam para pegar um cartão com
uma expressão numérica, correr até o quadro negro, resolver a operação
matemática e retornar à mesa o mais rápido possível. Foi incrível observar
como eles aplicavam o cálculo mental para resolver as expressões
rapidamente. Além de desenvolverem suas habilidades de cálculo mental, os
alunos também demonstraram trabalho em equipe e raciocínio rápido. Eles
precisavam tomar decisões rápidas sobre qual operação realizar e como
resolver a expressão corretamente, enquanto competiam com os colegas do
outro time. Uma das partes mais interessantes da gincana foi a dinâmica das
pontuações. Os alunos aprendiam que não bastava apenas ser rápido, mas
também preciso. Aqueles que retornavam com a resposta correta mais
rapidamente ganhavam mais pontos, incentivando-os a focar na precisão e na
eficiência. No final da gincana, os alunos estavam animados para ver qual
equipe acumulou mais pontos. Foi gratificante perceber como eles estavam
mais confiantes em suas habilidades matemáticas e como estavam mais
motivados a praticar cálculos mentais. A importância da Gincana Matemática
no ensino da multiplicação e divisão com os alunos do 6º ano da Escola
20

Ribeirinha X é evidente. Além de proporcionar uma maneira divertida de


praticar habilidades matemáticas, a gincana promove o trabalho em equipe, o
raciocínio rápido e a precisão nos cálculos, preparando os alunos para
enfrentar desafios matemáticos de forma mais confiante e eficaz.”
Infelizmente não obtive autorização para divulgar a imagem dos alunos
jogando.

Trabalhar com os quatro jogos matemáticos - "Avançando com o Resto",


"Brincando com Divisores", "Cinco em Linha" e "Gincana Matemática" -
em sala de aula proporciona uma abordagem abrangente e dinâmica para o
ensino da multiplicação e divisão com os alunos do 6º ano da Escola Ribeirinha
X.
Cada jogo oferece uma oportunidade única para os alunos aplicarem e
praticarem diferentes habilidades matemáticas, desde o cálculo mental até a
resolução de problemas. "Avançando com o Resto" estimula o pensamento
estratégico e o entendimento do papel do resto em uma divisão, enquanto
"Brincando com Divisores" reforça o conceito de divisores e estimula a análise
lógica.
Por outro lado, "Cinco em Linha" desafia os alunos a aplicarem seus
conhecimentos de multiplicação de forma estratégica, promovendo a resolução
de problemas de maneira criativa. Por fim, a "Gincana Matemática" combina
todas essas habilidades em um ambiente competitivo, incentivando o cálculo
mental rápido, a precisão e o trabalho em equipe.
Ao utilizar esses jogos em conjunto, os alunos têm a oportunidade de
praticar uma ampla variedade de habilidades matemáticas de maneira
envolvente e divertida. Além disso, eles desenvolvem competências
socioemocionais, como colaboração, resolução de conflitos e comunicação,
essenciais para o sucesso acadêmico e pessoal.
Portanto, a importância de trabalhar os quatro jogos em sala de aula reside
na promoção de uma aprendizagem mais holística e significativa, que vai além
da simples memorização de conceitos matemáticos. Essas atividades
proporcionam uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades
matemáticas essenciais e prepara os alunos para enfrentar desafios mais
complexos no futuro
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2.4. Práxis e relatório de evidências

Durante o estágio, foi possível vivenciar uma experiência enriquecedora


e transformadora no processo de ensino e aprendizagem das operações de
multiplicação e divisão com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II. A
atividade proposta teve como tema central o uso de jogos como estratégia
pedagógica para tornar o ensino da matemática mais dinâmico, significativo e
contextualizado. O período de realização da atividade compreendeu um
bimestre letivo, proporcionando um tempo adequado para o planejamento, a
implementação e a avaliação das ações desenvolvidas.
O público-alvo da atividade foi composto por alunos pertencentes à
escola rural situada na zona ribeirinha do município de Afuá. Esses estudantes,
provenientes de famílias ribeirinhas, apresentavam uma diversidade de
habilidades, conhecimentos e experiências prévias, o que exigiu uma
abordagem pedagógica flexível e adaptada às suas necessidades individuais e
coletivas.
A atividade proposta consistiu na elaboração e implementação de uma
sequência didática que integrava jogos educativos nas aulas de matemática,
com foco nas operações de multiplicação e divisão. O desenvolvido
previamente como material didático manipulável, foi utilizado como recurso
central durante as atividades, complementado por outras estratégias como
debates, resolução de problemas e produção de registros individuais e
coletivos.
Ao longo da execução da atividade, foi possível observar o engajamento
e o entusiasmo dos alunos em participar das atividades propostas. A utilização
dos jogos proporcionou momentos de aprendizagem colaborativa, onde os
estudantes interagiam, discutiam e compartilhavam conhecimentos,
desenvolvendo habilidades socioemocionais, como cooperação, comunicação
e trabalho em equipe.
A experiência de elaborar e executar essa atividade de estágio
proporcionou uma série de aprendizados e reflexões sobre a prática docente,
reforçando a importância do uso de metodologias ativas e recursos didáticos
inovadores para promover uma educação mais inclusiva, participativa e
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contextualizada. A integração entre teoria e prática, embasada nos referenciais


