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Direito das obrigações

● INTRODUÇÃO
– Parte especial (relações entre pessoas, direito de propriedade)
– Direito pessoal (pode ou nao ter conteúdo econômico) x direito real (das coisas = qual o
direito que as pessoas tem sobre as coisas)
– Direito das obrigações
> parte geral (todas as regras necessárias para toda e qualquer obrigação)
> parte especial (quando nao se aplica a regra do geral sera especial)

– Relação entre pessoas com objetivo econômico = contratos (compra e venda)


– Relação entre pessoas sem objetivo econômico = casamento (constituir vínculo)
– Consequência de relação entre pessoas com objetivo econômico = transmissão de bens
(testamento)
– Relação entre coisa e pessoas = direito de propriedade ou posse

> ≠ dever jurídico: (algo que é determinado pelo ordenamento jurídico, o ordenamento determina
que se haja ou se abstenha de agir de uma determinada forma, o legislador estabelece uma
regra de comportamento, se nao agir da forma que ele determinou terá uma consequência
prevista por ele, sanção), a consequência é desfavorável para vc e sociedade (ex parar no farol
vermelho)

> ≠ sujeição: (direito potestativo é exercitado contra alguem que nao tem como se opor a
consequência jurídica). Sujeição é o poder de determinar que alguém sofra as consequências da
sua vontade (potestatividade). Sujeição é o correlato passivo da potestatividade, alguem tem um
poder e alguem se submete a esse poder. A sujeição exclui a liberdade de escolha “se conforma
com aquilo”

> ≠ onus: uma situação de onus significa que vc nao é obrigado a agir de uma determinada
forma. O legislador diz que se vc quiser alguma consequência x vc tem que se comportar de
certa forma (onus), o ordenamento jurídico lhe impõe uma forma de agir para que o seu
interesse seja atendido (ex para obter propriedade de um imóvel vc tem o onus de registras a
venda e compra no cartório de imóveis se quiser se tornar dono “reconhecido por lei”), a
consequência jurídica é desfavorável apenas para vc

> ≠ moral: consequência do descumprimento de um comando moral (nao pode exigir o aparato
estatal), comando legal (vc exige que o estado cumpra seu dever de fazer cumprir as leis
previstas). Então a obrigação ta sempre lastreara a uma manifestação de vontade que tenha uma
proteção legal, as obrigações serão cumpridas devido ao acordo legal, logo difere de moral que
nao tem sanção prevista

● OBRIGAÇÃO = é pressuposto a existência de liberdade, opção de escolha “manifestação


de vontade livre, valida e consciente ”. Pq as pessoas são obrigadas a cumprir as
obrigações? Para que nao sofra as consequências jurídicas, pq é inerente que as
obrigações assumidas deverão ser cumpridas. Nas obrigações o ordenamento jurídico vai
comprimir as suas consequências

A obrigação vai decorrer de uma relação de pessoas com interresse VOLUNTARIO de se vincular
JURIDICAMENTE nessa relação obrigacional com consequência jurídica prevista

Quando se causa dano a alguém vc tem um dever de reparar o dano (vc voluntariamente
tropeçou mesmo que não tenha intenção de causar dano = consequência indesejada pela parte
mas prevista pelo legislador)

● CONCEITO E ESTRUTURA

– Vínculo jurídico : devedor «› credor (vinculo entre os agentes no sentido que haverá uma
relação de debito e credito, alguem que deve e alguem q paga, menos a doação que só
tem debito)
– Prestação: (é aquilo que cada uma das partes vinculas tem que fazer, então quando a
parte se vincula decorre uma prestação, prestação é o comportamento de cada parte
naquele vinculo jurídico)
> Ação: dar ou fazer (entregar algo ou dar o dinheiro ouu fazer um contrato ou fazer um bolo)
> Omissão: não fazer (nao fazer um muro entre as casas de condomínio fechado)

– ≠ responsabilidade: a obrigação pode ser de DAR, FAZER ou NÃO FAZER, mas se eu nao
cumpro a obrigação ai surge a responsabilidade. A responsabilidade é uma consequência
jurídica do descumprimento obrigacional. Mas excepcionalmente pode desvincular a
responsabilidade da obrigação, pode haver uma pessoa que será responsável mesmo nao
tendo assumido a obrigação (fiador assume a responsabilidade da obrigação do locatário
de pagar o aluguel)

– Elementos: (existência de sujeitos + vinculo jurídico + objetivo)


1: Subjetivo:
> Sujeito ativo (credor)
> Sujeito passivo (devedor)
2: Vínculo jurídico (as pessoas manifestam voluntariamente a vontade de se vincular para obter
uma consequência jurídica)
3: Obietivo: objeto da relação jurídica (qual é a prestação da relação jurídica: dar, fazer ou nao
fazer “objeto imediato” e o “objeto mediato” é O QUE? No caso de compra e venda o objeto
mediato é o celular que por meio do objeto imediato de dar dinheiro)

● Dever em Roma
– Lei das XII Tábuas: a execução da obrigação incidisse fisicamente sobre a pessoa (podia
ser morto, escravizado, amputado, etc)
– Ação de "manus injectio": tenho uma galinha pra receber e ele nao entregou a galinha, a
salvação do devedor era entregar a galinha ou o imperador autorizada que o credor
tornasse dono do devedor
– Lex Petelia Papiria
– Execução universa
– Execução singular
– Imperador Zenon

● Dever na Idade Média em diante


– Direito natural: obrigação perante deus
– Contratos inominados
– Ordenações Afonsinas
– Art. 1262 CC/16
– Revolução de 1930 - Lel da Usura
– Juros
– Prisão por divida
– Teoria da lesão

● Em cada um dos itens abaixo, diga se estamos diante de ônus, sujeição, dever jurídico,
dever moral ou obrigação no sentido técnico da palavra.