teóricos de Piaget, Vygotsky e Freire, demonstrou ser fundamental para o
sucesso da atividade e para o desenvolvimento integral dos alunos.
Em suma, a práxis vivenciada durante o estágio reforçou a minha
convicção de que a educação matemática pode e deve ser mais do que apenas
a transmissão de conceitos e fórmulas. Ela deve ser uma experiência
significativa, que valorize a cultura, os saberes e as vivências dos alunos,
preparando-os não apenas para o mundo acadêmico, mas também para a vida
em sociedade.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir o estágio, posso afirmar que foi uma experiência


extremamente enriquecedora e gratificante, que me proporcionou uma série de
aprendizados significativos e reflexões profundas sobre minha prática
pedagógica e meu papel como educador. Ao longo das atividades
desenvolvidas, pude constatar a eficácia do uso de jogos nas operações de
multiplicação e divisão com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II, não
apenas como uma estratégia para tornar o ensino da matemática mais atrativo
e dinâmico, mas também como uma ferramenta para promover uma
aprendizagem mais significativa e contextualizada.
Uma das principais aprendizagens deste estágio foi a importância de
considerar o contexto e as características individuais dos alunos ao planejar e
implementar atividades pedagógicas. A escola rural localizada na zona
ribeirinha do município de Afuá apresentou desafios e peculiaridades próprias,
que exigiram uma abordagem pedagógica adaptada e sensível às
necessidades e realidades dos estudantes. A integração entre teoria e prática,
embasada nos referenciais teóricos de Piaget, Vygotsky, Bruner e Freire,
revelou-se fundamental para o sucesso da atividade e para o desenvolvimento
integral dos alunos.
Outro aspecto importante foi a valorização da cultura e dos saberes
locais como ponto de partida para a construção do conhecimento. Os jogos,
desenvolvidos como material didático manipulável, proporcionou uma
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oportunidade única para os alunos se engajarem de forma significativa com os


conteúdos matemáticos, ao mesmo tempo em que valorizavam e respeitavam
sua identidade cultural e ambiental. Essa abordagem demonstrou ser eficaz
não apenas para promover o aprendizado acadêmico, mas também para
fortalecer o senso de pertencimento e autoestima dos estudantes.
No entanto, é importante reconhecer que o estágio também apresentou
desafios e limitações, como a necessidade de maior tempo e recursos para a
elaboração e implementação de atividades mais diversificadas e
individualizadas, que atendam às necessidades específicas de cada aluno.
Além disso, a falta de infraestrutura adequada na escola, especialmente
no que diz respeito a materiais didáticos e tecnológicos, pode dificultar a
realização de atividades mais inovadoras e interativas.
Diante disso, sugiro a continuidade e a ampliação de iniciativas que
promovam a formação continuada dos professores, o investimento em recursos
materiais e tecnológicos, e a valorização do trabalho pedagógico como forma
de superar esses desafios e garantir uma educação de qualidade para todos os
estudantes. Acredito que o estágio foi apenas o primeiro passo em uma
jornada de aprendizado e transformação, e estou motivado a continuar
buscando novas formas de tornar o ensino da matemática mais significativo,
inclusivo e inspirador para meus futuros alunos.

REFERÊNCIAS

Bruner, J. (1986). Atos de significado. Editora Artmed.

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. Editora Paz e Terra.

Piaget, J. (1976). O nascimento da inteligência na criança. Editora LTC.

Vygotsky, L. S. (1978). A formação social da mente. Editora Martins Fontes.

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