1. Obrigação de pagar o empréstimo realizado. = obrigação de dar dinheiro


(voluntariamente vinculadas a um acordo de vontades)
2. Obrigação de votar = dever jurídico (a lei manda vc votar)
3. Obrigação de respeitar a honra alheia = dever jurídico (regra moral transformada em
regra jurídica de injúria)
4. Obrigação de colaborar com obras sociais = dever moral (nao é obrigado a fazer
caridade)
5. Obrigação de tolerar a revogação do mandato. = sujeição e potestatividade (aquele que
tem o poder de dizer que nao quer mais faz por sua vontade e o outro nao tem como
resistir)
6. Obrigação de contratar por escritura pública. = dever jurídico (se nao fizer da forma do
legislador o contrato é invalido, mas onus tbm serve)
7. Obrigação de respeitar bens alheios. = dever jurídico (lei de nao causar dano)
8. Obrigação de reparar o dano. = dever jurídico (lei fala pra nao causar dano)
9. Obrigação de prestar alimentos. = dever jurídico (todos os pais devem dar alimento aos
filhos) ouu do direito da obrigação (quantia certa estipulada pelo acordo entre as partes
no divórcio)

(Contrato preliminar = tem como objeto a celebração de um novo contrato: um contrato


preliminar de compromisso de venda e compra tem como objeto a celebração final do contrato
de venda e compra que pode ser ou nao definitivo)

– Fonte das obrigações = negócios jurídicos


– Existem obrigações que decorrem ou de descumprimento de um dever jurídico (nao
causar dano) ou de um descumprimento do negocio jurídico (celebrou venda e compra e
nao entregaram o produto = atos ilícitos)
– quando causa o dano passa a ter uma obrigação que decorre do ato ilícito (consequência
obrigacional decorrente do descumprimento do dever jurídico)
– A lei de nao praticar o ato ilícito (causar dano) = dever jurídico
– Atos ilícitos = fontes do direito obrigacional, campo da responsabilidade civil
(descumprimento do dever jurídico ou negocio jurídico)

● TEORIAS OBRIGACIONAIS

– T. Dualista (Brinz) = toda obrigação possui duas relações de sujeitos (sujeito ativo e
sujeito passivo) e patrimonial (quando assume uma obrigação traz uma relação do seu
patrimônio vinculado a relação)
> Duas relações: dívida (pessoas) e responsabilidade (patrimônio)

– T. Unitária = uma única relação que é a pessoal que da origem a obrigação, a


responsabilidade pode ou nao surgir, depende de haver ou nao o descumprimento da
relação, se a obrigação for corretamente cumprida nao se cogita a indenizacao da
responsabilidade
> Surge c/ a relação: a obrigação patrimonial surge com a formação. o inadimplemento pode ou
não ocorrer.

● FONTES DAS OBRIGAÇÕES

D. Romano:
– Contrato
– Quase contrato, (se assemelhavam a contratação mas nao eram, gestão de negócios, nao

ouve uma celebração mas ouve um cumprimento entao gerou consequência)
– Delito
– Quase delito (descumprimento de regras normativas que nao levavam a morte nem
escravidão ou prisão)

CC/02
– Fonte imediata: são a Lei
– Fontes mediatas: são estao previstos em lei
> Contratos
> Atos unilaterais (geram obrigação ao praticar uma conduta especifica causa uma
consequência jurídica única)
> Atos ilícitos (descumprimento normativo ou contratual = atos ilícitos dolosos e culposos, cada
ilícito gera uma responsabilidade)
> Títulos ao portador (títulos de créditos)

● CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

– quanto as prestações:
> Positiva = dar ou fazer
> Negativa = nao fazer

– Quanto aos seus elementos:


> Simples (um sujeito ativo, um sujeito passivo e uma prestação) e compostas/complexas
(multiplicidade de objetos ex “duas prestações”)
> Cumulativas/conjuntivas (soma de objetos “tenho q entregar carro E celular”) e alternativas/
disjuntivas (tem uma escolha “entrega a bolsa OU o sapato”)
> Divisíveis (só nas compostas, para saber quem deve cumprir a obrigação ou qual das
prestações pagar), indivisiveis (nao podem ser divididas “cavalo vivo”) e solidárias (ainda que a
obrigação fosse de 100 reais, poderiam ser cobrados integralmente de qualquer um de nos, pq
existe uma solidariedade entre os devedores, responsabilidade sobre o todos os devedores
coletiva ou individualmente, ou sobre solidariedade ativa pode escolher qualquer um dos
credores pode cobrar a divida como um todo)

– solidariedade ativa = solidariedade entre os credores, se livra da obrigação pagando pra


algum deles ou para todos eles (100 pra um ou 50 pra cada) e a divisão seria feita dentro
dos devedores, qualquer um dos credores pode cobrar toda prestação e tbm pode
receber toda prestação
– Solidariedade passiva = pode cobrar de qualquer um dos credores toda a prestação,
qualquer um dos devedores tem q cumprir tudo
– Quanto a ocorrência do resultado: Meio e de resultado
– Quanto a exigibilidade: civis e naturais
– Quanto a existência, ou não, de elementos acidentai. > Puras e
simples
> Condicionais
> a termo: Inicial (dies a quo) ou final (dies ad quem)
> Modais ou com encargo

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